APOSTILA DE ARQUELOGIA BIBLICA

Nenhum comentário



APOSTILA DE ARQUELOGIA BIBLICA

ÍNDICE

ÍNDICE 1

01. INTRODUÇÃO 3

A. Conceito\: 3

B. Fontes de Estudo\: 3

a. Fontes Gerais\: 3

b. Fontes Especiais\: 4

C. A Importância do Estudo da Arqueologia para a Bíblia\: 4

02. O DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DA ARQUEOLOGIA 4

A. Fase das Peregrinações\: 4

B. Fase dos Caçadores de Tesouros (1810-1890)\: 5

C. Fase da Arqueologia Científica\: 6

03. IDADES DO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA 7

PROTO-HISTÓRIA\: 7

HISTÓRIA\: 7

04. DA CRIAÇÃO AO DILÚVIO 8

1. Descobrimento de Nínive 8

A. Relação Nínive/Bíblia 8

B. Escavações 8

2. Versão Mesopotâmica da Criação 9

A. Descoberta do Relato da Criação 9

B. O Conteúdo da Versão da Criação 9

3. Criação do Homem e da Mulher 11

A. Criação do Homem 11

B. A Criação da Mulher 11

4. Dilúvio 12

5. A TORRE DE BABEL E O “PAI DE NAÇÕES 13

1. A Torre de Babel 13

2. Geografia das Terras Bíblicas 14

a. A Fértil Crescente 14

b. Culturas Mesopotâmicas 14

c. Síria\: Cultura Ugarítica / Ugarit (Ras-Shamra) 14

d. Palestina 15

3. A Cultura Sumeriana 15

a. Características 16

b. Os Reis Antediluvianos 16

4. O Pai de Muitas Nações 17

a. A Cidade de Abraão - Ur dos Caldeus 17

b. A Peregrinação de Abraão 17

6. O PERÍODO PATRIARCAL 17

1. Documentos Relacionados Com o Período Patriarcal 17

2. O Descobrimento de Mari 18

3. Costumes Patriarcais 18

a. O Princípio da Propriedade 18

b. Documento de Adoção 19

c. A Adoção da Serva da Esposa 19

d. Herança dos Terafins 20

7. ISRAEL NO EGITO E O ÊXODO 20

1. A Dominação dos Hicsos 20

2. Israel no Egito 21

a. A prisão de José 21

b. A Investidura de José 21

c. A Fome no Egito 21

3. O Êxodo 21

a. A Data do Êxodo 21

b. A 18ª Dinastia 22

4. A Rota do Êxodo 23

8. ISRAEL EM CANAÃ 24

1. Nações que Habitavam em Canaã 24

a. Filisteus 24

b. Cananeus 24

c. Arameus 25

2. Documentos Arqueológicos da Presença Israelita em Canaã 25

a. Cartas do Tell el Amarna 25

b. Stela de Merneptah 25

3. Cidades Conquistadas 26

a. Jericó 26

b. Ai 26

c. Beth Shan 26

d. Hazor 27

9. REINO UNIDO E REINO DIVIDIDO 27

1. Reino Unido 27

a. Período de Saul 27

b. Período de Davi 27

c. Período de Salomão 27

2. Documentos Arqueológicos do Período do Reino Dividido 28

a. A Pedra Moabita 28

b. Obelisco de Salmanassar III 28

01. INTRODUÇÃO

A. Conceito:

ARCHAIOS (grego) = ANTIGO

LOGOS (idem) = ESTUDO

Seria, etmologicamente, o estudo de vestígios de antigas civilizações. Contudo, no passado, havia um outro significado.

De acordo com Dennis de Alicarnasso (II séc.), que escreveu um livro chamado História de Roma, que é conhecido como Arqueologia de Roma.

Da mesma forma, Tucidides (III séc.), escreveu a um livro chamado História da Grécia. No prólogo, ele cita que sua obra trata da Arqueologia da Grécia.

No I século temos Flávio Josephus autor do livro História de Israel, utilizado no título original em grego o nome Arqueologia de Israel.

De acordo com isso, afirmamos que ARQUEOLOGIA É O ESTUDO DE VESTÍGIOS DE CIVILIZAÇÕES ANTIGAS, E, TAMBÉM, DAS INTEPRETAÇÕES DESSAS CIVILIZAÇÕES.

B. Fontes de Estudo:

a. Fontes Gerais:

• Expostas: são vestígios antigos observados sobre a superfície da Terra.

Exs.: templos, ziggurat (torres), pirâmides, monumentos.

• Parcialmente cobertos: são, principalmente, ruínas de cidades.

• Totalmente cobertos: são vestígios soterrados. Neste caso, temos os agentes do soterramento:

- erosão eólica: (principal) provocada pelo transporte de areia pelo vento.

- erupção vulcânica.

- construção de Tell: um Tell é uma montanha artificial, resultado da construção de uma cidade sobre as ruínas de outra cidade.

b. Fontes Especiais:

São fontes que apresentam escritas. Os maiores são tijolos, ou tabuinhas de argila, pergaminhos, papiros, moedas.

Em muitos casos, também aparecem inscrições em paredes e monumentos.

Havia também os OSTRACOM, que eram fragmentos de cerâmica, principalmente, em forma de conchas, utilizados por pessoas pobres para confeccionar alguns documentos.

Os documentos mais antigos são os PAPIROS. Entre esses, os mais antigos que se conhecem datam de 3100 a.C., e foram escritos pelo Faraó ASSA.

Os PERGAMINHOS são mais recentes, sendo utilizados primeiramente pelos Ptolomeus em 250 a.C. Por serem de couro, eram caros, e quando um documento já não tinha validade, era reutilizado, apagando-se o que havia sido escrito anteriormente.

Assim, um pergaminho passava a se chamar PALIMPSESTO.

C. A Importância do Estudo da Arqueologia para a Bíblia:

a. A Arqueologia dá uma base histórica-geral ao relato bíblico.

b. A Arqueologia complementa o relato histórico da Bíblia.

c. Os documentos arqueológicos escritos das civilizações passadas, servem para auxiliar a interpretar o texto bíblico.

d. Os relatos arqueológicos, transformam os relatos bíblicos, em eventos dignos de crédito.

02. O DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DA ARQUEOLOGIA

A. Fase das Peregrinações:

Era uma fase em que se descobria lugares arqueológicos ou sagrados, apenas pelo desejo de ver, conhecer o lugar (peregrinações).

Esta fase começou na época do Imperador Constantino que estimulava a visitação de lugares sagrados.

Helena, mãe de Constantino, identificou muitos lugares sagrados, sem nenhuma confirmação dos eruditos da época, entre eles, Cirilo de Jerusalém e Eusébio de Cesaréia (260-340 a.C.).

Eusébio de Cesaréia, escreveu uma obra chamada ONOMASTICON, onde ele relacionou 1000 nomes de lugares sagrados, como altares, templos, cidades, etc., dos quais a Arqueologia moderna já confirmou mais da metade.

Durante o período do Movimento Maometano, as peregrinações diminuem, mas aumentam no período das Cruzadas.

Em 1404, o italiano CIRÍACO DE PIZZICOLLI viajou pela Palestina, e fez uma coleção sistemática de objetos da antigüidade. Por esse interesse ele é conchecido por alguns como o Pai da Arqueologia.

Em 1550, um francês chamado JEAN FABRI, viajou à Palestina e preparou um estudo do solo e do relevo palestino, indicando vários lugares sagrados.

Em 1648, PIETRO DELLA VALLE, um italiano, viajou pela Palestina durante 10 anos, e após essa viagem, escreveu um relato dos lugares arqueológicos entitulado: VIAGGIO DE PIETRO DELLA VALLE, IL PEREGRINO.

Em 1800, WINCKELMAN, realiza escavações na Palestina, descreve alguns lugares arqueológicos, E ,VERDADEIRAMENTE, É CONSIDERADO O “PAI DA ARQUEOLOGIA”.

B. Fase dos Caçadores de Tesouros (1810-1890):

Nesta fase, os descobrimentos arqueológicos eram estimulados unicamente pelo valor comercial dos achados.

Entre os primeiros objetos encontrados e levados para Europa, está a PEDRA ROSETA, encontrada no Egito, na cidade de Roseta, pelo exército de Napoleão. Essa pedra continha 3 inscrições, nas seguintes línguas:

• Hieróglifo

• Demótico

• Grego

Levada à França, foi estudada por CHAMPOLION FRANÇOIS. Ele que já conhecia o grego, com algum esforço decifrou o demótico e notou que as duas mensagens eram semelhantes. Notou ainda que o nome do REI PTOLOMEUencerrava as mensagens e que estas eram equivalentes.

Entre 1811 e 1817CLAUDIUS RISH encontrou através de escavações a ANTIGA BABILÔNIA. Escreveu uma obra chamada MEMÓRIAS SOBRE AS RUÍNAS DA BABILÔNIA.

Em 1815, GEORGE GROTEFEND conseguiu traduzir os CUNEIFORMES DA PÉRSIA.

Em 1842, PAUL EMILE BOTTA descobriu NÍNIVE. Como não conseguia descobrir mais nada no sítio da Antiga Nínive, começou a escavar mais ao Norte, num local chamado KORSADABE, e descobriu o PALÁCIO DO REI SARGÃO II (730 a.C.).

Em 1845, AUSTEN LAYARD, continuou a escavar Nínive, e encontrou o grande e famoso PALÁCIO DE ASSURBANIPAL III. Já em 1850, seu auxiliar HORMUZ RASHAN, encontrou o achado que revolucionou a Arqueologia:

A BIBLIOTECA DE ASSURBANIPAL III, com cerca de 18 a 20 mil documentos.

Em 1871, foi encontrada a PEDRA MOABITA.

C. Fase da Arqueologia Científica:

Talvez tenha começado com FLINDERS PETRIE, em 1880, que engenhou um método de medição das pirâmides de GIZÉ.

Fez também escavações na Palestina; no sul da Palestina em SERABITH EL KHADEN, encontrou vestígios do alfabeto primitivo, que corresponde a cerca de 1800 a. C., derrubando a idéia de que o alfabeto foi criado pelos fenícios em 3200 a.C., colaborando para provar que Moisés teve condições plenas de ter escrever seus respectivos livros bíblicos (cerca de 1400 a.C.).

No Egito, ele fundou a ESCOLA BRITÂNICA DE ARQUEOLOGIA.

Dois arqueólogos ingleses aperfeiçoaram o método de escavações de estratigrafia vertical: FRANK BLISS E G. MAKALISTER. Estabeleceram também um método para datação de cerâmicas.

Mais tarde, surge WILLIAM F. ALBRIGHT que é tido como o maior intelecto do século XX. Ele determinou a cronologia do desenvolvimento das cerâmicas.

CHARLES-CLERMONT GANNAU é identificado como o descobridor da PEDRA MOABITA.

C. GARSTANG, fez um estudo sobre o desenvolvimento das línguas semíticas.

NELSON GLUEK desenvolveu um método para identificar períodos de ocupação do Antigo Próximo Oriente.

KATLEEN KENYON criou um método de estratigrafia vertical escalonada para escavações.

03. IDADES DO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA

PROTO-HISTÓRIA:

PERÍODOS
DURAÇÃO
Paleolítico - Pedra Bruta
*
Mesolítico - Pedra Cortada
4000? - 3100 a.C.
Neolítico - Pedra Lavrada
*
Calcolítico - Pedra Polida
*

Início da Civilização em 3100 a.C. com os Sumérios, Mesopotâmios, etc.

HISTÓRIA:

PERÍODOS
IDADE
PALESTINA
EGITO
MESOPOTÂMIA
Bronze
Primitivo
3100-2000
Civilização
Cananita
Império Unido: Tebas e Menfis
Civilização
Sumeriana
Bronze
Médio
2000-1550
Cultura
Patriarcal
Império Médio: Invasão dos Hicsos
Antigo Império
Babilônico:
Hamurabi
Bronze
Posterior
1550-1200
Conquista de Canaã pelos
Povos do Mar
Império
Novo
Império
Assírio
Ferro
I
1200-900
Reino Unido de Israel
Últimas Dinastias do Império Novo
Apogeu do
Império
Assírio
Ferro
II
900-600
Reino Dividido de Israel
Domínio
Saia
Decadência do Império Assírio:
Queda de Nínive
Ferro
III
600-330
Domínio
Babilônico e Medo-Persa
Domínio Medo:
Cambises
Neo Império
Babilônico*

*Em 538 a.C., surge o domínio Medo-Persa.

No tocante a identidade dos períodos, temos:

Idade: tempo cronológico.

> Cultura: desenvolvimento cultural (como ASD é o que devemos usar. Ex.: Cultura do Ferro III).

04. DA CRIAÇÃO AO DILÚVIO

1. Descobrimento de Nínive

A. Relação Nínive/Bíblia

Gn. 10:11 - Fundada por NINRODE, descendente de Cão e Noé. Ela tornou-se importante no período do profeta JONAS. Também chegou a ser uma das capitais do IMPÉRIO ASSÍRIO, durante o período de SARGÃO II (722-705 a.C.). E tornou-se única capital no período de SENAQUERIBE (705-681 a.C.)

Chegou ao esplendor no período de TIGLAT-PILESER, e foi embelezada no período de ASSURBANIPAL (669-626 a.C.).

Depois desse período, seu declínio foi rápido. Foi destruída em 612 a.C., pelos exércitos de NABOPOLASSAR.

B. Escavações

Em 1820, CLAUDIUS RISH, fez um mapa da região do Rio Tigre, onde ele destacou duas colinas:

• Nebi-Junnus

• Kuyundiki

Os nativos da região relacionam a colina Nebi-Junnus com o profeta JONAS.

Em 1842, o francês PAUL EMILLE BOTTA, inicia escavações na colina KUYUNDIKI, descobrindo ruínas de uma cidade; como não as considerou importantes, abandonou os trabalhos.

Em 1845, AUSTERN LAYARD, um inglês, continua as escavações, e encontra o PALÁCIO DE ASSURBANIPAL.

Em 1850, seu assistente HORMUZ RASHAN, encontrou a BIBLIOTECA DE ASSURBANIPAL, com cerca de 20 mil documentos (tabuinhas de argila).

Esses documentos foram levados ao Museu Britânico.

Por essa Biblioteca, sabe-se que Assurbanipal enviou escribas pelo território de seu reino e além-fronteira, para que eles copiassem os escritos mitológicos da época.

2. Versão Mesopotâmica da Criação

A. Descoberta do Relato da Criação

GEORGE SMITH, funcionário do Museu Britânico, traduziu os documentos da Biblioteca de Assurbanipal; em 1875, ele descobre uma parte do Relato do Dilúvio, e comunicou ao jornal The Dialy Telegraf sua descoberta.

Esse jornal passou a oferecer mil libras esterlinas para quem encontrasse o restante do Relato. O próprio George Smith encontrou o restante do Relato do Dilúvio; além disso, encontrou também o Relato da Criação.

Em 1876, George Smith publica um livro chamado A Versão Caldéia do Gênesis.

Em 1890, PETER JENSEN, publica sua versão: Cosmologia Babilônica.

Em 1895, HEINRISH ZIMMERM, publica em alemão sua versão sobre a Criação, baseado também, nos documentos de Assurbanipal.

Em 1900, surge a obra: Os Sete Tijolos da Criação Mesopotâmica. Seu autor é W. KING.

B. O Conteúdo da Versão da Criação

O conteúdo da versão da Criação está registrado em 7 tijolos de 2 faces:

> 1º. Caos Primitivo

> 2º. Luz

> 3º. Firmamento

> 4º. Terra

> 5º. Luminares

> 6º. Homem

> 7º. Repouso dos deuses

As primeiras palavras com as quais se inicia o Relato são: ENUMA ELISH... - Quando lá... A seguir, o relato:

• APSU - deus masculino - águas frescas

• TIAMAT - deusa feminina - águas salgadas

Os dois geram diversos deuses que causam muita desordem.

Apsu resolve por essa razão destruí-los. Contudo, um dos deuses chamado EA descobre o plano e mata Apsu.

Tiamat então, decidi vingar o marido, porém está sozinha. Para isso, ela cria outros deuses. Esses outros deuses são liderados por KINGU.

EA por sua vez, cria Marduk para liderar os rebeldes.

As batalhas iniciais são favoráveis a Kingu; diante disso, Marduk é nomeado Rei dos deuses. E como Rei dos deuses, ele derrota a Kingu.

Marduk então toma as seguintes atitudes:

- Tiamat é dividida em duas partes:

> Parte Superior: Marduk cria as estrelas, o Sol e a Lua.

> Parte Inferior: Marduk cria o mundo.

- Quanto a Kingu, foi degolado. Seu sangue é misturado com o barro, e Marduk cria o HOMEM.

Após ter criado o homem, há o Repouso da Divindade, e assim termina o Relato.

Outra versão desse Relato é chamada: ATARHASIS.

No final do século passado, surgiram críticos da Bíblia que divulgaram o PANBABILONISMO, mencionando que a Bíblia é simplesmente cópia das mitologias babilônicas. Contudo, observe as diferenças no quadro abaixo:

Relato Babilônico
Relato Bíblico
1. Politeísmo exagerado
1. Único Deus - Monoteísmo
2. Deuses mortais
2. Deus Eterno - Imortal
3. Criação a partir de matéria preexistente
3. Criação a partir do NADA
4. Deuses de poderes limitados
4. Deus Todo-Poderoso

E por que a semelhança entre ambos?

Depois do Dilúvio, o Relato da Criação estaria intacto. Após a Torre de Babel, porém, com a separação dos grupos étnicos, o relato foi adaptado aos novos ambientes, e alterado na sua essência.

3. Criação do Homem e da Mulher

A. Criação do Homem

No 6º tijolo da Criação encontra-se o Relato da Criação do Homem.

Na Versão ATARHASIS, temos que reuniu-se um Conselho de Deuses, que resolveu criar o homem, com características divinas. Para isso, um deus é sacrificado - KINGU.

Neste Relato aparece uma frase muito interessante, se a relacionarmos com o texto bíblico:

Que o pingar do seu sangue nos purifique...”

A deusa NINTU mistura o sangue de Kingu com o barro, formando o homem.

Existe outro Relato da Criação do homem, chamado: MITO DE ADAPA.

Este Relato encontra-se escrito em 4 tijolos. Na Biblioteca de Assurbanipal foram encontrados 3 tijolos. O 4º tijolo foi encontrado nas Ruínas do PALÁCIO DO FARAÓ AKENATHEN. A capital do Reino desse Faraó era Tell el AMARNA.

O Relato diz que ADAPA foi criado como um semideus, e portanto, mortal. Além de ser um semideus, ele era Sacerdote e Pescador. Um dia o vento que soprava virou a embarcação de Adapa. Ele ficou furioso e quebrou as asas do vento.

Sendo assim, o vento não podia soprar durante 7 dias. O deus ANU chama Adapa, pois não gostou de sua atitude. Adapa tinha um conselheiro e protetor: o deus EA. Este o orientou a não comer e nem beber nada que Anu lhe oferecesse. Adapa fiel, rejeitou o oferecimento de alimentos e bebidas por parte de Anu.

Mas, um outro deus disse a Adapa que ele havia sido tolo, porque havia rejeitado a comida e bebida da imortalidade. Sua vida passou a ser de sofrimento e angústia.

B. A Criação da Mulher

Existe um tijolo que fala da formação da mulher; porém, está muito apagado, deteriorado.

Contudo, nota-se que o nome da mulher é NIN-TI = “a dama da costela”.

Em 1975, WISSEMAN afirmou que esse nome significa “a dama de quem procede vida”.

Os dois significados têm relação com o nome bíblico EVA, que significa “que dá vida.”

4. Dilúvio

O Relato do Dilúvio encontra-se em 12 tijolos, também da Biblioteca de Assurbanipal. Recebem o nome de: A EPOPÉIA DE GILGAMESH.

No Relato de Gilgamesh, ele é 2/3 deus e 1/3 humano. Existe um documento antigo que afirma que um tal Gilgamesh foi Rei de Uruk. Porém, não se sabe se é o mesmo Gilgamesh do relato mitológico.

O Relato mitológico diz que por algum motivo morreu o deus ENKIDO. Por esse motivo, Gilgamesh por ser uma parte humana, outra divina, angustia-se tremendamente, com medo de morrer.

Gilgamesh então passa a buscar a Fonte da Imortalidade, e nessa busca ele atravessa o Mar Grande ou Mar da Morte, auxiliado por uma mulher-serpente chamada SINDRA.

Então ele se encontra com UTNAPIST (Noé), e este lhe conta como se tornou imortal: Utnapist é comunicado pelos deuses da destruição de todos os seres vivventes. Os deuses pediram a Utnapist para construir uma embarcação utilizando 30 mil cestos de palha. Logo após ele entrou na embarcação, e começou a chover. A chuva foi tão grande e forte, que os deuses fugiram para o céu de ANU como cães feridos.

A deusa ASHATAR gritou tanto de pavor, como os gritos da dor de parto. Depois de terminada a chuva, Utnapist ficou 7 dias dentro da embarcação. Enquanto esteve ali, soltou 1 pomba, 1 andorinha e finalmente 1 corvo.

O corvo não voltou mais. Mais tarde, a embarcação permaneceu sobre uma montanha. Após alguns dias, as águas baixaram, e Utnapist ofereceu um sacrifício, que os deuses apareceram como moscas para consumir o sacrifício.

Nessa desordem o deus ENLIL aparece e fica desagradado pelo fato de Utinapist estar vivo ainda. Por isso, pergunta:

-- Por que Utnapisti está vivo se ordenei que todos os seres vivos fossem destruídos?

Nesse instante surge o deus EA que sugere a Enlil que dê imortalidade a Utnapist. Enlil aceitou a sugestão.

5. A TORRE DE BABEL E O “PAI DE NAÇÕES”

1. A Torre de Babel

Em Babilônia realizaram-se escavações por ROBERT KOLDEWEY entre 1900-1915. Entre seus achados, está uma plataforma de 90 m2. Achou também duas pedras cada uma contendo uma inscrição:

• uma de Nabopolassar (625 - 605 a.C.)

• outra de Nabucodonosor (605 - 572 a.C.)

A inscrição de Nabopolassar dizia o seguinte: Marduk ordenou que a Torre enfraquecida deveria ser reconstruída, pois antes existia e foi destruída.

A inscrição de Nabucodonosor dizia o seguinte: Para que ETEMENANKI (nome da Torre) possa subir e desafiar as nuvens dos céus, eu, Nabucodonosor, coloquei as minhas mãos.

No ano 458 a.C., o Pai da História, HERÓDOTO, visita Babilônia e descobre as ruínas da Torre Etemenanki; por alguma razão, ele afirma que esta Torre estava composta por 8 pirâmides escalonares; ele descreve até a altura das pirâmides:

1ª. 33 m

2ª. 18 m

3ª. - 7ª. 6 m

8ª. 15 m (Templo de Marduk)

Heródoto afirma que esta Torre foi construída na Região de Sinear. E de acordo com a Bíblia:

Gên. 10:10 - Ninrode fundou uma cidade na planície de Sinear

Gên. 11:2 - Torre construída na planície de Sinear

Evidências registram que essa Torre foi destruída diversas vezes, e um dos primeiros registros indicam que o Rei TUKULTI NINURTA (2100 a.C.) foi o primeiro a destruí-la. Foi seguido ainda por:

Sargão II (2000 a.C.)

Senaqueribe (705 a.C.)

Assurbanipal (699 a.C.)

Nabopolassar e Nabucodonosor reconstruíram-na.

Ciro preservou

Xerxes (480 a.C.) destruiu

2. Geografia das Terras Bíblicas

a. A Fértil Crescente

Uma região geográfica em forma de meia lua, cuja extensão segue o curso de rios importantes:

Tigris (flecha)

Eufrates

Jordão

Nilo

É composta por: Mesopotâmia, Síria, Palestina e Egito.

b. Culturas Mesopotâmicas

Dividida ao:

N> Suber (suberianos)

Centro> Acade (acadianos)

S> Sumer (sumerianos)

Ocidente> Amurru (semitas)

Oriente> Elam (elamitas)

Essas culturas subsistiram de 3100 - 2000 a.C., e desapareceram completamente com o surgimento do Império Assírio (1800 - 612 a.C.). O Império Assírio foi substituído pelo Império Neo-Babilônico (612 - 538 a.C.).

c. Síria: Cultura Ugarítica / Ugarit (Ras-Shamra)

Cultura Fenícia> Tiro e Sidom

Cultura Síria> Aram (Norte), Biblos

d. Palestina

Geograficamente é formada por 4 regiões de N a S.

Dã (N) ® 240 km ® Berseba (S)

Mediterrâneo (L) ® 110 km ® Jordão (O)

• Planície Marítima:

- Acre

- Sharon

- Shephelah (Região dos filisteus)

• Montanhas:

- Galiléia

- Samaria

- Jerusalém

• Vale do Jordão:

- Rio Hule

- Mar da Galiléia

- Rio Jordão

- Mar Morto (400 m abaixo do nível do mar)

• Planície Montanhosa:

- Basã

- Gileade

- Amon

- Moabe

3. A Cultura Sumeriana

a. Características

Uma das primeiras culturas da História da Civilização é a Cultura Sumeriana. Ela ocupava o Sul da Mesopotâmia. Eles chamavam o seu território de Kengir, e denominavam a língua como Emegir. E a si próprios denominavam-se Sag-Giga = Cabeça Preta, pela cabeleira e barba pretas e abundantes.

A Arqueologia descobriu naquela região uma camada que apresenta alicerces de várias cidades sumerianas. Essa camada é chamada Jemdet Nasr.

Por que eles fundaram tantas cidades?

1. Aumento da população

2. O acúmulo de riquezas

3. A invenção da escrita (a História só começa quando o homem começa a escrever).

Escrita dos sumerianos: CUNEIFORME - Escritos em formato de cunha. Essa escrita tem:

- forma pictográfica: Não parecem letras, mas sim, desenhos (não tão claros).

- caracteres logográficos: não pertencem a um alfabeto. Um desenho que tem uma mensagem.

b. Os Reis Antediluvianos

Encontrou-se uma pedra em forma de prisma, na cidade de Nippur, e esse prisma contém uma lista de reis sumerianos, divididos em 2 grupos: reis antediluvianos e pós-diluvianos.

Outra relação com a narrativa bíblica, é a seguinte: Cidades governadas por reis sumerianos:

Shurupak

Nippur

Uruk

Lagark

Os reis antediluvianos tinham seu período de governo durando milhares de anos. O rei que governou menos tempo, o fez durante 12 mil anos, enquanto que o que mais governou o fez durante 50 mil anos. Porém, nesse caso, a palavra ano não tem o conceito atual; seria humanamente impossível.

O primeiro rei desta lista chama-se HA-LI-LU, e o último UBAR-TUTTU. Este último pode ter sido o Utinapisti (Noé) da história do Dilúvio. Esses governates governavam com auxílio de seres semi-divinos conhecidos como: APKALLU. O primeiro Apkallu, chamava-se UANNA-ADAPPA, que foneticamente tem que ver com o Adão bíblico.

4. O Pai de Muitas Nações

a. A Cidade de Abraão - Ur dos Caldeus

Ur, segundo a História, não tem uma existência relacionada com o período patriarcal. Em 1850W. K. LOFTUS, visitou no Sul da Mesopotâmia, uma colina chamada Tell el Muqayyar. Ali encontrou as ruínas de uma torre edificada com tijolos. Essa torre era um Ziggurate.

Em 1856RAWLINSON, numa das esquinas deste Ziggurate, encontrou uma inscrição de Nabonido (556-538 a.C.). Essa inscrição dizia:

“Esta Torre pertence a UR NAMU

Em 1918H. WOOLEY realiza escavações no Telll el Muqayyar e um pouco mais distante em Ubaid. Em Ubaid ele encontra referências da cidade de Ur, e também a indicação da Primeira Dinastia de Ur que data de 3000 a.C. A 3ª Dinastia é justamente a de Ur Namu (2200 a.C.).

b. A Peregrinação de Abraão

Foi encontrada uma pintura em Beni-Hasan, que fica à margem do Rio Nilo, a 400 km ao sul da cidade do Cairo. Nesse desenho se encontra a figura de um grupo de semitas visitando o Egito, que são liderados por um homem chamado ABSHA = equivalente ao Abraão bíblico = em 1800 a.C., que justamente corresponde ao período de Abraão.

6. O PERÍODO PATRIARCAL

1. Documentos Relacionados Com o Período Patriarcal

Um dos mais importantes documentos desse Período é o Código do Rei Hammurabi, de 1850 a.C.

Antes da Lei de Hammurabi, existem:

• Leis da Cidade de Schnunna

• Leis de Lipit Ishtar

• Leis da Cidade de Nuzzi (cerca de 18 mil documentos)

• Leis da Cidade de Mari (cerca de 25 mil documentos)

2. O Descobrimento de Mari

Em 1933, um árabe beduíno encontrou uma estátua sem cabeça numa região chamada Tel Hariri, ao Norte do Eufrates.

Um arqueólogo francês, André Parrot, por causa desta estátua, inicia escavações no Tel Hariri encontrando dois Templos:

• Um dedicado ao deus Dagon: nele havia uma lista dos deuses daquele lugar.

• Outro dedicado à deusa Ishtar: nele havia uma lista dos reis daquele lugar. Eram nomes semitas.

Em 1934, na continuidade das escavações no Templo de Ishtar, encontrou-se uma inscrição, e nela o nome da cidade: Mari.

Outros descobrimentos:

• Templo Ninni-Zaza: encontrou-se colunas de pedra, como altares que lembravam uma divindade: Massebah (influência israelita do período de apostasia).

• Templo de Dagon: encontrou-se colunas de madeira, como símbolos para adoração, chamadas Asherim (influência israelita do período de apostasia).

• Palácio de Zin-Ri-Ilu: foi encontrado um arquivo com cerca de 25 mil documentos, com registros da era patriarcal.

Os arqueólogos destacam uma expressão pela qual acreditam que o povo de Mari se identificava com os israelitas:

Bene Yamini = Benjamim - “Filho do Sul”

3. Costumes Patriarcais

a. O Princípio da Propriedade

• Propriedade: era inalienável; algo de maior importância.

• Sistema de Adoção: O proprietário de muitas terras, sem filhos, poderia adotar um herdeiro. Esse herdeiro poderia ser:

> Livre

> Escravo

> Parente

O adotado deveria servir ao dono e conceder-lhe um sepultamento digno. A propriedade era demarcada por terafins: “deuses da propriedade”.

A adoção era escrita num tijolo, e este era colocado na entrada da cidade.

b. Documento de Adoção

Este documento foi encontrado nas ruínas de Nuzzi por volta de 1935. Descrição do documento:

Shuriha-Ilu, adota um jovem chamado Sheninna. Ele, em vida, recebe uma porção da herança. Contudo, se Shuriha-Ilu tiver um filho próprio, este filho recebe uma porção duplicada e Sheninna fica em 2º lugar.

Sheninna recebe como esposa uma jovem chamada Kelim-Ninu.

Se Kelim-Ninu não tivesse filhos, ela mesmo deveria procurar outra mulher para ter filhos com Sheninna; essa mulher deveria ser da Terra de Lillu - expressão que significa “moças servas”.

Por outro lado, a Lei nº 163 de Hammurabi, afirmava que essa moça não precisava ser necessariamente uma “serva”; poderia ser de família, ou outra qualquer condição.

c. A Adoção da Serva da Esposa

A continuidade do Documento de Adoção diz:

Por ocasião do casamento de Kelim-Ninu, ela recebe como serva, a jovem Yalampa. Se Kelim-Ninu não tiver filhos, Sheninna terá filhos com Yalampa.

d. Herança dos Terafins

Há um documento que trata da adoção de Wullu. Neste documento se estipula que Wullu é herdeiro, e como tal ele deve alimentar e vestir ao seu senhor até a sua morte. Após a morte, Wullu recebe a terra e os ídolos que representavam a herança. Wullu havia sido adotado por Nashwi.

Existem 9 outros tijolos onde se relaciona a propriedade com os ídolos (terafins).

7. ISRAEL NO EGITO E O ÊXODO

1. A Dominação dos Hicsos

Manetho, sacerdote de Sebanitos, que viveu aproximadamente em 240 a.C., fez uma relação da História do Egito, dividindo-a pelas Dinastias dos governantes, totalizando 30 Dinastias ao todo.

A 1ª Dinastia começou com o faraó Menes, e corresponde a 3100 a.C. Foi o primeiro faraó egípcio a unir o Alto e o Baixo Egito. Segundo Manetho, a História começa neste período. Segundo a História, os governantes da 1ª à 12ª Dinastias, eram egípcios.

Na 13ª Dinastia ocorreu a invasão dos Semitas, que eram chamados de Hikaw Koswer - governantes de terras estrangeiras.

Mais tarde, os gregos chamaram os invasores de Hicsos.

Os hicsos, primeiramente, se apoderaram do Alto Egito (aproximadamente 1758 a.C.). A 14ª Dinastia já não foi de egípcios, mas de hicsos. Durante esta Dinastia, eles se apoderaram de Menphis, no Baixo Egito. Eles fundaram a capital Avaris. Nesta capital estabeleceram o território de Gosen, que é conhecido atualmente como Wadi Tumilat.

• Aporte Cultural:

Os hicsos levaram para o Egito o cavalo, tipos de facas, espada, carros de guerra, construção de fortificações, flechas de pontas metálicas.

2. Israel no Egito

a. A prisão de José

A Arqueologia descobriu um Papiro nas ruínas de Elefantina, que se encontra no Museu do Brooklin. Neste papiro há uma lista de prisioneiros onde estão designados o sexo, a idade, a criminalidade e a sentença de cada um.

No verso deste documento, encontram-se 79 nomes de prisioneiros, dizendo que os mesmos são servos de um grande senhor do Egito. 40 nomes aparecem juntamente com suas funções. Há exemplos de profissões como: mordomo da casa, chefe dos padeiros, chefe dos copeiros.

b. A Investidura de José

Foi encontrada uma pintura em uma das paredes do palácio do faraó Seti I (1308 a 1290 a.C.). Nesta pintura, o faraó aparece colocando uma corrente de ouro em um estrageiro, elegendo-o Vizir.

c. A Fome no Egito

O sonho para os egípcios era uma mensagem divina. Possivelmente, foi por esta razão que Deus deu um sonho a faraó.

A vaca era representação de divindade; o deus Hourus tinha cabeça de vaca. O rio Nilo era representado pelo boi que significava o deus da fertilidade. O deus Osiris tinha cabeça de boi. Existe um documento escrito pelo faraó Djoser (2700 a.C.), no qual ele diz:

“Meu coração está triste... pessoas... o rio Nilo está deficiente, os frutos são poucos e os cereais são escassos.”

O faraó Seti II (1210 a 1195 a.C.) deixou um documento em que autoriza o senhor Bedú (que possivelmente era de Moabe), a entrar no Egito para comprar cereais.

3. O Êxodo

a. A Data do Êxodo

Recurso bíblico: 1 Reis 6:1 = Construção do Templo de Salomão. Iniciou no 4º ano do reinado de Salomão > 970 a.C. - 480 = 1450 a.C.

Flávio Josefus menciona ser da época do faraó Ramsés em 1200 a.C. Contudo a 1ª data é mais sensata.

Foi descoberto um papiro egípcio chamado Anastasi, que segundo os arqueólogos corresponde ao século XIII a XIV a.C. Nele há uma ordem para fabricar tijolos que mais parece um castigo, indicando:

“Produzam o mesmo número de tijlos...”

Pelo que se observa, este pairo não corresponde ao período do Êxodo, pois data de 100 anos mais tarde. Seriam outros escravos.

b. A 18ª Dinastia

Kamose iniciou a expulsão dos hicsos na 17ª Dinastia. Depois de Kamose aparece Amose, que possivelmente fosse seu filho. Amose foi da 18ª Dinastia e foi quem terminou a expulsão dos hicsos. Reinou de 1565 a 1546 a.C.

Foi sucedido por Amenhotep, filho de Amose, que reinou de 1553 a 1532. Amose também teve uma filha chamada Amose.

Sucessão Patrilinear: é a sucessão através do filho.

Sucessão Matrilinear: é a sucessão através da filha, mas quem governa é o esposo.

Tutmés I, esposo de Amose, foi faraó de 1532 a 1506 a.C. Tutmés teve uma concubina chamada Mutnofrete.

De Tutmés I com Amose nasceu Hatshepshut. Hatshepshut casou-se com Tutmés II, filho de Tutmés I e Mutnofrete. Tutmés II reinou de 1508 a 1504 a.C.

Hatshepshut assumiu o lugar do esposo, por este ser inábil para governar, e reinou de 1504 a 1482 a.C.

Nefruere, filha de Tutmés II e Hatshepshut, casou-se com Tutmés III, que era filho de Tutmés II com uma concubina. Tutmés III reinou de 1482 a 1450 a.C.

Amenhotep II, filho de Nefruere e Tutmés III, reinou de 1450 a 1425 a.C., e seu filho, Tutmés IV, reinou de 1425 a 1412 a.C.

Êxo. 1:8 ® Amose está neste texto = “O faraó que não conhecia José”.

Êxo. 1:11 ® Este faraó seria Amenhotep I = “O faraó da aflição”.

Tutmés I ® faraó do decreto de morte. Êxo. 1:22 > Nascimento de Moisés.

Hatshepshut ® tira Moisés do Nilo. Êxo. 2:5 > Princesa.

® Morre seu pai, Tutmés I, e ela diminui a carga de trabalho.

Êxo. 2:25

Êxo. 2:23 > O faraó morre.

Provavelmente este faraó tenha sido Hatshepshut. A Arqueologia descobriu o Palácio de Hatshepshut na cidade de Deir el Bahari, perto da cidade de Luxor (antiga Thebas). Nas colunas deste palácio, mostra-se que Hatshepshut foi faraó. As inscrições também indicam que ela governava sob a orientação de um homem sábio chamado Sen-Mut. Ele era conhecedor da magia, mineralogia (exploração de minas).

Em Atos 7:22, a Bíblia menciona que Moisés foi conhecedor de toda ciência do Egito. Sendo assim, como provavelmente Hatshepshut tirou Moisés das águas, possivelmente Sen-Mut foi o grande instrutor de Moisés.

Êxo. 14:28 > O faraó sepultado nas águas do Mar Vermelho.

Provavelmente tenha sido Tutmés III, o faraó do período das pragas.

Pela Arqueologia, sabe-se que Tutmés III, era um grande construtor. Além disso, liderou 16 campanhas para conquista de territórios.

4. A Rota do Êxodo

A Bíblia afirma que o Êxodo partiu de um lugar chamado Rameses. (Êxo. 12:37). A Arquelogia encontrou um local chamado Pí-Rameses, na colina de Qantir. Identificou-se um lugar chamado Sucote, que se encontra no extremo de Wadi Tumilat. Essa região está sobre uma colina chamada Tel el Masqquta.

Êxo. 14:2 > Aparece o nome Pí-Harirote

Descobriu-se um canal com a seguinte inscrição: HRT. Como no hebraico e árabe não existem vogais, talvez esteja localizado o local indicado na Bíblia. Nessa região existe uma torre que é identificada com o nome: MGTL. Este corresponde a Migtol, citado na Bíblia.

8. ISRAEL EM CANAÃ

1. Nações que Habitavam em Canaã

a. Filisteus

Historicamente, são povos que procederam do Mar Egeu. Se acredita que participaram da Guerra de Tróia, e após isso, atravessaram o Mediterrâneo e chegaram a Canaã, e em seguida invadiram o Egito (sécs. XIV a XII a.C.).

Eles foram chamados pelos egípcios de Peleshet - povos do mar. Por essa época, os egípcios expulsaram os filisteus e estes passaram a ocupar o sul de Canaã, região conhecida como Shephelah.

Nesta região, eles fundaram as cidades de Gaza, Ashquelon, Ekron, Asdode e Gade.

Naquela época, eles estabeleceram uma importante contribuição cultural: A metalurgia.

Religião: o deus principal era Baal. Outro deus principal era Dagon = deus da chuva. Havia também a deusa Ashera = deusa da fertilidade.

O nome Palestina, siginifica: Terra dos Peleshet, ou dos filisteus.

b. Cananeus

Foram povos que possivelmente se originaram no norte da Mesopotâmia, e são de origem semita. Chegaram à Canaã nas famosas migrações amoritas.

Os cananeus tiveram grande aporte cultural: grandes cidades, estradas, invenção do alfabeto (a maior contribuição cultural).

Deste alfabeto, foi descoberto por Flinders Petrie, em 1905, vestígios, num local chamado Serabith el Kaden, datado de 1800 a.C.

Outro documento que demonstra que os cananeus inventaram o alfabeto, foi encontrado na região de Gezer, e tratava-se de um calendário.

Os cananeus fundaram a Cultura Ugarítica (Ugarit), cuja capital é Ras Shamra. As ruínas deste local foram descobertas por Claude Shaeffer, e nessas ruínas descobriram-se milhares de tijolos em língua semítica.

Religião: o deus principal era Baal = deus da fertilidade. O grande problema eram as festas religiosas, por se tratarem de verdadeiras orgias.

c. Arameus

Povos que se originaram no sul da Mesopotâmia. Se estabeleceram no Norte de Canaã, a atual Síria. Ali fundaram algumas cidades: Beth Rehov, Tob, Damasco (+ importante) e Hamath.

A contribuição cultural dos arameus foi a língua: o aramaico. O aramaico era o “inglês” dos séculos X a IV a.C. Entre os documentos encontrados, notaram-se os nomes de reis que apenas a Bíblia mencionava até então: Hazael, Rezin.

2. Documentos Arqueológicos da Presença Israelita em Canaã

a. Cartas do Tell el Amarna

Em 1887, na região de Amarna, que fica no Egito, uma mulher beduína encontrou tijolos que depois foram relacionados com cartas recebidas pelo faraó Amenhotep IV (séc. XII a.C.). Essas cartas eram diplomáticas entre os povos de Canaã e Mesopotâmia e o Egito, escritas em cuneiformes, e pediam ajuda ao faraó para conter a invasão dos habirú. Outras cartas apresentam o nome hapirú. Em ambos os casos, trata-se dos hebreus.

Esse faraó também é conhecido como o Herético, por ter terminado com a religião politeísta do Egito, instituindo uma religião monoteísta, depois do Êxodo de Israel. Depois disso, fundou a capital de seu reino em Amarna. Também mudou o seu nome para AkenathemAthem era o nome do deus que ele escolheu.

b. Stela de Merneptah

Merneptah foi um faraó que governou entre 1230-1216 a.C. No 5º ano de governo já havia conquistado várias nações. Para comemorar estas conquistas, mandou construir um Stela. Nela ele escreveu uma relação das nações conquistadas. E nesta lista, aparece pela 1ª vez num documento arqueológico, o nome de Israel como nação organizada. É uma confirmação direta do relato bíblico.

3. Cidades Conquistadas

a. Jericó

As ruínas de Jericó são encontradas no Tell el Sultan. Era conhecida como Cidade das Palmeiras.

Jericó deriva da palavra Jeriah, que significa Lua.

Em 1920Garstang, encontrou uma camada de cinzas que ele identificou como sendo do período de Josué. Ele se enganou.

Em 1950, Katleen Kenyon analisou essa camada de cinzas e determinou que ela pertencia à época do Bronze I. Ela fez uma relação dos períodos de ocupação do Tell el Sultan:

• até 1500 a.C.: Jericó estava habitada.

• 1500 a 1400 a.C.: Desabitada

• 1400 a 1300 a.C.: Ocupada

• 1300 a 1200 a.C.: Denudação. Não há, segundo ela, nenhum vestígio desse período. Jericó foi completamente devastada. Esse período corresponde ao período da Conquista de Jericó. Deus destruiu tudo, a ponto de não haver nenhum vestígio.

• 1200 a 1100 a.C.: habitada

b. Ai

Conhecida como Et Tell. Nela encontram-se vestígios de destruição do século XIII a.C.

c. Beth Shan

Ainda hoje tem esse nome, e seu nome significa Casa do deus Shan. Localiza-se ao Sul da Galiléia, às margens do Jordão.

Há um documento de um faraó, Shetos I - séc. XIII, que invadiu Beth Shan e desalojou os hapirú (israelitas).

d. Hazor

Encontra-se numa montanha chamada Tell el Quedah, situada ao Norte.

9. REINO UNIDO E REINO DIVIDIDO

1. Reino Unido

a. Período de Saul

Foram feitas escavações em Gibeã, num local chamado Tell el Ful, por W. F. Albright. Neste local encontrou-se o Palácio de Saul. Este palácio tem a estrutura de uma casa comum.

Os muros deste palácio foram construídos no sistema Casamata = muros construídos paralelamente, sendo que o espaço entre ambos era usado para armazenar cereais, ou em locais estratégicos era preenchido com entulho.

b. Período de Davi

A Arqueologia descobriu a Cidade de Davi, conhecida como Citadel, localizada na Colina de Offel. Também foi descoberto o Canal de Gihon, por onde Davi entrou em Jerusalém e dominou os jebusitas.

c. Período de Salomão

Numa colina chamada Tell el Qasileh, foi encontrada uma ostracon, que trazia o relato da quantidade de ouro de Offir. Esse ouro foi usado para revestir o Templo. Foi um reinado extremamente rico.

2. Documentos Arqueológicos do Período do Reino Dividido

a. A Pedra Moabita

Em 1968, foi encontrada por um padre franciscano, uma pedra de 1,50 cm de altura. Depois, nas mãos de um grupo de árabes, ela foi dividida com intenções comerciais. Mais tarde, ela foi reconstruída e então notou-se a presença de inscrições em escrita fenícia.

Nestas inscrições o Rei Mesha agradecia ao deus Quemosh as vitórias contra as nações inimigas, e principalmente, pela vitória sobre Onri, rei de Israel.

b. Obelisco de Salmanassar III

Foi encontrado em Dibon. Nesse obelisco, Salmanassar III mandou gravar figuras de nações derrotadas por ele. Estas figuras mostram os reis destas nações.

Entre as estas figuras, aparece a figura de Jeú, filho de Onri, inclinado diante de Salmanassar III, oferecendo-lhe honrarias.

 

 

Nenhum comentário

Postar um comentário