Geografia biblica parte 6 final.

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Sétima Parte
 
 
Jerusalém - A Capital Indivisível e Eterna de Israel
 
Sumário: Introdução. I - Origem. II - Geografia de Jerusalém. III - Davi e
Jerusalém. IV - A grandeza de Jerusalém. V - A glória do Templo de Jerusalém. VI -
Jerusalém e a arqueologia. VII - Jerusalém e sua história.
 
INTRODUÇÃO
 
Em julho de 1980, o Knessel: - parlamento israelense -aprovou um decreto-lei, elaborado pelo então primeiro-ministro Menachen Begin, transformando Jerusalém na capital eterna e indivisível do Estado de Israel.
 
Como era de se esperar, os países árabes protestaram veementemente contra a iniciativa israelense. Dias antes, a propósito, o premier judeu, respondendo a uma objeção do governo inglês, afirmou que antes mesmo da existência de Londres, a cidade de Jerusalém já era a capital de Israel.
 
O líder iraniano, Khomeini, ferrenho inimigo dos israelitas, ao saber da anexação legal e definitiva de Jerusalém, proclamou, de imediato, uma guerra para reconquistar a cidade santa. Enquanto isso, diversas nações ocidentais trataram de mudar suas embaixadas para Tel-Aviv, para não desagradar os países árabes.
 
Somente os Estados Unidos é que apoiaram a medida israelense, que se constitui no velho e milenar sonho judaico de reconquistar política e espiritualmente a Cidade do Grande Rei.
 
I - ORIGEM
 
"Jerusalém" significa, em hebraico, habitação de paz. Seu nome é mencionado pela primeira vez nas Escrituras em Josué 10.11. Entretanto, em Gênesis 14.18, encontramos uma referência sobre a cidade, que aparece com o nome de Salém. De acordo com a tradição, assim era chamada a capital judaica.
 
Eis mais alguns nomes bíblicos de Jerusalém: Jebus (Jz 19.10); Sião (SI 87.2); Ariel (Is 29.1); Lareira de Deus (Is 1.26); Cidade de Justiça (Is 1.26); Santa Cidade (Is 28.2; Mt 4.5); Cidade do Grande Rei (Mt 5.35) e, Cidade de Davi (2 Sm 5.7).
 
II - GEOGRAFIA DE JERUSALÉM
 
Jerusalém constitui-se na mais célebre cidade do mundo. É venerada por três religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Até mesmo sua localização geográfica é privilegiada.
 
A cidade santa está localizada no Sul da cordilheira central de Israel. Encontra-se a mais de 50 quilômetros do Mediterrâneo. Como símbolo de grandeza e magnitude, está edificada a 800 metros de altitude. Com o passar dos tempos, seus aspectos primitivos sofreram alterações. Contudo, ninguém jamais poderá alterar-lhe a mística ou arrancar-lhe a aura de celestialidade e glória.
 
Até o ano 70 d.C, Jerusalém era protegida por forte muralha, que foi destruída pelo general romano, Tito.


 
 III - DAVI E JERUSALÉM
 
Antes de ser tomada por Davi, a cidade santa era uma possessão jebuseica. Em 2 Samuel 5, de 7 a 9, lemos: "...Davi tomou a fortaleza de Sião: esta é a cidade de Davi. Porque Davi disse naquele dia: Qualquer que ferir os jebuseus, e chegar ao canal, e aos coxos e aos cegos, que a alma de Davi aborrece, será cabeça e capitão. Por isso se diz: Nem cego nem coxo entrará nesta casa. Assim habitou na fortaleza, e lhe chamou a cidade de Davi; e Davi foi edificando em redor, desde Milo até dentro."
 
O apogeu de Jerusalém deu-se no reinado de Salomão. O sábio monarca embelezou-a, aproveitando-se de seu singular aspecto. Procurando sanar o crônico problema de á-gua, construiu diversos aquedutos.
 
IV - A GRANDEZA DE JERUSALÉM
 
Sobre a grandeza de Jerusalém, escreve Orlando Boyer: "Qual é o segredo da sua grandeza? Não tinha um porto marítimo, como Alexandria e Roma. Nem estava situada num rio, como Mênfis e Babilônia. E nem tinha a grande vantagem de uma das grandes vias comerciais entre o mar Mediterrâneo e o vale do Jordão, nem das rotas entre a Ásia Menor e o Egito. Contudo, enquanto Roma era o centro político e Atenas, o centro intelectual,

Jerusalém era o centro espiritual do mundo, a cidade de maior influência sobre a esperança e o destino do gênero humano. Era a cidade escolhida do único e verdadeiro Deus, o centro de seus cultos, leis e revelação, com a missão de proclamá-lo a todo o mundo."
 
V - A GLÓRIA DO TEMPLO DE JERUSALÉM
O historiador judeu, Flávio Josefo, descreve a Casa do Senhor construída por
 
Salomão:
 
"O templo tinha sessenta côvados de comprimento e outro tanto de altura; a largura era de vinte côvados. Sobre esse edifício construiu-se outro do mesmo tamanho e assim a altura total do templo era de cento e vinte côvados. Estava voltado para o Oriente e seu pórtico era da mesma altura de cento e vinte côvados por vinte de comprimento e dez
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As ruas de Jerusalém são bastante movimentadas
 
de largura. Havia em redor do templo trinta quartos em forma de galeria, que serviam

de arcos para o sustentar. Passava-se de um para o outro e cada um tinha vinte e cinco côvados de comprimento por outros tantos de largo e vinte de altura. Havia, por cima desses quartos, dois andares com igual número de quartos, todos semelhantes. Assim, na altura de três andares juntamente, medindo sessenta côvados chegava justamente à altura da parte baixa do edifício do templo de que acabamos de falar e nada mais havia por cima. Todos estes quartos eram cobertos de madeira de cedro e tinham sua cobertura à parte, em forma de pavilhão: mas estavam unidos por traves longas e grossas, a fim de torná-las mais firmes: e, assim, juntas, eram como um único corpo. Seus tetos eram de madeira de cedro bem polido, enriquecido de folhagem douradas, talhadas na madeira. 0 resto era também adornado de madeira de cedro, tão bem trabalhada e tão reluzente de ouro que seu brilho ofuscava a vista. Toda a estrutura desse soberbo edifício era de pedras tão polidas e tão bem ajustadas que não se podia nem mesmo perceber-lhes as juntu-ras, mas parecia que a natureza as tinha feito um único bloco, sem que a arte nem os instrumentos de que se ser-vem excelentes artífices para embelezar suas obras, para isso tivessem contribuído. Salomão mandou fazer na largura do muro do lado do Oriente, onde não haja nenhum portal grande, mas somente duas portas, um degrau em frente, de sua invenção, para se subir ao alto do templo. Havia dentro e fora dele, pranchas de cedro ligadas com grande e fortes cadeias, para garantir a sua estabilidade.
 
Prossegue Josefo:
 
"Salomão mandou também fazer dois querubins de ouro maciço, de cinco côvados de altura cada um; suas asas eram do mesmo comprimento e essas duas figuras estavam colocadas de tal modo no Santo dos Santos, que duas de suas asas estendidas se uniam e cobriam toda a Arca da Aliança e as duas outras asas tocavam, uma do lado norte e outra do lado sul, as paredes desse lugar particularmente consagrado a Deus, que, como dissemos, tinha vinte côvados de largura. Mas, dificilmente se poderia dizer, pois não se poderia nem mesmo imaginar qual a forma desses querubins. Todo o pavimento do templo estava co-berto de lâminas de ouro e as portas da grande entrada, que tinha vinte côvados de largura e altura proporcionada, estavam também cobertas de lâminas de ouro. Enfim, numa palavra, Salomão nada deixou, nem dentro nem fora do templo, que não fosse recoberto de ouro. Mandou colocar, sobre a porta do lugar chamado o Santo do templo, um véu semelhante ao de que acabamos de falar, mas a porta do vestíbulo não o tinha."
 
Complementa Flávio Josefo:
 
"Eis com que suntuosidade e magnificência Salomão fez construir e ornar o templo e consagrou todas essas coisas à honra de Deus. Mandou fazer em seguida, em redor do templo, um muro de cem côvados de altura, chamado gison em hebraico, a fim de impedir a entrada aos leigos, sendo ela somente permitida aos levitas e sacrificadores. Salomão levou sete anos para realizar essas magníficas obras, o que não as tornou menos admiráveis, do que sua grandeza, sua riqueza e sua beleza; ninguém podia imaginar que seria coisa possível realizá-las e terminá-las em tão pouco tempo."
 
VI - JERUSALÉM E A ARQUEOLOGIA
 
Há provas suficientes, segundo a arqueologia, para se acreditar que, na área ocupada, hoje, por Jerusalém, habitavam, em eras remotas, milhares de homens.
 
A primeira menção que se tem da cidade, aparece nas inscrições de Tell-Amarna, em caracteres cuneiformes. Quando esse registro foi feito, o rei de Jerusalém era Abd Khiba. Nesse tempo, a cidade era conhecida como Urusalém.

VII - JERUSALÉM E SUA HISTÓRIA
 
Depois da morte de Salomão, o trono davídico é ocupado pelo insensato Roboão. No quinto ano de seu reinado, Jerusalém é saqueada por Sisaque, rei do Egito. Mais tarde, filisteus e árabes sitiam-na, causando-lhe muitos estragos.
 
No reinado de Amazias, os israelitas destroem parte das muralhas da cidade santa. Consideráveis riquezas são levadas a Samaria. Entretanto, renomados militares fracassam fragorosamente ao tentar marchar contra Sião. Re-zim, rei da Síria, foi um deles. No tempo de Ezequias, por exemplo, o grande Senaqueribe é abatido pelo anjo do Senhor. Do exército desse ambicioso assírio, caem 185 mil homens.
 
No tempo de Manasses, a santa cidade é invadida por tropas babilônicas. O mais perverso rei de Judá é deportado a Babilônia, onde se reconcilia com o Deus de seus pais. Alcançado pelas misericórdias divinas, o monarca judaíta é recambiado à sua terra, onde promove algumas reformas religiosas. Em termos genéricos, ele é considerado o pior soberano de Judá.
 
Não há acontecimento tão funério e triste para os judeus como a destruição do Templo e de Jerusalém. A façanha foi realizada por Nabucodonozor, em 587 a.C. Termina, assim, a fase áurea da mais amada e cobiçada cidade hebréia.
 
Após setenta anos de exílio e de vergonha, Jerusalém é reconstruída por Esdras e Neemias. Nesse mesmo tempo, o Templo ressurge. No entanto, é apenas uma sombra do imponente santuário construído por Salomão.
 
Desde essa época, a Cidade do Grande Rei não mais conheceria momentos de paz. Em 320 a.C., Ptolomeu Soter conquista-a. No segundo século antes de nossa era, Antíoco Epífanes apodera-se dela, profana o Templo e massacra milhares de judeus.
 
Em 66 a.C, o general romano Pompeu apossa-se de Jerusalém, transformando-a em possessão latina. Dezesseis anos mais tarde, Herodes, o Grande, começa a reinar sobre a cidade, com o apoio de Roma. Para agradar os judeus, o ambicioso e perverso monarca reforma e embeleza o santuário de Jeová. Nesse Templo, seria apresentado o menino Jesus.
 
No ano 70 de nossa era, conheceria Jerusalém uma de suas mais deploráveis tragédias. O general Tito, à testa de um exército de 100 mil homens, sitiou-a durante cinco meses. Em seguida destruiu-a, o que predissera Jesus, aconteceu: não ficou pedra sobre pedra; tudo foi destruído.
 
De acordo com Tácito, historiador romano, morreram, naquela ocasião um milhão de judeus.
 
O fervor nacionalista dos judeus, entretanto, não se apaga. Em 131 d.C, Bar Khoba apossa-se da cidade. No ano seguinte, contudo, o imperador Adriano devasta-a literalmente. Séculos mais tarde, em 627, Cosroes II, rei da Pérsia avança sobre Jerusalém, arrasando-a, uma vez mais.
 
Omar, sucessor de Maomé, ocupa a cidade da paz em 637. Duzentos anos depois, os maometanos destroem santuários cristãos. Em 1075, a capital espiritual do judaísmo passa das mãos dos muçulmanos para as dos turcos.
 
Sob o nome de Cristo, a Igreja Católica Romana, com suas impiedosas cruzadas, passa a atacar Jerusalém. A cidade é sitiada e conquistada em 1099, por Godofredo, chefe da primeira cruzada. Durante essa satânica investida, milhares de judeus são assassinados.
 
Saladino, em 1.187, na qualidade de chefe da terceira cruzada, ocupa a cidade. Em 1.229, as mulharas de Jerusalém são destruídas. Dez anos mais tarde, Sião rende-se ao comandante da sexta cruzada. Os turcos, em 1.547, invadem-na e, de lá, só seriam expulsos, em 1831. A Turquia, entretanto, voltaria a conquistar Jerusalém, dez anos mais tarde.


 
 
 
Na Primeira Guerra Mundial, Jerusalém é "libertada" pelo general britânico, Allemby. No dia 14 de maio de 1948, renasce o Estado de Israel. A parte Leste da cidade, porém, continuava em poder dos árabes. Entretanto, em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, a capital espiritual e histórica dos judeus é reconquistada por seus legítimos donos.
 
 
 
 
 
 
Cidades e Estradas da Terra Santa
 
Sumário: Introdução. I - Jerico. II - Belém. III -Hebrom. IV - Jope. V - Nazaré.
 
VI - Cafarnaum. VII -Samaria. VIII - Decápolis e Estradas da Terra Santa.

INTRODUÇÃO
 
A independência do Estado de Israel foi proclamada em 1948. Nesses quase 40 anos, as cidades foram-se multiplicando sobre o exíguo território israelense. Cumpre-se, dessa forma, esta maravilhosa profecia: "Eis que vêm os dias, diz o Senhor, em que o que lavra alcançará ao que sega, e o que pisa as uvas as que lança a semente; e os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se deterreterão. Também trarei do cativeiro o meu povo Israel; e eles reedificarão as cidades assoladas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e beberão seu vinho; e farão pomares, e lhes comerão o fruto. Assim os plantarei na sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus" (Am 9.13-15).
 
 

 
Desenho de Acre (alto) em 1930 e de Nazaré em 1860
 
I - JERICO
 
Localiza-se no Vale do Jordão, no território entregue à tribo Benjamim. Encontra-se a 28 quilômetros de Jerusalém. O nome dessa cidade significa, segundo alguns autores, lugar de perfumes ou fragrâncias.
 
Jerico foi a primeira cidade conquistada pelos filhos de Israel. Era famosa por suas fortificações. É considerada, ainda, uma das metrópoles mais antigas do mundo.

II - BELÉM
 
Encontrando-se a 10 quilômetros a leste de Jerusalém, é a cidade do rei Davi. Casa de pão é o que significa Belém. Pela sua posição geográfica, é uma fortaleza natural. Fica a quase 800 metros acima do nível do mar.
 
Nessa cidade nasceram dois importantíssimos personagens: Davi, e Jesus Cristo, o Salvador do mundo. Apesar de sua importância histórica, Belém foi sempre uma aldeia insignificante. Não obstante, seus campos, ainda hoje conservam a mesma fertilidade dos tempos bíblicos.
 
III - HEBROM
 
Eis o primeiro nome dessa cidade: Quiriat Arba. Encontra-se a 32 quilômetros ao sul de Jerusalém e a mil metros acima do mar Mediterrâneo. Abraão morou em suas redondezas. Em Hebrom, foi Davi ungido rei sobre Israel. É tida, também, como a primeira cidade de Judá.
 
Atualmente, Hebrom é uma grande cidade com mais de 40 mil habitantes, em sua maioria árabes. Eis suas principais fontes de renda: artesanatos, artefatos de cerâmica e pequenas indústrias. A agropecuária é, por enquanto, sem expressão.
 
IV - JOPE
 
Na distribuição de Canaã, Jope coube à tribo de Dã. Atacada várias vezes pelos filisteus, a cidade foi libertada por Davi. Mais tarde, Salomão utilizou-se de seu porto para receber cedros do Líbano, usados na construção do Templo.
 
Hodiernamente, Jope é um grande porto israelense.


V - NAZARÉ
 
Situada em um grande monte, a 400 metros acima do nível do mar, Nazaré encontra-se a 170 quilômetros de Jerusalém. No tempo das chuvas, as encostas da cidade ficam recobertas por lindas flores. O nome dessa importante localidade significa florescer.
 
Jesus Cristo foi criado nessa cidade. Por isso mesmo, Ele é chamado de Nazareno. Até 1948, Nazaré era controlada por muçulmanos. Mas, em 16 de julho de 1948, passou ao domínio dos israelenses.
 
VI - CAFARNAUM
 
Cafarnaum foi escolhida por Jesus para ser o centro de seu ministério. Seu nome significa "aldeia de Naum".
 
Em Cafarnaum, Jesus passou dezoito meses, realizando grandes milagres. Seus habitantes, entretanto, não receberam a mensagem de amor do Messias. E, conforme as palavras de Cristo, Cafarnaum desceu, de fato, até o inferno. Nunca mais foi edificada.
 
VII - SAMARIA
 
A cidade, construída por Onri, pai de Acabe, encontra-se a 60 quilômetros ao Norte de Jerusalém. Situa-se a 400 metros acima do Mediterrâneo.
 
Após o cisma israelita, Samaria passou a ser a capital do Reino de Israel. Para essa cidade, foram transportados, após o cativeiro israelita, povos estranhos que, juntamente com alguns hebreus, deram origem aos samaritanos. Mais tarde, estes causaram muitos embaraços a Esdras e a Neemias. No tempo de Jesus, ainda era grande a rivalidade entre as comunidades hebraica e samaritana.
 
VIII - DECÁPOLIS
 
No grego, Decápolis significa "dez cidades". Esse agregamento estava situado em espaçoso território a leste do mar da Galiléia. As cidades foram construídas por gregos, na tentativa de helenizar a região. Sofreram, entretanto, grande oposição dos judeus, principalmente da família macabéia.

 
 
 
 
MAPA DAS ESTRADAS DA PALESTINA

Eis os nomes das dez cidades, segundo Plínio: Citópolis, Damasco, Rafana, Canata, Gerasa, Diom, Filadélfia, Hipos Gadara, Pela. Essa confederação desempenhou relevante papel na propagação da cultura helena no Oriente. O evangelho encontrou, também, fértil terreno em Decápolis.
 
Cada cidade possuía suas forças militares que, em tempo de crise, uniam-se às falanges romanas.
 
IX - ESTRADAS DA TERRA SANTA
 
Na era patriarcal, já havia estradas cruzando a Terra Santa em todas as direções. No início, eram trilhos. Passados alguns séculos, carros de ferro já cruzavam o território israelita sem quaisquer dificuldades. Após a conquista dos romanos, foram construídas muitas estradas pavimentadas para o rápido deslocamento de tropas militares.
Via Maris:
 
Ligava Damasco a Tolemaida. Atravessava todo o território israelita, passando por Cafarnaum e Genezaré. Alguns trechos dessa estrada eram pavimentados e, por isso, os romanos cobravam pedágio para a sua manutenção.
 
Estrada da costa:
 
Também conhecida como Caminho dos Filisteus. Ligava o Egito à Terra Santa. Tinha mais de 120 quilômetros de extensão. Por essa estrada, passaram diversos exércitos conquistadores. Jesus e, mais tarde, Paulo, também a percorreram.
 
Estrada do Leste:
 
Era uma excelente via de comunicação entre Jerusalém e Betânia. Os judeus que moravam na Galiléia e iam adorar no Templo tinham que percorrê-la. Por essa estrada, passaram, provavelmente, Saulo e seus companheiros, quando se dirigiram a Damasco para perseguir os cristãos.
 
Estrada do Centro:
 
Ligava Jerusalém ao Sul do país. Na realidade, tratava-se de duas estradas que, ao chegar a Hebrom, bifurca-vam-se, uma descia em direção a Gaza e, a outra, a Berserba.

Obras Consultadas
 
A Bíblia anotada por Dake
A Terra Santa em Cores - por Sami Awwad
 
A vida diária nos tempos de Jesus - Henri Daniel - Rops Antigüidades Judaicas - Flávio Josefo Assim vive Israel - Abraão de Almeida
 
Através da Geografia Bíblica, uma viagem à Terra de Deus - Wl Jl Goldsmith Dicionário da Bíblia - John Davis
 
Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda Dicionário Universal da Bíblia - Buckland Enciclopédia Barsa
 
Enciclopédia de Assuntos Judaicos
Enciclopédia Mirador
Este é Israel - Marcos Margulies
 
Geografia Bíblica - Enéas Tognini
Geografia Bíblica - Osvaldo Ronis
 
Geografia Histórica da Bíblia - Netta Kenp de Monney Geografia da Terra Santa - Enéas Tognini História do Cristianismo - A. Knight
 
História Geral - Souto Maior
 
História da Grécia - Mario Curtis Giordani História da Igreja Cristã - Jesse Lyman Hurbbut História de Israel - Abba Eban História de Israel - Samuel Shultz
 
História do povo de Israel - Simon Dubnowv Iniciação à Economia - Silvio Barreti Manual Bíblico - Henry Halley
 
Novo Dicionário da Bíblia - Edições Vida Nova O Mundo do Novo Testamento - Dana Pequena Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer Período Interbíblico - Enéas Tognini
 
Povos e Nações do Mundo Bíblico - Antônio Neves de Mesquita

CONTRACAPA
 
Geografia Bíblica
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Claudionor de Andrade
 
Pregador, preletor, articulista, escritor, ministro do Evangelho, Claudionor de Andrade relaciona nesta geografia bíblica os fatos interessantes decorridos nos impérios egípcio, assírio, babilônio, persa, grego e romano. 0 autor leva o leitor a palmilhar Israel, ao descrever com muita propriedade o solo sagrado por excelência, as planícies, os vales, os planaltos, os montes, os desertos, a hidrografia, o clima, a flora, a fauna e os minérios. Ele retrata ainda a família hebraica, seus costumes e suas leis. Por último, penetra em Jerusalém e nas cidades da antiga Palestina, além de percorrer as principais estradas. Temos a absoluta certeza de que todos quantos usufruírem das informações contidas neste livro, dar-se-ão por satisfeitos.

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