Seis dias ou [Seis]
Milhões de Anos?
by Ken Ham
Porque é importante?
Se os Dias da Criação realmente significam
'eras geológicas' de milhões de anos, então a mensagem do Evangelho é pouco
efectiva nas suas bases porque coloca morte, doença, espinhos e sofrimento
antes da Queda. Esta ideia também mostra uma abordagem errónea das Escrituras -
que a Palavra de Deus pode ser interpretada com base em teorias falíveis de
pessoas pecadoras.
É um bom exercício
ler Genesis 1 e tentar colocar de lado influências exteriores que nos podem ter
causado uma ideia predeterminada do que a palavra 'dia' possa querer dizer.
Deixa que somente as palavras da passagem falem contigo.
Se lermos Gênesis 1
desta forma, literalmente, sem dúvida vamos verificar que Deus criou o
universo, a Terra, o sol, a lua e as estrelas, plantas e animais e as duas
primeiras pessoas em seis dias comuns. Para seres realmente honesto, terias de
admitir que não podes ter uma ideia de milhões de anos ao ler esta passagem.
A maioria dos
Cristãos (incluindo muitos líderes Cristãos) no mundo Ocidental, contudo, ou
não insistem em que os Dias da Criação foram dias de duração normal ou aceitam
que devem ter sido longos períodos de tempo - mesmo milhões ou bilhões de anos.
Como é que Deus comunica conosco?
Deus comunica através da linguagem. Quando Ele
fez o primeiro homem, Adão, Ele já o tinha 'programado' com uma linguagem, para
que houvesse comunicação. A linguagem humana consiste em palavras num contexto
específico que se relacionam com a realidade global à nossa volta.
Portanto, Deus pode
revelar coisas ao homem e o homem pode comunicar com Deus, porque essas
palavras têm significado e transmitem uma mensagem perceptível. Se isto não
fosse assim, como poderíamos comunicar uns com os outros, ou com Deus, ou Deus
conosco?
Por que 'dias longos'?
Romans 3:4 declara: "Sempre seja Deus
verdadeiro e todo homem mentiroso."
Sempre que alguém não
aceita os 'dias' da Criação como sendo dias comuns, é porque não permitiu que
as palavras das Escrituras lhe falem dentro do contexto, como é necessário para
que haja comunicação. Eles foram influenciados por ideias de fora das
Escrituras.
Portanto, abriram um
precedente que poderia permitir que cada palavra fosse reinterpretada pelas
ideias preconcebidas da pessoa que a estava a ler. Isto leva a uma quebra na
comunicação, pois as mesmas palavras no mesmo contexto podem significar coisas
diferentes para pessoas diferentes.
Os pais da igreja. A
maior parte dos 'pais da igreja' aceitaram os dias da criação como dias
normais.1 É verdade que alguns não ensinaram dessa forma os 'dias' da Criação -
mas muitos deles tinham sido influenciados pela filosofia grega, que os levou a
interpretarem os dias como alegóricos. Eles argumentaram que os 'dias' da
Criação estavam relacionados com as actividades de Deus e como Deus é
intemporal, isso significaria que os 'dias' não podiam ser relacionados com o
tempo humano2. Em contraste com os alegorizadores actuais, não aceitavam que Deus
tivesse demorado seis dias a criar o mundo.
Portanto, os 'dias'
não literais resultaram de influências extra-Bíblicas (ou seja, influências
defora da Bíblia) e não das palavras da Bíblia!
Esta abordagem afetou
até hoje a maneira como as pessoas interpretam as Escrituras. Mas, como disse o
homem que iniciou a Reforma:
"Os Dias da
Criação eram dias de duração normal. Devemos entender que estes dias eram dias
reais, ao contrário da opinião dos Santos Pais. Quando verificamos que as
opiniões dos Pais da Igreja discordam das Escrituras, nós reverentemente as
temos em conta e reconhecemo-los como sendo os nossos inspiradores. No entanto,
não devemos deixar de lado a autoridade das Escrituras por causa deles." 3
Os atuais líderes da
igreja. Hoje, muitos líderes cristãos não aceitam os Dias da Criação como dias
de rotação terrestre normal. Contudo, quando investigamos os seus argumentos,
vemos que a causa para isso são as influências exteriores às Escrituras
(particularmente a crença num universo de bilhões de anos).
Considerem as
seguintes citações de estudiosos bíblicos que são considerados conservadores,
mas não aceitam os Dias da Criação como sendo dias de duração normal: "A
partir de uma leitura superficial de Gênesis 1, a impressão é que todo o
processo criativo teve lugar em seis dias de vinte e quatro horas de duração. .
. Isto parece ir contra a investigação científica moderna, que indica que o
planeta Terra foi criado há vários biliões de anos."4
"Nós mostramos a
possibilidade de Deus ter formado a Terra e toda a sua vida numa série de dias
criativos que representam longos períodos. Na perspectiva da aparente idade da
Terra, isto não é somente possível - é provável.5"
É como se estes
teólogos vissem a 'natureza' como o 67º livro da Bíblia e com muito mais autoridade
que os 66 livros que a compõem.
Considere as palavras
de Charles Haddon Spurgeon em 1877:
"Irmãos, somos
seriamente desafiados a deixar as crenças antigas dos nossos grandes pais por
causa das supostas descobertas da ciência. O que é a ciência? O método pelo
qual o homem tenta esconder a sua ignorância. Não deveria ser assim, mas é.
Meus irmãos, não é suposto vocês serem dogmáticos em teologia, pois isso é
perigoso; mas para os cientistas, isso é o que está correcto. Nunca devereis
afirmar muito fortemente as vossas convicções; mas os cientistas podem afirmar
ousadamente aquilo que não podem provar, e podem exigir uma fé muito mais
crédula do que alguma que tenhamos. Na verdade, é suposto que nós tomemos as
nossas Bíblias e formemos e moldemos as nossas crenças de acordo com os
ensinamentos, sempre em mudança, do chamado homem científico. Que loucura!
Porque é que a falsamente chamada marcha da ciência através do mundo pode ser
traçada por falácias desacreditadas e teorias abandonadas? Exploradores
anteriores, antes adorados são agora ridicularizados; o constante abandono de
hipóteses falsas é uma matéria do conhecimento geral. Podes descobrir onde é
que o aprendiz está pelos destroços deixados para trás de suposições e teorias
tão cheios como garrafas partidas."6
Aqueles que usam a
ciência histórica (como é proposto por pessoas que ignoram a revelação escrita
de Deus) para interpretar a Bíblia e para nos ensinar coisas acerca de Deus,
estão a inverter a ordem das coisas. Porque somos criaturas falíveis e
pecadoras, precisamos da Palavra escrita de Deus, iluminada pelo Espírito
Santo, para entendermos adequadamente a história natural. O respeitado e
metódico teólogo Berkhof disse:
"Desde a entrada
do pecado no mundo, o homem só pode obter informação verdadeira acerca da
revelação geral de Deus se a estudar à luz das Escrituras, nas quais os
elementos da auto revelação original de Deus, que foram obscurecidos e
pervertidos pelo pecado, são reeditados, corrigidos e interpretados. . .
Algumas pessoas têm tendência para falar da revelação de Deus como uma segunda
fonte; mas isto não é muito correcto pois a natureza só pode ser tida em
consideração se for interpretada à luz das Escrituras."7
Por outras palavras,
os Cristãos devem formar o seu pensamento a partir da Bíblia e não da
'ciência'.
Os 'Dias' de Gênesis 1
O que é que a Bíblia nos diz acerca do
significado de 'dia' em Gênesis 1? Uma palavra pode ter mais de um significado,
dependendo do contexto. Por exemplo, a palavra 'dia' em inglês pode ter cerca
de 14 significados diferentes.
Para entender o
significado da palavra 'dia' em Gênesis 1, precisamos de determinar como a
palavra hebraica para 'dia´, yom, é usada no contexto das Escrituras.
Considerem o seguinte:
1. Uma concordância típica ilustrará que yom
pode ter uma variedade de significados: um período de luz contrastando com a
noite; um período de 24 horas; tempo; um ponto específico no tempo; ou um ano.
2. Um respeitado dicionário clássico de
Hebraico-Inglês tem sete definições8 e sub-definições para a palavra yom - mas
define os Dias da Criação de Gênesis 1 como dias comuns, sendo 'dia definido
pela tarde e manhã.'
3. Um número e a frase 'tarde e manhã' são
usados para cada um dos seis Dias da Criação (Gén. 1:5, 8, 13, 19, 23, 31).
4. Fora de Gênesis 1, yom é usado 410 vezes
com um número e em cada vez significa um dia normal.9 Porque é que Gênesis
seria a excepção?10
5. Fora de Gênesis 1, yom é usado 23 vezes
com a palavra 'tarde' ou 'manhã'.11 'Tarde' e 'manhã' aparecem associados, mas
sem yom, 38 vezes. Todas as 61 vezes, o texto refere-se a um dia normal. Porque
é que Gênesis seria a excepção?12
6. Em Gênesis 1:5, yom ocorre associado com a
palavra 'noite'. Fora de Gênesis 1, 'noite' é usada com yom 53 vezes - e de
cada vez, significa um dia normal. Porque é que Gênesis seria a excepção? Mesmo
o uso da palavra 'luz' com yom nesta passagem determina o significado como
sendo dia normal.13
7. O plural de yom, que não aparece em
Gênesis 1, pode ser usado para comunicar um longo período de tempo, ex.,
'naqueles dias'.14 Acrescentar aqui um número seria absurdo. Claramente, em
Exodus 20:11, onde um número é usado com 'dias', refere-se obviamente a seis
dias de rotação terrestre.
8. Existem palavras no Hebraico bíblico (tais
como olam ou qedem) que são muito adequadas para comunicar longos períodos de
tempo, ou tempo indefinido, mas nenhuma destas palavras é usada em Gênesis 115.
Alternativamente, os dias ou anos poderiam ter sido comparados com grãos de
areia se fossem para se referir intencionalmente a longos períodos.
O Dr. James Barr
(Professor Régio de Hebraico da Universidade de Oxford), apesar de não
acreditar que Gênesis seja uma história verdadeira, admitiu no entanto, no que
respeita à linguagem de Gênesis 1 que:
"Ao que sei, não
existe nenhum professor de Hebraico ou do Antigo Testamento em nenhuma
universidade de nível mundial que não acredite que o escritor(es) de Gênesis
1-11 tivesse a intenção de passar aos leitores a ideia de que: a) a criação
teve lugar numa série de seis dias semelhantes aos dias de 24 horas que agora
temos; b) os números contidos nas genealogias de Gênesis fornecem por simples
adição, uma cronologia desde o início do mundo até estágios mais tardios na
história bíblica; c) o Dilúvio de Noé é apresentado como tendo sido mundial e
tendo extinguido todos os seres humanos e toda a vida animal excepto aqueles
que estavam na arca."16
Da mesma maneira, o
Professor liberal do século 19 Marcus Dods, do 'New College" de Edimburgo,
disse: "Se, por exemplo, a palavra 'dia' nestes capítulos não significa um
período de vinte e quatro horas, a interpretação das Escrituras não tem
esperança."17
Conclusão sobre 'dia' de Gênesis 1.
Se estamos preparados para deixar as palavras
da linguagem falarem-nos de acordo com o contexto e definições normais, sem
estarmos influenciados por ideias exteriores, então a palavra para 'dia' vista
em Gênesis 1 - que é qualificada por um número, a frase 'tarde e manhã' e para
o Dia 1, as palavras 'luz e trevas' - obviamente significa um dia comum (cerca
de 24 horas).
Na altura de Martinho
Lutero, alguns dos pais da igreja diziam que Deus criou tudo num único dia, ou
num instante. Martinho Lutero escreveu:
"Quando Moisés
escreve que Deus criou o Céu e a Terra e tudo o que estava nele em seis dias,
então deixa que este período seja mesmo seis dias e não te aventures a fazer
algum comentário a respeito dos seis dias serem considerados um. Mas, se não
consegues entender como isto pode ter sido feito em seis dias, então dá ao
Espírito Santo a honra de saber mais do que tu. Porque tu deves lidar com as
Escrituras tendo em conta que é o próprio Deus quem diz o que nelas está
escrito. Uma vez que é Deus quem está a falar, não é apropriado que queiras
alterar a Sua Palavra da forma que desejas."18
Similarmente, John
Calvin declarou: "Embora a duração do mundo, agora a declinar para o seu
fim, ainda não tenha alcançado seis mil anos. . . O trabalho de Deus não foi
realizado num momento mas em seis dias."19
Lutero e Calvin foram
a espinha dorsal da Reforma Protestante a que chamavam a Igreja de volta às
Escrituras - Sola Scriptura (Só as Escrituras). Ambos defendiam que Gênesis 1
ensina que a Criação foi realizada em seis dias normais.
Por que seis dias?
Exodus 31:12 diz que Deus mandou Moisés dizer
aos filhos de Israel:
"Trabalhar-se-á
durante seis dias, mas no sétimo haverá descanso total consagrado ao Senhor.
Quem trabalhar no dia de sábado será punido com a morte. Os filhos de Israel
serão então fiéis ao sábado, guardando-o através de todas as suas gerações como
um pacto imutável. Entre Mim e os filhos de Israel é um sinal externo,
testemunho de que o Senhor fez os céus e a terra em seis dias e que no sétimo
terminou a obra e descansou." (Exodus 31:15-17)
Depois Deus deu a
Moisés duas tábuas de pedra onde estavam escritos os mandamentos de Deus,
escritos pelo dedo de Deus (Exodus 31:18).
Porque Deus é
infinito em poder e sabedoria, não há dúvida de que Ele poderia ter criado o
universo e tudo o que ele contém num instante, ou em seis segundos, ou seis
minutos ou seis horas - afinal de contas, com Deus, nada é impossível (Luke
1:37).
Para a questão:
'Porque é que Deus demorou tanto tempo? Porquê seis dias?' A resposta é também
dada em Exodus 20:11 e é a base do Quarto Mandamento: "Porque em seis dias
o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo quanto contém, e descansou no sétimo;
por isso o Senhor abençoou o dia de Sábado e santificou-o."
A semana de sete dias
não tem outra base a não ser as Escrituras. Nesta passagem do Antigo
Testamento, Deus manda o Seu povo, Israel, trabalhar durante seis dias e
descansar um - mostrando-nos assim porque razão Ele deliberadamente levou seis
dias para criar tudo. Ele estabeleceu o exemplo para o homem. A nossa semana é
moldada a partir deste princípio. Mas se Ele tivesse criado tudo em seis mil,
ou seis milhões de anos, seguido de um descanso de mil anos ou um milhão de
anos, então teríamos uma semana bem interessante!
Alguns dizem que
Êxodo 20:11 é somente uma analogia no sentido de que o homem deve trabalhar e
descansar - e não que significa seis dias comuns literais seguidos de um dia
comum literal. Contudo, estudiosos bíblicos mostraram que este mandamento 'não
usa analogia ou pensamento arquétipo mas a sua ênfase é "declarada em
termos da imitação de Deus ou um precedente divino que deve ser
seguido"'20 Por outras palavras, é mesmo para ser seis dias literais de
trabalho, seguidos de um dia literal de descanso, tal como
Deus trabalhou seis
dias literais e descansou um.
Alguns argumentam que
os 'céus e a terra' é somente a Terra e talvez o sistema solar, não o universo
todo. Contudo, este versículo claramente diz que Deus fez tudo em seis dias -
seis dias normais consecutivos, tal como o mandamento no versículo anterior
para trabalhar durante seis dias normais consecutivos.
A frase 'céu(s) e
terra' nas Escrituras é um exemplo de uma figura de estilo chamada de merismo,
onde dois opostos são combinados num único conceito que abarca tudo, neste caso
a totalidade da criação. Uma análise linguística das palavras 'céu(s) e terra'
nas Escrituras mostra que se referem a toda a criação (o hebraico não tem uma
palavra para 'universo'). Por exemplo, em Genesis 14:19 Deus é chamado 'Criador
do céu e da terra'. Em Jeremiah 23:24 Deus fala de si próprio como preenchendo
o 'céu e a terra'. Ver também Genesis 14:22, 2 Kings 19:14, 2 Chronicles 2:12,
Psalms 115:15, 121:2, 124:8, 134:3, 146:6, Isaiah 37:16.
Portanto, não há
forma de restringir Êxodo 20:11 à Terra e à sua atmosfera, ou só ao sistema
solar. Assim, Êxodo 20:11 mostra que todo o universo foi criado em seis dias
normais.
Implicação
Como os Dias da Criação são dias de duração
normal, ao somar os anos que nos são dados nas Escrituras (assumindo que não há
hiatos nas genealogias 21), podemos concluir que a idade do universo é somente
cerca de seis mil anos. 22
REFUTANDO AS OBJEÇÕES CORRENTES AOS SEIS DIAS
LITERAIS
Objeção 1
"A 'ciência'
mostrou que a Terra e o universo têm biliões de anos; portanto, os 'dias' da
Criação devem ser longos períodos (ou períodos indefinidos) de tempo".
Resposta
1. A idade da Terra, como é determinada pelos
métodos falíveis do homem, é baseada em suposições não provadas. Portanto, não
prova que a Terra tem biliões de anos.23
2. Esta idade não provada está a ser usada
para forçar uma interpretação da linguagem da Bíblia. Desta maneira, permite-se
que as teorias falíveis do homem sejam usadas para interpretar a Bíblia. Isto
debilita completamente o uso da linguagem para comunicar.
3. Os cientistas evolucionistas alegam que as
camadas fósseis por toda a superfície da Terra têm centenas de milhões de anos.
Permitindo a idade de milhões de anos para as camadas de fósseis, tem que se
aceitar a morte, o derramamento de sangue, doença, espinhos e sofrimento antes
do pecado de Adão.
A Bíblia torna claro
24 que a morte, derramamento de sangue, espinhos, doença e sofrimento são uma
consequência do pecado 25. Em Gênesis 1:29-30, Deus deu a Adão, a Eva e aos
animais, plantas para comer (isto é lendo Gênesis como está escrito, como
história literal, como Jesus fez em Matthew 19:3-6). De fato, existe uma
distinção teológica feita entre animais e plantas. Os seres humanos e animais
superiores são descritos em Gênesis 1 como tendo uma nephesh, ou princípio de
vida. (Isto é válido pelo menos para os animais terrestres vertebrados, assim
como para os pássaros e peixes: Gênesis 1:20,24) As plantas não têm esta
nephesh - elas não estão 'vivas' no mesmo sentido que os animais. Elas foram
dadas para alimento.
Ao homem, foi
permitido comer carne só depois do Dilúvio (Genesis 9:3) - isto também torna
óbvio que as declarações de Gênesis 1:29-30 tinham a intenção de nos informar
que o homem e os animais eram vegetarianos no início. Genesis 9:2 fala-nos
também acerca de uma mudança que Deus fez na maneira como os animais reagiam ao
homem.
Deus avisou Adão em
Genesis 2:17 que se ele comesse da 'árvore do conhecimento do bem e do mal',
ele 'morreria'. A gramática hebraica realmente diz, 'morrer, morrerás'. Por
outras palavras, seria o início de um processo de morte física. Também envolveu
claramente morte espiritual (separação de Deus).
Depois de Adão
desobedecer a Deus, o Senhor vestiu Adão e Eva com 'casacos de pele' (Genesis
3:21) 26. Para fazer isto, Ele deve ter matado e derramado sangue de pelo menos
um animal. A razão para isto pode ser resumida em Hebrews 9:22: "E quase
tudo, segundo a Lei, é purificado com sangue; sem derramamento de sangue, não
há remissão."
Deus requer
derramamento de sangue para remissão dos pecados. O que aconteceu no Jardim foi
um símbolo do que estava para acontecer com Jesus Cristo, que derramou o Seu
sangue na Cruz como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Joel 1:29).
Mas, se o Jardim do
Éden estivesse assente sobre um registo fóssil de milhões de anos, isso
mostraria que tinha havido derramamento de sangue antes do pecado. Isso
destruiria a base da Expiação. A Bíblia é clara; o pecado de Adão trouxe morte
e sofrimento ao mundo.
Como Romans 8:19-22
nos diz, toda a criação 'geme' por causa dos efeitos da queda de Adão, e a
criação será libertada 'da servidão da corrupção para participar livremente da
glória dos filhos de Deus.' (Rom. 8:21). Tem também em conta que os espinhos
passaram a existir depois da Maldição. Uma vez que há espinhos no registro
fóssil, este teve que ser formado depois de Adão e Eva terem pecado.
A sentença de pena de
morte para Adão era uma maldição e uma bênção. Uma maldição porque a morte é
horrível e lembra-nos continuamente de como o pecado é feio; e uma bênção
porque significa que as consequências do pecado - separação da comunhão com
Deus - não precisam de ser eternas. A morte fez com que Adão e os seus
descendentes deixassem de viver num estado de pecado para sempre, com todas as
consequências que isso traria. E porque a morte era a punição justa pelo
pecado, Jesus Cristo sofreu uma morte física, derramando o Seu sangue, para
libertar os descendentes de Adão das consequências do pecado. O Apóstolo Paulo
fala disto em profundidade em Romans 5 e I Corinthians 15.
Revelation 21-22
torna claro que um dia haverá um 'novo céu e nova Terra'; onde não haverá mais
morte nem maldição - tal como era antes do pecado mudar tudo. Se houver animais
na nova Terra, obviamente que estes não irão morrer ou comer-se uns aos outros,
nem comer as pessoas arrependidas!
Portanto, acrescentar
milhões de anos às Escrituras destrói a base da mensagem da Cruz.
Objeção 2
De acordo com Gênesis 1, o sol só foi criado
no quarto Dia. Como poderia haver dia e noite (dias normais) sem o sol nos
primeiros três dias?
Resposta
1. Mais uma vez, é importante que deixemos a
linguagem da palavra de Deus falar-nos. Se olharmos para Gênesis 1 sem nenhuma
influência exterior, como temos vindo a mostrar, cada um dos seis Dias da
Criação aparece juntamente com a palavra hebraica yom ligada a um número e à
frase 'tarde e manhã'. Os primeiros três dias são escritos da mesma forma que
os três dias seguintes. Então, se deixarmos a linguagem falar-nos - todos os
seis dias eram normais dias terrestres.
2. O sol não é necessário para o dia e a
noite! O que é preciso é luz e uma Terra que rode. No primeiro dia da Criação,
Deus fez a luz (Gênesis 1:3). A frase 'tarde e manhã' certamente implica uma
Terra em rotação. Portanto, se tivermos luz de uma determinada direcção e uma
Terra a rodar, pode haver dia e noite.
De onde é que a luz
veio? Não nos é dito 27, mas Gênesis 1:3 indica certamente que foi criada uma
luz para providenciar dia e noite até que Deus fizesse o sol no quarto Dia para
reger o dia que Ele criou. Revelation 21:23 diz-nos que um dia o sol já não
será necessário, pois a glória do Senhor iluminará a cidade de Deus.
Talvez uma razão para
Deus o fazer desta maneira, tenha sido para mostrar que o sol não tem na
criação a proeminência que as pessoas tendem a dar-lhe. O sol não fez nascer a
Terra como as teorias evolucionistas postulam; o sol foi a ferramenta de Deus
para reger o dia que Deus fez (Gênesis 1:16).
Através dos tempos,
pessoas como os Egípcios, adoraram o sol. Deus avisou os Israelitas, em
Deuteronomy 4:19, para não adorarem o sol como faziam as culturas pagãs à volta
deles. Deus mandou-lhes que adorassem o Deus que fez o sol - não o sol que foi
feito por Deus.
As teorias
evolucionistas (a hipótese do 'big bang' por exemplo) declaram que o sol surgiu
antes da Terra e que a energia do sol sobre a Terra, acabou por dar lugar à
vida. Tal como nas crenças pagãs, o crédito pela maravilha da criação é dado ao
sol.
É interessante
comparar as especulações da cosmologia moderna com os escritos de Teófilo, um
dos pais da igreja primitiva:
"No quarto dia,
as luminárias surgiram. Dado que Deus tem conhecimento prévio de tudo, ele
entendeu o absurdo dos insensatos filósofos que iriam dizer que as coisas
produzidas na Terra surgiram das estrelas, para puderem pôr Deus de lado. Para
que a verdade fosse demonstrada, as plantas e as sementes foram criadas antes
das estrelas. Porque o que surge mais tarde, não pode causar o que é anterior a
ele." 28
Objeção 3
2 Peter 3:8 declara que 'um dia é para o
Senhor como mil anos', portanto os dias da Criação poderiam ser longos períodos
de tempo.
Resposta
1. Esta passagem não está relacionada com a
Criação - não está a referir-se a Gênesis ou aos seis Dias da Criação.
2. Este versículo tem o que é chamado 'artigo
comparativo' - 'como' - que não é visto em Gênesis 1. Por outras palavras, não
está a dizer que um dia é mil anos - está a comparar um dia literal e real com
mil anos literais e reais. O contexto desta passagem é a Segunda Vinda de Cristo.
Está a dizer que, para Deus, um dia é como mil anos, porque Deus é intemporal.
Deus não está limitado por processos naturais e pelo tempo como os seres
humanos estão. O que para nós parece ser um longo período de tempo (esperando a
Segunda Vinda), ou um curto espaço de tempo, para Deus não é significativo, em
ambas as situações.
3. A segunda parte do versículo diz: 'e mil
anos como um dia' que, em essência, cancela a primeira parte do versículo para
aqueles que querem igualar um dia a mil anos! Portanto, não pode estar a dizer
que um dia é mil anos ou vice-versa.
4. Psalms 90:4 declara: 'Mil anos diante de
Ti, são como o dia de ontem que já passou, ou como uma vigília da noite.' Aqui,
mil anos estão a ser comparados com uma 'vigília na noite' (quatro horas 29.
Como a frase 'vigília na noite' está relacionada de uma forma particular com
'ontem', está a dizer que mil anos está a ser comparado com um curto período de
tempo - não simplesmente um dia.
5. Se alguém usou esta passagem para alegar
que 'dia' na Bíblia significa mil anos, então, para ser consistente, teria de
se dizer que Jonas esteve no ventre do peixe três mil anos, ou que Jesus ainda
não ressuscitou dos mortos!
Objeção 4
Insistindo em seis
dias solares para a Criação limita Deus, ao passo que conceder a Deus bilhões
de anos não o limita.
Resposta
De fato, insistir em
seis dias de rotação terrestre da Criação não está a limitar Deus, mas a
limitar-nos a nós a acreditar que Deus fez o que Ele diz na Sua Palavra. E
também, se Deus criou tudo em seis dias, como a Bíblia diz, isso certamente
revela o poder e a sabedoria de Deus de uma maneira profunda - Deus Todo
Poderoso não precisou de muito tempo! Pelo contrário, os cenários de biliões de
anos diminuem Deus, ao sugerir que o mero acaso poderia criar coisas, ou que
Deus precisou de enormes quantidades de tempo para criar coisas.
Objeção 5
Adão não poderia ter
realizado tudo o que a Bíblia diz num dia (sexto Dia). Ele não poderia ter dado
nome a todos os animais, por exemplo; não teria havido tempo suficiente.
Resposta
Adão não teve de dar
um nome a todos os animais - somente àqueles que Deus trouxe até ele. Por
exemplo, Adão recebeu ordens para dar nome a 'todos os animais ferozes do
campo' (Genesis 2:20), não 'todos os animais ferozes da Terra' A frase 'animais
ferozes do campo' pode ser uma sub-definição de um grupo maior de 'animais
ferozes da Terra'. Ele não teve de nomear 'todos os animais da Terra' (Genesis
1:25) ou qualquer criatura dos mares., O número de 'espécies' também seria
muito inferior ao número de 'espécies' na classificação atual. 30
Quando os críticos
dizem que Adão não poderia ter dado nome aos animais em menos de um dia, o que
eles realmente querem dizer é que não entendem como eles o poderiam fazer e
portanto, Adão também não poderia. Contudo, o nosso cérebro sofreu 6000 anos de
Maldição - foi grandemente afetado pela Queda. Antes do pecado, o cérebro de
Adão era perfeito.
Quando Deus fez Adão,
Ele deve tê-lo programado com uma linguagem perfeita. Hoje, programamos
computadores para 'falar' e 'lembrar'. Deus criou Adão como um homem adulto
(ele não nasceu como uma criança a precisar de aprender a falar) com uma
linguagem perfeita na sua memória celular, com uma compreensão perfeita de cada
palavra. (Por isso Adão entendeu quando Deus lhe disse que ele morreria se
desobedecesse, embora ainda não tivesse visto nenhuma morte). Adão pode também
ter tido uma memória 'perfeita' (talvez algo como uma memória fotográfica).
Não haveria qualquer
dificuldade para este primeiro homem perfeito criar palavras para dar um nome
aos animais que Deus lhe trouxe e lembrar-se dos nomes - em menos de um dia.31
Objeção 6
Gênesis 2 é um
registo diferente da Criação, com uma ordem diferente. Então, como é que se
pode aceitar que o primeiro capítulo se refira a seis dias literais?
Resposta
Na verdade, Genesis 2
não é um registo diferente da Criação. É um registo mais detalhado do sexto Dia
da Criação. O capítulo 1 é uma panorâmica de toda a Criação; o capítulo 2
dá-nos os detalhes acerca da criação do Jardim, do primeiro homem e das suas
actividades no sexto Dia.32
Entre a criação de
Adão e a criação de Eva, está escrito que o 'Senhor Deus, formou da terra todos
os animais do campo e todas as aves.
. .' (Genesis 2:19).
Isto parece dizer que os animais e as aves foram criados entre a criação de
Adão e Eva. Contudo, estudiosos Judeus não viram nenhum conflito com o registo
do capítulo 1, onde Adão e Eva foram ambos criados depois dos animais da terra
e das aves (Gênesis 1:23-25). Não existe contradição, porque no hebraico, o
tempo do verbo é determinado pelo contexto. É claro, no capítulo 1, que os
animais e as aves foram criados antes de Adão. Então, os estudiosos Judeus
entenderam que o verbo 'formou', em Gênesis 2:19 significa 'tinha formado' ou
'tendo formado'. Se traduzirmos o versículo 19: 'O Senhor Deus, tinha formado da
terra todos os animais do campo. . .', o aparente desacordo com Genesis 1,
desaparece completamente.
A respeito das
plantas e ervas em Gênesis 2:5 e das árvores em Gênesis 2:9 (compara com
Gênesis 1:12), as plantas e ervas são descritas como 'do campo' e precisavam de
um homem para as cultivar. Estas são claramente plantas de cultivo e não
plantas em geral (Gênesis 1). Também, as árvores (Gênesis 2:9) são somente as
árvores no Jardim e não árvores em geral.
Em Matthew 19:3-6,
Jesus Cristo cita Gênesis 1:27 e Gênesis 2:24 quando se refere ao mesmo homem e
mulher ao ensinar a doutrina do casamento. Claramente, Jesus via-os como
registos complementares, e não registos contraditórios.
Objeção 7
Não há 'tarde e manhã' para o sétimo Dia da
Semana da Criação (Gênesis 2:2). Portanto, devemos estar ainda no 'sétimo dia'
e então nenhum dos dias podem ser considerados dias normais.
Resposta
Olhe de novo para a
seção intitulada 'Porquê seis dias?' Exodus 20:11 refere-se claramente a sete
dias literais - seis para trabalhar e um para descansar.
Deus também declarou
que Ele 'descansou' do Seu trabalho da criação (e não que Ele está a
descansar!). O fato d'Ele ter descansado do Seu trabalho da criação não quer
dizer que Ele continue ainda a descansar dessa atividade. O trabalho de Deus
agora é diferente - é um trabalho de sustentar a Sua criação e de reconciliação
e redenção por causa do pecado do homem.
A palavra yom é
qualificada por um número (Genesis 2:2-3). Assim, o contexto continua a mostrar
que se trata de um dia solar literal. Deus também abençoou este sétimo dia e
tornou-o sagrado. Em Genesis 3:17-19 lemos acerca da Maldição sobre a Terra por
causa do pecado. Paulo refere-se a isso em Romans 8:22. Não faria sentido que
Deus chamasse a este dia santo e abençoado se Ele tivesse amaldiçoado a terra
neste 'dia'. Nós vivemos numa Terra pecadora e amaldiçoada - não estamos num
sétimo dia abençoado e santo!
Nota: Ao argumentar
que o sétimo dia não é um dia normal porque não está associado a 'tarde e
manhã' como os outros dias, os defensores desta teoria estão implicitamente a
concordar que os outros seis dias são dias literais porque são definidos por
uma tarde e uma manhã!
Alguns argumentaram
que Hebrews 4:3-4 implica que o sétimo dia seja um dia contínuo. Contudo, o
versículo 4 repete que Deus descansou (tempo passado) no sétimo dia. Se alguém
na Segunda-feira diz que descansou na Sexta-feira e ainda está a descansar,
isto não significa que a Sexta-feira se tenha prolongado até Segunda-feira!
Para além disso, só aqueles que tinham acreditado em Cristo entrariam nesse
descanso, mostrando que é um descanso espiritual, que é comparado com o
descanso de Deus desde a Semana da Criação. Não é um tipo de continuação do
sétimo dia (ou então todos estariam 'neste' descanso)33
Hebreus não diz que o
sétimo Dia da Semana da Criação está a continuar hoje, mas meramente que o
descanso que Ele instituiu continua.
Objeção 8
Gênesis 2:4 declara:
'No dia que o Senhor Deus fez a terra e os céus'. Como isto se refere aos seis
Dias da Criação, mostra que a palavra 'dia' não significa um dia literal.
Resposta
A palavra hebraica
yom usada aqui não está ligada a um número, à frase 'tarde e manhã', ou a luz e
trevas. Neste contexto, o versículo significa realmente 'na altura em que Deus
criou' (referindo-se à Semana da Criação) ou 'quando Deus criou'.
Outros problemas com dias longos e
interpretações semelhantes
1. Se as plantas no terceiro Dia fossem
separadas por milhões de anos dos pássaros e outros polinizadores (criados no
quinto Dia) e dos insectos (criados no sexto Dia) necessários para a sua
polinização, então tais plantas não teriam sobrevivido. Este problema seria
ainda mais grave para espécies com relações simbióticas complexas (em que cada
um depende do outro, por ex., a planta de juca e o insecto associado34).
2. Adão foi criado no sexto Dia, viveu no
sétimo Dia e depois morreu quando tinha 930 anos (Genesis 5:5). Se cada dia
fosse mil anos, ou milhões de anos, a idade de Adão na altura da sua morte não
faria sentido!
3. Alguns afirmam que a palavra usada para
'fez' (asah) em Exodus 20:11 realmente significa 'mostrou'. Eles sugerem que
Deus tenha mostrado ou revelado a informação sobre a Criação a Moisés durante
um período de seis dias. Isto permite que a própria Criação tenha ocorrido ao
longo de milhões de anos. Contudo, 'mostrou' não é uma tradução válida para
asah. O seu significado cobre 'fabricar, produzir, etc.', mas não 'mostrar' no
sentido de revelar.35 Onde asah é traduzido por 'mostrar' - por exemplo,
'mostrar simpatia' (Genesis 24:12) - é no sentido de 'fazer' simpatia.
4. Alguns alegaram que porque a palavra asah
é usada para a criação do sol, lua e estrelas no quarto Dia e não a palavra
bara, que é usada em Gênesis 1:1 para 'criar', isso significa que Deus só
revelou o sol, a lua e a estrelas nessa fase. Eles insistem em que a palavra
asah tem o significado de 'revelar'. Por outras palavras, as luminárias
supostamente já existiam e só foram reveladas nesta fase. Contudo, bara e asah
são usadas nas Escrituras para descrever o mesmo evento. Por exemplo, asah é
usado emExodus 20:11 para referir a criação dos Céus e da Terra, mas bara é
usada para referir a criação dos Céus e da Terra em Gênesis 1:1. A palavra asah
é usada a respeito da criação das primeiras pessoas em Gênesis 1:26 - estas não
existiam previamente. E depois, estas aparecem como sendo criadas (bara) em
Gênesis 1:27. Existem muitos outros exemplos similares. Asah tem um grande
número de significados envolvendo 'fazer', que inclui a criação bara.
5. Algumas pessoas aceitam que os Dias da
Criação são dias normais no que diz respeito à linguagem usada em Gênesis, mas
não dias literais da história no que diz respeito ao homem. Esta é basicamente
a perspectiva chamada 'hipótese estrutural'.36 Esta é uma perspectiva complexa
que tem sido refutada pelos estudiosos.37
O propósito real da
'hipótese estrutural' pode ser visto na seguinte citação de um artigo escrito
por um dos seus defensores:
"Refutar a
interpretação literal da 'semana' da criação de Gênesis proposta pelos teóricos
da Terra-jovem é a preocupação central deste artigo." 38
Algumas pessoas
querem que os Dias da Criação sejam longos períodos numa tentativa de
harmonizar a evolução ou biliões de anos com o registo bíblico das origens.
Contudo, a ordem dos eventos de acordo com as crenças de eras longas, não é a
mesma da de Gênesis. Considera a seguinte tabela:
Algumas contradições
entre a ordem da criação na Bíblia e os períodos-longos da evolução:
O registo bíblico da Criação
A especulação da
Evolução
A Terra antes do sol
e estrelas
As estrelas e o sol
antes da Terra
A Terra inicialmente
coberta por água
A Terra como uma
superfície fundida
Primeiro os oceanos,
depois a terra seca
A terra seca, depois
os oceanos
A vida criada
primeiro na terra
A vida começou nos
oceanos
As plantas criadas
antes do sol
As plantas vieram
depois do sol
Os peixes e aves
criados juntos
Os peixes formados
muito antes das aves
Os animais terrestres
criados antes das aves
As aves antes dos
animais terrestres
O homem e dinossauros
viveram juntos
Os dinossauros
morreram muito antes do homem surgir
Claramente, aqueles
que não aceitam os seis dias literais são aqueles que lêem na passagem da
criação as suas ideias preconcebidas.
Comprometimentos com Períodos longos.
Para além da 'teoria do hiato' (a crença de
que existe um espaço de tempo indeterminado entre os primeiros dois versículos
de Gênesis 1), as maiores posições de compromisso que tentam harmonizar períodos
longos e/ou evolução com o relato de Gênesis, caiem em duas categorias:
1. 'evolução teísta', onde Deus supostamente
dirigiu o processo evolucionista de milhões de anos, ou somente o definiu e
deixou correr e,
2. 'criação progressiva', onde Deus
supostamente interveio nos processos de morte e luta pela sobrevivência para
criar milhões de espécies em várias alturas ao longo de milhões de anos.
Todas estas posições
rejeitam o Dilúvio de Noé como um Dilúvio Global - só poderia ter sido um
evento local, porque as camadas fósseis são aceites como evidência para milhões
de anos. Um Dilúvio global teria destruído este registo e produzido outro!
Portanto, estas posições não permitem um Dilúvio global catastrófico que
formasse camadas de pedras fossilizadas por toda a Terra. Isto, claro, vai
contra as Escrituras, que obviamente ensinam um Dilúvio global (Genesis 6-9).
38
Isto importa realmente?
Sim, é importante aquilo em que um Cristão
acredita acerca dos Dias da Criação em Gênesis 1. Mais importante, todos os
esquemas que inserem muito tempo na (ou antes da) Criação, diminuem a força do
Evangelho ao colocar morte, derramamento de sangue, doença, espinhos e
sofrimento antes do pecado e da Queda, como já foi explicado acima (ver
resposta à Objeção 1). Aqui estão mais duas razões:
1. O que está em questão é a forma como
realmente se aborda a Bíblia. Se não permitirmos que a linguagem nos fale no
contexto, mas tentarmos fazer com que o texto encaixe ideias de fora das
Escrituras, então o significado de qualquer palavra em qualquer parte da Bíblia
depende da interpretação do homem - que pode mudar de acordo com quaisquer
ideias exteriores que estejam na moda.
2. Se permitirmos que a 'ciência' (que se
tornou, erradamente, sinónimo de evolução e materialismo) determine o nosso
entendimento das Escrituras, isto pode levar a que se caia na descrença em
relação ao resto das Escrituras. Por exemplo, a 'ciência' defende que uma
pessoa não pode ser ressuscitada dos mortos. Isto quer dizer que deveremos 'interpretar'
a Ressurreição de Cristo de forma a estar de acordo com isto? Infelizmente,
alguns fazem isso, dizendo que a Ressurreição significa simplesmente que os
ensinamentos de Jesus continuam vivos nos Seus seguidores!
Quando as pessoas
aceitam literalmente o que Gênesis ensina e os dias da criação como dias
normais, não terão problema em aceitar que o resto da Bíblia faz sentido.
Martinho Lutero
disse:
"Tenho dito
frequentemente que aquele que estuda as Sagradas Escrituras, deve certificar-se
de que aceita as palavras o mais literalmente possível e de forma nenhuma se
deve afastar do seu significado a menos que pela fé seja levado a entendê-las
de maneira diferente. Porque disto devemos ter a certeza: não houve nenhum
discurso tão claro na Terra como aquilo que Deus falou."39
Palavras Puras
O povo de Deus precisa de perceber que a
Palavra de Deus é algo muito especial. Não são somente palavras de homens. Como
Paulo disse em 1 Thes. 2:13, "Vocês receberam-na não como palavra dos
homens, mas como é, a verdadeira Palavra de Deus."
Proverbs 30:5-6
declara que: "Toda a palavra de Deus é pura. . . Nada acrescentes às suas
palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso" A Bíblia não
pode ser tratada como sendo apenas um grande trabalho literário. Precisamos de
"tremer perante a Sua Palavra" (Isaiah 6:5) e não esquecer:
"Toda a
Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para convencer, para
corrigir, para instruir na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito
e apto para toda a obra." (2 Timothy 3:16-17)
Nos manuscritos
originais, cada palavra e letra da Bíblia está lá porque Deus a pôs. Vamos
então ouvir Deus falar-nos através da Sua Palavra e não pensar arrogantemente
que podemos dizer a Deus o que Ele realmente tem em mente!
by Ken Ham
Footnotes
1.
Van Bebber, M. and Taylor, P., Creation and Time: A Report on the
Progressive Creationist Book by Hugh Ross, Films for Christ, Mesa, Arizona,
1994. Back
2.
Hasel, G., The ‘days’ of Creation in Genesis 1: literal ‘days’ or figurative
‘periods/epochs’ of time? Origins 21(1):5–38, 1994. Back
3. M.
Luther as cited in Plass, E., What Martin Luther Says: A Practical In-Home
Anthology for the Active Christian, Concordia Publishing House, St Louis, p.
1523, 1991. Back
4. Archer,
G., A Survey of Old Testament Introduction, Moody Press, Chicago, pp. 196–197,
1994. Back
5.
Boice, J., Genesis: An Expositional Commentary, Vol. 1, Genesis 1:1–11,
Zondervan Publishing House, Grand Rapids, Michigan, p. 68, 1982. Back
6. Spurgeon,
C., The Sword and the Trowel, p. 197, 1877. Back
7.
Berkhof, L., Introductory volume to Systematic Theology, Wm. B.
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8.
Brown, F., Driver, S. and Briggs, C., A Hebrew and English Lexicon of
the Old Testament, Clarendon Press, Oxford, p. 398, 1951. Back
9.
Some say that Hosea 6:2 is an exception to this because of the
figurative language. However, the Hebrew idiomatic expression used, ‘After two
days ... in the third day,’ meaning ‘in a short time,’ makes sense only if
‘day’ is understood in its normal sense.Back
10.
Stambaugh, J., The days of Creation: a semantic approach, Proc.
Evangelical Society’s Far West Region Meeting, Master’s Seminary, Sun Valley,
California, p. 12, 26 April 1996. Back
11. The
Jews start their day in the evening (sundown followed by night)—obviously based
on the fact that Genesis begins the day with the ‘evening.’ Back
12.
Stambaugh, Ref. 10, p. 15. Back
13.
Stambaugh, Ref. 10, p. 72. Back
14.
Stambaugh, Ref. 10, pp. 72–73. Back
15.
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Dods, M., Expositor’s Bible, T & T Clark, Edinburgh, p. 4, 1888, as
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Scotland, p. 112, 1997. Back
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19. McNeil,
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Reformed Publ., Phillipsburg, New Jersey, USA, pp. 481–483, 1961, Appendix II.
They allow for the possibility of gaps in the genealogies because the word
‘begat’ can skip generations. However, they point out that even allowing for
gaps would give a maximum age of around 10,000 years. Back
22.
Pierce, L., The forgotten archbishop, Creation 20(2):42–43, 1998. Ussher
carried out a very scholarly work in adding up all the years in Scripture to
obtain a date of Creation of 4004 BC. Ussher has been mocked for stating that
Creation occurred on 23 October—he obtained this date by working backwards
using the Jewish civil year and accounting for how the year and month etc. were
derived over the years. Thus, he didn’t just pull this date out of the air, but
gave a scholarly mathematical basis for it. This is not to say this is the
correct date, as there are assumptions involved, but the point is, his work is
not to be scoffed at. Ussher did not specify the hour of the day for Creation
as some skeptics assert. Young’s Analytical Concordance, under ‘creation,’
lists many other authorities, including extra-Biblical ones, who all give a
date for Creation of less than 10,000 years ago. Back
23.
Morris, H. and Morris, J., Science, Scripture, and the Young Earth,
Institute for Creation Research, El Cajon, California, pp. 39–44, 1989. Morris,
J., The Young Earth, Master Books, Green Forest, Arkansas, pp. 51–67, 1996.
Austin, S., Grand Canyon: Monument to Catastrophe, Institute for Creation
Research, El Cajon, California, pp. 111–131, 1994. Humphreys, D., Starlight and
Time, Appendix C, Master Books, Green Forest, Arkansas, 1996. Progress towards
a young-Earth relativistic cosmology, Proc. 3rd ICC, Pittsburg, pp. 83–133,
1994. Wieland, C., Creation in the physics lab (interview with Dr Russell
Humphreys), Creation 15(3):20–23, 1993. Taylor, I., In the Minds of Men, TFE
Publ., Toronto, pp. 295–322, 1984. Back
24.
Ham, K., The Lie: Evolution, Master Books, Green Forest, Arkansas,
Introduction, pp. xiii–xiv, 1987. Ham, K., The necessity for believing in six
literal days, Creation 18(1):38–41, 1996. Ham, K., The wrong way round!
Creation 18(3):38–41, 1996. Ham, K., Fathers, promises and vegemite, Creation
19(1):14–17, 1997. Ham, K., The narrow road, Creation19(2):47–49, 1997. Ham,
K., Millions of years and the ‘doctrine of Balaam,’ Creation19(3):15–17, 1997.
Back
25.
Gill, J., A Body of Doctrinal and Practical Divinity, 1760. Republished
by Primitive Baptist Library, p. 191, 1980. This is not just a new idea from
modern scholars. In 1760 John Gill, in his commentaries, insisted there was no
death, bloodshed, disease or suffering before sin. Back
26. All
Eve’s progeny, except the God-man Jesus Christ, were born with original sin
(Romans 5:12, 18–19), so Eve could not have conceived when she was sinless. So
the Fall must have occurred fairly quickly, before Eve had conceived any
children (they were told to ‘be fruitful and multiply’). Back
27.
Some people ask why God did not tell us the source of this light.
However, if God told us everything, we would have so many books we would not
have time to read them. God has given us all the information we need to come to
the right conclusions about the things that really matter. Back
28.
Lavallee, L., The early church defended creation science, Impact, No.
160, p. ii, 1986. Quotation from Theophilus, ‘To Autolycus,’ 2.8, Oxford Early
Christian Texts. Back
29. The
Jews had three watches during the night (sunset to 10 pm; 10 pm to 2 am; 2 am
to sunrise), but the Romans had four watches, beginning at 6 pm. Back
30.
Ham, K. et al., The Answers Book, Master Books, Green Forest, Arkansas,
pp. 180–182, 2000. Back
31.
Grigg, R., Naming the animals: all in a day’s work for Adam, Creation
18(4):46–49, 1996.Back
32.
Batten, D., Genesis contradictions? Creation 18(4):44–45, 1996. Kruger,
M., An understanding of Genesis 2:5, CEN Technical Journal 11(1):106–110, 1997.
Back
33.
Anon., Is the Seventh Day an eternal day? Creation 21(3):44–45, 1999.
Back
34.
Meldau, F., Why We Believe in Creation Not in Evolution, Christian
Victory Publ., Denver, Colorado, pp. 114–116, 1972. Back
35.
Nothing in Gesenius’s Lexicon supports the interpretation of asah as
‘show.’ See Charles Taylor’s Revelation or creation? (1997) found on the
Answers in Genesis Web sitewww.AnswersInGenesis.org. Back
36.
Kline, M., Because it had not rained, Westminster Theological Journal
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Perspectives on Science & Christian Faith 48(1), 1996. Back
37.
Kruger, Ref. 31, pp. 106–110. Pipa, J., From chaos to cosmos: a critique
of the framework hypothesis, presented at the Far-Western Regional Annual
Meeting of the Evangelical Theological Society, USA, 26 April 1996. Wayne
Grudem’s Systematic Theology, InterVarsity Press, Downers Grove, Illinois, USA,
pp. 302–305, 1994, summarizes the framework hypothesis and its problems and
inconsistencies. Back
38. Van
Bebber and Taylor, Ref. 1, pp. 55–59. Whitcomb and Morris, Ref. 21, pp.
212–330.Back (1) Back (2)
39. Plass, Ref. 3, p. 93. Back
Todas as citações
bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC
idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as
únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da
Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra
de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o
Textus Receptus).
(Copie e distribua
ampla mas gratuitamente, mantendo o nome do autor e pondo link para esta página
de http://solascriptura-tt.org)
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