Arqueologia e geografia bíblica parte 2
Já foi encontrado o local de sepultamento de algum personagem da Bíblia? Tumba dos Patriarcas
A Bíblia relata que Sara, Abraão, Isaque, Rebeca, Lia e Jacó foram enterrados em Hebrom, numa caverna denominada a Cova de Macpela, adquirida por Abraão (Gn 23). Segundo a tradição, esta caverna está localizada abaixo de Haram el-Khalil ("recinto sagrado do amigo do Deus Único Misericordioso") em Hebrom, e é atualmente uma mesquita muçulmana. Algumas referências datadas do período Helênico (século II d.C) atestam que este é o local autêntico de sepultamento dos Patriarcas. A caverna foi explorada pelos Cânons Agostinianos em 1119, sendo declarada a descoberta dos ossos dos Patriarcas nesta data.
Tumbas de Davi e Salomão
Por todo o período dos reinados, os reis de Judá foram enterrados na cidade de Davi. Na divisa sul da Cidade de Davi, ao sul da Antiga Cidade de Jerusalém, existem duas tumbas monumentais compostas de túneis que estudiosos acreditam ser as tumbas de Davi e Salomão. Infelizmente, estas tumbas foram danificadas por guerras posteriores de modo que nenhuma inscrição que poderia identificá-las permaneceu. Na mesma área existem diversas tumbas da Idade do Ferro, possivelmente pertencentes a outros reis de Judá.
O sepultamento de Uzias foi uma exceção aos costumes da época. Considerando que ele foi um leproso, não foi sepultado com os outros reis, mas " no campo de sepultura que era dos reis; pois disseram: ele é leproso" (2 Crônicas 26:23). Surpreendentemente, uma inscrição foi encontrada no Monte das Oliveiras em 1931, datada do primeiro século D.C que diz: "Aqui foram trazidos os ossos de Uzias, rei de Judá – não abra." Evidentemente, devido à sua lepra, os ossos de Uzias foram removidos do campo que pertencia aos reis e transferido para um local mais distante.
25 Bryant Wood da Associates for Biblical Research - Copyright © 1995, 1999, Associates for Biblical Research,
Alguma construção humana e descrita na Bíblia já foi escavada por arqueologistas?
Sim, diversas estruturas bíblicas foram desencavadas. Entre estas, as mais interessantes são:
O palácio de Jericó onde Eglom, rei de Moabe, foi assassinado por Eúde (Jz 3:15-30).
O Portão leste de Siquém onde Gaal e Zebul observaram a aproximação das tropas de Abimeleque (Jz 9:34-38). O Tempo de Baal / El-Berite em Siquém, onde foram obtidos fundos para o reinado de Abimeleque e onde os
cidadãos de Siquém se refugiaram quando Abimeleque atacou a cidade (Jz 9:4, 46-49).
O tanque de Gibeão onde as forças de Davi e Is-Bosete lutaram pelo reinado de Israel (2 Sm 2:12-32).
A Piscina de Hesbom, que foi comparada aos olhos da mulher sulamita (Ct 7:4).
O pálacio real de Samaria onde os reis de Israel viveram (1 Re 20:43; 21:1, 2; 22:39; 2 Re 1:2; 15:25).
O tanque de Samaria onde o carro do rei Acabe foi lavado após sua morte (1 Re 22:29-38).
O aqueduto sob Jerusalém, cavado pelo rei Ezequias para prover água durante o cerco assírio (2 Re 20:20; 2 Cr 32:30).
A fundação da sinagoga em Cafarnaum onde Jesus curou um homem que tinha um espírito imundo (Mc 1:21-28) e deu o sermão do pão da vida (Jo 6:25-59).
A casa de Pedro em Cafarnaum onde Jesus curou a sogra de Pedro e outras pessoas (Mt 8:14-16).
O poço de Jacó onde Jesus falou à mulher samaritana (Jo 4).
O tanque de Betesda em Jerusalém, onde Jesus curou um homem enfermo (Jo 5:1-14).
O tanque de Siloé em Jerusalém, onde Jesus curou um homem cego (Jo 9:1-4).
O tribunal em Corinto onde Paulo foi julgado (At 18:12-17).
O teatro em Éfeso onde ocorreu a revolta dos artífices (At 19:29).
O Palácio de Herodes em Cesaréia onde Paulo foi mantido sob guarda (At 23:33-35).
Os computadores da NASA realmente provaram a existência do "longo dia" de Josué?
Embora acreditemos nos fatos relatados na Bíblia sobre o Longo Dia de Josué, a alegação de que a NASA provou a existência deste dia não passa de um antigo mito urbano. Na verdade, a alegação de que cálculos astronômicos tenham provado a "perda" de um dia já existe há um século. Nas últimas poucas décadas, o mito foi então ornamentado com os computadores da NASA realizando os cálculos.
Ninguém que tenha defendido esta estória disponibilizou detalhes destes cálculos - como exatamente este dia perdido foi descoberto? Esta observação deveria tornar as pessoas naturalmente mais cuidadosas no que acreditam. Como então detectar um dia perdido sem que se tenha um ponto de referência fixo antes deste dia? Na realidade precisa-se relacionar registros tanto astronômicos quanto históricos para detectar um dia perdido. E para detectar 40 minutos perdido necessita-se que estes pontos de referência tenham a precisão de minutos.
É verdade afirmar que o tempo de ocorrência de eclipses solares observáveis de certa localidade pode ser determinado atualmente com precisão, porém os registros antigos não registravam o tempo com tamanha precisão, portanto o relacionamento de registros é simplesmente inviável. De qualquer forma, o registro histórico mais antigo de um eclipse ocorreu em 1217 AC, aproximadamente dois séculos após Josué. Existem tantas boas evidências para a verdade da criação e da Bíblia que não é necessário se recorrer a artifícios de ornamentos e mitos urbanos.
A Arca de Noé já foi encontrada?
A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de expedições à região do Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos norte-americanos, têm gerado numerosas afirmações - sem no entanto prova alguma.
De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas dimensões eram aproximadamente 450 pés de comprimento, 75 pés de largura e 45 pés de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela" foi construída ao seu teto. (Gn 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a maior embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas proporções são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes transatlânticos atuais.
A Bíblia diz que o barco de Noé pousou sobre "os montes de Ararate" (Gn 8:4). "Ararate" provavelmente se refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a saída de Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu das páginas da Bíblia. Os escritores bíblicos que vieram posteriormente nunca deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser vista.
O monte atualmente denominado "Ararate" é semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito interessante observar que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um grande barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início do século III d.C) sugerem que era de conhecimento geral que a Arca ainda podia ser vista no Monte Ararate. Reporteres durante o século passado envolvem visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Em geral, acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés. Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte do ano, apenas em alguns verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas dizem terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna.
Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta da NASA James Irwin em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também foram aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava justamente na fronteira entre União Soviética e Turquia. As expedições à montanha eram consideradas como uma ameaça à segurança pelo governo soviético.
Infelizmente, visitas posteriores aos locais descritos não produziram evidências adicionais, o paradeiro revelado pelas fotografias é atualmente uma incógnita e as diferentes visões não indicam o mesmo local. Além disso, o astronauta James Irwin faleceu, uma testemunha visual recentemente se retratou publicamente e existem poucas novas expedições à montanha nos anos 90.
Porém ainda existem alguns esforços. Mesmo considerando que a Associates for Biblical Research não está direcionada para qualquer um destes esforços, temos pesquisado documentos antigos, procurado por relatos de testemunhas visuais e renovado esforços para mapear o local de repouso da Arca. Existem ainda muitas expedições pendentes. Se realmente estiver lá, certamente saberemos.
Comentários Adicionais
Devido a um popular filme de Hollywood apresentado em 1976 ("In Search of Noah's Ark - Em Busca da Arca de Noé"), muitas pessoas ainda têm a impressão que a Arca de Noé foi definitivamente encontrada. Um item particularmente memorável para as pessoas era uma fotografia espacial confusa de algo que se acreditava ser a Arca. Expedições posteriores provaram que o objeto era simplesmente uma grande formação rochosa.
Nos anos de 1980 e 90, muitos foram enganados por estórias de notícias televisivas ou divulgadas em artigos nos jornais alegando que a Arca tinha sido encontrada em local completamente diferente. Os relatos referiam-se a uma estrutura em forma de barco a 15 milhas do Monte Ararate. Infelizmente, foram divulgados diversos testemunhos exagerados sobre este local, frequentemente denominado Local de Durupinar. Através de pesquisas geológicas extensivas, utilização de radar de terreno e dados de análise de formações terrestres, patrocinadas internacionalmente por um anestesista americano denominado Ron Wyatt, confirmou -se sem margem a dúvidas de que a estranha formação é uma característica geológica comum na região do Ararate. Não é a Arca de Noé.
Os Gigantes
"Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve na antigüidade." Gn 6.4
"Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins." Dt 2.10-11
"Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados [4 metros], e de quatro côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso." Dt 3.11
"Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos." Nm 13.33
Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era sobremodo elevada. Haviam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros. Eram os primeiros gigantes, chamados pela Bíblia de Nefilins.
Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma estrada em Homs, no Vale do Eufrates, sudeste da Turquia, região próxima de onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes. Elas tinham 4 metros de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo cerca de 120 centímetros de comprimento. Calcula-se que esse humano tinha uma altura de 4,5 metros e pés de 53 centímetros. Um dos ossos (fotos abaixo) está sendo comercializado pelo Mt. Blanco Fossil Museum na cidade de Crosbyton, Texas, EUA, ao preço de 450 dólares.
"Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em Asdode." Js 11.22
"Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba, porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da guerra." Js 14.15
Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza).
"Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89 metros]." 1 Sm 17.4
Golias é o gigante mais famoso da história. No entanto não chegava a 3 metros de altura.
Esta interessante pegada em granito sólido foi encontrada na reserva florestal de Cleveland, EUA em fevereiro/2002.
Gigantes de 24 dedos
"Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedos, seis em cada mão e seis em cada pé, e que também era filho do gigante." 1 Cr 20.6 Pela narrativa, os israelitas se surpreenderam com esse gigante. Na foto, uma pegada fossilizada de 6 dedos (o dedo menor está um pouco apagado) de um gigante comparada com um pé normal.
Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim, Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais tarde reimpressa no livro "Traces of the Elder Faiths of Ireland" de W. G. Wood-Martin (abaixo múmia preto e branco). 26
26www.ChristianAnswers.Net/portuguese - Christian Answers Network - PO Box 200 - Gilbert AZ 85299 EUA
Os mais antigos manuscritos do texto bíblico até agora descobertos
No verão de 1947, o mero acaso levou à descoberta dos textos mais antigos até agora existentes. Entre os escritos em pergaminho e papiro que uns pastores beduínos descobriram por acaso numa caverna na costa norte do mar Morto, encontrava-se um rolo de sete metros de pergaminho com a íntegra do primitivo texto hebraico do Livro de Isaías. O exame do documento por peritos revelou que o texto de Isaías foi sem dúvida algum escrito pelo ano 100 a.C.! É o original de um dos livros dos profetas, como o que Jesus manuseava quando lia aos sábados em Nazaré (Lc 4.16 e seguintes). O Livro de Isaías, com mais de dois mil anos de idade, é uma prova única da autenticidade da tradição da Sagrada Escritura, pois o seu texto concorda com a redação das Bíblias atuais. De 1949 e 1951, os arqueólogos G. Lankester Harding e Padre Roland de Vaux conseguiram encontrar em outras cavernas do mar Morto grande quantidade de manuscritos muito mais antigos. Entre eles acham-se, em trinta e oito rolos, dezenove livros do Velho Testamento. Esses achados são, segundo declarou G. L. Harding, "o acontecimento arqueológico mais sensacional do nosso tempo. Uma geração inteira de especialistas em assuntos bíblicos terá que empenhar-se no exame desses textos".
As redações bíblicas mais antigas e completas do Velho e do Novo Testamento eram, até pouco tempo, os célebres Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus do século IV d.C., aos quais se reuniram em 1931 os Papiros Chester-Beaty dos séculos II e III. Fora isso, existem ainda alguns fragmentos de antes de Cristo (os Fragmentos Fuad e Ryland). Mas todos esses documentos são em grego, portanto, no que se refere ao Velho Testamento, traduções. A mais antiga transmissão completa, no texto hebraico primitivo, era o Codex Petropolitanus, escrito em 916 d.C. Com o pergaminho de Isaías encontrado na região do mar Morto, a tradição bíblica hebraica recua quase um milênio exato. Do N.T. foi descoberto em 1935 um fragmento do Evangelho de João, em grego, do tempo do Imperador Trajano (98-117). Esses antigos manuscritos são a resposta mais convincente sobre a autenticidade da tradição bíblica!
Entrementes, muito se escreveu a respeito de Qumran. Além das publicações rigorosamente científicas tratando dos célebres "rolos manuscritos do mar Morto", eles entraram também para a literatura especializada , popular, de fácil acesso à compreensão do grande público. Assim, a essa altura, já está na hora de perguntar: será que Qumran trouxe a sensação esperada? A resposta não pode ser inequivocamente positiva, nem negativa, pois mais uma vez cumpre fazer constar que em parte seria sim, em parte, não. De nenhuma maneira os rolos manuscritos do mar Morto forneceram aquelas revelações espetaculares da vida e obra de São João Batista, bem como de Jesus, o nazireu, que deles se esperavam. Ao invés disso, a "voz do deserto" de Qumran nos trouxe à mente quão pouco, no fundo, sabemos a respeito do histórico João Batista, do histórico Jesus. Todavia, parte dos rolos manuscritos de Qumran confirma uma concordância surpreendente com a redação dos textos do V.T., nos quais se fundamentam, e a redação massorética canônica do V.T. hebraico, datando de aproximadamente um milênio mais tarde. Tal concordância reveste-se de grande importância para a história das tradições.
Da mesma forma, o teor dos textos de Qumran, com suas inúmeras "antecipações" de idéias, doutrinas, exigências, regras e normas cristãs, forneceu e continuam fornecendo argumentos para os céticos, aqueles que duvidam da originalidade de Jesus e sua Igreja. Depois das descobertas de Qumran, nada mais ficou intocável no âmbito da religião de Cristo, a começar com as bem-aventuranças proferidas no Sermão da Montanha, até as vestes brancas do batismo, desde a eucaristia até a ordem comunitária. Assim, os assênios, os sectários de Qumran, possuíam um "conselho da comunidade", integrado por doze tribos de Israel, mas ainda igualmente aos doze apóstolos de Jesus Cristo. Em Qumran, havia "anciães"; aliás, foi de uma expressão grega, designando o "ancião" da comunidade cristã (presbyter), que nasceu a palavra alemã "Priester" (sacerdote). Ademais, o povo de Qumran conhecia até o ofício episcopal; o termo "bispo" é derivado da palavra grega "episkopos" (literalmente, supervisor) e os sectários de Qumran conheciam bem o ofício de um supervisor (em aramaico: mebagger).
Em resumo, desde os 12 apóstolos, passando pela "instituição comunal", em sua íntegra, até as idéias de apreciação ética, as essências da fé, tais como a consciência de ter cometido um pecado, o conceito da salvação, a expectativa do Juízo Final, a "pobreza em espírito", todos esses elementos básicos da fé e da religião cristã, tudo isso já existia em Qumran e era conhecido dos essênios.
Por vezes, as concordâncias chegam a ser paradoxais. Da Primeira carta de Paulo aos Coríntios, consta o seguinte trecho enigmático: "Por isso a mulher deve trazer a cabeça (o sinal) do poder por causa dos anjos" (I Co 1.10). Isso poderia ser compreendido da seguinte maneira: por achar-se sob o domínio do homem, a mulher deveria usar um véu na cabeça; no entanto, o que isso teria a ver com os "anjos"? As regras vigentes em Qumran explicam de que se trata: segundo a crença dos sectários de Qumran, a refeição comunal sacrificial contava com a presença de "anjos sagrados", que poderiam ficar "ofendidos" com a presença de certas pessoas, ou grupos de pessoas. Quanto aos preceitos referentes às mulheres, os cristãos primitivos ainda acompanhavam certas praxes, embora não fossem tão longe como foram os essênios, que excluí-ram, radicalmente, as mulheres de suas refeições comunitárias sacrificais. Os cristãos exigiam das mulheres somente certos quesitos, tais como o uso do véu. Todavia, quanto aos doentes, paralíticos, cegos, surdos e aleijados, os cristãos deixaram de acompanhar o regulamento dos essênios, como se depreende da seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: "Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade; traze aqui os pobres, aleijados, cegos e coxos" (Lc 14.21). Há cientistas que interpretam essas palavras como um franco protesto, uma rejeição terminante do regulamento comunal de Qumran.
Nessa altura, chegamos às diferenças existentes entre Qumram e a cristandade e, novamente, no Evangelho de Lucas tornamos a encontrar algo parecido com uma tomada de posição. O evangelista cita a parábola dos feitos infiel e coloca as seguintes palavras na boca de Jesus: "porque os filhos deste século são mais hábeis no trato com os seus seme-lhantes que os filhos da luz." (Lc 16.8). "Filhos da Luz" eram os sectários de Qumran, os essênios. Com essa passagem do Evangelho, os membros das comunidades cristãs contemporâneas eram instados a mão imitar os essênios, que se fecharam em si, retirando-se para o deserto, e assim perderam o contato com o mundo ao seu redor; Enquanto os essênios de Qumran viveram totalmente isolados do resto do mundo, os mensageiros cristãos foram "foram pelas praças e pelas ruas da cidade", conquanto a sua mensagem não fosse dirigida aos eleitos, mas igualmente aos "pobres, aleijados, cegos e coxos". E essa
mensagem não se chamou "justiça", mas, sim, rezava: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mt 7.1); e ainda: "O meu preceito é este: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei" (Jo 15.12). Esses eram matizes novos, ainda desconhecidos da "voz do deserto" de Qumran. E, não obstante os caminhos enveredados pela cristandade em sua evolução posterior e quantos fossem os motivos de crítica e censura, nem seus adversários mais severos podem negar o fato de que foi justamente pela caridade, pela bondade, que ela de distinguiu de Qumran e do rigor do regulamento essênio. 27
Cientistas desvendam fraude do dinossauro-pássaro
Uma das maiores fraudes da história da ciência chegou ao seu capítulo final. A revista britânica "Nature" publicou a análise de tomografia computadorizada do Archaeoraptor, o fóssil forjado que enganou paleontólogos do mundo todo e expôs ao ridículo outra revista importante, a americana "National Geographic".
O estudo do paleontólogo Tim Rowe, da Universidade do Texas em Austin (EUA), publicado semana passada pela revista (www. nature.com), mostra que o fóssil é o mosaico de pedaços de uma ave e quatro dinossauros diferentes.
O Archaeoraptor foi assunto de capa da "National Geographic" em novembro de 99. O caso era sensacional: um fóssil de dinossauro descoberto na China apresentava uma "combinação dramática" de características de pássaro e de dromeossauro, um dino carnívoro. Era, definitivamente, o elo perdido entre aves e répteis. Em outubro do ano passado, no entanto, a revista foi forçada a admitir que havia comprado gato por lebre. Descobriu-se que a tal "combinação dramática" não fora moldada pela evolução, e sim por contrabandistas de fósseis chineses. Para elevar o valor de mercado da peça, eles juntaram metade do corpo de um pássaro fóssil com a cauda e as patas traseiras de um dromeossauro.
O fóssil foi retirado ilegalmente da China e vendido nos EUA ao artista plástico Stephen Czerkas, por US$ 80 mil.
Czerkas chamou dois paleontólogos, o canadense Philip Currie e o chinês Xu Xing, para descrever o animal.
A idéia de era coincidir a descrição científica do bicho com uma matéria sobre o animal na "National Geographic". A fim de publicar a descrição na "Nature" ou na sua rival, a "Science", Czerkas contratou Tim Rowe para fazer uma análise de tomografia computadorizada no fóssil. "Levou só algumas horas para perceber que o espécime estava quebrado em muitos pedaços e que nem todos haviam sido rearranjados corretamente", disse Rowe à Folha.
Mas Czerkas resolveu levar a publicação na "National Geographic" à frente, mesmo depois de o trabalho ter sido rejeitado pelas duas revistas científicas. E ameaçou Rowe de processo caso publicasse os dados da tomografia.
A tramóia só veio abaixo um mês depois, quando Xing Xu encontrou, na China, um fóssil de dromeossauro cuja cauda era, sem dúvida, a do Archaeoraptor, e a "National Geographic" foi obrigada a desmentir a capa.
Só agora, depois de resolvidas as questões legais —o tal processo aconteceu, de fato—, o trabalho de Rowe (concluído desde outubro de 99) aparece na "Nature". A análise mostra que a laje contendo o Archaeoraptor foi montada a partir de 88 cacos de pedra. Parte deles contém meio fóssil de um pássaro ainda desconhecido para a ciência, que está sendo estudado por Xu. Outra parte tem restos de dromeossauros que não podem ser atribuídos a um só espécime.
Para o paleontólogo, a fraude do Archaeoraptor mostra como o comércio de fósseis atrapalha a ciência. "Qualquer espécime que tenha uma etiqueta de preço é uma fraude em potencial", disse. "Felizmente, um conjunto cada vez maior de técnicas pode ser aplicado agora à análise de fósseis", afirma no estudo.
No Brasil, onde o comércio de fósseis é ilegal (assim como na China), as fraudes têm uma origem certa: a chapada do Araripe, no Ceará, uma das maiores minas de fósseis do planeta.
Uma dessas fraudes acabou eternizada no nome de um dinossauro. O bicho em questão era um crânio de espinossauro (carnívoro com focinho de crocodilo), contrabandeado para a Europa e descrito pelo paleontólogo David Martill, da Universidade de Portsmouth (Reino Unido), em 1996.
Durante a preparação (processo em que o fóssil é separado da rocha que o contém), a equipe de Martill descobriu que a ponta do focinho original havia sido quebrada e alongada artificialmente, para que os traficantes pudessem vender o restante. Martill ficou tão irado com a fraude que batizou o bicho de Irritator.28
27FONTE: Keller, Werner. e a Bíblia tinha razão... Cia. Melhoramentos de São Paulo
28CLAUDIO ANGELO da Folha de S.Paulo
Comparação entre os tamanhos da Arca de Noé e uma casa moderna. Illustration from The World that Perished
Forma de códice
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Trabalhos De Arquelogia
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Papiro
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Monjes Da Época Bizantina
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Escritura Cuneiforme
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A Travessia do Mar Vermelho.
Por muito tempo foi presumido que a travessia do Mar Vermelho deu-se ao norte no Mar de Juncos (Lagos Amargos) onde hoje é o Canal de Suez .
Mas o local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Áqaba, a única praia no Mar Vermelho suficientemente grande para a quantidade dos hebreus do Êxodo (cerca de 2 milhões).
Para chegar até essa praia, acredita-se que o povo teria caminhado mais de 300km praticamente sem parar! Havia alimento para apenas 7 dias (Êxodo 13.6-8).
Ao lado vista aérea da praia (cidade de Nuweiba).
No fundo do mar, existe uma ponte submersa, um platô de 100 mts de profundidade e 900 mts de largura com rochas agrupadas em linha nas bordas como as guias de uma rua.
A largura entre a costa egípcia e a árabe é aproximadamente 18 Km, estima-se que a travessia durou 6 horas.
Provável local onde os egípcios avistaram o povo hebreu às margens do Mar Vermelho (Êxodo 14.9-10).
Esta passagem é o único meio de chegar até a praia.
Duas colunas idênticas foram
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A primeira coluna foi encontrada no lado egípcio (Nuweiba) em 1978 com
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encontradas às margens do Mar
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inscrições em hebraico ilegíveis pela erosão.
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Vermelho.
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Em 1984 no lado árabe (Midiã), foi encontrada a segunda coluna tem a mesma inscrição da primeira, é legível as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés; e Yahuh significando o milagre da travessia do Mar Vermelho por Moisés e que foi erigida por Salomão, em honra a Yahuh
Alguns dias após a descoberta, a coluna foi retirada pelo governo, colocaram um marcador no lugar. Há uma referência em Isaías 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado egípcio.
Mar Vermelho, visão na praia de Nuweiba no lado egípcio (Sinai), ao fundo a costa da Arábia (Midiã). A cor clara na água evidência o platô submerso (como uma ponte sobre o abismo).
Aqui foram encontrados indícios do povo hebreu, os achados são incontestáveis. A coluna comemorativa presente neste local foi removida por soldados de Israel duranta a ocupação do Sinai (1967 a 1982).
Foram descobertas no platô submarino várias ossadas incrustadas nos corais.
Então Moisés estendeu sua mão sobre o mar....
Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os
cavaleiros de todo o exército de Faraó...
e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar...
(Êxodo 14.27/30)
Fêmur humano (extraídos do local).
Rodas e seus eixos encrustados nos corais.
Roda de carro semelhante às usadas na época da 18a dinastia (1540-1515 AC).
O Faraó usou toda os seus carros;
" E tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito..." (Êxodo 14.7).
A Rocha em Horebe (Massá e
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Meribá).
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Eis que eu estarei ali diante de ti
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sobre a rocha, em Horebe, e tu
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ferirás a rocha, e dela sairão
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O Oásis de Elim.
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águas (Ex 17.6)
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Então vieram a Elim, e havia ali doze
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fontes de água e setenta palmeiras;
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e ali se acamparam junto das águas
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(Êx 15.27). Nos montes deste local
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os sauditas dizem ter encontrado
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cavernas com inscrições sobre
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Moisés, bem como as tumbas de
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Jetro e Zípora.
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A localização dessa rocha é próxima ao
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Monte Horebe(Êx 3.1). Nota-se claramente
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nesse rochedo elevado a erosão provocada
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pelo escoamento da água da nascente.
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A: Guarda árabe. Após as
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descobertas no local os árabes
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declararam-no sítio
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arqueológico.
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B: Altar do Bezerro de Ouro
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(Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de
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um monte a cerca de 1500m de
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Horebe.
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C: As doze colunas (Êx 24.4).
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D: Altar de terra ao pé do monte
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(Êxodo 20.24 e 24.4).
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E: Barreiras feita para delimitar a
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área sagrada (Êxodo 19.23). O
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arraial situava-se atrás, em toda
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a área entre os montes.
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É evidente o contorno deixado
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pelo ribeiro que descia do monte
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(Deuteronômio 9.21).
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Resto das doze colunas
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Escavações no local
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O Monte Horebe (Sin-ai).
O local em árabe é chamado Jabel El Laws, uma cadeia de montes que formam um "arco" ou "U", conhecido
pelos árabes locais como Wadi Hurab (Horebe). O pico mais alto, na parte traseira da montanha está "queimado" (carbonizado)(Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11). Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora.
As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios no fundo do mar, o pico do monte carbonizado e as outras evidências de inestimável valor, tornam a descoberta de Ronald Wyatt incontestáveis. E.M 19/09/2004
Parece estranho que Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim estivessem todas num mesmo local do termo sul do Mar Morto. O mais lógico é que as cidades estariam localizadas ao longo de alguma distância, incluída na descrição Bíblica das fronteiras de Canaã.
Os locais que Ron encontrou estavam alinhados ao longo de mais de trinta quilômetros, um conceito fantástico para quem estava familiarizado e nunca tinha considerado que estavam incorreta todas as teorias que diziam que as cidades eram agrupadas. Notei cada localização no mapa que ele tinha descrito. Mas o último local que teria sido Zeboim achei incrível. Ele tinha dito que estava a várias quilômetros ao norte do Mar Morto, passando Jericó. Procurei na Bíblia qualquer pista, encontrei em Primeiro Samuel:
1SA 13:16-18 - E Saul e Jônatas, seu filho, e o povo que se achou com eles, ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os FILISTEUS SE ACAMPARAM EM MICMÁS. E os saqueadores saíram do campo dos Filisteus em três companhias; uma das companhias foi pelo caminho Ofra à terra de Sual. Outra companhia seguiu pelo caminho de Bete-Horom, e a OUTRA COMPANHIA FOI PELO CAMINHO DO TERMO QUE DÁ PARA O VALE DE ZEBOIM NA DIREÇÃO DO DESERTO.
Examinando um mapa, vi que esta descrição dos Filisteus que saem de Micmás numa companhia que vai ao norte, outra foi ao lado ocidental, e a última diretamente ao leste para o Vale chamado Zeboim; no mesmo lugar onde Ron achou o último local! Fazia sentido que o nome da cidade fosse preservada embora a cidade estivesse destruída há muito tempo, da mesma maneira que o Mt. Sodom ainda hoje preserva o nome Sodoma. Israel tinha deslocado os Cananitas; Zeboim era uma cidade na fronteira de Canaã, e agora seus restos estão na fronteira de Israel.
Em 1989, nós visitamos um local próximo a Masada e levamos amostras do material branco que em nossas mãos desintegrava em partículas com a consistência de talco em pó. Parecia cinza certamente! Mas o que fazer com esta informação era algo que ainda não sabiamos.
Perguntei para algumas pessoas que estavam filmando um comercial de Tv no local, sobre o que eram as estranhas formações. Responderam que se formou quando o Mar Morto cobriu a área inteira. Interessante; quando o material branco foi examinado em Lab., vimos que eram cinzas. Nos falamos com vários geólogos que afirmaram que a área do fundo do mar contém BARRO; o material branco não continha nenhum barro.
A Bíblia conta uma conflagração na qual bolas de enxofre choveram do céu (atmosfera), queimando as cidades completamente. Gen 19:24-25 - "Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra; E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra." Uma menção da condição dos restos das cidades durante o tempo de Cristo foi escrita por Pedro: 2 PE 2:6 - "E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;"
Este verso, nos fala que as cidades tornaram-se em CINZAS; isso parece uma conclusão lógica, elas foram destruídas através do fogo; mas, os partidários da teoria que afirma que os cinco locais são localizados na Jordânia após o Mar Morto (Bab edh-Dhra, Numeira, etc.), não notam que eles não contêm cinzas. Eles contêm alguns artefatos queimados, mas também contêm matérias primas, alimentos e outros artigos que ainda estão intactos.
Pedro disse que elas tornaram-se em cinzas, um exemplo aos que depois de deveriam viver ". Em grego exemplo"
é "hupodeigma" que significa "algo que é mostrado ou visível". Isto implica que poderia SER VISTO literalmente. Judas também escreve e apresenta estas cidades como prova da recompensa dos maus:
Jud 1:7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno." Novamente, a palavra que ele usou, "deigma" raiz da palavra mostrar, que significa "uma coisa mostrada".
Outro registro destas cidades foi feito por Josephus em "GUERRAS DOS JUDEUS", livro IV, capítulo VIII: "Agora este país está então tão tristemente queimado, que ninguém se preocupa a vir nele; ... Antigamente era uma terra mais feliz, boas frutas e as riquezas de suas cidades, agora tudo está queimado. Está relacionado como a impiedade de seus
habitantes, foi queimada através do raio; do qual AINDA HÁ OS REMANESCENTES DAQUELE DIVINO FOGO; E OS RASTROS [OU SOMBRAS] DAS CINCO CIDADES AINDA SÃO VISÍVEIS,..."
Josephus descreve o que podia ser visto nestes cinco locais perfeitamente. Todos cobertos pela cinza esbranquiçada contrastando com as sombras que são as formas das características visuais das paredes dessas cidades antigas.
A destruição destas cidades aconteceu aproximadamente a 3.900 anos atrás, assim é espantoso achar os restos desses montes de cinzas de cor mais clara que as rochas. Que as cidades foram destruídas de maneira Divina; e seus restos também foram preservados de uma maneira Divina. Estes montes não são compostos pelo tipo de cinza que nós comumente pensamos que será soprada pelo vento. É cinza compactada; o material superficial é denso, mas quando quebrado a substância interior é muito mais suave, esmagando na mão, reduz-se a pó.
Considerando que combustão é um processo químico, descobrimos que no estudo do Francês Lavoisier, sobre a natureza do oxigênio, ele descobriu que substâncias queimadas com enxofre forma cinzas mais PESADAS que a substância original. O evento da destruição destas cidades foi o resultado de uma reação química cuidadosamente controlada que aconteceu MUITO rapidamente, contudo manteve um equilíbrio e não resultou em explosão.
A rapidez na destruição destas cidades (a planície inteira) através do fogo é provado na cronologia de eventos na Bíblia. Nós sabemos que o evento não começou até Ló e a sua família estar completamente fora de Sodoma, em Zoar: Gen 19:23-24 - "Saiu o sol sobre a terra, quando LÓ ENTROU EM ZOAR. ENTÃO O SENHOR FEZ CHOVER ENXOFRE E FOGO, do SENHOR desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra;"
O sol já tinha subido quando a conflagração começou: Gen 19:27-28 - "E Abraão levantou-se aquela mesma MANHÃ, de madrugada, e foi para aquele lugar onde estivera diante da face do SENHOR; E olhou para Sodoma e Gomorra e para toda a terra da campina; e viu, que a "FUMAÇA DA TERRA SUBIA, COMO A DE UMA FORNALHA." Quando Abraão viu o céu cheio de fumaça, certamente estava conduzindo seus rebanhos, o evento já havia terminado.
Um das características interessantes destes locais é que o material claro das cinzas apresenta-se formando centenas de camadas, nenhuma muito espessa. Em temperaturas muito altas ao incendiar-se metais de alcalinos (ex. sódio e cálcio) os íons positivos e negativos atraem-se e repelem-se resultando neste efeito de camadas. Sabemos que as chamas tiveram que ser extremamente quente para calcinar pedra e metais completamente; sabemos que há uma tremenda quantidade de sódio (sal) na região; a água do Mar Morto tem a mais alta concentração de sal no planeta; e o maior reservatório de sal, o Mt. Sodom, também está na nessa área.
Uma dificuldade potencial surgiu quando Ron achou cinco locais em vez de quatro. A Bíblia conta que foi permitido a Ló e suas filhas fugir para Zoar para escapar da destruição iminente. Esta quinta cidade foi localizada há poucos quilômetros ao sul do que teria sido Sodoma. Entre pequeno local e Sodoma são um segmento de Mt. Sodom, e isto ajusta-se perfeitamente com o Gênesis.
Quando a esposa de Ló permaneceu olhando para atrás, ela foi se transformada em sal, o que indica haver outro processo que também aconteceu naquele momento. Neste processo tudo que estava numa área particular cobriu-se de sal, e parece que a esposa de Ló foi alcançada por isso. Este quinto local é extremamente pequeno comparado com os outros quatro, e estava num lugar perfeito. Nós sabemos que Zoar não foi destruída junto com Sodoma e Gomorra! Novamente, achamos a resposta na Bíblia:
Gen 19:30-32 - "E subiu Ló de Zoar, e habitou no monte, e as suas duas filhas com ele; porque TEMIA HABITAR EM ZOAR; e habitou numa caverna, ele e as suas duas filhas. Então a primogênita disse à menor: Nosso pai já é velho, e não HÁ HOMEM NA TERRA que entre a nós, segundo o costume de toda a terra; Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai."
Por alguma razão Ló ficou amedrontado de morar em Zoar com suas filhas. A próxima coisa que lemos é que eles ficaram numa caverna com as duas filhas solteiras, e após ter sido embriagado engravidou-as. Isto foi escrito por alguma razão, logo após deixar Zoar acredita-se que eles julgavam ser as únicas pessoas vivas naquela terra. Por que eles pensariam isto? A não ser que tivessem testemunhado a destruição de Zoar. A área que tinha sido afetada pela conflagração que destruiu Sodoma e Gomorra era extremamente grande, e para Ló e as suas filhas, provavelmente era como se o mundo inteiro tivesse sido destruído, com exceção da pequena Zoar.
Conclui-se então que eles moraram em Zoar e testemunharam o fato de seus habitantes serem da mesma maneira maus como os de Sodoma, esperaram para logo a destruição, que realmente aconteceu. Se foi nos próximos dias, semanas ou meses, não temos nenhum modo de saber. Mas Josephus, cita que "as cinco cidades ainda eram vistas".
Nosso plano era entrar no local mais bem preservado, que era Gomorra e localizar os muros da cidade. Uma grande de erosão aconteceu nos últimos 3.900 anos, e não esperávamos encontrar muita coisa. Mas nós tivemos uma grande surpresa.
Nós seguimos ao longo do que parecia ser o muro norte, vimos um objeto muito interessante a 100 metros do muro. Quando nos aproximamos sua forma ficou óbvia. Tinha a forma de uma esfinge. Nesta esfinge, vimos um lugar onde o muro tinha uma abertura, uma entrada; provavelmente a entrada principal. Caminhando nas "ruas" descobrimos que eles verdadeiramente se comunicavam entre si. Se elas fossem apenas marcas de enchentes, teriam o sentido para baixo da colina num padrão fortuito. Mas havia uma ordem em tudo que nós estávamos vendo.
Outra coisa interessante era que as estruturas (posivelmente edifícios) eram muito mais altas que o nível em que nós estávamos caminhando, o pó branco cobria tudo. Descendo, nós descobrimos que estávamos caminhando sobre a rocha. Isto indicava que na cidades foi queimada até mesmo a sujeira do solo; tudo tinha virado cinzas sobre as rocha do solo.
Fizemos um passeio ao topo de Masada para ver os restos do local de um ponto mais alto. A estrada principal ao longo da orla do Mar Morto que conduz a Masada passa pelos restos do local de Gomorra. De sobre a montanha os restos revelaram características que nós não distinguimos ao nível do solo.
Dali, poderíamos ver as seções de áreas com plataformas artificialmente elevadas das outras cidades antigas que eram áreas dos templos. Estas áreas de plataforma mostraram vastas áreas planas com formas de ziggurat moldadas nelas, como também grandes blocos claros com semelhança da esfinge que nós tínhamos visto anteriormente, só que estas eram muito maiores. Nas áreas inferiores das estruturas claras o solo é terraplanado.
Os muros que estendem-se ao redor destes locais exibem uma característica que era muito especial, precisamente como as cidades muradas de Canaã de outros locais escavados. O muro tinha uma abertura no lado do norte (o qual acreditamos ser o portão da entrada na cidade), havia uma estrutura muito alta na extremidade ocidental desta abertura, precisamente como a torre de portão. Não havia nenhuma dúvida que todas estas
características simplesmente estavam longe do reino da simples coincidência.
Ron ainda estava procurando ALGO que provaria ser estes locais eram as cidades destruídas sem qualquer dúvida. Mas o que poderia ser, não tínhamos uma pista; de fato nós tínhamos, mas não haviamos percebido.
Em agosto de 1990, eu recolhi uma pequena amostra de cinzas, estava a ponto de embrulha-la em papel de seda para colocar num recipiente plástico. Ao manuseá-la as camadas se soltaram revelando algo muito estranho dentro do material. Eu não tinha nenhuma idéia do que estava dentro da cinza, era um material branco e duro incrustado, perfeitamente redondo cercado por um anel avermelhado; levei para Ron olhar, mas ele não soube dizer o que era.
Nós filmamos e fotografamos o local; quando voltamos para casa encontramos Richard Rives; que leu um livro de Ron e ficou muito interessado na pesquisa. Richard possui uma agência de viagens e se ofereceu para nos ajudar, inclusive com passagens aéreas. Ron lhe perguntou se ele estava interessado em ajudar com o trabalho de campo.
Dois meses depois, em outubro de 1990, Ron e Richard voltaram ao local próximo a Masada, onde estávamos seguros de ser Gomorra. Pedi aos nossos amigos para orar por eles, para que encontrassem alguma evidência. Às vezes é duro acreditar em algo que sentimos que é muito importante; mas, sem ter aquela evidência definitiva.
Quando Richard e Ron chegaram, havia chovido recentemente; esta é uma ocorrência muito rara naquela área (somente 6 a 12 mm de chuva por ano). Ainda estava nublado, o sol iluminava as cinzas de tons claros, eles vagavam pela área quando Richard viu o que parecia uma escavação à frente, caminharam até o local e descobriram um grande pedaço de cinza que há pouco havia caído de uma seção mais alta, provavelmente por causa da chuva. Ron viu as numerosas bolas brancas dentro do pedaço de cinza, todas cercadas por uma escuro anel avermelhado. Pelo cheiro ele souberam que as bolas brancas era de enxofre na forma cristalina; era a evidência eles precisaram.
Agora, em todos lugares que eles examinavam, encontravam as bolas de enxofre. Antes não era possível vê-las porque a cinza solta cobria tudo; mas, agora que a chuva lavou a cinza solta, as bolas brancas de enxofre ficaram à mostra. O material cristalino avermelhado que cercava as bolas de enxofre mostravam que estas bolas que se preservaram no interior das cinzas tinham passado pelo fogo.
Comecei a pesquisar se esta forma de enxofre poderia ser encontrado em outros lugares. Posteriormente, eu, Richard e Ron, fomos ao instituto Smithsonian para ver uma coleção de amostras enxofre; vimos mais de cinqüenta formas de enxofre vindas do mundo inteiro; mas, nenhuma delas tinha a forma das bolas que encontramos.
Enxofre com alto grau de pureza e na forma de bolas não é encontrado em qualquer outro lugar do mundo, exceto nesta região. As bolas foram encontradas também mais ao norte, formando a convicção que a campina originalmente era muito extensa. Ao falarmos com numerosos geólogos e químicos, descobrimos que não fomos os
primeiros a encontrar as bolas de enxofre; em 1924, quando William Albright e Melvin Kyle estiveram na região, com a intenção de achar as cidades de Sodoma e Gomorra no termo meridional do Mar Morto, eles também encontraram bolas de enxofre; porém, não se deram conta da importância delas:
"Na região das montanhas no lado ocidental do mar nós apanhamos enxofre puro em pedaços tão grandes quanto o meu dedo polegar. É encontrado até mesmo ao longo da orla do mar no lado oriental, até uns cinco ou seis quilômetros de distancia da margem do mar contém o estrato; difundido de alguma maneira sobre esta área". "As Explorações de Sodoma" por Dr. Melvin Kyle, 1928, pp. 52-53.
Influenciados pela idéia comum que as cidades estavam no termo meridional, estes homens obviamente estiveram nos mesmos locais, contudo interpretaram mal o depósito de cinzas e enxofre, achando que eram restos de fertilizantes para as terras deficientes.
A razão para as bolas de enxofre serem encontradas ao longo de toda a região é simples; a Bíblia diz que a campina inteira foi incluída na destruição das cidades: GEN 19:25 - "E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra."
Em janeiro de 1991, numa área ao longo do Rio Jordão, fora dos limites da campina e dentro de um posto de fiscalização cercado com arame farpado; achamos Zoar. Nossa próxima tarefa era conferir cada um dos cinco locais e verificar se haviam bolas de enxofre neles. Explorarmos secretamente o local para não atrair a atenção sobre nós; e nas estruturas de cinzas também achamos as bolas brancas de enxofre.
Sodoma é sem dúvida de todos os locais, o maior e o mais difícil de ir, exige até escalada; esta situada atrás de Mt. Sodom na área que se estende direito até as montanhas; lá, também encontramos o enxofre. Ron e sua equipe comprovaram a existência das bolas de enxofre em todas as cidades, com exceção de Zeboim ao norte de Jericó.
Os locais sofreram uma tremenda erosão, o mais preservado, sem dúvida é Gomorra. Admá, ao norte do Mar Morto, por não estar localizada numa área protegida pelas montanhas, é exposta aos ventos; suas cinzas são de cor castanha, provavelmente devido a impurezas trazidas pelo vento; sempre que uma seção é raspada revela a cor clara das camadas interiores.
Naquela época que Sodoma e Gomorra existiram, as cidades, com a exceção de Zoar, eram muito grandes, com milhares de pessoas. Sabemos que a planície inteira era uma área luxuriante, muito bonita, comparável ao Jardim do Éden. Provavelmente o Rio Jordão fluía até o Golfo de Acaba. Onde hoje é o Mar Morto, existia um vale cheio de poços de limo que escoavam betume. Considerando que as cidades estavam na campina, elas não foram cobertas pelas águas do mar.
A maioria das pessoas Sodoma e Gomorra tinham uma paixão pecadora; a perversão sexual. Eles eram culpados, como um grande número das pessoas de hoje. EZE 16:49,50 - "Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: SOBERBA, FARTURA DE PÃO, E ABUNDÂNCIA DE OCIOSIDADE teve ela e suas filhas; MAS NUNCA FORTALECEU A MÃO DO POBRE E DO NECESSITADO. E se ENSOBERBECERAM, E FIZERAM ABOMINAÇÕES diante de mim; portanto,vendo eu isto as tirei dali." Aqui nós aprendemos que a raiz dos seus pecados originou-se da grande riqueza que os conduziu à ociosidade e o descuido para com os menos afortunados. Eles estavam cheio de orgulho e altivez, pensavam que eram melhores que outros.
Por que eles eram tão ricos? A presença dos poços de limo pode prover resposta a esta pergunta. Betume era um dos mais valiosos artigos usados no mundo antigo. Seu uso ia desde remédios, mumificações, e até para calafetar os navios, foi usado na Arca de Noé, e até na arca de juncos onde Moisés foi colocado quando era um bebê. Em suas várias formas o betume é uma das substâncias mais usadas pela humanidade desde a mais remota antigüidade.
Num documento arqueológico, as tabuas de Ebla, pode-se ver uma lista de algumas compras feitas na época; o preço para cada artigo em prata, dos preço, o mais alto é o do betume. As pessoas destas cidades só tinham que vender o produto; não tiveram nenhuma razão para se ocupar de trabalho duro. Isto explica por que os reis das grandes nações quiseram lhes fazer vassalos; queriam participar da grande riqueza da extração do betume, na forma de tributo.
Este betume também pode ter provido um catalisador na conflagração do que aconteceu nesta planície. Betume, ou poços de limo, são o resultado de uma reserva subterrânea de petróleo que escoa para a superfície. E todas as reservas de óleo possuem gás natural associado, que pode vazar no ar. Tudo isto é especulação, menos as evidências que naquela região ocorreu um cataclísma no qual um lago se formou, bloqueando o fluxo do rio, devastando a campina inteira.
Quando as tábuas de Ebla (cerca de 2100 tábuas de argila) foram descobertas em 1975 ao norte da Síria, o tradutor, Giovanni Pettinato, encontrou os nomes das cinco cidades da campina listadas na mesma ordem do Gênesis. Porém, o governo Sírio colocou-se contra à ênfase dada ao significado das tábuas, gerando uma enorme controvérsia, eles não queriam unir os Patriarcas Bíblicos com a história da Síria. Isto resultou na resignação de Pettinato e na carta de retratação sobre as traduções.
Estas tábuas revelam evidências que positivamente confirmam a veracidade Bíblica. O atual diretor da missão italiana que escava Ebla emitiu uma declaração mostrando por que Pettinato foi forçado a retratar-se: "Quando Pattinato, o tradutor original dos textos, ainda dizia que as duas cidades de Sodoma e Gomorra realmente existiram; fez a sua retratação. Levando em conta as sérias objeções feitas pelo governo sírio de natureza puramente política, baseada no intenso ódio aos israelenses, creio que podemos aceitar a evidência como foi publicada originalmente."
Na publicação original, um rei de um das cidades é mencionado, Birsah; exatamente como na Bíblia: GEN 14:2 - "Que estes fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, e a Sinabe, rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é Zoar)."
O mais interessante dessas tábuas é que elas vêm de uma cidade bem estabelecida, com o tamanho de cento e quarenta acres, e que existia no tempo de Sodoma e Gomorra. O registro Bíblico revela que Sodoma e Gomorra foram destruídas vinte e quatro anos depois que Abrão saiu de Harã, cidade situada a duzentos quilômetros da antiga Ebla. É mencionado nos textos de Ebla, as cidades cujos nomes refletem os parentes de Abrão: Phaliga=Pelegue; Til-Turak=Terá; e Nakhur=Naor. Mencionam também a cidade de Ur, de onde originalmente Abrão partiu
Sodoma e Gomorra e o seu destino não são um conto de fadas; foi um evento histórico que aconteceu exatamente como a Bíblia apresenta. Os restos são a evidência; como Pedro escreveu: II Pe 2:6 - "E condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;"
Elas proporcionam a prova ao mundo inteiro; como Judas escreveu: Jd 7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno."
Malaquias escreveu sobre a recompensa final dos maus: MAL 4:1,3 - "Porque eis que aquele dia VEM ARDENDO COMO FORNALHA; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, SERÃO COMO A PALHA; e o dia que está para vir OS ABRASARÁ, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes NÃO DEIXARÁ NEM RAIZ NEM RAMO. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis como bezerros da estrebaria. E PISSAREIS OS ÍMPIOS,
PORQUE SE FARÃO CINZA DEBAIXO DAS PLANTAS diz DE VOSSOS PÉS, naquele dia que estou preparando, o SENHOR dos Exércitos."
O trabalho de Ron Wyatt é contestado por ateus e religiosos, muitas páginas são escritas tentando desmoralizar sua obra. Mas, a cada dia aumenta o numero daqueles que acreditam na veracidade de suas descobertas.
Baseado no original de M. N. Wyatt. Colaboração D.M.; tradução e edição E.M. 06/01/2005
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