TEOLOGIA BÍBLICA
DO VELHO TESTAMENTO
Ev. José ferraz
DEFINIÇÃO
Teologia é a ciência que trata do
nosso conhecimento de Deus, e das coisas divinas. A teologia abrange vários
ramos, vejamos:
Teologia
exegética
Exegética vem da palavra grega que significa extrair. Esta teologia procura
descobrir o verdadeiro significado das Escrituras.
Teologia
Histórica
Envolve o Estudo da História da Igreja e o desenvolvimento da interpretação
doutrinária.
Teologia
Dogmática É o estudo das verdades fundamentais
da fé como se nos apresentam nos credos da igreja.
Teologia
Bíblica Traça o
progresso da verdade através dos diversos livros da Bíblia e descreve a maneira
de cada escritor em apresentar as doutrinas mais importantes.
Teologia
Sistemática Neste ramo de estudo os ensinamentos
concernentes a Deus e aos homens são agrupados em tópicos.
INTRODUÇÃO
Devido
a vastidão de assuntos, e a profundidade dos mesmos, bem como o curto espaço de
tempo para exposição, estaremos deparando com uma grande dificuldade. Outra
dificuldade é a falta de familiaridade com o Velho Testamento, a negligência ao
estudo do mesmo tem causado muitos embaraços aos leitores da Bíblia.
Para
facilitar o estudo, estaremos dando ênfase a introduções de apenas algumas
doutrinas, visto que, serão abordados mais profundamente quando do estudo da
referida doutrina.
O
Velho Testamento é a parte preparatória de Deus para revelações maiores e mais
profundas ao homem. Por isso é especial. Deus providenciou uma revelação e
mostrou seus diferentes métodos:
Sonhos
- Joel 2:28 E há
de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos
filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos
jovens terão visões.
Jeremias
23:32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o SENHOR,
e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas
leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem; e não trouxeram
proveito algum a este povo, diz o SENHOR.
Visões
- Atos 7:31Então
Moisés, quando viu isto, se maravilhou da visão; e, aproximando-se para
observar, foi-lhe dirigida a voz do Senhor, ( Uma Visão espiritual )
Aparições - Isaías 6:1 No ano em que
morreu o rei Uzias, eu vi também ao Senhor assentado sobre um alto e sublime
trono; e o seu séquito enchia o templo.
Histórico
- A Melhor forma de
revelação de Deus ao homem sem dúvida é através da história. Através da
convivência com Deus, através das experiências adquiridas com Ele.
Os Períodos Históricos da Teologia do
Velho Testamento
Assim
como os apóstolos do NT com suas epístolas, eram, de muitas maneiras, os
intérpretes dos Atos e dos Evangelhos, assim também a teologia do AT poderia
semelhantemente começar com os profetas por um motivo bem semelhante. No
entanto, mesmo para o fenômeno da profecia bíblica, havia a realidade sempre
presente da história de Israel. Toda a atividade salvífica de Deus em tempos
anteriores tinha que ser reconhecida e confessada antes de alguém poder ver
mais firme a revelação adicional de Deus. Devemos, portanto, começar onde
começou: na história — história verdadeira e real.
A Era Pré-patriarcal
Sem
dúvida, Abraão ocupou um lugar de destaque no auge da revelação. O texto avança
da extensão desde a criação e descreve a tríplice tragédia do homem como
resultado da queda, do Dilúvio e da fundação de Babel para a universalidade da
nova provisão da salvação da parte de Deus para todos os homens, através da
descendência de Abraão.
A
palavra principal é "Benção" repetida da parte Deus — que existia
apenas no estado embrionário. No inicio, trata-se da "Bênção" da
ordem criada. Depois, é a "Bênção" da família e da Nação, em Adão e
Noé. O auge veio na quíntupla "Bênção" para Abraão em Gênesis 12:1-3,
que incluía bênçãos materiais e espirituais.
A Era Patriarcal
Esta
era foi tão significativa que Deus Se anunciava como "Deus dos
patriarcas", ou "Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó". Além
disto, os patriarcas eram considerados "profetas" (Gn 20:7; SI
105:15). Aparentemente era porque pessoalmente recebiam a palavra de Deus.
Freqüentemente, a palavra do Senhor "veio" a eles de modo direto (Gn
12:1; 13:14; 21:12; 22:1) ou o Senhor "apareceu" a eles numa visão
(12:7; 15:1; 17:1; 18:1) ou na personagem do Anjo do Senhor (22:11,15).
Os
períodos de vida de Abraão, Isaque e Jacó formam outro tempo distintivo no
fluxo da história. Estes três privilegiados da revelação viram, experimentaram
e ouviram tanto, ou mais, durante o conjunto de dois séculos representado pelas
vidas combinadas deles, do que todos aqueles que viveram durante os milênios
anteriores! Como conseqüência, podemos, com toda a segurança, delinear Gênesis
12-50 como nosso segundo período histórico no desdobrar da teologia do AT,
exatamente como foi feito por gerações posteriores que tinham o registro
escrito das Escrituras.
A Era Mosaica
Israel
foi então chamado "reino de sacerdotes e nação santa" (Êxodo 19:6).
Deus, com todo o amor, delineava os meios morais, cerimoniais e civis de se
cumprir tão alta vocação. Viria no ato primário do Êxodo, com a graciosa
libertação de Israel do Egito, operada por Deus, a subseqüente obediência de
Israel, em fé, aos Dez mandamentos, a teologia do tabernáculo e dos
sacrifícios, e semelhantes detalhes do código da aliança (Êxodo 21-23) para o
governo civil.
Toda
a discussão quanto a ser um novo povo de Deus se derivava de Êxodo 1-40;
Levítico 1-27; e Números 1-36. Durante esta era inteira, o profeta de Deus foi
Moisés —
um profeta sem igual
entre os homens ( Números 1-36 ). De fato, Moisés foi o padrão para aquele
grande Profeta que estava para vir, o Messias. ( Deuteronômio 16:15-18 )
A Era Pré-Monárquica
Uma
das partes da promessa de Deus que recebeu uma descrição detalhada foi a
conquista da terra de Canaã.
Esta
história se estende ao longo do período dos juizes para incluir a teologia das
narrativas da arca da aliança em 1 Samuel 4-7 os tempos se tornaram tão
distorcidos e tudo parecia estar em tantas mudanças subseqüentes devido ao
declínio moral do homem e à falta da revelação da parte de Deus. De fato, a
palavra de Deus se tornara "rara" naqueles dias em que Deus falou a
Samuel (1 Samuel 3:1). Conseqüentemente, as linhas de demarcação não se
escrevem tão nitidamente, embora os temas centrais da teologia e os
eventos-chave sejam bem registrados historicamente.
A
história de Josué, Juízes e até Samuel e Reis, são momentos significantes na
história da revelação deste período, são usualmente reconhecidos pela maioria
dos teólogos bíblicos de hoje.
O
melhor que se pode dizer do período pré-monárquico é que era um tempo de
transição. o surgimento de exigência de um rei para reinar sobre uma nação que
se cansou da sua experiência em teocracia conforme ela era praticada por uma
nação rebelde.
Depois
da Lei até Davi não há avanço teológico. Neste período, deus é revelado como
Santo, como Espírito Santo, como Eterno. A vida de Cristo é mais precisamente
predita, nos sacrifícios, e ofertas e no propiciatório.
A Era Monárquica
O
pedido do povo no sentido de lhe ser dado um rei, quando Samuel era juiz (1 Sm
8-10). e até o reinado de Saul nos preparam negativamente para o grandioso
reinado de Davi (1 Sm 11 —2 Sm 24:1 Reis l-2.)
A
história e a teologia se combinavam para enfatizar os temas de uma dinastia
real continuada, e um reino perpétuo com um domínio e alcance que se tornaria
universal na sua extensão e influência. Mesmo assim, cada um destes motivos
régios foi cuidadosamente vinculado com idéias e palavras de tempos anteriores:
uma "descendência"" um "nome" que "habitava"
num lugar de "descanso", uma "bênção" para toda a
humanidade, e um "rei" que agora reinava sobre um reino que duraria
para sempre.
Este
período é caracterizado historicamente pela prática desenfreada do pecado e
declínio de Israel.
Os
quarenta anos de Salomão foram marcados pela edificação do templo e por outro
derramamento de revelação divina. A Sabedoria. Assim, a lei mosaica pressupunha
a promessa patriarcal e edificava sobre ela, assim também a sabedoria
salomônica pressupunha a promessa abraâmico-davídica como a lei mosaica. O
conceito-chave era "o temor do Senhor" — uma idéia que já começou na era patriarcal (Gn 22:12;
42:18; Já 1:1, 8-9; 2-2).
Agora
que a "casa" de Davi e o templo de Salomão tinham sido estabelecidos,
sendo assim, os profetas poderiam agora focalizar sua atenção sobre o plano e
reino de Deus no seu alcance mundial. Infelizmente, porém, o pecado de Israel
também exigiu boa parte da atenção dos profeta.
Com
essas revelações o mundo deveria esperar até que chegasse a " Plenitude
dos Tempos " , Gálatas 4:4; Pedro 1:10-12.
Questões Importantes Sobre Revelação
1)
Distinção entre revelação e apreensão: A compreensão vinha a medida que
o homem ponderava a revelação feita.
2)
Revelação Parcial: Algumas coisas foram reveladas, mas não foram
explicadas. A explicação pode vir mais tarde, ou não vir jamais, Deut. 29:29.
Também no Novo Testamento há coisas reveladas mas no explicadas: Nascimento
virginal de Jesus, Trindade, Dupla Natureza de nosso Senhor.
3)
Revelação Universal: A revelação foi feita com o objetivo de se estender
a humanidade toda: "Em ti serão bendita todas as nações", Deus
disse a Abraão. (Gênesis 12:3)
Divisões da teologia do Velho testamento
As divisões naturais incluem as
grandes doutrinas a serem discutidas:
A Doutrina da Criação
A Doutrina de Deus
A Doutrina do Homem e do Pecado
A Doutrina da Salvação.
A Doutrina da Criação
A
Constatação de um princípio claramente definido, tanto nas referência
cosmológicas quanto bíblicas, podem desencadear novas e fascinantes descobertas
que confirmem ainda mais, as sábias palavras das Escrituras.
Podemos
dizer que a " Ciência e a religião são como duas janelas na mesma casa,
através de ambas contemplamos as obras do Criador.
Teorias Referente a Criação
Teoria
da Grande Explosão
("BIG BANG"). A partir do estudo de Einstein. sobre a Teoria da
Relatividade, outros cientistas acreditam que o Universo era uma bola imensa de
hidrogênio que se expandiria indefinidamente e alcançaria distâncias quase
infinitas. Eles imaginam que, em algum tempo indecifrável. houve uma grande
explosão desta imensa bola de hidrogênio. Daí, surgiram os mundos, as galáxias.
Na tentativa de definir as origens do Universo, procuram determinar a sua
idade, sugerindo a cifra de 12 bilhões de anos. De fato, esta teoria acredita
na eternidade da matéria, mas a Bíblia a refuta, quando declara que tudo em
algum tempo começou a existir, "No princípio, criou Deus os céus e a
terra.
A
teoria do Panteísmo
. O Panteísmo declara que Deus e a Natureza são a mesma coisa e estão
inseparavelmente ligados. A idéia básica desta teoria é que o Senhor não cria
nada, mas tudo emana e faz parte dEle. Entretanto, a revelação bíblica não
aceita, de modo algum, este ensinamento, pois o Criador não é parte do
Universo, e , sim, este foi criado por Ele. (SI 6)
A
Teoria Evolucionista.
Criada por Charles Darwin, ensina que a matéria é eterna, preexistente. A
partir daí, mediante processos naturais e por transformação gradual, os seres
passaram a existir. Entretanto, a Bíblia declara que Deus criou todas as
coisas, isto é, tudo teve um começo. As provas diretas da criação, além da
Ciência, estão expostas na Bíblia Gn 1.1.
Teoria
da Criação, a partir do nada ( Catastrófica ). Esta é talvez, a mais difundida,
ensinada e pregada no meio evangélico. Declara que Deus criou tudo "do
nada", mediante o poder de sua palavra. Utiliza-se como base, para a
afirmação desta idéia, o texto de Hebreus 11.3, o qual diz que "os mundos foram
criados pela palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi
feito do que é aparente’. Ora, entendemos que aquilo qual não é aparente,
não quer dizer "do nada", mas pode referir-se à coisas imateriais.
Gênesis
1: 1 No princípio criou Deus os céus e a terra.
Uma
leitura atenta nos trará importantes informações, sobre a origem do Universo,
com poucas palavras este verso nos traz quatro dados importantes:
1 - O Tempo da Criação
2 - O Ato da Criação
3 - O Autor da Criação
O Tempo da Criação
Quando
tudo começou ?
João
1: 1 - 2 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era
Deus. Ele estava no princípio com Deus.
Provérbios
8: 23 Desde a eternidade fui ungida, desde o princípio, antes do começo da
terra.
O
Princípio é o espaço existente antes da criação
O Ato da Criação
No
original hebraico o termo "Criar" aparece como "Bara" termo
este que na Bíblia só é empregado para designar atos especiais de Deus. Seu
significado mais amplo é trazer a existência o que antes não existia. Somente
Ele possui este poder.
Salmo
8: 3 - 4 Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que
preparaste; que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem,
para que o visites?
O Autor da Criação
A
Suprema precisão com que todos os astros se movem e sua disposição no universo
demonstra que tudo isto não apareceu por acaso.
Salmo
19: 1 Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das
suas mãos.
Salmo
119: 90 - 91 A tua fidelidade dura de geração em geração; tu firmaste a
terra, e ela permanece firme. Eles continuam até ao dia de hoje, segundo as
tuas ordenações; porque todos são teus servos.
A Doutrina de Deus
Atributos da Personalidade de Deus
1º Aspecto de sua personalidade INTELECTO
Isaías
11: 2 Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de
INTELIGÊNCIA, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento
e de temor do Senhor.
-
Escolhe Atos 20: 28 - Ensina João 14: 26
-
Instrui Atos10:19–20 - Fala Apoc. 2: 7
2º Aspecto de sua personalidade VOLIÇÃO
I
Cor. 12: 11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas,
distribuindo particularmente a cada um como quer.
-
Testifica João 15: 26 - Envia Atos 13: 2, 4
-
Impede Atos 16 ; 6-7 - Intercede Rom. 8: 26
-
Revela II Pe. 1: 21
3º Aspecto de sua personalidade SENSIBILIDADE
Rom.
15: 30 Rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do
Espírito, que combateis comigo nas vossas orações por mim a Deus.
-
Ama II Tim. 1: 7 - Entristece Ef. 4: 30
Portanto
qualquer ser que pensa, que ama, que quer, é uma pessoa.
Os Atributos
Vida: Deus tem vida em si mesmo;
Apocalipse 7:17 Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará,
e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus
olhos toda a lágrima.
Deus
é vida ( Jo.5:26; 14:26 ) e o princípio de vida ( At.17:25,28 ).
Sábio:
Capacidade de agir,
julgar corretamente e prudentemente. Tiago 3:17 Mas a sabedoria que do alto
vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de
misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. ( Jó
9:14 ; João 11:8-9 )
H.B.
Smith define a sabedoria de Deus como o Seu atributo através do qual Ele produz
os melhores resultados possíveis com os melhores meios possíveis.
Inteligente: Capacidade
de compreender facilmente.
Outros Atributos
- Tem Propósito Efésios 3:11
- Tem Emoções Salmos 103:13
- É Livre Efésios 1:11
- É Ativo João 5:17
Atributos de Sua Grandeza
Auto-Existência: Deus existe por Si mesmo. Ele nunca
teve início, portanto Deus é absolutamente independente de tudo fora de Si
mesmo para a continuidade e perpetuidade de Seu Ser. Deus é a razão de sua
própria existência ( João 5: 26; Salmo 36: 9 ).
Eterno: A infinidade de Deus em relação ao
tempo é denominada eternidade. Deus é Eterno (Salmos 90: 2; Deuteronômio 33: 27
). A eternidade de Deus significa que Deus transcende a todas as limitações de
tempo ( II Pedro 3: 8 ) Ele é o Eterno EU SOU. Deus é elevado acima de todos os
limites temporais e de toda a sucessão de momentos, e tem a totalidade de sua
existência num único presente indivisível (Is.57:15).
Imutabilidade: É o atributo pelo qual não
encontramos nenhuma mudança em Deus. A base de Sua imutabilidade sua perfeição
porque toda mudança tem que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente
perfeito jamais poderá ser mais sábio, mais santo, mais justo, mais
misericordioso, e nem menos. ( Deuteronômio 32: 4; Tiago 1: 17 ). O próprio
Deus jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado
(Isaías 46:9,10).
Onipresença: Deus está em todos os lugares ao
mesmo tempo ou tudo está em sua presença
- O Panteísmo ensina que tudo é Deus
- Os Materialista ensina que Deus está distribuído em todo o espaço
Imensidão:
A infinidade de Deus em relação ao espaço é denominada imensidade. Deus é
imenso ( Isaías 66: 1; Jeremias 23: 24 ).
Onisciência: Atributo pelo qual Deus, única,
conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e reais. Seu conhecimento
não é progressivo ou fragmentado e Nem precisa de observar ou de raciocinar
para adquirir conhecimento ( Jó 37: 16; Isaías .40:28 ).
Presciência: Significa conhecimento prévio do futuro. Não é dedução
ou previsão ( Mateus 6:8 ).
Onividência: Significa que tudo está ao alcance de Sua visão, isto
é, das coisas que existiram no passado, que existem no presente e existirão no
futuro.
Onipotência: É o atributo pelo qual encontramos
em Deus o poder ilimitado para fazer qualquer coisa que Ele queira, não
significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a natureza (
Romanos 7: 15 ). Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar. Ele
não pode mentir, pecar, mudar ou negar-se a Si mesmo ( Números 23: 19; Hebreus
6: 18; Tiago 1: 13; ).
Outros Atributos
-
Perfeito Salmo 18:30
-
Infinito I Reis 8:27
-
Soberano Neemias 9:6
-
Incompreensível Jó 37:5
Demais
atributos e estudo dos Nomes de Deus estaremos analisando na Matéria Teologia
Sistemática de Deus.
A Doutrina do Homem e do Pecado
Têm
surgido as mais variadas teorias acerca da origem do homem. De um modo geral,
elas não conseguem anular a ligação do ser humano com a Terra. Entretanto, a
única fonte realmente autorizada, acerca da origem da humanidade, é a Bíblia
Sagrada. Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos oferecem, de modo plausível
e coerente, a verdadeira história das origens, inclusive a do homem.
A CRIACAO DO HOMEM
Gênesis
1: 26-27 A Bíblia nos informa sobre a criação do homem; uma forma simples que
podemos perder a grandeza desse ato.
Gênesis
2: 7. A Bíblia detalha o que se passou em Gênesis l: 26. A Bíblia utiliza muito
essa forma acerca dos grandes acontecimentos, ou seja, informa primeiro de
forma geral e depois descreve melhor, em mais detalhes, esse mesmo fato.
Espírito
- Alma - Corpo
O
homem é diferente e superior a todas as criaturas que Deus criou, Podemos
afirmar isso, porque de nenhuma outra criatura a Bíblia informa que foi criada
à imagem e semelhança de Deus. A Bíblia nos mostra que os anjos forma criados
espíritos; foram feitos espíritos por criação, por composição. Deus fez os
anjos espíritos. Hebreus 1: e 14; Salmo 104:4
Corpo
"E
formou o Senhor Deus o homem do pó da terra": a que parte se refere? o corpo.
Deus pegou do pó da terra e formou um corpo: mas esse corpo não era um homem,
era um boneco de terra.
Espírito
Mas
o versículo continua: "e soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida".
Se Deus não tivesse soprado, aquele boneco de terra estaria lá até hoje. Deus
pegou aquele boneco e soprou algo de dentro Dele. Quando Deus soprou, aquele
boneco recebeu vida, uma vida que saiu de dentro de Deus.
A
palavra fôlego no hebraico, é a mesma palavra usada para espírito.
Alma
Vemos
no final de Gênesis 2: 7; "e o homem se tomou alma vivente"
Quando o Espírito de Deus tocou aquele boneco de terra, foi manifesta a vida no
homem. O que manifesta a vida no homem, é a nossa alma, a nossa personalidade.
Deus soprou nas narinas o Espírito que iria trazer vida na alma e no corpo. A
vida no espírito vem direto de Deus.
Com
o espírito conheço a Deus, com a minha alma conheço meu intelecto, as emoções,
as vontades, e com o corpo conheço o mundo físico, material. Estudaremos em
mais detalhes durante a matéria Teologia Sistemática do homem.
AS
FACULDADES DISTINTAS DO HOMEM
As
Faculdades do Corpo:
São Cinco as faculdades, as quais se manifestam através do corpo: visão,
audição, olfato, paladar e tato. Ainda que sejam distintas umas das outras,
elas não atuam independentes do comando da alma. São denominadas de instintos
naturais ou sentidos corporais, os quais recebem impressões do mundo exterior,
transmitidas ao cérebro, através do sistema nervoso. E dai que partem as ordens
para todas as partes do corpo. Os sentidos físicos obedecem às leis naturais
que estão impressas no ser humano. São elas que regem as atividades do corpo.
As
Faculdades da Alma:
São três as faculdades principais ou qualidades da alma, pelas quais ela se
manifesta: intelecto, sentimento e vontade.
O
INTELECTO é a parte
da alma que pensa, raciocina, decide, julga e conhece.
O
SENTIMENTO faz o
homem um ser emotivo. Ele não é uma máquina insensível, pois pode
sentir
todas as grandes emoções, como alegria, gozo, paz, prazer, tristeza,
descontentamento, pesar e dor.
A
VONTADE se expressa
como resultante das influências do intelecto e dos sentimentos. Ela não age
sozinha. Não há vontade livre ou independente. Ela obedece às forças emotivas e
intelectuais da alma.
As
Faculdades do Espírito:
Duas faculdades principais se destacam com abrangência sobre outras qualidades
importantes, as quais são: Fé e Consciência. Elas identificam o ser religioso
do homem. Podemos chamar de natureza espiritual, da qual o ser humano é dotado
especialmente para uma perfeita comunhão com Deus.
TENTAÇÃO E QUEDA DO HOMEM
A
Terminologia do Pecado
As
palavras empregadas no V.T. para descreverem o pecado são tão notáveis como o
registro de sua historia.
1.
(Chata) Pecar, errar o alvo.
2.
(Pasha) Transgredir. Significa primariamente ir além, rebelar-se, transgredir.
3.
(Rasha) Ser ímpio basicamente significa ser solto ou mal ligado; ser ruidoso ou
maldoso.
4.
(Ra ‘a’) Ser mau. Com o significado de quebrar, danificar por ‘meios violentos,
A palavra veio a significar aquilo que causa dano, dor ou tristeza e dai, o mal
moral.
5.
(Avah’) Ser perverso. O termo significa entortar ou torcer, daí perverter ou
ser perverso. Perverter a lei de Deus ou andar pelo tortuoso em oposição ao,
caminho reto de Deus, Gen.
Outros
termos
Ramah
= Enganar
Ma´al
= Transgredir
Pathah
= Seduzir
Kasal
e nabhel = Ser insensato
Tame
‘e ba’ash= Ser impuro
A
PROPENSAO PARA O PECADO
Propenso,
mas não destinado. Como ser racional, o homem, em seu primeiro estado de
inocência desconhecia o pecado. A possibilidade para o pecado surgiu com a
tentação. De fato, ele não havia ainda desenvolvido o seu caráter moral. Esta
propensão para a transgressão não significa que o homem, inevitavelmente,
estivesse destinado a pecar. Esta tendência baseava-se unicamente em seu
Livre-arbítrio. Ele poderia, conscientemente, manter-se fiel aos limites do
conhecimento que o Criador lhe deu, ou, então, rebelar-se contra esta lei, e
partir para o outro lado.
A
QUEDA DO HOMEM, ATRAVES DO PECADO
A
queda de Adão e Eva é apresentada, literalmente, na Bíblia, de modo explícito.
Não foi um relato teórico ou figurativo, mas histórico. Por isso, entendemos
que o pecado de nossos primeiros pais foi um ato involuntário de sua própria
vontade e determinação. E claro que a tentação veio de fora, da parte de
Satanás, que os instigou a desobedecer à ordem de Deus. Concluímos, pois, que a
essência do primeiro pecado está na desobediência do homem à vontade divina e
na realização de sua própria vontade. O seu pecado foi uma transgressão
deliberada ao limite que Deus lhe havia colocado.
AS
CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA
O
Pecado afetou a vida física e psíquica do homem. Paulo escreveu aos Romanos: "Por
um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Rm 5.12). A
morte física se tornou, então, a conseqüência natural da desobediência de Adão,
e a espiritual se constituiu na eterna separação de Deus. O Criador foi
enfático no Jardim: "Porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás" (Gn 2.17).
O
pecado afetou a vida espiritual do homem. "O salário do pecado é a morte" (Rm
6.23). Adão não morreu no mesmo dia em que pecou, mas perdeu, a possibilidade
de viver e também perdeu a imagem de Deus em sua vida. Isto implicou, no
rompimento da comunhão com o Criador, e causou-lhe a "morte
espiritual", no momento exato que pecou.
A Doutrina da Salvação
OS
2 PASSOS PARA A SALVAÇÃO
Mat.
4: 17 Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei - vos,
porque é chegado o reino dos céus.
Mat.
18: 3 E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças de modo algum entrareis no reino dos céus.
Cristo
chegara ao mundo, vindo do seio do Pai. Podia descrever as glórias do céu para
comover os homens. Mas a sua mensagem era a mesma: Arrependimento e Conversão.
Arrependimento O verdadeiro arrependimento envolve
a pessoa toda, todo o seu ser, toda a sua personalidade. Arrependimento não é
apenas mudança de pensamento.
João
3:3 ...Em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus.
Nascer
do novo significa "um novo ser uma nova pessoa ou seja uma nova personalidade".
Estudaremos
o arrependimento em cada um dos poderes da personalidade: Intelecto,
Sensibilidade, Volição.
Conversão Conversão é uma palavra usada para
exprimir o ato do pecador, abandonando o pecado, para seguir a Jesus.
A
conversão pode e deve repetir-se todas as vezes em que o homem pecar e
afastar-se de Deus, porque ela consiste no ato de abandonar o pecado e
aproximar-se de Deus.
Emprega-se,
geralmente, a palavra conversão para significar aquela primeira experiência do
homem, abandonando o pecado paras seguir a Cristo.
OS
3 ELEMENTOS BÁSICOS PARA A SALVAÇÃO
Rom.
3: 24 - 25 E são justificados gratuitamente pela sua Graça, pela
redenção que há em Cristo Jesus. Deus o propôs para propiciação pela Fé
no seu Sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados
dantes cometidos sob a tolerância de Deus.
Os
elementos básicos estabelecidos para salvação conf. escrito pelo Apóstolo Paulo
aos Romanos são:
1o.
A Graça
Tito 2: 11 Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os
homens.
Graça
significa, primeiramente, favor, ou a disposição bondosa da parte de Deus. (
Favor não merecido )
A
graça de Deus aos pecadores revela-se no fato de que ele mesmo pela expiação de
Cristo, pagou toda a pena do pecado. Por conseguinte, ele pode justamente
perdoar o pecado sem levar em conta os merecimentos ou não merecimentos.
A
graça manifesta-se independente das obras dos homens.
A
graça é conhecida como Fonte da Salvação.
2o.
O Sangue
I Jo. 1: 7 O sangue de Jesus Cristo , seu Filho, nos purifica de todo
pecado.
Em
virtude do sacrifício de Cristo no calvário, o crente é separado para Deus,
seus pecados perdoados e sua alma purificada. Sangue é conhecido como a Base
da Salvação.
3o.
A Fé Ef.
2: 8 - 9 Pois é pela graça que sois salvos, por meio da
Fé;
e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se
glorie.
Pela
fé reconhece o homem a necessidade de salvação, e pela mesma fé é ele levado a
crer em Cristo Jesus.
Heb.
11: 6 Ora, sem Fé é impossível agradar a Deus, porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos
que o buscam.
A
Fé conduz-nos ao Salvador, a Fé coloca a verdade na mente e Cristo no coração.
A Fé é a ponte que dá passagem ao mundo espiritual, por isso concluímos que a
Fé é o Meio para a Salvação.
A
NATUREZA DA SALVAÇÃO
Vejamos
os 3 aspectos da Salvação
1o.
Justificação
Justificar é um termo judicial que significa absolver, declarar justo. O réu,
ao invés de receber sentença condenatória, ele recebe a sentença de absolvição.
Esta
absolvição é dom gratuito de Deus, colocado a nossa disposição pela fé.
Essa
doutrina assim se define: "Justificação" é um ato da livre graça de
Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos e nos aceita como justos aos seus
olhos somente por nos ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela Fé.
Justificação
é mais que perdão dos pecados, é a remoção da condenação.
Deus
apaga os pecados, e, em seguida, nos trata como se nunca tivéssemos cometido um
só pecado.
Portanto
Justificação é o Ato de Deus tornar justo o pecador
2o.
Regeneração
Regenerar significa: Restaurar o que esta destruído.
Quando
se trata do ser humano, Regeneração é uma mudança radical, operada pelo
Espírito Santo na alma do homem.
Esta
Regeneração, atinge, portanto todas as faculdades do homem ou seja: Intelecto,
Volição e a Sensibilidade.
O
homem regenerado não faz tanta questão de satisfazer à sua própria vontade como
de satisfazer à de Deus. Na Regeneração, ele passa a pensar de
modo diferente, sentir de modo diferente e querer
de modo diferente: tudo se transforma.
II
Cor. 5: 17 Portanto, se alguém está em Cristo, Nova Criatura é; as coisas
velhas já passaram, tudo se fez novo.
3o.
Santificação
Santificar é tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo.
A
Palavra santo tem muitos significados:
Separação
Representa o que
está separado de tudo quanto seja terreno e humano.
Dedicação
Representa o que está dedicado a Deus, no sentido ser sua propriedade.
Purificação
Algo que separado e dedicado tem de ser purificado, para melhor ser
apresentado.
Consagração No sentido de viver uma vida santa
e justa.
Diante
do exposto, podemos estabelecer o seguinte:
Santificação
é um processo O
crente precisa esforçar-se para progredir em santificação.
II
Cor.7: 1 Ora, amados, visto que temos tais promessas, purifiquemo-nos de
toda a impureza tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa
santificação no temor de Deus.
Os
meios divinos de santificação
O
Sangue de Cristo
I Jo.1: 7 O sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o
pecado.
O
Espírito Santo
Fil. 1: 6 Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou boa obra
a aperfeiçoará até o dia de Jesus Cristo.
A
Palavra de Deus
Jo. 17: 17 Santifica-os na verdade a tua palavra é a verdade.
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