A Ilusão Mórmon
Parte 1 (Prefácio e Capítulos 1 e 2)
ÍNDICE
- Prefácio
- Minha apresentação ao mormonismo e a Cristo
- José Smith e a primeira visão
- José Smith -- profeta de Deus?
- O Livro de Mórmon -- José Smith ou de Deus?
- José Smith examinado como tradutor
- História, Arqueologia, Antropologia e o Livro de Mórmon.
- A falha fatal
- A verdade acerca do “Deus-Adão”.
- Contradições a respeito da pessoa de Deus
- O sacerdócio e as genealogias
- Algumas doutrinas do mormonismo distintivas mas dúbias
- A única igreja verdadeira
- A autoridade final
- A salvação segundo os mórmons
- Salvação bíblica
Apêndice: O Caminho da Salvação
PREFÁCIO
É justo, é cristão examinar José Smith e
questionar o mormonismo?
Tive de responder a esta pergunta e orar a esse
respeito antes de escrever este livro. Segundo a luz que Deus me deu por Sua
Palavra, creio que o que se segue foi o que Ele me mostrou.
Todo homem tem o direito, dado por Deus, de crer
como bem lhe apraz. Os norte-americanos reconhecem esse direito divino. Por
livre escolha, podem
do
nosso próximo”. “Atacar a religião dos outros não é amor" - dizem. Esta
afirmativa seria verdadeira se antes não examinássemos nossa própria religião e
não a comparássemos com o padrão de Deus, a Bíblia.
Outra reação dos que questionam nossa autoridade de
testemunhar podia ser: "Não julgueis para que não sejais julgados"
(Mateus 7:1). Segundo Mateus 7:5, este versículo é dirigido aos hipócritas.
Por outro lado, João 7:24 diz aos crentes que "Não julgueis segundo
a aparência, e, sim, pela reta justiça"; não segundo a aparência, mas
segundo a Palavra de Deus.
É trágico que hoje em dia alguns de nós, os
crentes, temos, em nome do amor, retido a verdade aos que estão no erro, por
não querermos ofendê-los ou por não amá-los o suficiente. Lembre-se de que o
amor verdadeiro previne.
É verdade que não devemos dar importância
demasiada `as coisas mínimas. Pode ser desnecessário dizer ao próximo que ele
possui mau hálito ou que uma telha de sua casa está solta. Entretanto, se ele
estiver dormindo e a casa pegar fogo, é crime não acordá-lo. Desculpa alguma e
nenhuma declaração vazia de amor jamais satisfarão `a Deus em tais casos.
A autoridade da defesa
Como é que tudo isto se relaciona com a pergunta:
É justo, é cristão examinar José Smith e questionar o mormonismo?" É justo
porque José Smith atacou todos os cristãos e suas igrejas primeiro. José Smith
declarou em seu livro "inspirado" Pérola de Grande Valor, que
todas as outras igrejas estavam erradas, que todos os credos eram uma
abominação e que todos os mestres eram corruptos.
De um só golpe José Smith condena todas as
igrejas, todas as crenças e todos os cristãos. Claramente diz que não havia um
só cristão verdadeiro na face da terra ao tempo em que recebeu sua primeira
visão, e que não tinha havido por centenas de anos.
Alguns líderes mórmons têm-nos desafiado a
examinar O Livro de Mórmon, que, naturalmente, deve incluir seu autor e seus
seguidores. Orson Pratt, apóstolo mórmon, disse:
"Este livro deve ser verdadeiro ou falso...
Se for falso, é uma das imposições mais espertas, malignas, audazes e
profundas, feitas ao mundo com o propósito de enganar e arruinar milhões que a
receberão sinceramente como a Palavra de Deus, e pensarão estar seguramente
edificados sobre a rocha da verdade até que, com suas famílias, sejam lançados
no desespero total. A natureza de mensagem de O Livro de Mórmon é tal
que, se verdadeira, ninguém poderá rejeitá-la e ainda salvar-se; se falsa,
ninguém poderá recebê-la e salvar-se. Portanto, cada alma no mundo tem
interesse igual tanto na determinação de sua verdade como de sua falsidade...
Se, depois de um exame minucioso descobrir que é uma imposição, deve ele ser
exposto ao mundo como tal; as provas e argumentos pelos quais a falsidade foi
detectada devem ser, clara e logicamente afirmados para que os que foram
enganados, embora de boa mente, percebam a natureza do engano e sejam
restaurados, e que os que continuam a publicar a ilusão sejam expostos e
silenciados...mediante provas aduzidas das Escrituras e da razão."[1]
Concordamos plenamente! É cristão examinar José
Smith e questionar o mormonismo, porque se nos mandou fazê-lo, tanto para nosso
próprio bem como para o bem de todos os mórmons.
Examinar José Smith é cristão e racional pois diz
ele ser profeta de Deus e diz-nos a Bíblia "pelos frutos os
conhecereis." O Livro de Mórmon, A Pérola de Grande Valor, Doutrina
e Convênios, o mormonism e o movimento inteiro dos mórmons giram em torno
desta questão básica: "É José Smith verdadeiramente um profeta de
Deus?"
Perguntamos: se hoje um adolescente tivesse uma
visão que lhe revelasse que todos os mórmons eram apóstatas e corruptos; que
seus credos eram uma abominação a Deus, os mórmons receberiam sua história, sem
provas, tão rapidamente quanto aceitaram a visão de José Smith? Por que não?
Com a ajuda de Deus procuraremos examinar justa e
honestamente José Smith e alguns de seus ensinos, pois as Escrituras e o amor
de Cristo a tanto nos constrangem. Deus ama a mórmons e a não-mórmons. Cristo
morreu por todos nós. Perante Deus todos somos iguais - simples pecadores que
precisam de um Salvador. Nesse sentido, estamos todos no mesmo pé. Precisamos
fazer distinção clara e positiva entre mórmons e mormonismo. Oramos para que
Deus nos dê um coração contrito e nos encha com seu amor pelos mórmons, e pensamos
que isto ele já fez. Deus, e talvez os outros, possam julgar tal fato melhor do
que nós. Mas amar o povo mórmon é uma coisa muito diferente que amar o
mormonismo; assim como Deus pode amar o pecador, mas não o pecado. Por favor,
tenha em mente essa distinção ao examinar a reivindicação de José Smith e do
mormonismo.
_______________
Nota
[1] Orson Pratt, Divine Authority of the Book
of Mormon (Autoridade divina do Livro de Mórmon) introdução, uma série de
panfletos publicados em 1850-51. Citado por Arthur Budvarson em, The Book of Mormon - True or
False? (O Livro de Mórmon - falso ou verdadeiro?) - Concord,
California, Pacific Pub. Co., 1959.
CAPÍTULO UM
Minha Apresentação ao Mormonismo e a Cristo
Eu estava contentíssimo! Acabava de mudar em
julho, do lamacento Mississíppi para as noites frescas e cortantes, para os
dias brilhantes de LaGrande, no Oregon.
Minha linda esposa e meu bebê de menos de dois
meses de idade partilhavam da aventura - só que um pouco menos
entusiasticamente.
Eu amava minha terra natal, mas o calor começava
a perturbar-me. Enquanto estive na marinha visitei Oregon, e gostei das noites
calmas e frescas, da caça a animais selvagens, e das lindas montanhas. Meu tio
possuía uma loja em Bates, no Oregon. Uma tia havia estudado na Falculdade de
Educação de LaGrande, no mesmo estado. De modo que, depois de deixar a marinha,
voltei a LaGrande, matriculei-me na universidade e joguei futebol durante um
ano.
Havia muitas garotas lindas, mas eu queria uma
que soubesse fazer pão de milho. Encontrei-a na Universidade do Sul do
Mississíppi. Agora eu estava de volta ao fascinante Oregon, preparando-me para
uma caçada - necessitávamos urgentemente de carne. Não conhecendo a região
muito bem e não possuindo carro, tinha feito amizade com um jovem adolescente
do lugar e esperava ir caçar com ele nas Montanhas Azuis, não muito distantes.
-Ei, Mike, mais depressa! - gritei-lhe certa tarde
linda e cintilante de domingo. -Se parar com essa embromação poderemos jogar um
pouco de bola e ainda teremos tempo para uma caçada nas montanhas.
-Está bem. Vou mais depressa e. . . - começou Mike.
-Não, você não vai! - explodiu John, irmão de Mike,
mais velho e casado. Olhei surpreso para ele enquanto ele continuava. - Somos
mórmons, pertencemos `a Igreja dos Santos dos Últimos Dias e não fazemos isso
no domingo.
Fiquei espantado e um tanto sem jeito. Lá no
Mississíppi, na zona rural, praticamente todo mundo era batista. Íamos `a
igreja fielmente todos os domingos. Fui `a frente aos doze anos, disse ao
evangelista que eu cria em Jesus, fui batizado, uni-me `a igreja,
freqüentando-a fielmente; não bebia, não fumava nem xingava. Caçar ou pescar
aos domingos era somente para os pagãos e os desviados, e ninguém queria estar
muito perto de gente assim durante uma tempestade. Eu tinha sido líder de
escoteiros, professor da escola dominical, mas aqui estava eu recebendo um
sermão de um mórmon acerca de Deus e do domingo. Fiquei envergonhado. Fiquei
também curioso.
John era meu barbeiro e um bom amigo. Era também
uma pessoa importante na igreja local dos Santos dos Últimos Dias. (Naquele
tempo eu não conhecia a terminologia.) Comíamos em sua casa e ele comia na
nossa. De fato, jamais esquecerei do "banquete de esquilo" que certa
vez fizemos juntos. Éramos pobres, e alimento, especialmente a carne, era
escasso. Sinto pena dos pobres e inocentes esquilos agora, mas antes então não
sentia. Uma coisa posso dizer: os sobreviventes estavam muito mais espertos
quando saí de lá do que quando cheguei.
John era um homem gentil e amável, e sabia
conversar. (O tipo de pessoa que nos deixa falar, que ouve a maior parte do
tempo.) Gostei dele e de sua esposa imediatamente, em especial por ele não me
escalpelar ao cortar meu cabelo. Até agora não havíamos conversado a respeito
de religião.
Eu tinha algumas questões sérias acerca da
religião depois de ter visto aviões suicídas, companheiros mutilados, morrendo
na guerra; e também enquanto na universidade estudando psicologia, evolução,
religiões comparadas, etc. De repente, aqui estava. Aqui estava um homem que
cria e colocava em prática sua crença. Por que minha igreja não havia me dado
as convicções que ele parecia possuir? Sim, eu estava curioso.
-Posso ir à sua casa para conversarmos acerca da
crença dos mórmons? - perguntou John.
-Certamente - respondi.
Minha esposa pareceu não gostar muito, mas cedeu.
Nesse tempo eu não sabia a diferença, mas ela era uma cristã verdadeira, e
Cristo habitava em seu coração. Eu era apenas um cristão professo; minha crença
era intelectual. Para ela eu era um cristão verdadeiro, pois íamos à igreja,
orávamos juntos, dávamos o dízimo e vivíamos bem.
Eu me entediara um tanto com a igreja, e minha
esposa percebeu que algo não ia lá muito bem; o pastor da Igreja Batista
conservadora de LaGrande, reverendo Guy Zehring, começara a visitar-me
periodicamente. Me cansei dele também. Ele repetia coisas que eu havia ouvido a
vida toda. Deus o ama. Cristo morreu por você. Deve ser fiel à igreja.
À medida que John me apresentava o mormonismo, eu
ficava cada vez mais interessado. Talvez esta fosse a resposta!
-Nossa, John, - gritei, no final de uma sessão. -
Você quer dizer que eu posso realmente permanecer casado com minha esposa para
a eternidade?
-É possível - assegurou-me ele - se cumprir certas
condições. Você pode até mesmo ser um deus em algum planeta e continuar a ter
filhos.
Isto me interessava muito. Papai morrera quando
eu tinha quatro anos de idade. Fui viver com meu avô. Ele foi assassinado
alguns meses mais tarde. Minha avó contraiu diabetes e, na minha adolescência, teve
uma morte lenta e agonizante. Eu quase tinha medo de amar por completo qualquer
coisa ou pessoa. Nada parecia seguro. Eu não tinha nada de duradouro para
conservar e amar; então, por que magoar meu coração?
Ainda posso lembrar-me dos funerais em dias de
chuva - a terra fria caindo sobre o caixão do papai, do vovô, da vovó - todos
tão queridos ao meu pequeno coração. O hino "Rude Cruz" tentando
sobrepujar os soluços das pessoas amadas.
Agora eu tinha uma jovem e bela esposa. Milagre
dos milagres, ela me amava e eu a amava. Havia realmente uma maneira de
conservá-la para sempre?
Em geral alegre externamente, nas horas tardias
da noite eu pensava sério no assunto. Algum dia, a beleza dela desapareceria.
Ela ficaria velha e morreria, logo depois, e seria como se nunca tivesse
existido. Ou então um acidente ou doença a roubaria de mim ou eu dela. A morte
era um bicho- -papão implacável e sempre de emboscada, pronto a atacar de dia
ou de noite, não respeitando nem o riso alegre nem o grito de desespero e de aflição.
À medida que John continuava a ensinar-me, me
tornava muito confuso.
-A Bíblia não diz, em algum lugar, que não haverá
casamento nem dar-se-á em casamento no céu, John?
-Claro--concordou ele prontamente--mas isto é só com
respeito ao céu. Mas podemos nos casar para a eternidade aqui embaixo de modo
que não haverá casamento nem o dar-se em casamento no céu.
É isto realmente o que esse versículo significa?
Perguntava a mim mesmo. Bem, talvez. Espero que sim.
John disse que minha igreja não tinha autoridade
para batizar, fazer convertidos, nem pregar o evangelho. A igreja verdadeira
havia desaparecido totalmente da terra um século ou dois depois de Cristo, e
Deus havia restaurado o evangelho por meio de um profeta moderno chamado José
Smith. Deus e seu filho haviam aparecido a Smith quando este tinha quatorze
anos de idade e começaram a revelar-lhe uma série de visões a respeito de Deus,
de placas de ouro e do evangelho. José Smith tinha, por revelação direta de
Deus, traduzido o inspirado Livro de Mórmon. Os mais recentes livros
inspirados do mormonismo incluíam, Pérola de Grande Valor, e Doutrina
e Convênios.
John me disse com gentileza mas firmemente,
citando José Smith no livro Pérola de Grande Valor 2:19, em parte,
"todas [as igrejas] estavam erradas;...todos os seus credos eram uma
abominação à sua vista; que todos aqueles mestres eram corruptos."
Isto me incomodava bastante. O credo dos mórmons
dizia muitas das mesmas coisas que outros credos de outras igrejas diziam. Como
é que um podia estar totalmente errado e ser abominável e outro bom? Eu sabia
que muitos cristãos, ao longo dos séculos, haviam selado com o próprio sangue
seu amor e testemunho de Cristo, e isso centenas de anos depois que a igreja
verdadeira e o verdadeiro evangelho haviam totalmente desaparecido, em
apostasia, da face terra, no dizer dos mórmons. Foram eles todos corruptos,
como dizia José Smith?
John ensinou-me que a igreja mórmon era a única
igreja verdadeira na face da terra. Todas as outras eram falsas. O único
caminho ao mais alto céu ou ao grau de glória mais elevado era deixar minha
igreja e ser batizado na igreja mórmon. Havia três céus, ou três graus de
glória. Somente os mórmons podiam ir ao céu mais alto. A morte de Cristo na
cruz deu a todos os homens salvação geral do inferno, exceto a alguns poucos
obstinados "filhos da perdição". A salvação pessoal dependia das boas
obras que a pessoa fizesse. O batismo pelos mortos era para os que não tinham
tido a oportunidade de ser salvos aqui. Podiam ser salvos depois da morte.
Fiquei mais e mais interessado, mas também mais e
mais confuso. Procurei o pastor Guy Zehring e tentei comparar as respostas dele
com as de John.
Parecia-me, em realidade, que John estava levando
a melhor. Orei desesperadamente pedindo luz. John pediu que eu pegasse O
Livro de Mórmon, e com as mãos sobre ele, orasse a fim de saber se esse
livro era verdadeiramente a Palavra de Deus e se o mormonismo era a verdade;
nesse caso, que o Espírito Santo de Deus me convencesse. Fiz exatamente isto.
Também orei da mesma maneira a respeito da Bíblia.
Então pensei que a resposta podia estar em fazer
com que John e Guy se encontrassem e debatessem a questão. Guy me aconselhou
contra, dizendo que provavelmente isto não me resolveria nada. Perguntava a mim
mesmo se ele estava com medo.
A esta altura eu sabia que tinha de tomar uma
decisão: tornar-me mórmon ou voltar ao Cristianismo que eu sabia nunca havia
suprido meus desejos mais profundos; examinar o Cristianismo mais
profundamente; esquecer a bagunça toda.
Cada uma destas opções parecia atrair-me em
certos momentos.
Finalmente, pairei-me justamente à beira de
tornar-me mórmon. Os mórmons que eu conhecia eram tão bons. O programa que
tinham para a juventude era atrativo ao extremo. Algumas de suas igrejas tinham
até ginásios de esportes! Os bailes patrocinados pela igreja pareciam muito
convidativos. Os mórmons procuravam as pessoas para com elas partilhar a fé.
Eram um povo asseado e trabalhador. Eu admirava sua dureza, e deleitava-me com
a corajosa história de sua migração para o Oeste contra incertezas impossíveis.
Suas convicções fortes atraíam-me. Pareciam ter um grande senso de autoridade e
muita união.
Pela última vez, fui ao meu quarto, caí de
joelhos e clamei em agonia: "Deus, por favor, mostra-me o caminho
verdadeiro. Não me importa qual seja, contanto que seja de ti e que seja o
caminho verdadeiro. Ó Deus, quero tanto ser salvo. Pensei que o havia sido
quando disse aceitar a Cristo e ao unir-me à igreja Batista anos atrás, Senhor,
mas agora estou perturbado. Se o mormonismo for certo, alegremente o aceitarei
e o seguirei para sempre. Se o que me ensinaram é correto, por que não
preencheu completamente as minhas necessidades? Ó Deus, ajuda-me. Dá-me tua
luz. Mostra-me a verdade acerca da Bíblia e de O Livro de Mórmon, acerca
do mormonismo e do Cristianismo, e acima de tudo, acerca de ti mesmo e de como
posso ser salvo e ter certeza de ir para o céu."
Logo depois desta oração honesta e perscrutadora,
preparava-me febrilmente para a estação de caça, que começava no dia seguinte.
Minha esposa olhou para fora e disse:
-Querido, o pastor Guy Zehring acaba de chegar.
-Oh, não--gemi. Eu tinha de fazer os preparativos
para a viagem de caça e o pastor já havia conversado comigo cinco ou seis vezes
dizendo praticamente as mesmas coisas todas as vezes. Parecia tão tolo, tão
irreal e vazio. Custava-me ser cortês. Somente anos mais tarde aprendi o que a
Bíblia quer dizer com "a palavra da cruz é loucura para os que se
perdem" (1 Coríntios 1:18).
Desta vez foi diferente. Guy olhou-me nos olhos e
disse:
--Mac, você diz ser cristão. Você sabe com certeza
que se morresse neste instante iria para o céu a estar com Jesus Cristo?
Pus-me em guarda:--Ninguém pode ter certeza
disso--declarei.--Creio que iria para céu. Creio em Jesus Cristo. Fui batizado,
sou religioso e levo uma vida honesta. Mas o senhor disse sabe.
Os olhos penetrantes de Guy entraram-me alma a
dentro.
-Mac, se você morresse esta noite, iria diretamente
para o inferno.
-Tenho feito tudo o que vocês, pregadores, disseram que
eu devia fazer--respondi--tudo o que sei que a Bíblia manda fazer. Diz a Bíblia
que podemos saber se somos salvos?
-Certamente que sim--respondeu ele, abrindo a Bíblia
em 1 João 5:13. "Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a
vida eterna, a vós outros que credes em o nome de Filho de Deus."
Tive consciência de um espanto e de uma fome
intensa começando a crescer dentro de mim. Eu tinha estudado capítulos e livros
de O Livro de Mórmon, e tinha lido a Bíblia por muitos anos, mas nada
havia falado ao meu coração e à minha necessidade como isso. A despeito de
dúvidas ocasionais, realmente a Bíblia me impressionava. Eu sabia que muitas
das profecias da Bíblia referentes a Jesus Cristo, a cidades, nações e
acontecimentos haviam-se cumprido fie
ultamento
e ressurreição. Mas sua crença é só intelectual, não do coração. Milhares são
como você -- religiosos, mas perdidos. Você tem uma crença histórica como se
dissesse que Pedro II foi imperador do Brasil. Mas você nunca veio a Jesus
Cristo como pecador perdido pedir-lhe que o salve, e saber que o fez.
-Já lhe pedi que me salvasse, mas nunca cri
realmente que ele o fizesse.
-Você não percebe?--contra-atacou Guy.--A salvação é
pela fé, pela confiança, pela crença. Efésios 2:8,9 declara: "Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras,
para que ninguém se glorie."
-Ora -- continuou ele -- João 1:12 diz-nos que por
natureza não somos filhos de Deus. Esse é o nosso grande problema. Temos de
receber Jesus Cristo em nosso coração e vida mediante convite pessoal a fim de
nos tornarmos filhos de Deus. Desta forma nascemos de novo na família de Deus e
recebemos instantâneamente seu dom da vida eterna. "Mas a todos quantos os
receberam, deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus, a saber, os que
crêem em seu nome." Então, e somente então, estamos prontos para o céu.
Ele acrescentou:
-Jesus nos ama tanto que morreu em tortura sangrenta
por nós. Prometeu salvar-nos se, crendo, invocássemos seu nome. Ao invocá-lo e
depois ficar na dúvida ou na esperança de que talvez ele tivesse feito aquilo
cujo fim morreu e fez o que prometeu fazer, em essência você estava duvidando
dele e fazendo-o mentiroso. Por isso ele não podia salvá-lo, ainda que você
chorasse bastante e suplicasse salvação todas as noites por cem anos, porque
Ele somente salva pela fé. Romanos 10:9 diz-nos que somente uma crença do
coração, uma entrega a Cristo como o Senhor ressurreto (Deus e mestre) e
Salvador pode nos salvar.
-Romanos 10:13 diz isso de uma maneira clara e
simples, que até uma criança pode entender: "Porque: Todo aquele que
invocar o nome do Senhor, será salvo."
-Mac, -- disse Guy tranqüilamente mas com grande
sentimento -- Deus o ama. Jesus derramou seu sangue por você. Se você pedir-lhe
que o salve, crendo de todo o coração, ele o salvará. Se não o fizesse, seria
mentiroso, porque prometeu fazer isto. Você está disposto a invocá-lo para o
salvar neste instante?
Oh, que batalha se travou em meu coração! Podia
realmente ser simples assim? Era real? Suponhamos que houvesse um inferno de
fogo, afinal de contas, e que houvesse a mínima chance de eu ir lá passar a
eternidade. Era Jesus realmente o Deus eterno, como Guy dizia que a Bíblia
declarava ser? Ressuscitara Ele corporeamente e aparecera a centenas de pessoas
que O tocaram, comeram com Ele e mais tarde por todos Ele morreu?
De repente percebi tudo. Se eu não pudesse
confiar no promessa simples e clara de Jesus que morreu por mim, aonde mais
poderia ir? O desejo desesperado em mim clamava por Jesus, clamava por certeza.
Caí de joelhos, derramei-Lhe minha alma e pedi-Lhe que entrasse em meu coração
e me perdoasse todos os pecados. Pedi-Lhe que me tornasse um filho de Deus para
sempre, e me desse a vida eterna. Pedi-Lhe uma salvação consciente, e tomei-O
para meu Salvador e Senhor pessoal.
Levantei-me e enxuguei as lágrimas. Guy apontou o
dedo para mim e peguntou:
--Jesus o salvou ou Ele mentiu? Ele tinha de fazer
uma das duas coisas.
Dentro de mim eu sabia que algo tremendo havia
acontecido. Desfizera-se um fardo que eu nem sabia estar levando; alegria e paz
inaudíveis enchiam meu coração. Mas depois de anos de estudo de psicologia, eu
não ia depender somente das experiências, das emoções, e dos sentimentos. De
modo que eu simplesmente disse a Guy:
--Bem, Ele não podia mentir, logo Ele deve ter-me
salvado.
Guy abriu a Bíblia em João 3:36: "Por isso
quem crê no Filho tem a vida eterna." Olhei cuidadosamente para esse
versículo, saboreando cada palavra. Então eu sabia, não simplesmente sentia. Sabia!
Jesus havia me salvado! Agora eu tinha, neste instante, a vida eterna. Sua
Palavra o afirmava e Ele não pode mentir. Seu Espírito Santo testemunhava com
meu espírito que eu era Seu filho, com a certeza de estar com Ele no céu,
segundo Sua Palavra escrita. Guy e eu ajoelhamo-nos novamente e agradeci a Deus
com simplicidade por ter salvado minha alma e por ter me dado vida eterna.
Mal podia esperar para contar a John! Quando fui
verdadeiramente salvo, fiquei sabendo no mesmo instante que o mormonismo não
era o caminho. Foi como se Deus tivesse ligado um grande holofote sobre todo o
sistema e revelado sua resposta a mim. Mas eu tinha grande afeição por John, e
desejava partilhar minha alegria e certeza com ele. Ajuntei todo o material do
mórmons que ele havia me dado e corri `a sua casa.
-John, John -- gritei.--Encontrei Jesus. Acabo de
ser salvo e sei que vou para o céu!
-Você foi hipnotizado!--rugiu ele, tornando-se
vermelho.
-Você não tem certeza de ter sido salvo, John?
-perguntei.
-Não, e você também não -- asseverou ele,
agitando-se mais a cada instante.
Fiquei chocado. Seria este o meu John amável e
gentil? Por que não se alegrava ele com minha alegria por ter eu encontrado
Cristo?
-John -- perguntei seriamente -- você quer dizer que
todo esse tempo em que esteve falando comigo acerca de pertencer à única igreja
verdadeira; acerca de ter profetas e sacerdotes; acerca da autoridade, que você
nem mesmo tem certeza do lugar para onde vai quando morrer?
-Suponhamos que eu estivesse perdido na floresta com
várias outras pessoas. Suponhamos que estivéssemos desesperados e que só
tivéssemos tempo suficiente para sair se escolhêssemos o caminho certo
imediatamente antes de morrermos de fome ou nos congelarmos de frio. Suponhamos
que nos encontrássemos com você, e você nos dissesse ter um mapa infalível, e
ser um guia conhecedor destas florestas e insistisse em que nós o seguíssemos,
pois todos os outros caminhos eram errados. Então suponhamos que eu lhe
perguntasse se tinha certeza de não estar perdido, se sabia onde se encontrava,
você admitisse que não, e que nem mesmo tinha certeza do lugar para onde ia.
John, eu o amo, mas sei que estou salvo, e não posso mais acompanhá-lo.
Com isso devolvi a John o material sobre o
mormonismo. John e eu continuamos amigos. Ele me visitou várias vezes com
líderes mórmons tentando reconquistar-me. Fiquei tocado pelo seu interesse
óbvio, com seu cuidado.
Mas eu sabia que jamais estaria entre os que a
Bíblia diz "aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da
verdade" (veja 2 Timóteo 3:7).
Uma vez que a pessoa verdadeiramente encontra a
Jesus, a procura termina. Eu havia lido a Bíblia e freqüentado a igreja toda a
vida, mas não O havia encontrado. Orava diariamente, e em caminhadas longas nas
noites de lua muitas vezes havia sentido a presença calorosa de Jesus. Cria que
O amava, mas isto era diferente, mais rico e muito mais doce.
Antes a salvação era como amar alguém e ter uma
certa comunhão antes do casamento, mas essa pessoa não lhe pertence nem você
pertence a ela. Então, pelo simples ato do casamento você diz "Sim" e
ela também o faz. Não há mágica nas palavras, mas, se for amor verdadeiro, suas
vidas são mudadas para sempre. Ela lhe pertence e você pertence a ela. O que
antes pensava ser amor não se pode comparar com o que agora você possui. Ao
receber a salvação verdadeira, ao casar-se com Jesus é um ato que a Bíblia
chama de conversão, você sabe a diferença. Antes eu era religioso, mas
perdido. Agora estou salvo.
John jamais entendeu, embora tenha eu orado por
ele e por ele chorado com verdadeira dor de coração.
Hoje, anos mais tarde, depois de passar milhares
de horas em estudo bíblico, depois de ler centenas de livros escritos por
mórmons e centenas de folhetos -- tanto a favor como contra -- desejo partilhar
com outros corações famintos, no amor de Cristo e conforme Deus me der
capacidade, o que Ele tem me mostrado.
CAPÍTULO DOIS
José Smith e a Primeira Visão
Muitos que lêem este livro poderão perguntar:
Onde os mórmons conseguiram idéias tão diferentes acerca de Deus e de Cristo?
Qual é a fonte de sua doutrina? Onde sua igreja realmente se originou? Qual é o
fundamento sobre o qual se firmam suas crenças?
De maneira muito breve, os mórmons ensinam que o
verdadeiro evangelho desapareceu da terra logo depois da era da igreja
apostólica. Crêem que todas as igrejas de então se tornaram falsas, e que não
tinham autoridade dada por Deus. Todos os cristãos professos, durante centenas
de anos eram corruptos, falsos, apóstatas. Então Deus restaurou o
verdadeiro evangelho e sua autoridade original mediante um jovem chamado José
Smith. Um anjo apareceu, em visão, ao jovem José e depois levou-o a algumas
placas de ouro escondidas perto de Palmyra, no estado de Nova lorque. Destas
placas, Deus fez com que José Smith fosse capaz de produzir O Livro de
Mórmon, o primeiro livro inspirado, o fundamento do mormonismo.
Uma vez que José Smith declarou que todas as
igrejas, sem exceção, são falsas e todos os seus membros são corruptos,
parece-nos justo contestá-lo. Se José foi um verdadeiro profeta de Deus, então
a Primeira Visão devia ser clara e indiscutível, pois Deus não é autor de
confusão. Mas, ouçamos as próprias fontes mórmons quanto à importância desta
Primeira Visão.
Primeira Visão de 1820
David O. McKay, apóstolo e líder mórmon declarou:
"A aparição do Pai e do Filho a José Smith é o fundamento desta
igreja."[1]
O apóstolo mórmon John A. Widtsoe disse: "A
Primeira Visão, de 1820, é de importância vital à história de José Smith. Sobre
sua realidade descansam a verdade e o valor de seu trabalho
subseqüente."[2]
Obviamente, a integridade de José Smith e a
verdade do mormonismo estão em jogo. Se a Primeira Visão for o fundamento sobre
o qual se firma o mormonismo, examinemos, em atitude de oração e mui
cuidadosamente, esse fundamento.
A igreja mórmon diz que José Smith teve uma visão
em 1820, quando era um mocinho de 14 anos de idade. Esta visão aconteceu na
"manhã de um lindo e claro dia, nos primeiros dias da primavera de
1820". José Smith tinha ido aos bosques orar a fim de saber "qual de
todas as seitas era a verdadeira". Enquanto orava, viu dois personagens
pairando acima dele no ar. Um dos personagens apontou ao outro e disse:
"Este é o meu Filho Amado. Ouve-o." Então um dos personagens, aos quais
José Smith identifica como o Pai e o Filho, disse-lhe que todas as igrejas
estavam erradas.
É estranho que não se mencione esta visão nos
registros mais antigos da igreja mórmon e a Improvement Era (Era da
Melhoria), admite: "O relato oficial" de José Smith de sua primeira
visão e das visitas do anjo Moroni foi...publicado pela primeira visão em Times
and Seasons (Tempos e Estações) em 1842."[3] Isto, 22 anos depois do
que se supõe ter o evento acontecido. Mesmo assim a primeira visão é
vista como o fundamento da igreja mórmon que começou em 1830! O Livro
de Mórmon foi publicado em 1830 também. Por que José Smith não deu um
relato oficial da visão antes de 1842?
Por anos, os mórmons declararam enfaticamente:
"José Smith viveu pouco mais de 24 anos depois desta primeira visão.
Durante esse tempo ele contou somente uma hostória!"[4] Isto, é claro, não
é verdade. Jerald e Sandra Tanner, no seu panfleto, The First Vision
Examined (Exame da Primeira Visão), mostraram que existiam na igreja mórmon
duas versões, além da versão oficial de Smith, mas não foram publicadas até que
Paul Cheesmand, aluno da Universidade Brigham Young as expôs em 1965.
Outro relato da primeira visão veio à luz por
intermédio de James B. Allen, professor assistente de História na UBY, em 1966,
depois dos mórmons, por vários anos, negarem a existência de outras versões!
Estas versões contêm discrepâncias importantes da versão oficial. Para uma
explicação detalhada e erudita, veja o panfleto de Tanner, The First Vision
Examined.
Até Brigham Young, que teve 363 de seus sermões
registrados no Journal of Discourses (Diário de Discursos), como profeta
"inspirado" sucessor de José Smith, não menciona a Primeira Visão. O
bibliotecário mórmon Lauritz G. Petersen,numa carta datada de 31 de agosto de
1959, escreveu: "Tenho examinado o Journal of Discourses (Diário de
Discursos) que registra muitos do sermões de Brigham Young. Nada há ali por
Brigham Young sobre a primeira visão de José Smith."[5]
É bastante estranho que Oliver Cowdery, o
primeiro historiador mórmon (segundo Doctrines of Salvation (Doutrinas
da Salvação), volume 2, página 201), nem mesmo se refira à Primeira Visão.
Cowdery foi uma das três testemunhas principais de O Livro de Mórmon.
Earl E. Olsen, bibliotecário mórmon, da Igreja dos Santos dos Últimos Dias,
escreveu numa carta de 24 de março de 1958: "Nos registros que temos em
arquivo dos escritos de Oliver Cowdery e John Whitmer, tais como são, não
encontramos referência à Primeira Visão."[6]
Primeira Visão de 1823
Entretanto, foi descoberto que Oliver Cowdery,
auxiliado pelo próprio José Smith, publicou um relato da Primeira Visão no Messenger
and Advocate (Mensageiro e Advogado), em setembro de 1834, e em fevereiro
de 1835, diferindo em pontos importantes da "versão oficial"
publicada mais tarde, em 1842. Na verdade, os primeiros relatos da igreja
mórmon referentes à Primeira Visão de José Smith diziam que ele tinha 17 anos,
e não 14.
(Bons amigos mórmons, honestamente embasbacados
com as aparentes contradições e confusões que vamos apresentar, disseram-nos
que tínhamos confundido a Primeira Visão de José Smith com outra visão ou
visões que ele teve. Simpatizamos com a dor de coração que sentem pelo que os
seguintes fatos revelarão. Entretanto, lemos muitas das visões de José Smith e
estamos muito bem cônscios delas, como muitos outros estudiosos do mormonismo o
estão. O próprio José Smith e outras autoridades mórmons declararam claramente
que a visão que estamos discutindo foi a primeira. Devemos encarar a realidade,
com gentileza mas firmemente.)
Orville Spencer, preeminente mórmon do começo da
igreja, escreveu uma carta de Nauvoo, no estado de Illinois, em 1842, dizendo:
"José Smith, ao ter as primeiras manifestações dos grandes desígnios dos
céus, não estava longe da idade de dezessete anos." [7]
Ora isto está de acordo com o relato da idade de
Smith, 17 anos em 1823, ao serem dados os primeiros relatos da visão,
como prova o Messenger and Advocate, vol.1, páginas 78,79, referindo-se
a um reavivamento que diz ter sido realizado em Palmyra e nos seus arredores no
estado de Nova Iorque, mais ou menos na época da visão de José Smith. Enquanto
esta excitação continuava, ele continuava a clamar ao Senhor em secreto por uma
manifestação plena da aprovação divina e, para ele, a informação de grande
importância, se um Ser Supremo existia, que tivesse a certeza de ser aceito por
ele... Na noite do dia 21 de setembro de 1823, nosso irmão, antes de ir para o
quarto, tinha a mente completamente envolvida com o assunto que por tanto tempo
o havia agitado -- seu coração fazia oração fervorosa... enquanto continuava
orando por uma manifestação, de alguma maneira, de que seus pecados haviam sido
perdoados; esforçando-se para exercitar fé nas Escrituras, de repente uma luz
como a do dia, só que de uma aparência e brilho mais puros e gloriosos, invadiu
o quarto... e num momento um personagem apareceu perante ele... ouviu-o
declarar ser o mensageiro enviado por mandamento do Senhor, para entregar uma
mensagem especial e testemunhar-lhe que seus pecados estavam perdoados."[8]
Notem, por favor, que esta é uma fonte mórmon, e
um relato oficial mórmon admitindo que José Smith, aos 17 anos de idade em
1823, nem mesmo sabia se existiam ou não um Ser Supremo, embora mórmons
posteriores digam que ele teve uma visão do Pai e do Filho, em
1820, aos 14 anos de idade!
De fato, o líder e apóstolo mórmon David O. McKay
declarou que esta Primeira Visão, que José Smith declarava ter 14 anos, era o fundamento
da igreja mórmon! Por que, então José Smith nem mesmo sabia da existência de um
Ser Supremo, em 1823, aos 17 anos de idade?
Primeira Visão e Anjos
Além disso, no Deseret News (Notícias
Deseret), de 29 de maio de 1852, cita-se José Smith dizendo: "Recebi a
primeira visitação dos anjos quando tinha cerca de quatorze anos de
idade." Isto mostra outra discrepância de muitas fontes mórmons. Os
relatos mais antigos da visão dizem que um anjo apareceu a José Smith, não o
Pai e o Filho.
Afirmou o apóstolo Orson Pratt: "Logo um
indivíduo obscuro, um jovem, levantou-se, e no meio de toda a cristandade, proclamou
as novas espantosas de que Deus lhe havia enviado um anjo... isto
ocorreu antes de este jovem ter 15 anos de idade."[9] Isto obviamente se
refere à Primeira Visão de Smith.
John Taylor, o terceiro presidente da igreja
mórmon, afirmou: "Como é que se originou este estado de coisas
chamado mormonismo? Lemos que um anjo desceu do céu e revelou-se a José
Smith e manifestou-lhe, em visão, a verdadeira posição do mundo do ponto de
vista religioso."[10]
A despeito da evidência irrefutável dos próprios
apóstolos mórmons, a história da Primeira Visão cresceu e foi mudada até
chegar `a versão de hoje: que José Smith viu o pai e o Filho. Segundo a versão
atual, em 1820, quando tinha quatorze anos de idade, José Smith viu uma coluna
de luz. "Logo após esse aparecimento, senti-me livre do inimigo que havia
me sujeitado. Quando a luz repousou sobre mim, vi dois Personagens, cujo
resplendor e glória desafiam qualquer descrição, em pé, acima de mim, no ar. Um
Deles me falou, chamando-me pelo nome e disse, apontando para o outro : Este
é o meu Filho Amado. Ouve-O."[11]
Nem José Smith, nem os apóstolos inspirados dos
mórmons que o citaram estão de acordo com a história original acerca do ano,
da idade de José nem do conteúdo da visão.
A Primeira Visão e o Sacerdócio
O próprio José Smith deu prova positiva de que
ele não viu o Pai e o Filho em 1820. Em 1832 José Smith disse ter uma revelação
de Deus na qual afirmava que o homem não pode ver à Deus sem o
sacerdócio. Mas como o próprio José Smith admitiu, ele não era sacerdote em
1820, nem reivindicou para si mesmo esse ofício até os princípios de 1830![12]
A revelação de José Smith, de 1832, concernente
ao sacerdócio está registrada na seção 84 de Doutrinas e Convênios,
versículos 21,22: E sem as suas ordenanças, e a autoridade do sacerdócio, o
poder de divindade, não se manifesta aos homens na carne; Pois, sem isto nenhum
homem pode ver o rosto de Deus, o Pai, e viver."
O apóstolo mórmon Parley P. Pratt declarou:
"A verdade é esta: sem o sacerdócio de Melquisedeque, `homem algum pode
ver à Deus e viver!"[13] José Smith não era sacerdote em 1820. Se
sua revelação de que homem algum pode ver a Deus sem o sacerdócio fosse
verdadeira, então José Smith jamais havia visto à Deus e sua alegação em 1842
de que em 1820 fosse verdadeira, então sua revelação em 1832 que homem algum
poderia ver à Deus sem o sacerdócio era falsa. De qualquer forma isto mostraria
que José Smith não era o profeta de Deus que algumas pessoas pensavam que
fosse.
Moroni ou Nefi
Outro problema digno de menção relacionado com
isto é que o anjo que disse ter aparecido a José Smith é quase sempre chamado
de Moroni, tanto por José Smith como por outros escritores mórmons. Entretanto,
na primeira edição de 1851 de Pérola de Grande Valor, página 41, o nome
do anjo era Nefi e não Moroni. Mais provas acerca disto podem ser encontradas
em Times and Seasons (Tempos e Estações), volume 3, páginas 479 e 753, e
nos escritos da mãe de José, Lucy Mack Smith, em seus Esboços Biográficos (Biographical
Sketches) de 1853.
Em Resumo
Parece estar em ordem algumas observações acerca
de José Smith e da Primeira Visão. David O McKay, ex-presidente e inspirado
apóstolo mórmon, declarou ser a Primeira Visão o fundamento da igreja mórmon.
Sobre isto descansa finalmente toda a autoridade que os mórmons dizem ter.
Perguntamos: por que tantos líderes, apóstolos,
presidentes e escritores mórmons andam tão confusos acerca do que José Smith
viu ou não viu? Por que o próprio José Smith fez vários relatos totalmente
irreconciliáveis da Primeira Visão? Por que a versão de José Smith e a versão
oficial dos mórmons não saiu até 1842 se esta visão é tão importante para o
mormonismo? A igreja começou em 1830, e O Livro de Mórmon foi publicado
em 1830, mas a visão de 1820, sobre a qual a igreja foi fundada, não foi
dada oficialmente até 1842!
Por que temos "revelações"
contraditórias dadas por Deus ao seu apóstolo inspirado? Deus nunca se
contradiz. Quando qualquer palavra ou revelação é contraditória não pode ser de
Deus. José Smith realmente teve uma visão? Se assim foi, quando? Com que idade?
O que ele viu realmente? Foi um anjo bom ou um anjo mau, se teve uma visão? Foi
um espírito de Deus ou um dos espíritos de Satanás que lhe apareceu como um
anjo de luz? "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma
em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se
transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas
obras" (2 Coríntios 11:14, 15).
Pense novamente nas contradições do tempo da
visão, da idade de José Smith, e do conteúdo da visão. Pense
acerca da revelação que José Smith teve em 1832 que só os que foram ordenados
ao sacerdócio poderiam ver a Deus e viver, mas dizia-se que ele havia visto `a
Deus em 1820, muitos anos antes de ter sido feito sacerdote por seu própio
testemunho. 1 Coríntios 14:33 diz: "Porque Deus não é de confusão; e, sim,
de paz. Como em todas as igrejas dos santos."
Não conforta nada saber que muitos cultos
começaram com uma visão--ou alegações de uma visão ou por não crerem na Palavra
de Deus, ou por não crerem que ela fosse suficiente. Deus, portanto,
enviou-lhes "a operação do erro" para que cressem na mentira (veja 2
Tessalonicenses 2:10-12).
Finalmente, os mórmons precisam examinar
seriamente Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu
vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema."
Se esta Primeira Visão for o fundamento, vejamos
o que José Smith sobre ele construiu.
____________
Notas
[1]
David O. McKay, Gospel Ideals (Ideais do evangelho) - (Salt Lake City:
The Church of Jesus Christ of Latter-Day Saints, 1953), página 85.
[2]
John A. Widtsoe, Joseph Smith - Seeker After Truth (Joseph Smith
- buscador da verdade) - (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1951), página 19.
[3] Improvement Era (Era da Melhoria),
julho de 1961, página 490. (Periódico mensal publicado pela igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.)
[4] Joseph Smith, The Prophet
(Joseph Smith, o profeta) - 1944, página 30. Citado por Jerald e Sandra Tanner
em The First Vision Examinded (Exame da primeira visão) - Salt Lake
City: Modern Microfilm Co., 1969 - página 2.
[5] Jerald Tanner, Mormonism: A Study of
Mormon History and Doctrine (Mormonismo: Estudo da história e doutrina
mórmons) - (Clearfield, Utah: Utah Evangel Press, 1962), página 79.
[6] Tanner, Mormonism, página 8.
[7] Millenial Star (Estrela Milenar), vol.
4, página 37.
[8] Messenger and Advocate (Mensageiro e
advogado), vol. 1, pp. 78,79. Citado
por Tanner em The First Vision Examined (Salt Lake City: Modern
Microfilm co., 1969), p. 15.
[9]
Journal of Discourses (Diário de discursos) - Liverpool, England : F.D.
e S. W. Richards, Pub., 1854. Edição reimpressa, Salt Lake City, 1966),
vol. 13, pp. 65,66. O Journal of Discourses é uma coleção de sermões por
Brigham young, Orson Pratt, Heber Kimball e outros de 1854 a 1886.
[10]
Journal of Discourses, vol. 10, p. 127.
[11] Joseph Smith, Pérola de Grande Valor
- (Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1958),
p. 48, #17. (Na edição brasileira, de 1967, p. 56, #17.)
[12]
Bruce R. McConkie, ed. Doctrines of Salvation (Doutrinas da salvação) -
(Salt Lake City: Bookcraft, Inc., 1954), vol. 1, p. 4.
[13]
Parley P. Pratt. Writings of Parley P. Pratt (Escritos de Parley P. Pratt) p.
306. Citado por Jerald e Sandra Tanner em Mormonism, Shadow or
Reality (Mormonismo - sombra ou realidade) - (Salt Lake City: Modern
Microfilm Co., 1972), p. 144.
A
Ilusão Mórmon — Parte 2 (Capítulos 3 e 4)
CAPÍTULO TRÊS
José Smith--Profeta de Deus
Foi José Smith um profeta de Deus? Sou
imensamente grato a Deus por não ter deixado que decisões tão importantes
dependessem de opiniões ou caprichos dos homens. Ele providenciou um teste
absolutamente infalível e que até o cristão mais simples pode usar a fim de
determinar se a pessoa que se diz profeta é verdadeira ou falsa. É tão claro
que inclusive os que não são cristãos podem aplicá-lo e não serem desviados da
busca da verdade.
Eis o teste de Deus para o profeta: "Porém o
profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu não mandei
falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Se
disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe
que quando esse profeta falar, em nome do Senhor, e a palavra dele se não
cumprir nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse;
com soberba a falou o tal profeta: não tenhas temor dele" (Deuteronômio
18:20-22).
Nesta e também em numerosas outras passagens
bíblicas descobrimos que Deus falou por meio de seus profetas verdadeiros,
palavra por palavra, enquanto profetizavam. Uma vez que Deus não pode mentir
nem errar, o cumprimento das palavras de seus profetas verdadeiros sempre
foi exato.
Qualquer profeta que não passasse neste teste da
profecia cumprida era profeta falso. (Veja Deuteronômio 13:1-5; Isaías 9:13-16;
Jeremias 14:13-16; Ezequiel 13:1-9.)
Uma profecia falsa desqualificava o homem para
sempre como profeta de Deus. Segundo as Escrituras, sob a lei do Antigo
Testamento, o profeta que presumisse falar o que Deus não havia mandado, devia
ser morto.
A seguir apresentamos algumas profecias de José
Smith que não passaram no simples teste de exatidão de Deus:
1. Concernente à Nova Jerusalém e seu templo
(Apocalipse 21:22). Segundo esta profecia em Doutrina e Convênios
84:1-5, dada em setembro de 1832, a cidade e o templo devem ser erigidos no
estado de Missouri nesta (atual) geração.
Os apóstolos da igreja mórmon conheciam esta
profecia e declararam no Journal of Discourses (Diário de Discursos)
(volume 9, página 71; volume10, página 344; volume 13, página 362), sua certeza
de que esta profecia havia de se cumprir durante a geração na qual a profecia
foi feita por Smith em 1832. De fato, no dia 5 de maio de 1870, o apóstolo
Orson Pratt declara ostensivamente: "Os Santos dos Últimos Dias esperam
ter o cumprimento desta profecia durante a geração em existência em 1832 assim
como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode
mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas." (1)
A cidade não foi construída; o templo não
foi erigido nesta geração. A profecia era falsa.
2. Sião, no Estado de Missouri, "não poderá
cair, nem ser removida de seu lugar", Doutrina e Convênios, seção
97:19. José Smith estava na cidade de Kirtland, Estado de Ohio quando fez esta
predição e não tinha consciência de que Sião fora removida--duas semanas antes
da assim chamada revelação.
3. A casa Nauvoo deve pertencer à família Smith
para sempre, Doutrina e Convênios 124:56-60. José Smith foi morto em
1844. Os mórmons foram levados de Nauvoo e a casa já não pertence à família
Smith. Esta profecia era falsa. José Smith era um falso profeta.
4. Os inimigos de José Smith serão confundidos ao
procurar destruí-lo, 2 Nefi 3:14, O Livro de Mórmon. Smith foi morto, a
bala, na prisão de Carthage, em Illinois, no dia 27 de junho de 1844.
5. Jesus Cristo devia nascer em "Jerusalém,
que é a terra de nossos antepassados", Alma 7:10, O Livro de Mórmon.
A Palavra de Deus diz que Jesus nasceria em Belém (Miquéias 5:2), e essa
profecia foi cumprida (Mateus 2:1).
6. A vinda do Senhor, History of the Church
(História da Igreja), volume 2, página 182. Em 1835 José Smith, profeta e
presidente predisse "a vinda do Senhor, que estava próxima...até mesmo
cinqüenta e seis anos deviam terminar a cena". (2)
7. Referente aos "habitantes da lua", Journal
of Oliver B. Huntington, volume 2, página 166. Esse devoto e dedicado
companheiro mórmon de José Smith citou-o descrevendo sua revelação a respeito
da lua e seus habitantes: "Os habitantes da lua têm tamanho mais uniforme
que os habitantes da Terra, têm cerca de 1,83m de altura. Vestem-se muito à
moda dos quacres, e seu estilo é muito geral, com quase um tipo só de moda. Têm
vida longa; chegando geralmente a quase mil anos." (3)
8. Uma profecia bastante reveladora é relatada
por David Whitmer, uma das Três Testemunhas do Livro de Mórmon. Em seu
livro, An Address to All Believers in Christ (Uma Proclamação a todos os
crentes em Cristo)--(Richmond, Missouri, 1887), Whitmer disse que José Smith
recebeu uma revelação de que os irmãos deviam ir a Toronto, no Canadá, e que
venderiam ali os direitos autoraris do Livro de Mórmon. Foram mas não
puderam vender o livro, e pediram explicações a José Smith. Smith, sempre
esperto, disse-lhes: "Algumas revelações são de Deus; algumas são dos
homens, e outras são do diabo."
Profeta bíblico algum jamais usou tal desculpa,
pois nenhum profeta verdadeiro de Deus jamais falhou. Durante o período do
Antigo Testamento, Smith teria sido imediatamente apedrejado até à morte, por
se fazer passar por profeta de Deus. Se Smith não podia saber se a profecia
vinha de Deus, do homem ou do diabo, não podemos confiar em suas revelações em O
Livro de Mórmon e também nos outros escritos. Como é que podemos confiar
nosso destino eterno a tal homem?!
Os mórmons gostariam de tachar o livro de Whitmer
de "escrito apóstata". Dizem, entretanto, ser ele uma das três
Testemunhas Sagradas, que "jamais negou seu testemunho"; neste caso
ele certamente não poderia ser apóstata.
9. Em outra ocasião o astuto Smith declarou:
"Na verdade, assim diz o Senhor: é sábio que o meu servo David W. Patten,
liquide todos os seus negócios, logo que possível, e disponha de sua
mercadoria, para que na primavera que vem, em companhia de outros, doze,
incluindo a si, desempenhe uma missão para mim, a fim de testificar do meu nome
e levar novas de grande alegria a todo o mundo." (4)
A data em que esta profecia foi dada era 17 de
abril de 1838. David Patten morreu de ferimentos de arma de fogo no dia 25 de
outubro de 1838. Não viveu para sair em missão na primavera. Deus, que conhece
o futuro, não haveria de chamar um homem para uma missão, não a revelaria nem a
faria registrar se soubesse que esse homem morreria antes do seu cumprimento.
Isso faria de Deus um idiota ignorante, sem preparo e sem conhecimento do
futuro. Suas revelações e profecias certamente não seriam "a segura
Palavra de Deus".
Os mórmons tentam, pateticamente, defender esta
profecia de Smith dizendo que David Patten pode ter sido chamado para uma
missão em algum outro mundo (depois da morte). Se isto for verdade, não há
registro de que os outros onze homens também tenham morrido para acompanhar a
Patten nessa missão à qual foram chamados. É estranho que Deus nem mesmo se
tenha importado em mencionar uma coisa tão estupenda como a morte do homem,
expondo-se a uma acusação de profecia falsa. Deus não brinca com sua palavra
nem com seus profetas. Esta profecia de José Smith foi uma profecia falsa, e
não de Deus.
O teste de Deus para o profeta é muito simples; é
muito claro. José Smith não pode passar no teste. Suas profecias falharam. José
foi um profeta falso.
Amigos mórmons a quem apresentei esta prova têm
tido reações variadas, como era de se esperar. Alguns ficaram abalados,
admitiram que José Smith foi um falso profeta e voltaram-se, com todo o
coração, para Jesus somente, para a alegria deles e minha.
Certa senhora mórmon amável, havia trabalhado
infatigavelmente na igreja mórmon e havia se tornado bastante conhecida no
trabalho entre as mulheres de um estado vizinho ao meu. Leu este material,
conversou comigo e foi maravilhosamente libertada do mormonismo e trazida a
Cristo. Ela ama o povo mórmon e sente por ele uma responsabilidade tremenda.
Mais tarde, tive a alegria inexprimível de levar seu marido mórmon a Cristo.
Como ele chorou de alegria quando Jesus o
libertou de seus pecados e concedeu-lhe o dom gratuito da vida eterna! Tal paz,
segura e duradora, ele nunca havia encontrado no mormonismo.
Outros mórmons, em defesa de O Livro de Mórmon
e da igreja mórmon, e com medo das espantosas implicações para si mesmos e suas
famílias, se recusam a admitir o óbvio - que José Smith foi um profeta falso.
Tentam desesperada ou valentemente, dependendo do ponto de vista do leitor,
salvá-lo de seu dilema inextricável.
"Você tirou o que ele disse do contexto em
que foi dito!" declararam alguns.
"Talvez ele quisesse dizer outra
coisa", foi outra resposta triste.
"As pessoas na Bíblia tinham faltas",
responderam vários, o que nada tem que ver com o teste de Deus para o profeta.
"Simplesmente não acredito que José Smith
foi um profeta falso!"
"É um monte de mentiras!" gritou uma
querida alma mórmon, ignorando o fato de que as citações são quase que
exclusivamente de livros, fontes, e apóstolos mórmons, e estão bem documentadas
de modo que pode verificar por si mesma e tirar suas próprias conclusões.
Por certo que os corações de todos os cristãos
verdadeiros têm compaixão pelos mórmons, se houver em tais corações um grama do
amor de Cristo. Ver e sentir a angústia dos que começam a reconhecer que foram
iludidos não é nada agradável. Entretanto, a angústia de uma eternidade perdida
sem Cristo é infinitamente mais horrível. O verdadeiro amor não pode fugir à
responsabilidade. Podemos sentir como o médico que se deve fazer de aço a fim
de dizer a um amigo querido que sofre de câncer.
O teste foi dado. José Smith não passou no teste.
Não foi profeta de Deus. Foi um falso profeta.
__________
Notas
[1]
Pratt, Journal of Discourses, vol.9, p.71
[2] Joseph Smith, History of the Church
(História da Igreja) (Salt Lake City; A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, 1902-1912), volume 2, p.182.
[3]
Huntington Library, San Marino, California, de o Journal of Oliver B.
Huntington, volume 2, página 166.
[4] Doutrina e Convênios 114:1.
CAPÍTULO QUATRO
O LIVRO DE MÓRMON - DE JOSÉ SMITH OU DE DEUS?
Assim como Deus pôde dar sua Palavra também a
pôde preservar. Ele tem inculcado uma fidelidade fervente à sua Palavra nos
corações de muitos eruditos e tradutores retos. Através dos séculos, muitos de
seu povo verdadeiro têm dado a vida para preservar a pureza da Palavra de Deus.
Exatidão e Harmonia da Bíblia
Tem se encontrado mais de 5.000 manuscritos e
pedaços de manuscritos da Palavra de Deus praticamente por toda a Europa e
Ásia. Portanto não precisamos depender da tradução de um só manuscrito. A
harmonia e a exatidão desses manuscritos são espantosas.
Os escritos dos país da igreja, alguns deles
contemporâneos do apóstolo João, contêm o texto de praticamente todo o Novo
Testamento. Estes escritos conferem exatamente como os manuscritos do Novo
Testamento que usamos. Os rolos do mar Morto também harmonizam com as versões
mais recentes. Isto comprova que temos a Palavra de Deus como foi dada
originalmente.
A exatidão das Escrituras é confirmada por muitos
eruditos. bíblicos. Um destes é Robert Dick Wilson, antigo membro da
universidade Princeton e gênio ilustre. Robert Wilson, cristão devoto e de
grande lingüista que conhecia mais de 26 línguas, dizia duvidar de que uma
única palavra em mil tivesse sido mudada ou traduzisse em significado diferente
do original dado por Deus.
Robert Dick Wilson gastou a vida em estudo
cuidadoso da Palavra de Deus na línguas originais. Ele foi professor de
Filologia Semítica em Princeton e indubitavelmente um dos maiores estudiosos de
todo o mundo. Robert Dick Wilson resumiu suas convicções a respeito da Bíblia
em seu livro A Scientific Investigation of the Old Testament (Uma
investigação cientifica do Antigo Testamento), dizendo: "Concluindo,
deixe-me reiterar minha convicção de que ninguém sabe o suficiente para mostrar
que o verdadeiro texto do Antigo Testamento em sua verdadeira interpretação não
é verdadeiro."[1]
Robert Dick Wilson é apenas um dos muitos
eruditos da Bíblia que confirmaram a exatidão da Bíblia assim como a temos
hoje. Essas pessoas provaram, pela pesquisa, o que Jesus declarou:
"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão"
(Mateus 24:35). E o infalível Filho de Deus não está enganado nem mente.
Com freqüência lemos a respeito de Sócrates, e
sua história é amplamente aceita sem questionamento. Entretanto a prova de que
Sócrates tenha existido vem de um só manuscrito por uma única
pessoa, Platão! Outra referência que temos deste filósofo grego está contida no
manuscrito de uma peça cômica escrita por um autor grego chamado Aristófanes.
Ainda assim ninguém duvida da existência de Sócrates.
Muito da história que comumente aceitamos como
verdade, vem-nos de fontes muito antigas. A história de Júlio César e das
guerras gálicas está registrada em vários manuscritos, mas o mais antigo é
datado de 900 anos depois da época de César. Mesmo assim aceitamos, como fato
inconteste, a veracidade dessa história.
Por outro lado, temos milhares de manuscritos e
porções de manuscritos que vêm de lugares diferentes concernentes a Jesus
Cristo e à sua Palavra. Isto significa que algum escriba, mesmo que Deus o
tivesse permitido, poderia ter mudado alguma coisa na tradução sem que tal
mudança tivesse sido verificada por outro estudioso da Bíblia. Pois estes
manuscritos têm sido comparados assiduamente, vezes sem conta, tanto pelos
inimigos como pelos amigos de Jesus Cristo.
Os Mórmons e a Bíblia
A despeito da prova esmagadora da exatidão e
harmonia da Bíblia, os mórmons professam crer na Bíblia "o quanto seja
correta sua tradução".[2] Entretanto não impõem tal restrição à sua
aceitação do Livro de Mórmon o qual declaram ser a própria Palavra de
Deus.
Questionar a Bíblia é questionar a autoridade e a
fidelidade do Senhor Jesus Cristo. Para mostrar até que ponto os mórmons têm
usado de evasão em seus "Articles of Faith" (As regras de fé) para
negar a Bíblia como a Palavra infalível de Deus, leia o que o apóstolo Orson
Pratt da igreja dos Santos dos Últimos Dias diz em seus comentários acerca da
Bíblia: "Quem sabe que até mesmo um único versículo da Bíblia tenha
escapado à poluição, de modo que transmita o mesmo sentido agora que teve no
original?"[3]
Esperamos que nos desculpem por mostrar que esse
tipo de lógica parece um tanto suspeita. Pratt escrevia para provar que o Livro
de Mórmon é a inspirada Palavra de Deus, sem erro. Uma vez que centenas de
versículos da Bíblia "poluída" foram copiados palavra por palavra da versão
do Rei Tiago no Livro de Mórmon, dificilmente isto ajudaria seu
argumento! Não se introduz água de um rio poluído em um rio puro e claro e
continua-se a chamar um de poluído e outro de puro!
José Smith copiou versículos e capítulos da
Bíblia. O segundo livro de Nefi, capítulos 12 a 24 no Livro de Mórmon,
em sua maior parte foi copiado, palavra por palavra, de Isaías, capítulos 2 a
14, da versão do Rei Tiago.
Revelação para O Livro de Mórmon
No Pérola de Grande Valor, páginas 60-64,
José Smith faz um relato de uma visão que teve em 1823. O "mensageiro
enviado da presença de Deus", Moroni, lhe disse que Deus tinha um trabalho
para ele. Devia encontrar algumas placas de ouro sobre as quais estava escrito
um livro que José Smith devia traduzir. O mensageiro disse-lhe onde as placas
estavam escondidas e deu-lhe instruções a respeito delas.
Também preservados, com as placas de ouro,
estavam o Urim e o Tumim que são mencionados no Antigo Testamento. (Ver Êxodo
28:30; Números 27:21; Esdras 2:63.) Segundo José Smith, o Urim e o Tumim era um
tipo de óculos divino (duas pedras em arco de ouro) que Deus havia conservado
por milhares de anos e colocado numa caixa com as placas de ouro para ajudá-lo
a interpretar e traduzir a língua na qual o livro estava escrito. Esta língua
era o egípcio reformado. Segundo Doutrina e Convênios, José Smith
declarou que Deus lhe dera poder para traduzir os hieróglifos do egípcio
reformado para o inglês e produzir o Livro de Mórmon.
José Smith, usando o Urim e o Tumim poderia
traduzir a mensagem das placas de ouro. Depois de Smith ter traduzido as
primeiras 116 páginas do Livro de Mórmon, que se perderam ou foram
roubadas, um "anjo" aparentamente levou esses óculos embora. Então
José usou a "pedra do vidente" ou pedra da caçada a tesouros, que era
propriedade comum naquela época de muitos adivinhos e buscadores de tesouro, para
traduzir os hieróglifos do egípcio reformado. Esta pedra também ém chamada de
Urim e Tumim pelos escritores mórmons. Pergunto-me por que Deus se incomodou em
providenciar os óculos depois de preservá-los por tantos séculos para que José
Smith os usasse quando foram usados tão pouco e tão facilmente substituídos por
alguma outra coisa.
Segundo as três testemunhas de O Livro de
Mórmon David Whitmer, Oliver Cowdery e Martin Harris, Smith punha essa
pedra num chapéu, então colocava o rosto no chapéu e começava a traduzir das
placas de ouro. As placas de ouro raramente estavam presentes, se é que alguma
vez estiveram! Que estranho Parecem elas tão supérfulas quanto os óculos do
Urim e Tumim. Novamente, pergunto-me por que José Smith até mesmo se deu ao trabalho
de desenterrá-las.
David Whitmer, no Address to All Believers in
Christ (Proclamação a todos os crentes em Cristo), diz que quando José
Smith colocava o rosto no chapéu com a pedra do vidente, "algo parecido
com pergaminho aparecia". (4) Os hieróglifos apareciam um de cada vez, com
a interpretação em inglês por baixo. José Smith a lia e Oliver Cowdery ou quem
quer que fosse o amanuense ou secretário nessa hora a escrevia. Se tivesse sido
escrito corretamente, o sinal ou a frase desaparecia. Se não, permanecia até
ser corrigida. Significa que cada letra, cada sinal, era exatamente o que Deus
havia dito, letra por letra, palavra por palavra. Não podia haver erro porque o
sinal ou palavra não desaparecia até que estivesse cem por cento exata.
A palavra escrita era perfeita. E quando se fez
esta publicação de 1830 do Livro de Mórmon, José Smith disse que o livro
era perfeito ou "correto". Ele devia saber, se era verdadeiro profeta
de Deus.
Alguns problemas do Livro de Mórmon
José Smith dizia que esse egípcio reformado era
uma língua que homem algum conhecia, mas era a língua na qual Mórmon (o paide
Moroni) escreveu as placas de ouro ao redor do ano 384 a 421 A.D., pouco antes
de morrer. Para muitos constitui um problema que esta língua fosse
reproduzida no Livro de Mórmon com as mesmas palavras da Bíblia do
Rei Tiago de 1611, em centenas e milhares de lugares.
Não parece provável que o egípcio reformado, uma
língua não conhecida de homem algum e que havia desaparecido da terra por mais
de mil anos antes do ano 1611, ano em que foi publicada a Bíblia do Rei Tiago,
conteria milhares das mesmas palavras e frases, na ordem exata em que são
encontradas na versão da Bíblia do Rei Tiago. Até as palavras em
itálicos da versão do Rei Tiago aparecem no Livro de Mórmon. José
Smith não as sublinhou mas incluiu-as no texto do Livro de Mórmon como
se fossem as palavras de Deus.
Os eruditos que fizeram a versão do Rei Tiago
sublinharam certas palavras para prevenir o leitor de que elas não se
econtravam no texto original grego ou hebraico mas foram acrescentadas para um
leitura mais fluente ou para explicações. Alguns dos muitos exemplos de
palavras sublinhados contidas na versão do Rei Tiago e no Livro de
Mórmon podem ser vistas comparando Isaías 53:2, 3, 4 com Mosíah 14:2, 3, 5.
Outro problema que encontramos no Livro de
Mórmon éa gramática pobre com a qual parte dele é escrita. Ora, alguns
dos santos mais amados que já conheci têm gramática pobre. Isso, em si mesmo,
não é o ponto; culpar a Deus por gramática pobre, é. Mesmo quando Deus deu Sua
palavra inspirada mediante vasos tais como o rude e ignorante Pedro, ele não
usou gramática pobre.
José F. Smith, sexto presidente da igreja mórmom
declarou: "José não reproduziu o escrito das placas de ouro na lingua
inglesa em seu próprio estilo como muitos crêem, mas cada palavra e cada letra
foram-lhe dadas pelo dom e poder de Deus."(5)
O próprio José F. Smith declarou, em 1841, no
livro História da Igreja: "Eu disse aos irmãos que no Livro de
Mórmon era o livro mais correto sobre a face de terra." (6)
Se a palavra traduzida era perfeita, e se o Livro
de Mórmon de 1830 era perfeito, por que os mórmons fizeram cerca de 4.000
correções em gramática, pontuação e ortografia no perfeito Livro de Mórmon?
Estes mórmons posteriores, um pouco mais instruídos, ficaram cada vez mais
embaraçados por causa de erros gramaticais no Livro de Mórmon; de modo
que fizeram mudanças em edições posteriores.
Temos tanto uma reprodução do Livro de Mórmon
de 1830 como também do atual Livro de Mórmon e podemos ver as mudanças
com nossos próprios olhos. Vários estudiosos do mormonismo têm contado as
mudanças e os resultados foram anotados em livro, particularmente por Arthur
Budvarson, Marvin Cowan, Jerald Tanner e muitos outros.
A seguir damos somente alguns exemplos de
mudanças que têm sido feitas do Livro de Mórmon de 1830 (os itálicos
foram acrescentados): Edição de 1830, página 52: "que surgiste das águas
de Judá, o qual juras pelo nome do Senhor." Edição de 1963, 1 Nefi 20:1:
"que surgiste das águas de Judá ou das águas do batismo; que juras
em nome do Senhor."
Edição de 1830, página 303: "Sim, sei que
ele concede aos homens, sim, decreta-lhes decretos inalteráveis, segundo
o seu desejo." Edição de 1963, Alma 29:4: "Sim, sei que ele concede
aos homens segundo o seu desejo."
Edição de 1830, página 31: "Tampouco
permitirá o Senhor Deus que os gentios para sempre permaneçam nesse estado
de ferimento horrível." Edição de 1963, 1 Nefi 13:32: "Tampouco
permitirá o Senhor Deus que os gentios permaneçam para sempre nesse horrível
estado de cegueira."
Edição de 1830, página 555, "...seus filhos
e filhas, que não eram, ou que não visam sua destruição." Edição de
1963, Éter 9:2: "...seus filhos e filhas que não visaram sua
destruição."
Edição de 1830, página 262: "E sucedeu que
ele começou a pleitear por eles daquele momento em diante; mas isso o insultou,
dizendo: Estás também possuído pelo Diabo? E aconteceu que cuspiram
nele." Edição de 1963, Alma 14:7: "Ele começou a pleitear por eles
daquele momento em diante; mas eles o insultaram, dizendo: Estás também
possuído pelo Diabo? E cuspiram nele."
Outra mudança do Livro de Mórmon de 1830
refere-se a Mosíah 21:28. O Rei Benjamim já havia morrido (Mosíah 6:5; página
186 de edição brasileira de 1975) na edição de 1830 do Livro de Mórmon.
Evidentemente, Smith esqueceu-se disso e em Mosíah 21:28, disse que o Rei
Benjamim ainda estava vivo! Mais tarde, mórmons envergonhados mudaram o
nome de rei para Rei Mosíah, assim removendo a contradição óbvia!
Certa noite contava eu estes fatos a um jovem
formado pela Universidade Brigham Young. Um jovem inteligente e fino; um
lingüista que conhece bem quarto ou cinco línguas e que serviu como missionário
mórmon no Líbano e também na Suíça. Agora instrui os sacerdotes mórmons no
sacerdócio Aarônico.
Sua resposta? Depois de procurar, por algum
tempo, várias tentativas que percebeu serem falhas, disse ele: "Você sabe
como é difícil traduzir de uma língua para outra. Além disso temos de levar em
consideração a gramática pobre de José Smith e o seu vocabulário um tanto
limitado. Isto pode explicar alguns dos problemas."
Como podemos ver facilmente, isto não é de modo
algum resposta ou solução para o problema. Fiquei grandemente surpreso de que
esse fosse o argumento mais convincente que meu douto amigo mórmon pudesse
encontrar. Se Deus tivesse dado a José Smith uma tradução, letra por letra,
palavra por palavra, de sua Palavra pura e perfeita, certamente te-la-ía dado
com a gramática correta.
É muito interessante que a gramática de José
Smith é excelente enquanto copia textualmente do Rei Tiago. Por que não seria
ela excelente se copiasse do "Pergaminho de Deus" como alegava?
É o Livro de Mórmon uma revelação de Deus
ou José Smith copiou versículos e capítulos da Bíblia do Rei Tiago e
acrescentou material de sua própria imaginação e de outras fontes disponíveis?
Quem realmente escreveu o Livro de Mórmon?
Se os mórmons dizem que Deus dirigiu José Smith
na tradução do Livro de Mórmon, então acusam Deus de usar gramática
deficiente e de cometer outros erros que mais tarde necessitaram de correção.
Não parece sábio, para dizer pouco, fazer esta acusação ao Deus onisciente do
Universo.
Se dissermos que José Smith escreveu o livro, com
seus erros gramaticais e outros, negamos o que José Smith reivindicava, o que
as três testemunhas reivindicavam, e que o presidente Joseph F. Smith
reivindicava. Isto significaria que o testemunho de José Smith de que o Livro
de Mórmon é uma tradução sem erros, letra por letra, palavra por palavra,
pelo poder de Deus, é falso. Esta acusação prejudicaria irreparavelmente sua
reivindicação de ser um profeta de Deus.
As Testemunhas
Nas primeiras páginas do Livro de Mórmon
está o "Depoimento de três testemunhas". Diz-se que essas três
testemunhas, Oliver Cowdery, David Whitmer e Martin Harris, "viram as
placas que contêm estes sinais...e...as gravações sobre as placas."
Entretanto, quando interrogadas mais diretamente, as testemunhas disseram nunca
terem realmente visto as placas de ouro a não ser embrulhadas ou cobertas. Usaram
termos como "visão", ou "vi-as com os olhos da fé".
Também, na página que contém os nomes das três
testemunhas, está "o depoimento de oito testemunhas". Essas testemunhas foram: Christian
Whitmer, Jacob Whitmer, Peter Whitmer Filho, John Whitmer, Hiram Page, Joseph
Smith, Pai, Hyrum Smith e Samuel H. Smith. Destas onze testemunhas, mais
da metade apostataram da igreja mórmon. Quando digo apostataram não
quero dizer que negaram a igreja como Pedro, em momento de temor e fraqueza,
negou a Cristo; logo depois arrependeu-se como todo cristão verdadeiro, chorou
amargamente e dentro de algumas horas procurou seu Salvador de novo. Estas
testemunhas afastaram-se da igreja mórmon. Dentre elas estavam Cowdery,
Whitmer, Harris e cinco das oito testemunhas. As três que permaneceram
pertenciam à família Smith. (Até mesmo um ou dois dos filhos de José Smith
finalmente deixaram os Santos dos Últimos Dias e se filiaram à Igreja
Reorganizada dos Santos dos Últimos Dias.) Os mórmons dizem que algumas destas
testemunhas voltaram para a igreja. E isto é verdade, em parte.
Alguns destes que apostataram chegaram a dizer
que tinham tido revelações de Deus de que o mormonismo era falso e que deviam
deixá-lo. É claro que os mórmons não aceitam suas revelações, embora suas
visões pareçam tão críveis quanto as de José Smith. Perguntamo-nos por que os
mórmons tão prontamente aceitam a visão de um menino de 14 anos de idade e tão
rapidamente rejeitam as visões de vários destes homens.
David Whitmer, uma das três testemunhas
originais, disse que Deus falou-lhe com sua própria voz dizendo "que me
separasse dos Santos dos Últimos Dias". (7)
Existem registros de que José Smith e outros
oficiais mórmons chamaram suas três testemunhas principais de "ladrões e
mentirosos." (8) No livro História da Igreja, José Smith disse:
"Tais personagens como...David Whitmer, Oliver Cowdery e Martin Harris,
são demasiadamente maus até para serem mencionados, e gostaríamos de tê-los
esquecido. (9)
Segundo as Doutrinas da Salvação, Cowdery
e Harris retornaram à igreja na sua velhice e morreram em comunhão completa.
Pode você imaginar Jesus chamando suas
testemunhas, Mateus, Marcos, Lucas, João e Paulo, de um punhado de mentirosos e
ainda assim pedindo que crêssemos nelas assim como José Smith nos pediu que
acreditássemos nas testemunhas do Livro de Mórmon? Pode você imaginar
Jesus Cristo dizendo que gostaria de esquecer os escritores dos evangelhos e
Paulo, assim como José Smith disse que gostaria de esquecer suas testemunhas
principais da verdade do Livro de Mórmon?
Há ainda outro fato que achamos por bem incluir.
José Smith foi julgado e condenado por ser "cristalomante" (ler bola
de cristal, adivinhar a sorte e andar à caça de fortuna) por um juiz em
Bainbridge, Nova Iorque, em 1826, seis anos depois de ele supostamente ter tido
sua primeira visão em 1820. A acusação foi feita, segundo registros do
julgamento, por um certo Peter G. Bridgemen, que dizia ter sido Josiah Stowell
enganado por Smith na procura de objetos e tesouros perdidos. Ele disse que
Smith dizia possuir poderes ao olhar através de uma pedra--o mesmo
processo pelo qual José Smith traduziu o Livro de Mórmon, segundo as
três testemunhas. Uma fotografia do registro do processo original pode ser
encontrada no livro de Jerald e Sandra Tanner, Joseph Smith's 1826 Trial
(Julgamento de José Smith de 1826). (10)
R. Hugh Nibley, na página 142 de The Myth
Makers (Os criadores de Mito), admitiu que se tal registro pudesse ser
encontrado, seria um "golpe devastador" para José Smith. Pois foi
encontrado por Wesley P. Walters, no dia 28 de julho de 1971.
___________
Notas
[1]
Robert Dick Wilson, A Scientific Investigation of the Old Testament
(Investigação científica do Antigo Testamento) - (Chicago: Moody Press).
Citado
por John R. Rice, em Our God-Breathed Book - The Bible (Nosso livro
inspirado por Deus - a Bíblia) (Murfreesboro, Tenn: Sword of the Lord Pub.,
1969).
[2] "Articles of Faith" ("As
Regras de Fé"), Pérola de Grande Valor, Artigo #8, p.70.
[3]
Orson Pratt, Divine Authenticity of the Book of Mormon, pp. 45-47. Citado
por Marvin Cowan, Mormon Claims Answered (Salt Lake City: Marvin Cowan
Pub., 1975), p.21,22.
[4]
David Whitmer, An Address to All Believers in Christ (Richmond, Mo.,
1887). p. 12; reimpresso por Bales Bookstore, Searcy, Ark., 1960.
[5]
Journal of Oliver B. Huntington, p.168. Exemplar datilografado na
Utah State Historical Society.
[6]
Smith, History of the Church, vol. 4. p.461.
[7]
Whitmer, An Address to All Believers in Christ, p.27.
[8]
Times and Seasons, vol. 1. p.81; Elders Journal, p.59; Senate
Document 189, pp. 6,9.
[9]
Smith, History of the Church, vol. 3. p. 232.
[10]
Jerald and Sandra Tanner, Joseph Smith's 1826 Trial (Salt Lake City:
Modern Microfilm Company, 1971).
A
Ilusão Mórmon — Parte 3 (Capítulos 5 e 6)
CAPÍTULO CINCO
José Smith Examindado Como Tradutor
Martin Harris foi uma das "três
testemunhas" do Livro de Mórmon. Pediram-lhe que hipotecasse a sua
fazenda para ajudar a publicar e distribuir o Livro de Mórmon. Como
cautela, Harris foi ao professor Charles Anthon, renomado erudito da
Universidade Columbia, com uma ou duas páginas de caracteres do "egípcio
reformado".
Depois de examinar o material, Anthon preveniu a
Harris que etava sendo vítima de uma fraude. Os caracteres não eram hieróglifos
egípcios. Entretanto, José Smith afirmou em sua revelação, Pérola de Grande
Valor, que Anthon havia dito: "que a tradução estava correta, muito
mais que qualquer outra tradução que ele tinha visto antes, traduzida do
egípcio. Então mostrei-lhe aqueles que ainda não haviam sido traduzidos e me disse
que eram egípcios, caldeus, assírios e arábicos; e disse que eram caracteres
verdadeiros" (Pérola de Grande Valor 2:64, pp. 65.66).
Ainda que Anthon não tivesse, em carta, refutado
o testemunho de José Smith, a afirmação de Smith suscita vários problemas. Primeiro
diz-se que o egípcio reformado é uma língua completamente perdida "que
nenhum homem conhece". Entrentanto, eis alguém que sem nenhuma
"revelação divina" podia lê-lo! Nem mesmo José Smith podia fazer
isso! E Anthon o fez sem o Urim nem o Tumim!
Segundo, por que continham os papéis
caracteres caldeus, assírios e arábicos, se as placas de ouro tinham sido
escritas somente em egípcio reformado?
Terceiro, uma vez esta teria sido a
primeira e única tradução do egípcio reformado por mais de mil anos, como é que
Anthon podia ter dito que era a tradução mais correta do egípcio que ele já
vira? Como é que ele podia saber se a tradução inglesa era correta ou não?
Quarto, os mórmons afirmam que o incidente
com Anthon cumpriu Isaías 29:11, 12: "Toda a visão já se vos tornou como
as palavras dum livro selado - que se dá ao que sabe ler, dizendo: Lê isto,
peço-te; e ele responde: Não posso, porque está selado; e dá-se o livro ao que
não sabe ler, dizendo: Lê, peço-te; e ele responde: Não sei ler." Se lermos
a passagem com cuidado, veremos que o assunto principal é a condição do povo naquela
época. Não se refere a um livro em época futura.
Ainda assim, Anthon nunca obteve um livro
completo, somente algumas folhas com alguns caracteres. Mas Harris, segundo
José Smith em Pérola de Grande Valor, disse ter Anthon afirmado ser
correta a tradução. Ele somente podia dizer isto se pudesse lê-lo . Mas
Isaías disse que "o que sabe ler não podia ler porque estava
selado".
Há vários outros problemas, mas isto deve ser
suficiente. Deus jamais contradiz a si mesmo, nem mesmo no mínimo detalhe
no cumprimento da profecia. É desta forma que Deus nos disse para distinguir o
verdadeiro do falso. Recusar-se a fazer tal teste seria desobedecer a Deus que
disse: "não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos
se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo
fora" (1 João 4:1). Somos advertidos de que os falsos profetas podem
realizar milagres (maravilhas mentirosas). A nós também é revelado que eles
aparecem como anjos de luz, ministros da justiça.
Mateus 7:15 diz-nos: "Acautelai-vos dos
falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro
são lobos roubadores." Se amarmos Jesus e a sua palavra não poderemos
deixar de obedecer-lhe e aplicar o teste aos que se dizem profetas de Deus. Se
não fizermos isto, o resultado para nós mesmos e para incontáveis outros será
perda eterna terrível. Se José Smith pudesse passar no teste, ficaríamos
contentes em aceitá-lo como profeta de Deus. Infelizmente, ele não pôde.
O ponto central desta história toda é uma carta
que o professor Anthon escreveu, sete anos mais tarde, a E.D. Howe, em 17 de
fevereiro de 1834. "A história toda acerca de eu ter dito que a inscrição
mórmon fosse hieróglifos do egípcio reformado é totalmente falsa... logo
cheguei à conclusão de que tudo não passava de um truque - um embuste
talvez.... O papel continha tudo menos hieróglifos egípcios."[1]
Talvez o golpe mais prejudicial de todos à
credibilidade de José Smith como tradutor ou profeta que recebia revelações de
Deus fosse um episódio datado de 1835. José Smith comprou algumas múmias
egípcias e alguns rolos de papiro de Michael H. Chandler. José Smith recebia
revelações de Deus quanto ao significado dos caracteres e esboços dos papiros.
Esta tradução, e mais três desenhos dos papiros egípcios ele publicou como o
"Livro de Abraão" em Pérola de Grande Valor página 32. Ele
afirmava que o primeiro desenho ou "Fac-símile #1", mostrava o
sacerdote idólatra de Elkenah tentando oferecer Abraão em sacrifício. Os quatro
jarros embaixo do altar eram deuses idólatras, etc. O pássaro do quadro era o
"anjo do Senhor".
Infelizmente para José Smith desta vez foi
possível fazer um teste científico e analítico de suas afirmações. O egípcio
era uma língua conhecida dos egiptologistas, ao passo que o "egípcio
reformado" não o era.
O bispo F. S. Spalding enviou cópias deste e de
vários outros fac-símiles que Smith desenhou e traduziu dos papiros egípcios a
vários dos egiptologistas mais preeminentes do mundo.[2] Todos eles concordaram
que o assunto da gravura era "embalsamemento dos mortos". Todos
disseram que a interpretação de José Smith era falsa e não uma tradução real do
fac-símile ou dos hieróglifos egípcios.
Então, em 1967, descobriu-se um manuscrito que se
acreditava ter sido destruído num incêndio em Chicago. Este foi positivamente
identificado pelos mórmons como o manuscrito original do qual José Smith
"traduzira" a informação do "Livro de Abraão". Parece que
isso resolvia o assunto.
Mas o professor Dee Jay Nelson, egiptólogo mórmon
preeminente, depois de análise cuidadosa dos papiros e das supostas traduções
do egípcio para o inglês por José Smith, pronunciou o "Livro de
Abraão" uma tradução falsa.
Dee Jay Nelson usou não somente sua considerável
capacidade lingüística mas também a ajuda de um computador que mostrou ser
matematicamente impossível José Smith ter traduzido tantas palavras de tão
poucos caracteres egípcios num fragamento de papiro tão pequeno (1.125 palavras
oriundas de 46 caracteres).
Este "manuscrito original" do
"Livro de Abraão" é, na realidade, um texto fúnebre egípcio de alguns
séculos antes do nascimento de Cristo, contendo instruções aos embalsamadores.
A tradução de José Smith fazia com que este mesmo texto versasse sobre Abraão e
sua vida na Mesopotâmia alguns 2.000 anos antes. Fac-símiles #1,2,e 3, e também
outros materiais dos quais José Smith afirmava ter traduzido o "Livro de
Abraão" têm sido examinados e Dee Jay Nelson e outros egiptólogos preeminentes
mostraram que são traduções falsas.[3]
O professor Nelson, membro do sacerdócio mórmon,
e sua família, pediram demissão da igreja dos Santos dos Últimos Dias no dia 8
de dezembro de 1975, como resultado desta descoberta.
Numa carta endereçada à Primeira Presidência, o
professor Nelson afirma: "Nós [ele, a esposa e a filha] não desejamos
estar associados com uma organização religiosa que ensina mentiras."[4] O
professor Nelson, numa carta a R.L. Eardley, de Billings, Montana, em 15 de
fevereiro de 1976, afirmou: "O mundo científico acha que o Livro de Abraão
é um insulto à inteligência. Alguns dos egiptólogos mais brilhantes e
qualificados de nosso tempo têm-no rotulado de fraudulento por causa da
evidência esmagadora dos papiros metropolitanos- José Smith recentemente
descobertos. Esse papiro aindo não recebeu nenhum apoio de nenhum egiptólogo
qualificado. Não desejamos e intolerância racial."
Talvez a esta altura devêssemos perguntar aos
nossos amigos mórmons se honestamente e com todo o coração podem confiar seu
destino eterno à credibilidade de José Smith. Como mómons, é isto que estão
fazendo.
Qualquer tribunal nos Estados Unidos aceitaria
como conclusiva a prova que Nelson e outros egiptólogos apresentaram. José
Smith mentiu quanto a "traduzir" o texto egípcio. "O Livro de
Abraão" é, inegavelmente, falso.
___________
Notas
[1] Carta do professor Charles Anthon a E.D.
Howe, 17 de fevereiro de 1834.
Citado
por Tanner em Mormonism, Shadow or Reality (Salt Lake City: Modern
Microfilm Company, 1972), p. 105.
[2] Os egiptólogos foram: Dr. A.H. Sayce, Oxford
University; Dr. Williams M.F. Petrie, London University; Dr. A.C. Mace,
Departamento de Egiptologia, Museu Metropolitano de Arte, Nova Iorque; Dr. J.
Peters, Diretor da Expedição Babilônica da Universidade de Pennsylvania,
1888-1895; Dr. S. A. B. Mercer, Western Theological Seminary, Chicago; Dr. E.
Meyer, Universidade de Berlim; Dr. Baron V. Bissing, Universidade de Munique.
[3]
Dee Jay Nelson, The Joseph Smith Papyri, Parte 2, e The Eye of Ra. Veja
também o livro de Tanner, Mormonism, Shadow or Reality, no capítulo "A
queda do livro de Abraão."
[4] De uma fotocópia da carta original enviada
por Dee Jay Nelson.
Capítulo Seis
História, Arqueologia, Antropologia e o Livro
de Mórmon
Parece conclusivo que qualquer livro
verdadeiramente inspirado por Deus deva ser exato histórica e
arqueologicamente. A seguir damos uma sinopse muito breve da história do Livro
de Mórmon neste contexto.
História do Livro de Mórmon
O Livro de Mórmon afirma que um povo chamado
jareditas, refugiados da Torre de Babel, migrou para a América cerca da 2.247
a.C. Ocuparam a América Central até serem varridos por discórdia interna. Um
sobrevivente, o profeta Éter, registrou a história dos jareditas em 24 placas
metálicas.
Cerca de 600 a.C. as duas famílias de Lehi e
Ismael deixaram Jerusalém, atravessaram o oceano Pacífico e desembarcaram na
América do Sul. Dois filhos de Lehi, Lamã e Nefi, iniciaram uma briga e o povo
se dividiu em dois acampamentos de guerra - os lamanitas e os nefitas. Os lamanitas
foram amaldiçoados pelo Senhor por serem rebeldes e irem contra seus
mandamentos. Parte dessa maldição incluía pele escura, o que supostamente é a
origem dos índios americanos.
Deus teve predileção pelos nefitas que migraram
para a América Central cerca da época de Cristo. Logo depois de sua
crucificação, Cristo veio à América e instituiu o batismo por imersão, o
sacramento do pão e do vinho, sacerdócio e deu muitos outros ensinamentos.
Tanto os lamanitas quanto os nefitas se converteram. As coisas correram
normalmente por cerca de 200 anos, então veio a apostasia. O termo
"lamanita" foi, pois, dado a todo aquele que deixava a fé.
Cento e cinqüenta anos mais tarde, os nefitas
relifiosos e os lamanitas rebeldes guerrearam de novo. Por volta de 421 A.D. os
nefitas foram todos mortos, e os lamanitas infiéis ficaram no controle da
terra. Colombo descobriu-os quando aí aportou em 1492.
O comandante-chefe dos nefitas era o profeta e
sacerdote chamado Mórmon. Ao ver que tinham sido derrotados, compilou os
registros de seus predecessores e escreveu uma breve história, em placas de
ouro. Deu estas placas de ouro a seu filho Moroni, que as escondeu num monte,
perto de Palmyra, no Estado de Nova Iorque. Moroni, cerca de 1.400 anos mais
tarde apareceu como um anjo a José Smith e disse-lhe onde encontrar essas
placas. Na caixa que continha as placas estava um grande par de óculos; uma das
lentes chamava-se Urim e a outra Tumim. Segundo as três testemunhas, com a
ajuda destes óculos, Urim e Tumim ou "intérpretes", e mais uma
"pedra de vidente", José Smith traduziu os hieróglifos para o inglês.
Segundo José Smith, os hiróglifos eram "egípcio reformado", língua
"que nenhum homem conhece". Desta forma, o Livro de Mórmon
supostamente foi revelado.
Por que foram as placas enterradas em Palmyra,
Nova Iorque, senão pelo fato de José Smith viver nessa área?
Bem, enquanto a guerra continuava entre os
lamanitas e os nefitas, Mórmon escreveu uma carta ao rei dos lamanitas
pedindo-lhe que se encontrasse com os nefitas na terra de Cumorah, ao pé de um
monte chamado Cumorah, "e lá o guerrearemos!" Segundo a história,
Mórmon esperava, com este expediente, levar vantagem militar, e aparentemente o
rei lamanita e suas forças ficaram contentes em fazer-lhe a vontade! Assim,
homens, mulheres e crianças marcham por montanhas formidáveis passando por
florestas e atravessando correntezas fortes por milhares de quilômetros, às
centenas de milhares, para se engajarem numa batalha de morte num lugar ao pé
de um monte insignificante do qual a maioria jamais ouvira falar!
Devemos admitir que esta é uma história e tanto!
Não podemos evitar a noção de que esta pode ter sido a única maneira de José
Smith situar as "placas de ouro" perto de onde ele vivia, nos
arredores de Palmyra, em Nova lorque.
Vários problemas notáveis a respeito desta
história precisam ser examinados.
O primeiro problema refere-se ao rápido
aumento da população. Segundo o Livro de Mórmon, em 30 anos duas
nações surgiram de 28 pessoas ou menos (ver 1 Nefi; 2 Nefi 5:5, 6, 28). Nesta
época as duas nações (que mesmo tendo um elevadíssimo índice de crescimento só
podia ter uma população de várias centenas, e a maioria constituída de mulheres
e crianças) dividiram-se e tornaram-se inimigos ferozes chamados nefitas e
lamanitas.
Os nefitas e os lamanitas em várias épocas
"multiplicamo-nos consideravelvemente, espalhando-nos sobre a face de
terra; e nos tornamos imensamente ricos" (Jarom 8), e "se
multiplicaram e se espalharam...começou a ser povoada toda a face da terra,
desde a parte sul do mar até o litoral norte, e do litoral oeste até o do
leste" (Helamã 3:8). Era "quase tão numeroso como as areias do
mar" (Mórmon 1:7).
O segundo problema refere-se às poderosas
cidades que os nefitas e jareditas construíram. E "construíu muitas
cidades poderosas" (Éter 9:23; ver também Alma 50:15). O Livro de
Mórmon menciona, pelo menos 38 nomes de cidades: Amoniah, Gideon,
Jacobugat, Jerusalém, Manti, Shem, Zarahemla, etc., todas no Novo Mundo.
Entretanto, nem um dos locais destas cidades jamais foi encontrado, nem na
América do Sul nem na América Central.
Em contraste, bastante evidência tem sido
descoberta referente às antigas cidades dos maias e dos incas que ocuparam
estas áreas! O apoio histórico ou arqueológico, que para uma civilização como
os mórmons reivindicam devia ser praticamente espantoso, simplesmente não
existe. De fato, o que se verifica é o oposto.
O terceiro problema coma história de Livro
de Mórmon jaz nas línguas dos povos primitivos. É impossível que as
línguas egípcio reformado e hebraico pudessem ter desaparecido tão
completamente se tivessem sido usadas tão extensivamente nas Américas por
centenas de anos.
Arqueologia e o Livro de Mórmon
Perante mim tenho agora, enquanto datilografo
este manuscrito, uma bela edição do Livro de Mórmon, de 1961. Entre as
lindas gravuras da primeira parte do livro, está uma de alguns murais
representando gente, cabanas nada parecidas com cabanas egípcia, água, barcos,
remadores, etc. A legenda da gravura diz: "Murais tip-egípcios encontrados
nas paredes do templo de Bonampak, no México." Provavelmente isto é para
transmitir à mente do leitor inadvertido que este é um elo na cadeia de
evidências para o fundo histórico do Livro de Mórmon, no que se
relaciona à origem do povo do Livro de Mórmon, e de sua suposta presença
na América do Sul e na América Central. Na realidade este mural não parece
egípcio, nem peruano, nem africano, nem indiano.
Tenho visto livros lindamente ilustrados sobre
arqueologia das Américas do Sul e Central, que missionários mórmons zelosos às
vezes usam para inferir prova arqueológica a favor do Livro de Mórmon,
e também para o mormonismo. Entretanto, não existe um único arqueólogo
conhecido, mórmon ou não, que afirme existir qualquer prova arqueológica que
apóia o Livro de Mórmon. Não há evidência para apoiar a existência de
qualquer das cidades que José Smith afirma ter coberto as Américas, além da
imaginação dele próprio.
John L. Sorenson, autoridade mórmon e professor
assistente de antropologia e sociologia na Universidade de Brigham Young,
comentou: "Nossa opinião é que os Santos dos Últimos Dias deviam estar
satisfeitos com a verdade e não tentar melhorá-la por meio de 'provas'
gratuitas baseadas em inverdades." (1) As afirmações do professor Sorenson
foram feitas para combater o Book of Mormon Evidences in Ancient America
(Livro de evidências mórmons na América Antiga), por Dewy Farnsworth, um dos
livros que procuram estabelecer provas para o Livro de Mórmon.
O Dr. Ross T. Christensen, antropólogo mórmon,
disse: "A afirmação de que o Livro de Mórmon já foi provado pela
arqueologia é enganosa." (2) Lembre-se, estas afirmações são de autoridades
mórmons, que operam no campo da arqueologia.
Na pesquisa que fiz sobre o mormonismo, não
encontrei um único arqueólogo não-mórmon que desse algum crédito à história do Livro
de Mórmon. Nenhum deles o usa como guia para pesquisa arqueológica na América
do Sul ou na América Central. Se alguns de meus leitores conhecerem um
arqueólogo não-mórmon, bona fide, credenciado e reconhecido que usa o Livro de
Mórmon como referência, por favor, envie-me seu nome e endereço.
Um membro da Instituição Smithsoniana em
Washington comentou: "A Instituição Smithsoniana jamais usou o Livro de
Mórmon de qualquer forma como guia científico. Os arqueólogos Smithsonianos
não vêem nenhuma conexão entre a arqueologia do Novo Mundo e o conteúdo desse
Livro." (3)
Por outro lado, os arqueólogos freqüentemente
contradizem por completo as afirmações do Livro de Mórmon e as destróem.
Embora a pesquisa científica tenha demonstrado que o continente americano não
possuía muitos animais domésticos tais como gado, porcos, cavalos, jumentos e
certos outros animais até que os europeus viessem à América, O Livro de
Mórmon afirma que esses animais aqui estavam muitos anos antes de Cristo.
Com exceção da Universidade de Brigham Young, as instituições de educação
superior nos Estados Unidos concordam com a Instituição Smithsoniana de que
"não há nenhuma evidência de uma migração de Israel para a América, da
mesma forma, nenhuma evidência de que os índios pré-colombianos tivessem
qualquer conhecimento do Cristianismo ou da Bíblia". (4)
Antropologia e o Livro de Mórmon
Não somente não existe prova arqueológica que
apóie a história do Livro de Mórmon da vasta civilização que
supostamente cobriu toda a América do Sul e Central, mas também os antropólogos
negam as afirmações do Livro de Mormon.
Os que se especializam em antropologia e genética
refutam a afirmação de que os índios americanos sejam descendentes dos
israelitas. Antes, dizem que os índios se parecem com os povos da Ásia
oriental, central e setentrional, e com eles estão mais intimamente
relacionados. Estes povos asiáticos têm uma "mancha mongolóide", uma
mancha azul-cinza no final da coluna espinhal ao nascerem. Os índios americanos
também têm uma mancha mongolóide. Os israelitas, que são semitas, não a
possuem! Os índios americanos não são lamanitas descendentes dos israelitas que
migraram para a América.
Se os índios não são descendentes dos israelitas,
como afirmam os mórmons que são então José Smith e o Livro de Mórmon,
estão errados, e certamente não são inspirados por Deus.
Fé e o Livro de Mórmon
Os mórmons têm de lidar honestamente com
evidências sérias tais como as que temos ressaltado. Tantas vezes, eu e também
outros, temos trazido estes problemas de peso e seriedade à atenção dos mórmons
e recebemos um "testemunho" acerca de crer pela fé. Mas nunca há
tentativa alguma da parte deles de encarar ou resolver o problema com provas de
fato.
Aqueles de nós que conhecemos o Cristo bíblico temos
um testemunho tremendo no que se refere à alegria, à nova vida, à certeza e à
transformação interior que nosso Salvador maravilhoso nos deu. Fomos salvos,
convertidos, nascidos de novo, lavados de nossos pecados pelo Sangue de Cristo.
Fomos feitos filhos de Deus, a vida eterna nos foi dada em um ponto definido no
tempo e sabemos disso. Entretanto, se prova concludente fosse produzida de que
Cristo houvesse nascido em Atenas em vez de Belém, ou que a Bíblia fosse
totalmente falsa em vários pontos históricos e arqueológicos ou que muitas das
profecias bíblicas houvessem falhado, então seríamos tolos em responder com
nosso "testemunho" de como o Espírito Santo nos havia convencido da
verdade da Bíblia.
A fé não pode operar sem algum conteúdo
intelectual. Deus não pede fé cega; somente o diabo faz isso. O Deus da verdade
bíblica é também o Deus da verdade histórica e arqueológica, e de fato, uma
coisa nunca contradiz a outra.
Deus diz: "A fé vem pela pregação e a
pregação pela palavra de Cristo" (Romanos 10:17). Mas para que isto seja
válido, a pessoa primeiro deve confiar que a Bíblia realmente é a Palavra de
Deus. É verdade que esta confiança é estabelecida no coração disposto, pelo
Espírito Santo. Àquele que busca, ele também revela o fato desolador de que é
um pecador perdido, e o fato sublime e maravilhoso de que Cristo é o
único Salvador. Entretanto, até mesmo o Espírito Santo não faz isto sem algum
conteúdo intelectual real. É por isso que Jesus e os discípulos muitas vezes
disseram, referindo-se às profecias feitas séculos antes: "Isto é o que
fora dito aos profetas..." Profecia cumprida, fidedignidade histórica e
arqueológica, a ressurreição de Cristo, e outras evidências; tudo isso fornece
em fundamento sólido sobre o qual a fé verdadeira pode ser lançada. A pessoa
não é forçada a crer somente pelo fato; deixa-se muito lugar para a fé.
Os amigos mórmons questionam que a Bíblia ensina
que podemos ser salvos somente pela fé sem as obras; entretanto, retiram-se
apressadamente a um abrigo de somente pela fé quando os fatos ameaçam destruir
a própia textura do mormonismo. Não há como o "testemunho" possa
esclarecer as contradições ou fazer com que o falso se transforme em
verdadeiro.
Resumindo
Deus pede a fé que descansa sobre fatos sólidos e
promessas cumpridas.
Dê outra olhada nas cidades mórmons que
supostamente floresceram na América do Sul e na América Central. Numerosas
cidades da Bíblia têm sido verificadas facilmente. Algumas destas eram tão
velhas, e outras ainda mais velhas do que muitas cidades mórmons citadas no Livro
de Mórmon - cidades e cidades-estados como Ur dos Caldeus, Jerusalém,
Nínive, a cidade-reino dos hititas, etc. Os arqueólogos continuam a desenterrar
cidades mencionadas nas Escrituras.
Até os incrédulos descobriram que a Bíblia é geográfica
e arqueologicamente exata. Os arqueólogos - crentes e incrédulos - usam a
Bíblia como um guia extremamente seguro para a pesquisa nas terras bíblicas.
Se devemos confiar num livro para guiar-nos às
verdades acerca de um mundo que ainda não vimos, certamente esperamos que ele
seja exato e fidedigno, histórica e geograficamente, em assuntos relacionados
com o mundo que conhecemos. A Bíblia preenche este requisito. O Livro de
Mórmon, não.
_____________
Notas
[1] John L. Sorenson na resenha de um livro de
Dewey Farnsworth.
[2]
Ross T. Christensen, antropólogo mórmon, U.A.S. Newsletter, #64 (Provo,
Utah: University Archeological Society, 30 de janeiro de 1960), p.3.
[3]
Citado de Tanner, Mormonism, Shadow or Reality (Salt Lake City; Modern
Microfilm Co., 1975), p.97.
[4]
Dr. Frank H. H. Roberts, Jr. Diretor do Bureau of American Ethnology da
Instituição Smithsoniana. Citado por Marvin W. Cowan, Mormon Claims
Answered, publicado por Marvin W. Cowan, 1975.
A
Ilusâo Mórmon — Parte 4 (Capítulos 7 e 8)
CAPÍTULO SETE
A Falha Fatal
É o Deus do mormonismo o Deus da Bíblia? É o
Cristo do mormonismo o Cristo da Bíblia?
Efésios 4:15 adverte-nos a "falar a verdade
em amor", e procurarei, com a ajuda de Deus, fazer justamente isso. Deus
ama a mórmons e a não-mórmons e Cristo morreu por ambos. Ele procura corações
honestos e inquiridores onde quer que os possa encontrar.
O ponto central de qualquer reinvindicação de ser
cristão é o que tal posicionamento ensina acerca de Deus e de Jesus Cristo. Se
a pessoa tiver idéias erradas a respeito de Deus, então é fácil que doutrina
errada flua desta falha fatal.
Portanto, examinemos, amável e objetivamente o
que o mormonismo ensina acerca de Deus e o que a Bíblia ensina. É o Deus do
mormonismo o Deus da Bíblia?
O Deus dos mórmons
O coração, a própria essência da doutrina mórmon,
o embrião de que surgiu o mormonismo, o alimento que o sustenta, e a meta pela
qual mórmons sinceros lutam é sua crença em Deus: "Cremos em um Deus que
em si mesmo é progressivo, cuja majestade é a inteligência; cuja perfeição
consiste em progresso eterno - um Ser que atingiu seu estado de exaltação por
um caminho que agora seus filhos têm permissão de seguir, cuja glória é sua
herança partilhar. A despeito da oposição das seitas, em face a acusações diretas
de blasfêmia, a igreja proclama a verdade eterna, 'Como é o homem, Deus
uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser" [1] ( itálicos do
autor).
Aqui, nas Regras de Fé, um dos livros mais
preciosos para o mormonismo, temos o centro do seu ensino. Qual é? Deus uma vez
já foi homem e ganhou ou atingiu ou progrediu até chegar a ser Deus. O homem,
por sua vez, também pode ganhar, atingir ou progredir até ser Deus. Este é um
dos motivos fundamentais para as boas obras que os mórmons praticam, pelo
trabalho de sua igreja e templo.
A fim de evitar que alguém ainda pense que não é
isso que o mormonismo ensina, deixe-me citar outra vez - de suas próprias
fontes - o próprio profeta José Smith: "O próprio Deus já foi como somos
agora, e é um homem exaltado e senta-se no trono dos céus além!... Vou
dizer-lhe como Deus veio a ser Deus. Sempre imaginamos e
supusemos que Deus fosse Deus desde toda a eternidade. Refutarei tal idéia e
tirarei o véu, par que possam ver." [2]
Ainda de outra fonte mórmon: "Os profetas
mórmons têm ensinado continuamente a verdade sublime que Deus o Pai Eterno uma
vez homem mortal que passou por uma escola da vida terrena similar à qual
estamos passando agora. Lembrem-se que Deus, nosso Pai Celestial foi, talvez,
em algum tempo, uma criança, e mortal como nós somos, e se elevou passo a passo
na escala do progresso, na escola do desenvolvimento." [3]
Compreendemos agora claramente o que o mormonismo
ensina acerca de Deus e do homem? O profeta Smith e seus seguidores ensinam que
Deus não foi sempre Deus, e que ele teve de ganhar, progredir, trabalhar,
antigir o ser Deus. Uma vez ele foi homem como nós antes de se tornar Deus.
Nós, também, podemos trabalhar, progredir, ganhar e atingir a estatura de Deus.
"Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser."
O Deus da Bíblia
A Bíblia é a revelação original de Deus, antedata
o Livro de Mórmon de muitos séculos. Em qualquer conflito de pontos de vista, a
Bíblia deve ter precedência sobre o Livro de Mórmon e também sobre quaisquer
outros livros ou ensinamentos sagrados do mormonismo.
Agora comparemos o Deus da Bíblia com o Deus do
mormonismo. Primeiramente, jamais houve, não há e nunca haverá nenhum outro
senão o único Deus verdadeiro.
A Palavra de Deus declara em 1 Coríntios 8:5, 6:
"Porque, ainda que há também alguns que se chamem deuses, quer no céu, ou
sobre a terra, como há muitos deuses e muitos senhores todavia, para nós há um
só Deus" (itálicos do autor). Neste versículo o apóstolo Paulo
refere-se ao politeísmo pagão, que incluía muitos deuses e ídolos. Ele declara
enfaticamente que há somente um único Deus, o Deus, que nós, os verdadeiros
crentes em Cristo, conhecemos.
Ainda muito mais devastador para o mormonismo,
entretanto, é a palavra de Deus em Isaías 43:10: "Vós sois as minhas
testemunhas, diz o Senhor, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais e me
creiais e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se
formou e depois de mim nenhum haverá" (itálicos do autor).
Examine, cuidadosamente, Isaías 44:6: "Assim
diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro,
e eu sou o último, e além de mim não há Deus" (itálicos do
autor).
Continue a ler em Isaías 46:9: "Lembrai-vos
das cousas passadas da antigüidade; que eu sou Deus e não há outro, eu
sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (itálicos do autor).
Agora está claro que Deus declara que ele é o
único e verdadeiro Deus, neste universo ou em qualquer outro, neste mundo ou em
qualquer outro, neste planeta ou em qualquer outro. Não há outro Deus. Este é o
próprio Deus de Gênesis 1:1: "No princípio criou Deus os céus e a
terra." Gênesis 1:16 diz-nos que ele fez as estrelas e Gênesis 2:1
declara: "Assim, pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu
exército."
Deus criou todos os mundos possíveis, universos,
planetas e estrelas e Ele é o único Deus de todos eles. Não há outros deuses
em, existência em qualquer outro lugar. Ele só é o único e verdadeiro Deus. Não
houve Deus antes dele, não há outro Deus agora, e jamais haverá qualquer outro
Deus. Ele é o primeiro e o último.
Um do nomes primários de Deus, Jeová, significa,
em essência, o que tem existência em si mesmo; aquele que tem a vida dentro de
si mesmo, original, permanentemente e para sempre.
Deus, então jamais foi homem, jamais foi mortal,
mas sempre foi Deus. Ele não é agora um "homem exaltado", como afirma
o mormonismo. Deus declara explicitamente: "Porque eu sou Deus e não
homem" (Oséias 11:9).
Uma vez que Deus declarou claramente em Isaías
43:10 que não haveria Deus depois dele, homem algum jamais, agora, no futuro,
ou na eternidade tornar-se-á Deus. Portanto, o credo mórmon em seu ponto
principal: "Como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode
ser", é totalmente antibíblico. Não é de Deus. "Antes de mim deus
nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10; itálicos
do autor).
Deus não teve de conseguir ser Deus e jamais foi
homem. Ele sempre foi Deus. Salmos 90:2 diz: "Antes que os montes
nascessem e se formasse a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és
Deus."
Ora, todos nós sabemos que eternidade significa
sem fim, que dura para sempre. Então o que "de eternidade",
significa? Exatamente a mesma coisa,
mas aplicada ao passado. Deus foi Deus desde o
passado eterno, assim como somente ele é Deus agora, e assim como somente ele
será Deus no futuro eterno, sem fim!
Isto é inteiramente contrário ao ensinamento
mórmon: "como é o homem, Deus uma vez já foi; como Deus é, o homem pode
ser." Não podemos conciliar as duas idéias. Ou cremos nisto ou cremos na
Bíblia.
O mormonismo diz que Deus uma vez já foi homem. A
Palavra de Deus diz que Deus sempre foi Deus, nunca homem, de eternidade a
eternidade.
O mormonismo diz que Deus teve um princípio. A
Palavra de Deus diz que ele não teve.
O mormonismo diz que há muitos deuses que haverá
mais. A Palavra de Deus diz que jamais houve, não há e jamais haverá outro
Deus.
O mormonismo diz que o homem pode tornar-se Deus.
A Palavra de Deus diz que jamais haverá qualquer outro Deus. O Cristianismo,
bíblica e historicamente sempre foi monoteísta, crendo em um único Deus. O
paganismo, bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta, crendo em mais
de um Deus. O paganismo, bíblica e historicamente, tem sempre sido politeísta,
crendo em mais de um Deus. Nem o Antigo nem o Novo Testamento, nem Jesus, nem
seus discípulos, nem os cristãos primitivos, como pode ser provado pela
história da igreja, jamais ensinaram que houvesse mais de um Deus.
Até aqui, neste capítulo, temos contrastado o
Deus do mormonismo com o Deus da Bíblia. Descobrimos que o Deus dos mórmons e o
Deus da Bíblia parece terem muito pouco em comum. É verdade que os mórmons
referem-se a Deus em termos bíblicos que embaçam as diferenças berrantes e
fatais aos olhos dos incautos; mas ao chamarem ao seu Deus de
"eterno" têm eles um significado diferente do da Bíblia. Quando os
escritos mórmons dão relatos brilhantes de "o Deus eterno, criador
poderoso, pai eterno", e assim por diante, estas palavras maravilhosas não
significam o que parecem dizer. Não têm relação verdadeira com o único
verdadeiro Deus da Bíblia cujo próprio nome foi revelado a Moisés como "EU
SOU", enfatizando que Deus foi, agora é, e para sempre será o único Deus!
Na segunda parte desta discussão sobre a falha
fatal fazemos outra pergunta: É o Cristo do mormonismo o Cristo da Bíblia?
O Cristo
Os mórmons fizeram com Jesus Cristo o mesmo que
fizeram com Deus. A Bíblia ensina que Jesus Cristo é Deus o Filho. Deus desceu
à terra em carne humana para derramar seu sangue por nossos pecados e vencer a
morte por nós por meio da ressurreição corpórea.
Os mórmons ensinam que Jesus Cristo é um Deus
chamado Jeová, outro Deus, diferente de Deus Pai cujo nome é Eloim.
A Bíblia usa estes nomes intercambiavelmente, aplicando-os ao único e verdadeiro
Deus e a Jesus Cristo, como é indicado em Deuteronômio 6:4: "O Senhor
[Jeová] nosso Deus [Eloim] é o único Senhor [Jeová]." Entretanto, o
ensinamento dos mórmons concernente a Jesus Cristo é que "Cristo o Verbo,
o Unigênito, havia é claro, atingido o status de divindade ainda na
pré-existência". (4)
Contrário ao ensino mórmon, Cristo sempre foi,
agora é, e para sempre será Deus. Ele não atingiu o estado de ser Deus
porque jamais houve época em que Ele não fosse Deus.
É claro, que Cristo tem um começo no que se
tornou homem mediante o nascimento virginal. Entretanto, examine Isaías 9:6:
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; [uma profecia clara e
reconhecida universalmente da vinda de Cristo] e o governo está sobre os seus
ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus, Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz" (itálicos do autor). Aqui a Palavra de
Deus chama a Jesus Cristo de "Deus, o Pai da Eternidade." (Ver também
Jeremias 32:18.)
É isso mesmo, Jesus Cristo é esse único, verdadeiro
e eterno Deus, manifestado na carne (veja João 1:1; 1 Timóteo 3:16).Cristo é
chamado de Deus numerosas vezes: "Senhor meu e Deus meu!(João 20:28);
"Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre"
(Hebreus 1:8). Uma vez que Deus declarou em Isaías 43;10 (e em outros vários
lugares) que ele é o único Deus, e que jamais haverá outro, Jesus
Cristo, então, ou é um Deus falso ou não é Deus de modo algum, ou ele é esse
único Deus verdadeiro revelado na carne como o Filho de Deus.
Outra profecia que se refere a Jesus Cristo, o
Deus-homem, Miquéias 5:2: "E tu, Belém Efrata, pequena demais para figurar
como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e
cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Este "desde os dias da eternidade" definitivamente significa desde
toda a eternidade passada, sem nenhum princípio, como já verificamos.
João 1:1 declara: "No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." (Mais tarde em 1:14 vemos
que "o Verbo se fez carne, e habitou entre nós", o que torna Cristo e
o Verbo sinônimos.) João 1:1 ensina-nos que Cristo era o Verbo e que ele estava
com Deus e que ele era (não se tornou) Deus. De novo, aqui no primeiro
versículo do evangelho de João, vemos que Deus foi Deus desde o princípio (o
que aqui possui o significado de "de todo o tempo") e assim Jesus
Cristo foi Deus desde o princípio, de todo o tempo!
Jesus Cristo aceitou a adoração como Deus em
muitas ocasiões porque era Deus. Por exemplo: "E eis que Jesus veio ao
encontro delas, e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e
o adoraram" (Mateus 28:9).
Ora, Deus proibiu totalmente a adoração a
qualquer outro deus, em passagens bíblicas tais como Êxodo 34:14: "Porque
não adorarás outro deus: pois o nome do Senhor é Zeloso; sim, Deus zeloso é
ele." O fato de Jesus permitir, encorajar e aceitar a adoração,
indentifica-o como Deus, e há somente um único Deus que já foi e será Deus,
"de eternidade a eternidade".
Não somente o Deus do mormonismo não é o Deus da
Bíblia, mas também temos de afirmar que o Cristo do mormonismo não é o Cristo
da Bíblia. O ensinamento mórmon acerca de Deus e de Jesus Cristo leva-nos ainda
para mais um erro doutrinário - a doutrina da salvação.
O Caminho da Salvação
A crença mórmon de que "como é o homem, Deus
uma vez já foi; como Deus é, o homem pode ser" presta-se à decepção da
pessoa que não é salva e leva-a a pensar que de alguma forma pode ganhar sua
salvação, ou ajudar a ganhá-la. Esta crença alimenta a idéia de que o homem
pode tornar-se uma ovelha de Deus ao ignorar sua natureza pecaminosa e agir
como uma ovelha, o que é tão fútil como um porco agir como uma ovelha a fim de
se tornar ovelha.
É preciso que nossa natureza seja mudada pelo
novo nascimento, e assim recebamos uma natureza nova: "Pois todos pecaram
e carecem da glória de Deus" (Romanos 3:23). Quantidade alguma de igreja,
batismo ou boas obras pode mudar nossa natureza ou pagar nossos pecados.
Devemos voltar-nos unicamente para Jesus por salvação, sabendo que o seu
sangue derramado nos limpará de todo o pecado. Simultaneamente, ao invocar seu
nome, com fé, ele entrará em nossa vida para mudar nossa natureza de dentro
para fora. Isso nos torna verdadeiros filhos de Deus. "Nada em nossas mãos
trazemos, simplesmente à tua cruz nos apegamos."
Temos a salvação mediante a graça de Deus:
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é
dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8,9).
A graça de Deus sobre a qual os mórmons às
vezes escrevem está muito longe da graça de Deus de que fala a Bíblia. O
conceito mórmon da graça consiste, em parte, em fazer boas obras na igreja, no
templo e boas obras religiosas, desta forma fazendo com que a pessoa se torne digna
da graça de Deus. A graça bíblica é estendida livremente aos que nada
merecem, como no caso do ladrão na cruz (veja Lucas 23:39-43). Ao
invocarmos a Cristo, não merecendo, mas com fé, ele responde com a salvação
instantânea. Então, à medida que ele entra em nossa vida e nos torna filhos de
Deus, Cristo muda nossa vida de dentro para fora. Recebemos nova natureza,
novos desejos, novo amor e novo poder. Veja o assassino louco, Saulo, que se
tornou um missionário magnífico, Paulo, depois de um encontro vital com o
Cristo ressurreto na estrada de Damasco.
Resumindo
Uma das coisas que os cristãos acham mais
complicadas para compreender e aceitar é que os amigos mórmons usam a mesma
terminologia, mas para significar coisa inteiramente diferente.
Muitos cristãos, tragicamente, nunca analisam as
palavra de amigos mórmons sinceros que declaram ter aceito Cristo como seu
Salvador e amá-lo. Dizem depender dele para sua salvação. É claro, podem
acrescentar, que têm um pocou mais de luz, de verdade, ou uma salvação mais
elevada, uma vez que são mórmons e pertencem à igreja mórmon!
Os mórmons usam o nome de "Cristo", mas
ao fazê-lo estão pensando em alguém ou em algo inteiramente diferente, a menos
que não conheçam a doutrina mórmon. Nesse caso ele não é mórmon de modo nenhum,
a não ser de nome. Se ele realmente aceita o Cristo da Bíblia, logo terá sede
de um oásis de verdadeiros cristãos, e deixará a igreja mórmon.
De qualquer forma, se você tiver um amigo mórmon,
ame-o e seja paciente com ele como desejaria que ele fosse com você e como
Cristo é conosco. Entretanto, examine, gentil mas cuidadosamente seu testemunho
até descobrir em que Cristo ele confia, e se ele crê ou não que exista mais de
um Deus.
O mórmon verdadeiro deve crer nas escrituras
mórmons tais como a Pérola de Grande Valor de José Smith: "E os
Deuses ordenaram, dizendo: Que as águas debaixo do céu sejam ajuntadas em um
lugar, e apareça a terra seca; e assim foi, como Eles ordenaram; e os Deuses
chamaram à porção seca, terra; e ao ajuntamento das águas Eles chamaram as
grandes águas; e os Deuses viram que Eles eram obedecidos" (Abraão
4:9,10).
Crer na existência de outros deuses é
paganismo politeísta, não Cristianismo. É negação da Palavra de Deus. Realmente
devemos escolher, como também devem nossos amigos mórmons, crer ou no Deus
bíblico ou nos deuses do mormonismo. Eles se excluem mutuamente.
Os fariseus, intensamente religiosos, mas
perdidos, cometeram um erro fatal. Adoravam a Deus usando o nome correto,
faziam muitas boas obras para Ele, pertenciam ao sistema de adoração que Deus
havia estabelecido, oraram muito, davam muito, prosperavam muito, eram
extremamente religiosos e tinham sacerdotes em sua igreja. Os fariseus
apareciam como anjos de luz e ministros da justiça e realmente criam estar
certos, pertencer à única "igreja" verdadeira servindo a Deus, mas
estavam tragicamente enganados. Verdadeiramente nunca aceitaram a Jesus Cristo
como Deus e permaneceram perdidos para sempre, com exceção de alguns poucos que
confiaram em Jesus.
Em Mateus 24:23,24 nosso Senhor procunciou as
espantosas palavras: "Então se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou:
Ei-lo ali! não acrediteis; porque surgirão falsos cristos e falsos profetas
operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos."
Os fatos, de si mesmos, não podem abrir os olhos.
Entretanto, o Espírito Santo usa os fatos, e isto está escrito no amor de
Cristo que ele pode, mediante estes fatos, abrir muitos olhos para libertação e
salvação.
__________
Notas
[1]
James E. Talmage, A Study of the Articles of Faith (Salt Lake City: The
Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 1952), p.430.
[2]
Joseph Fielding Smith, comp., Teachings of Prophet Joseph Smith (Salt
Lake City: Deseret News Press, 1958), p.345.
[3]
Milton R. Hunter, The Gospel Through the Ages (Salt Lake City: Deseret
Book Co., 1945), p.104.
[4]
B.R. McConkie, What the Mormons Think of Christ (folheto) (Salt Lake
City: Deseret News Press), p.36.
CAPÍTULO OITO
A Verdade Acerca do "Deus-Adão"
A doutrina do Deus-Adão é um espinho para a
igreja dos Santos dos Últimos Dias. Espinho esse que gostariam que
desaparecesse. Brigham Young ensinou que Adão era Deus. Ele apresentou esta
doutrina por mais de 20 anos em muitos sermões diferentes. A igreja mórmon
acreditava nela, aceitou-a e ensinou-a pelo menos por 50 anos. Os mórmons de
hoje, em geral, negam essa doutrina.
O "Profeta Vivo" e atual presidente dos
Santos dos Últimos Dias, Spencer W. Kimball, agora chama esta doutrina do
Deus-Adão de "doutrina falsa". Se os mórmons seguem a Brigham Young
nesta doutrina herética de Adão ser Deus, revelam que a igreja dos Santos dos
Últimos Dias é falsa, inegavelmente. A doutrina Deus-Adão contradiz o Livro
de Mórmon. Contradiz a Bíblia. Não somente isto, também é contra-senso puro
e completo. Entretanto, é um fato inegável que Brigham Young ensinou esta
doutrina! Abandonar a doutrina e preservar a integridade do "profeta"
é impossível. Isto despedaçaria a lógica, emascularia a honestidade, e
denudaria a verdade.
Deixe-me resumir. Crer que Brigham Young foi um
profeta de Deus e aceitar sua revelação do Deus-Adão é admitir que o
"profeta" de hoje Spencer W. Kimball e a igreja dos Santos dos
Últimos Dias são falsos. Rejeitar a doutrina Deus-Adão é negar o
"profeta" que a apresentou--Brigham Young--e admitir que ele era
profeta falso. Esta contradição doutrinária prova que a igreja dos Santos dos
Últimos Dias é uma igreja falsa, liderada por vários anos por um profeta falso.
Agora examinemos breve mas honestamente as
evidências. Preste atenção às datas à medida que prosseguimos.
A Doutrina do Deus-Adão
Brigham Young evidentemente introduziu esta
doutrina num sermão que pregou no dia 9 de abril de 1852. Leia-o no contexto
no Journal of Discourses: "Agora ouvi, ó habitantes de terra,
judeus e gentios, santos e pecadores! Quando nosso pai chegou ao jardim do
Éden, entrou nele com um corpo celestial, e trouxe consigo Eva, uma de suas
esposas. Ele ajudou a organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião
de Dias! Acerca de quem santos homens têm escrito e falado--ele é nosso pai
e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar" (vol. 1, p.50,
51, itálicos do autor).
Repetidas vezes Brigham Young ensinou que Adão
era Deus. Isto não foi uma tirada única e isolada.
Agora leia a contradição clara do atual
presidente e profeta vivo dos mórmons, Spencer W. Kimball: "Prevenimos-vos
contra a disseminação de doutrinas que não são segundo as escrituras e que supostamente
foram ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das gerações passadas. Tal é
o caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão. Denunciamos tal teoria e
esperamos que todos tomem precaução contra esta e outros tipos de doutrinas
falsas " (1) (itálicos do autor).
Os mórmons gostariam que seu povo e os de fora
acreditassem que Brigham Young foi citado erradamente ou mal compreendido.
Gostariam de pensar que esta doutrina do Deus-Adão fosse uma tentativa de
difamar o seu profeta, por parte dos antimórmons.
Não obstante, qualquer mórmon honesto e que
esteja disposto a encarar os fatos pode descobrir por si mesmo exatamente o que
Brigham Young ensinou sobre o assunto no Journal of Discourses e outros
escritos mórmons. Para os que não têm acesso ao Journal of Discourses,
Melaine Layton, Jerald e Sandra Tanner e Bob Witte trazem, em seus respectivos
livros, fotocópias dos sermões de Brigham Young acerca de Adão ser Deus.
Adão, Quem é Ele?
Mark E. Peterson, apóstolo mórmon, escreveu um
livro intitulado Adam, Who Is He? Afirmava ele que o apóstolo mórmon Charles C.
Rich ouviu, no dia 9 de abril de 1852, o sermão que Brigham Young pregou sobre
a doutrina do Deus-Adão e ouviu Brigham Young dizer algo diferente sobre o
ponto que realmente estava registrado. Segundo o apóstolo Rivh, Brigham
dissera: "Que idéia erudita! Jesus, nosso irmão mais velho, foi gerado na
carne pelo mesmo personagem que esteve no jardim do Éden, e que conversou com
nosso Pai do céu." Examinemos esta afirmativa e verifiquemos sua exatidão
e honestidade históricas.
O historiador mórmon, Leonard J. Arrington,
escreveu um livro intitulado Charles G. Rich, Mormon General and Western
Frontiersman. Nesse, livro, Arrington conta de uma viagem que Rich fez. Diz ele
que Rich deixou San Bernardino, na Califórnia, no dia 24 de março de 1852, em
direção ao vale de Salt Lake, com um carroção carregado de suprimentos. De Salt
Lake ele retornou a San Bernardino, chegando aqui no dia 20 de agosto de 1852,
em 22 dias, "a viagem mais rápida de que se tem registro", segundo
Arrington.[2] Obviamente, se Rich levou 22 dias para ir de Salt Lake City a San
Bernardino - e essa foi a "viagem mais rápida de que se tem
registro", ele teria levado pelo menos 22 dias para ir de San Bernadino ao
Vale de Salt Lake. Portanto, se ele saiu de San Bernardino no dia 24 de março,
teria sido impossível que Charles C. Rich chegasse a Salt Lake City no dia 9 de
abril a tempo de ouvir o sermão de Brigham Young. Os escritores mórmons nem
mesmo conseguem conciliar suas evasões da verdade!
Brigham Young disse que quando seus sermões eram
corrigidos, eram escritura.[3] Ele falou como o "profeta vivo"
oficial da igreja dos Santos dos Últimos Dias, dando a seu povo,
ostensivamente, a revelação que Deus tinha para eles. Um ano depois de ele
pregar este sermão, o ponto central deste mesmo sermão acerca do Deus-Adão foi
publicado no Millenial Star mórmon, enfatizando que Brigham Young havia
ensinado que Adão era Deus. O sermão logo foi reproduzido no Journal of
Discourses, onde Brigham Young tinha de aprová-lo. Ele não o mudou nem o
rejeitou em parte alguma. Desde 1852 até à morte de Brigham Young, em 1877, o
sermão permaneceu intacto como ele permitira que fosse reproduzido no Journal
of Discourses, Ainda está lá.
A afirmação de Mark Peterson foi, simplesmente,
uma de muitas tentativas para encobrir o ensino de Brigham Young acerca do
Deus-Adão. Temos apresentado algumas das evidências quanto ao fato de Brigham
Young ter inegavelmente ensinado a doutrina herética de que adão foi Deus, e
ter acrescentado que Adão era "o único Deus com quem devemos lidar".
Isto elimina Jesus, Eloim e todos os outros deuses mórmos.
Rejeitamos a idéia de que Brigham Young foi
citado erradamente ou compreendido mal em sua mensagem de 9 de abril de 1852.
Chamamos atenção ao fato de que Brigham Young ainda ensinava a mesma doutrina
do Deus-Adão 21 anos mais tarde! Numa citação de um jornal mórmon, The Deseret
News, de 18 de junho de 1873, 21 anos depois do primeiro sermão de Brigham
Young sobre o Deus-Adão, em 9 de abril de 1852, Young disse: "Quanta
descrença existe nas mentes dos Santos do Últimos Dias em relação a uma
doutrina particular que a ele revelei, e que me foi revelada por Deus...a saber
que Adão é nosso Pai e Deus... Nosso Pai Adão ajudou a formar esta terra, ela
foi criada expressamente para ele e depois de ter sido ela criada ele e seus
companheiros para aqui vieram. Ele trouxe consigo uma de suas esposas, chamada
Eva, por ser a primeira mulher sobre esta terra. Nosso Pai Adão é quem está no
portão e tem as chaves da vida eterna e da salvação a todos os seus filhos que
já vieram e que virão à terra... 'Bem', diz alguém 'Por que Adão foi chamado
Adão'? Ele foi o primeiro homem sobre a terra, e seu estruturador e criador.
Ele, com a ajuda de seus irmãos, trouxe-a à existência. Então disse ele:
'Desejo que meus filhos que estão no mundo dos espíritos venham e habitem aqui.
Uma vez já vivi numa terra parecida com esta, num estado mortal. Fui fiel,
recebi munha coroa de exaltação [tornou-se um "Deus" segundo o ensino
mórmon]. Tenho o privilégio de estender minha obra, e o seu aumento não terá
fim. Desejo que meus filhos que me nasceram no mundo dos espíritos venham e
tomem tabernáculos na carne, que seus espíritos possam ter uma casa, um
tabernáculo ou uma habitação como o meu tem, e onde está o mistério?'"[4]
A Criação de Deus
Seria difícil conseguir mais contradições com a
Bíblia numa afirmação curta como esta. Leia o simples relato de Gênesis 1-2 que
afirma que Deus criou o homem, soprou nele o alento da vida - o que, se ele já
estivesse vivo, teria sido desnecessário. Esta criação então tornou-se o
primeiro homem, Adão, alma vivente. Eva foi criada por Deus, aqui nesta terra,
do corpo de Adão; ela obviamente não foi trazida aqui por Adão como "uma
de suas esposas". Adão não teve absolutamente nada que ver com a criação
da terra. Ele era uma mera criatura insignificante feita por Deus depois de ter
sido formada a terra.
(A propósito, Deus deu uma esposa a Adão, não
mais que uma. O homem quebrou este padrão de monogamia mais tarde, para seu
própio pesar como para o de Deus. No Novo Testamento Deus claramente afirmou
seu plano para o casamento, em passagens tais como Mateus 19:5. Ao falar do
homem deixar seu pai e sua mãe e apegar-se à sua esposa, disse ele, os dois
serão uma carne. Cristão algum no Novo Testamento todo jamais disse ter mais do
que uma esposa de cada vez; e aos bispos, anciãos e diáconos, como cristãos
comprovados, era terminantemente proibido ser marido de mais de uma mulher [ver
1 Timóteo 2-3; Tito 1]. Sob a nova aliança - o Novo Testamento - com maior luz
e com o Espírito Santo habitando seu povo, Deus proíbe terminantemente a
prática de se ter mais de uma esposa, o que ele havia "deixado
passar" nos dias do Antigo Testamento [Atos 17:30].
Historicamente, os líderes mórmons têm ignorado e
quebrado o mandamento explícito de Deus com relação ao casamento. Muitos dos
fundadores mórmos - José Smith, Brigham Young, e seus bispos e anciãos -
tiveram mais de uma esposa. Isto significa que não eram qualificados para o
cargo que possuíam, e que todas as suas afirmações de autoridade eram espúrias
aos olhos de Deus!)
Brigham Young não somente introduziu em 1852 a
doutrina do Deus-Adão, mas continou a ensiná-la por muitos anos, como prova
outro sermão de 1857;[5] e ele ainda a pregava em 1873. Outras fontes mórmons
também substanciam este fato. A doutrina do Deus-Adão de Brigham Young foi
citada exata e largamente em publicações mórmons por muitos anos. Brigham Young
viu muitas, se não todas, destas citações, bem como seus sermões no Journal of
Discourses. Ele teve anos e anos de oportunidade para corrigir qualquer citação
errada nessas publicações; não o fez. Isto prova, efetivamente, que ele ensinou
e queria dizer que Adão é Deus, e o "único Deus com quem devemos
lidar"! Ai do mórmon que não crer no "profeta vivo" e em sua
"revelação"! E ai do mórmon que nele crê!
F.D. Richards, mórmon preeminente, disse: "A
respeito da doutrina de Adão ser nosso Pai e Deus... o profeta e apóstolo
Brigham a declarou, e essa é a palavra do Senhor."[6]
E então Diary of Hosea Stout: "Outra
reunião esta noite. O presidente B. Young ensinou que adão foi o Pai de Jesus e
o único Deus para nós."[7]
O líder mórmon George Q. Cannon ensinou que
"Jesus Cristo é Jeová", e que "Adão é seu Pai e nosso
Deus".[8]
Um comentário muito interessante foi feito pelo
mórmon A.F. MacDonald em "Minutes of the School of the Prophets, Provo,
Utah, 1868-1871" (pp.39,39) muitos anos depois do primeiro sermão de
Brigham Young sobre o Deus-Adão em 1852: "A doutrina pregada pelo
presidente Young alguns anos atrás na qual ele diz que Adão é nosso Deus - o
Deus que adoramos - nisso crê a maioria do povo... Orson Pratt disse não crer
nela, ...se o presidente faz uma afirmação não é nossa prerrogativa
disputá-la... quando ouvi pela primeira vez a doutrina de Adão ser nosso Pai e
Deus, fiquei favoravelmente impressionado - gostei dela e a vi como uma nova
Revelação - pareceu-me razoável que como pai de nossos espíritos, ele nos
trouxesse aqui."
O mórmon Edward W. Tullidge escreveu: "Adão
é nosso Pai e Deus. Ele é o Deus da terra; assim diz Brigham Young."[9]
O ponto está estabelecido: Brigham Young deveras
ensinou que Adão era Deus, "o único Deus com quem devemos lidar".
Como diz Melaine Layton, uma ex'mórmon de grande conhecimento, em seu excelente
livro Mormonism, ainda não publicado: "É verdade que os mórmons de
hoje não acreditam nisso; entretanto, vários mórmons disseram-me que o crêem. A
maior parte dos restantes ou nunca ouviram falar de tal coisa ou dizem
simplesmente que não é verdade. Entretanto permanecem os fatos: Por mais de 50
anos (1852-1903), os escritores oficiais do mormonismo ensinaram, sem
hestitação, que Adão é nosso Deus, e a grande maioria das pessoas acreditou
nisto!"
O Profeta Contraditório
Considere, outra vez, a contradição incrível do
presidente e "profeta vivo", Spencer W. Kinmball: "Admoestamo-vos
contra a disseminação de doutrinas que não estão de acordo com as escrituras e
que supostamente foram ensinadas por algumas das Autoridades Gerais das
gerações passadas. Tal é o caso, por exemplo, da teoria do Deus-Adão.
Denunciamos tal teoria e esperamos que todos tomem cautela contra esta e outras
espécies de doutrinas falsas" (itálicos do autor). Como sabiamente
diz Wally Tope referindo-se a esta afirmação: "Ou Spencer W. Kimball está
mentindo; não fez seu trabalho de casa; ou recusa-se a crer na linguagem clara.
Todas as alternativas são inescusáveis.
Simplesmente não existe saída. É impossível e
totalmente desonesto fingir que Brigham Young foi citado erradamente ou
compreendido mal por mais de 50 anos pelos líderes mórmons e milhares de
pessoas. Se suas "revelações" foram contraditadas em data posterior,
por que ter um "profeta vivo"? Como sabem os mórmons que não estão
interpretando mal seu profeta atual? Quantidade alguma de desculpas vai
satisfazer um Deus Santo que exige a verdade de acordo com sua verdadeira
Palavra, a Bíblia. A doutrina do Deus-Adão é falsa, por um profeta falso, numa
igreja falsa.
Esta doutrina falsa levou a outras doutrinas
blasfemas que Brigham também ensinou. Entre estas está a que diz ter sido Adão
o pai de Jesus, como resultado de relações sexuais com a virgem Maria, de modo
que Jesus realmente não nasceu de uma virgem como declara claramente que
"Jesus Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo".[11]
A Bíblia diz: "O que está concebido nela é
do Espírito Santo."
Sabemos que nenhum profeta verdadeiro de Deus
contradiz a Palavra de Deus. Entretanto, já lidamos com este assunto e o
mencionamos aqui meramente para mostrar a que ponto a doutrina do Deus-Adão de
Brigham Young o levou. Certamente, o Jesus que os mórmons conhecem não é o
Jesus da Bíblia.
O Jesus Mórmos
O Jesus mórmon não teve nascimento virginal, é
irmão espiritual de Satanás; não foi Deus desde a eternidade, não é um em
natureza, essência e substância com Deus Pai e com o Espírito Santo. Sua
salvação não pode levar a pessoa ao "céu mais alto"; é necessário que
a pessoa também faça boas obras. O Jesus mórmon é um Jesus falso, um Jesus que
não existe a não ser como parte da ilusão mórmon.
Satanás pode dar "bons sentimentos" ou
"experiências espirituais" aos que adoram este Jesus, porque Satanás
produz imitações do tipo "anjos de luz" de Jesus para enganá-los. Mas
o Jesus mórmon definitivamente não é o Senhor Jesus Cristo, bíblico, vivo,
ressurreto em corpo, Deus da eternidade, Criador de todas as coisas (João 1:3).
Não importa quanto o mórmon ame ao Jesus que ele conhece e à ele preste
homenagem, é tolice fútil e fatal. E a doutrina do Deus-Adão de Brigham Young
teve grande papel na formação deste Jesus falso do mito mórmon.
Os mórmons às vezes afirmam que Brigham Young não
quis dizer que Adão era Eloim, mas sim um homem que atingiu a divindade em
algum outro planeta. Eles podem também acrescentar que era Eloim que foi
apresentado como o Deus que teve relações sexuais físicas com a
"virgem" Maria, e não Adão. Parece fazer pouca diferença para os
mórmos que Brigham Young repetidas vezes tenha dito e ensinado que "Adão é
o único Deus com quem devemos lidar"; parece fazer pouca diferença que os
líderes mórmons que o ouviram, citaram-no dizendo isto repetidas vezes; pareve
fazer pouca diferença que muitos deles tenham falado em adorar este Deus-Adão
como seu único Deus. Os mórmons que ouviram Brigham Young e o citaram criam que
ele queria dizer que Adão era o "Deus" que teve relações sexuais com
Maria e que Adão era o pai de Jesus Cristo - não em algum conceito espiritual,
mas fisicamente. Depõe contra os mórmons modernos presumir corrigir seu profeta
e todos os seus líderes agora, quando Brigham Young não os corrigiu então.
Ainda que Young na verdade tenha querido dizer
que Eloim, um Deus de carne e sangue, teve relações sexuais físicas com a
"virgem" Maria, isto ainda é uma afirmação blasfema. Isto significa
que Maria não era virgem quando Jesus nasceu, como a Bíblia o afirma. Deus
violou os direitos conjugais de José forçando-lhe um relacionamento adúltero -
a própria coisa que ele proíbe - com Maria. Deus não viola seus próprios
mandamentos! Que Deus tenha misericórdia daqueles que ousam abaixar-se tanto em
desonrá-lo e à sua Palavra para salvar a Brigham Young! Jesus nasceu por
milagre do Espírito Santo que capacitou a virgem Maria a conceber, não por via
de relações sexuais físicas com um Deus namorador!
A propósito, Adão não existia antes de ser
criado. Como Deus diz claramente, primeiro vem o natural, depois o espiritual (ver
1 Coríntios 15:46). Quando Jesus disse: "Antes de Abraão EU SOU",
estava declarando que antes de Abraão existir, Jesus era o Deus Eterno!
Certamente, Abraão existiu fisicamente antes do homem Jesus. Jesus como Deus,
existiu desde a eternidade.
Deus ama aos mórmons e eu também. O que posso
fazer é orar para que o bisturi da verdade contenha a anestesia de seu amor à
medida que ele usar estes fatos para operar os corações dos mórmons que
honestamente desejam conhecer a verdade.
Com pesar genuíno, mas com certeza absoluta,
repetimos: ao negar, a igreja mórmon, a doutrina do Deus-Adão faz de Brigham
Young um profeta falso. Isto significa que a igreja dos Santos dos Últmos Dias
é falsa. Aceitar tal doutrina é rejeitar a Bíblia e o bom senso. Também nega o
profeta e presidente, Spencer W. Kimball.
Estes fatos deixam os seguidores mórmons sem
saída. Deus não quer que os mórmons se desesperem, mas deseja que se lhes abram
os olhos para o Senhor Jesus Cristo bíblico. Ele os ama e quer salvá-los do
pecado e do inferno e da ilusão do mormonismo e do seu falso Cristo antes que
seja eternamente tarde demais. Santanás sempre tem uma resposta, razão pela
qual a maioria dos cultos basicamente nunca mudam, mesmo quando totalmente
expostos. Entretanto, Deus revelar-se-á aos mórmons honestos que buscam e que
estão dispostos a encarar os fatos e não tentar fugir da verdade escondendo-se
por trás de seu "testemunho" ou de seu "queimor no seio"
(ver capítulo 13) ou algumas das respostas inteligentes mas desonestas de
Satanás.
A "revelação" mórmon tem levado seus
"profetas" e seu povo a um labirinto de contradição impossível, de
confusão e de dissimulação. Por favor, não se desespere. Volte-se para o Senhor
Jesus Cristo e ele o salvará e curará seu coração partido. O Senhor Jesus Cristo
bíblico, que eternamente é Deus, dar-lhe-á algo mil vezes mais doce do que o
mormonismo ou o Jesus mórmon jamais poderiam dar. A salvação dada por Cristo
(que corresponde à exaltação mórmon) é um dom (veja Romanos 6:23). Invoque o
nome do Senhor Jesus Cristo para salvá-lo (veja Romanos 10:13), creia que Ele o
fez, e vocé pode ter a certeza de estar salvo agora (veja 1 João 5:13).
_________
Notas
[1] Church News, 9 de outubro de 1976.
[2]
Leonard J. Arrington, Charles G. Rich, Mormon General and Western
Frontiersman (Salt Lake : BYU Press, sem data), p. 173.
[3]
Journal of Discourses, vol. 13, p. 95.
[4] The Deseret News, 18 de junho de 1873.
[5]
Journal of Discourses, 1857, vol. 5, p. 331.
[6]
Millenial Star, 26 de agosto de 1954, vol. 16, p. 534.
[7]
Diary of Hosea Stout, 9 de abril de 1852, vol. 2, p. 435.
[8]
Diary Journal of Abraham H. Cannon, 23 de junho de 1889, vol. 11, p.39.
[9]
The Women of Mormondom, 1877, pp. 79, 179, 196, 197.
[10]
Wally Tope, "Maximizing Your Witness to Mormons", p. 20.
[11]
Journal of Discourses, vol. 1, pp. 50, 51.
Ilusão
Mórmon — Parte 5 (Capítulos 9 e 10)
CAPÍTULO NOVE
Contradições a Respeito da Pessoa de Deus
A Bíblia é o fundamento do que Deus teve que
dizer ao homem. Quando existe contradição entre o que a Bíblia ensina e o que o
Livro de Mórmon ou qualquer outro livro mórmon ensina, a Bíblia deve ter
preferência.
Não tencionamos apresentar neste livro uma
exploração exaustiva das muitas contradições existentes entre a Bíblia e os
vários livros da doutrina mórmon. Se o leitor quiser continuar o estudo do
assunto, recomendamos-lhe o livro de Jerald e Sandra Tanner intitulado Mormonism,
Shadow or Reality (Mormonismo, sombra ou realidade). Este volume de 600
páginas contém um desafio aberto a qualquer erudito ou grupos de eruditos, a
tentar responder, ponto por ponto, às contradições que ele revela.
Entretanto, desejamos deveras examinar algumas
contradições entre a Bíblia e os ensinamentos mórmons concernentes à doutrina
de Deus. Também revelaremos as contradições entre os livros mórmons
"inspirados" escritos por José Smith e o Livro de Mórmon
referentes à pessoa de Deus.
Os Mórmons crêem que existem muitos deuses
O mormonismo nega que exista um único
Deus. Embora o Livro de Mórmon pareça ensinar a doutrina da Trindade,
como os cristãos a aceitam, outros ensinamentos religiosos de José Smith dizem
haver muitos deuses.
Dizem as Escrituras: "Todavia, para nós há
um só Deus" (1 Coríntios 8:6; veja também vv. 4, 5); "Antes de mim
Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10);
"Eu sou Deus, e não há outro" (Isaías 45:22). (Veja também
Deuteronômio 4:35; 32:39; 2 Samuel 7:22; Salmos 86:10.)
O Livro de Mórmon diz: "...do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo, que é um Deus infinito" (2 Nefi 31:21).
Alma 11:26-31 cita Amuleque respondendo a Zeezrom que há somente um
Deus, e descreve-se Amuleque como um homem cheio com o Espírito do Senhor. Alma
11:22 e Mosíah 15:4, também falam do Pai e do Filho como sendo um único Deus.
Entretanto, em Doutrinas e Convênios lemos
que Abraão, Isaque e Jacó "entraram para a sua exaltação, de acordo com as
promessas, e se assentam em tronos, e não são anjos, mas sim deuses"
(132:37). Em Pérola de Grande Valor, José Smith escreveu: "E assim
os deuses desceram para formar o homem em sua própria imagem, na imagem dos
Deuses eles o formaram, macho e fêmea eles os formaram" (Abraão 4:27).
Tanto a Bíblia quanto o Livro de Mórmon declaram que há um Deus
mas Doutrina e Convênios e Pérola de Grande Valor dizem haver
muitos deuses.
O depoimento das três testemunhas no início do Livro
de Mórmon contém estas frases: "E honra seja ao Pai, ao Filho e ao
Espírito Santo, que é um Deus." Contraste isto com a seguinte afirmativa
de Teachings of Prophet Joseph Smith: "No princípio, o cabeça dos
deuses convocou um concílio dos deuses." Também, em uma das versões de sua
primeira visão ele afirma que o Pai e o Filho lhe apareceram como dois seres
diversos, com dois corpos físicos diferentes. Alguns amigos mórmons meus usam
isto como base para sua crença de que Deus o Pai e o Filho são dois deuses
distintos. Esta crença é contrária à Bíblia e ao Livro de Mórmon.
Ainda mais confuso ao que estuda a doutrina de
Deus nos ensinos mórmons são as contradições encontrados no mesmo livro.
Por exemplo, a Pérola de Grande Valor diz em Moisés 2:9, 10: "E eu,
Deus, disse: Ajuntem-se águas que estão debaixo dos céus em um só lugar; e
assim foi. E eu, Deus, disse: Que haja uma parte seca; e assim foi. E eu, Deus,
chamei à parte seca, Terra; e ao ajuntamento das águas eu chamei Mar; e eu,
Deus, vi que todas as coisas que eu tinha feito eram boas." Mas em Abraão
4:9, 10, Pérola de Grande Valor está escrito: "E os deuses
ordenaram, dizendo: Que as águas debaixo dos céus sejam ajuntadas em um lugar,
e apareça a terra seca; e assim foi, como eles ordenaram,; e os deuses chamaram
à porção seca, Terra; e ao ajuntamento das águas eles chamaram as grandes
águas; e os deuses viram que eles eram obedecidos."
Os Mórmons crêem que Deus é um Homem Exaltado
Já mencionamos que os Mórmons ensinam que Deus já
uma vez foi homem antes de progredir até ser Deus. Segundo seu ensino, Deus
agora é um homem exaltado, e o próprio homem pode se tornar um Deus.
As Escrituras nos ensinam: "Antes que os
montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade
[isto é, o passado para sempre, e para sempre futuro], tu és Deus" (Salmos
90:2); com Deus "não pode existir variação, ou sombra de mundança"
(Tiago 1:17); "Porque eu, o Senhor, não mudo" (Malaquias 3:6);
"No princípio criou Deus..."(Gênesis 1:1); "Assim, ao Rei
eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos
séculos. Amém" (1 Timóteo 1:17).
O Livro de Mórmon diz: "Pois que não
lemos que Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre de transformação?" (Mórmon
9:9); "Porque sei que Deus não é um Deus parcial, nem um ser variável; ao
contrário é imutável de eternidade a eternidade" (Moron 8:18);
"Deus... por existir de eternidade em eternidade" (Moroni 7:22).
A Pérola de Grande Valor diz: "Eis
que eu sou o Senhor Deus Todo-poderoso, e Infinito é o meu nome; porque sou sem
princípio de dias ou fim de anos" (Moisés 1:3).
Com estas asserções definidas e claras da Bíblia,
do Livro de Mórmon e da Pérola de Grande Valor, de que Deus não teve princípio,
de que sempre foi Deus, e que é um ser imutável, é um choque encontrar a
seguinte passagem nos Articles of Faith por James Talmage: "Assim como o
homem é, Deus uma vez já foi; e como Deus é, o homem pode ser."[1]
A resposta de Deus a esta inverdade é:
"Porque eu sou Deus e não homem" (Oséias 11:9).
Um dos problemas que os mórmons têm com a
afirmação de que Deus uma vez já foi homem é: se Deus uma vez já foi homem, antes
de se tornar Deus, então o homem, de fato torna-se o criador, ou pelo menos o
precursor em evolução de Deus, em vez de Deus ser o criador do homem. Em
conversas com amigos mórmons, tenho ressaltado isto e eles rapidamente negam
que tal seja o caso. Mesmo assim é um fato óbvio, se seguirmos esta linha de
raciocínio. Os mórmons muitas vezes dizem que o homem que se tornou Deus na
verdade teve outro Deus como Pai, e talvez até mesmo uma mãe-Deus. Os mórmons
geralmente ficam cada vez mais vagos a esta altura.
Os Mórmons Acreditam que Deus Tem Corpo Físico
Ao par com sua doutrina de que Deus é um homem
exaltado, os mórmons e o ensinamento mórmon afirmam que Deus tem corpo visível
e material. Versículos bíblicos como Êxodo 33:11 são usados para apoiar esta
doutrina: "Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu
amigo."
Deus tem sido visto em aparições antropomórficas
ou teofânicas, como homem, como anjo, etc., e como encarnado em Cristo. Ele
jamais foi visto em sua essência divina. Êxodo 33 continua no versículo 20:
"E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a
minha face, e viverá." João 1:18 acrescenta: "Ninguém jamais viu a
Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou."
Depois da ressurreição, Jesus apareceu a seus
discípulos e disse: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo;
apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes
que eu tenho" (Lucas 24:39). Jesus aqui confirmou que não se pode ver ou
tocar um espírito.
"Deus é Espírito" (João 4:24) - não tem
um Espírito, mas é Espírito. O espírito é invisível como a Bíblia diz que Deus
é, e não tem corpo de carne e osso. É verdade que encontramos na Escritura
referência à boca, braço, olhos, ouvidos, face e mãos de Deus. Entretanto,
essas referências são simbólicas, não literais. Deus as usa para comunicar-nos
a verdade de um modo que a possamos compreender.
Se nossos amigos mórmons insistirem em tomar toda
descrição de Deus em sentido literal, eles podem acabar com um Deus muito
estranho. Deuteronômio 4:24 diz: "Porque o Senhor teu Deus é fogo que
consome", o Deus da fornalha de fogo. Jeremias 23:24 diz: "Porventura
não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor." Se Deus fosse de carne e
osso isto podia ser um pouco incômodo para o restante da humanidade! Em
Jeremias 2:13, Deus chama a si mesmo de "fonte de águas vivas". Salmos
91:4: "Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas asas estarás seguro."
Certamente que este versículo não pode ser tomado no sentido literal, pois
nosso Deus maravilhoso não é galinha nem pássaro.
A afirmação mórmon de que Deus é um homem
exaltado e que tem corpo físico tem levado os mórmons à beira da blasfêmia.
Brigham Young, no Journal of Discourses, diz: "Adão...é nosso Pai e nosso
Deus, e o único Deus com quem devemos lidar." De novo diz ele: "Jesus
Cristo não foi gerado pelo Espírito Santo."[2]
Brigham Young continuou dizendo que o Pai de
Jesus foi o primeiro da família humana - Adão, o mesmo personagem que esteve no
jardim do Éden!
A Bíblia diz: "Porque o que nela foi gerado
é do Espírito Santo" (Mateus 1:20).
Certamente, o fato de o homem ter corpo de carne
e osso não significa que Deus seja feito do mesmo material, especialmente
quando ele com clareza ensina que não é. Crer, literalmente, que o homem foi
feito à imagem de Deus pode ser demasiado confuso. Teria Deus a aparência de
homem ou de mulher? Com que raça se parece ele quanto aos característicos
faciais? Fomos feitos à imagem de Deus por termos autoconscientização, poder de
raciocínio abstrato, uma natureza e uma conscientização de Deus.
Resumindo
Parece inegável que realmente existem contradições
entre os ensinos da Bíblia e os ensinos do Livro de Mórmon e dos profetas e
mestres mórmons. Também parece inegável que os livros e os profetas mórmons
contradizem-se uns aos outros.
Amigos mórmons freqüentemente nos têm dito:
"Você está tomando fora do contexto o que José Smith (ou qualquer outra
pessoa) disse!"
É claro, tirar as coisas do contexto é sempre um
problema para todo nós, não é? Obviamente não posso citar passagens inteiras,
capítulos ou livros, pois não haveria espaço suficiente. Por isso é que fiz uma
lista cuidadosa das citações, páginas, etc., e citei, na maior parte, os
ensinamentos dos próprios mórmons, a fim de poderem ler o que foi dito no
contexto. Desejo que vejam que as porções citadas por mim refletem exatamente o
ensino do contexto como um todo.
Qualquer livro que se arroga ser Palavra de Deus
deve ser testado pela Bíblia. Não há outro livro inspirado pelo Espírito Santo.
A Bíblia é a única Palavra de Deus e é suficiente.
_____________
Notas
[1]
James Talmage, The Articles of Faith, p.430.
[2]
Young, Journal of Discourses, vol. 1, pp.50, 51.
CAPÍTULO DEZ
O Sacerdócio e as Genealogias
Os mórmons fizeram exatamente o que Jesus Cristo
disse para não fazer. Colocaram "vinho novo em odres velhos! "
Casaram a graça com a lei e fizeram do Cristianismo uma seita judaica.
Ressuscitaram o que Cristo havia enterrado. Eles, figuradamente,
"costuraram" o véu que Cristo, como nosso sumo sacerdote, rasgara
para sempre a fim de prover-nos livre entrada aos Santos dos Santos.
Como é que fizeram isto? Por que o fizeram? Na
tentativa de justificar sua existência e dar autoridade às suas crenças, e na
tentativa de provar que são a "única igreja verdadeira" restauraram o
sacerdócio distintamente judaico do Antigo Testamento, e se voltaram novamente para
o estudo e a preservação das genealogias. A igreja mórmon afirma que somente os
que têm sacerdócio na igreja mórmon possuem autoridade para ministrar as
ordenanças do evangelho. Portanto, crêem não haver salvação verdadeira, nem
acesso ao céu "mais alto" fora da igreja mórmon. Todas as ordenanças
realizadas por qualquer outra igreja são sem valor.
As genealogias em certa época já tiveram firme
ligação com o sacerdócio no que se refere à verificação das qualificações para
o sacerdócio. Os mórmons construíram o sistema genealógico mais elaborado do
mundo.
O Sacerdócio Aarônico
A menor das duas organizações sacerdotais na
igreja mórmon é o sacerdócio aarônico ou levítico. Este sacerdócio aarônico foi
supostamente restaurado quando João Batista apareceu a José Smith e a Oliver
Cowdery no dia 15 de maio de 1829, e lhes conferiu o sacerdócio aarônico. Leia
o relato em Perola de Grande Valor, José Smith 2:68-73.
(Os mórmons têm prazer em rejeitar a autoridade
das outras igrejas e em afirmar a deles, citando Hebreus 5:4: "Ninguém,
pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como
aconteceu com Arão." Êxodo 28 e 29 dizem-nos exatamente como Arão e seus
filhos foram chamados e consagrados e mórmon algum sobre a terra é chamado e consagrado
desse modo hoje! Leia-o e veja!)
Uma vez que, mais tarde, Oliver Cowdery deixou a
igreja dos Santos dos Últimos Dias e até mesmo foi chamado de mentiroso por
José Smith e outros, eu diria que o testemunho dele da restauração do
sacerdócio aarônico é um tanto suspeito, para dizer pouco. (Tanto Marvin Cowan
quanto Jerald Tanner em seus respectivos livros, Mormon Claims Ansered e
Mormonism, Shadow or Reality, citam vários escritores mórmons que contradizem
totalmente as reivindicações da restauração do sacerdócio aarônico.)
A orden do sacerdócio aarônico na igreja mórmon
inclui diáconos, meninos de 12 e 13 anos de idade; professores,
meninos de 14 e 15 anos; e sacerdotes, rapazes de 16 e 17 anos de idade.
O Sacerdócio de Melquisedeque
Segundo Talmage, algum tempo depois do sacerdócio
aarônico ter sido conferido em 1829, Pedro, Tiago e João também conferiram o
sacerdócio do Melquisedeque a José Smith e a Oliver Cowdery.[1] O historiador
mórmon B.H. Roberts admite que "não há relato definido do acontecimento [o
conferir o sacerdócio de Melquisedeque a José Smith e Oliver Cowdery] na
história do profeta José, ou, em nenhum de nossos anais."[2]
Esta ordem mais elevada dos dois sacerdócios
mórmons é chamada o "sacerdócio de Melquisedeque... porque Melquisedeque
foi grande sumo sacerdote" (Doutrinas e Convênios 107:2). (Ver
Gênesis 14:8; Salmos 110:4; Hebreus 5:6; 6:20; 7:1.) Os oficiais deste
sacerdócio incluem anciãos (ou élderes), os setenta, e sumo
sacerdotes. Os mórmons crêem que, "como o próprio Deus, o sacedócio de
Melquisedeque tem natureza eterna". É " um princípio eterno, e
existiu com Deus desde a eternidade e existirá eternamente, sem começo de dias
ou fim de anos."[3]
Muitos anos antes de Deus estabelecer o
sacerdócio por meio de Arão como um ofício contínuo, as Escrituras falam-nos de
um homem chamado Melquisedeque (Gênesis 14). Melquisedeque não teve princípio
registrado nem fim, e era sumo sacerdote e rei. Nestas coisas ele era uma
figura do Senhor Jesus Cristo, nosso Deus eterno (Isaías 9:6), Sumo Sacerdote e
Rei dos reis.
Depois da apresentação deste homem,
Melquisedeque, não houve outro sacerdócio segundo Melquisedeque, ordenado por
Deus por séculos. Homem algum, depois de Melquisedeque, ocupou tal posição até
que Jesus viesse e cumprisse a figura que Melquisedeque e seu sacerdócio
representavam. Quando Jesus chegou, foi declarado "sacerdote para
sempre" (Hebreus 7:21). "Jesus, porque continua para sempre, tem
sacerdócio imutável" (Hebreus 7:24). De acordo com os eruditos do grego
como Robertsom e Thayer, imutável significa "intransferível". Jesus
somente, por todo o tempo, é nosso sacerdote segundo Melquisedeque. Parece
excessivamente tolo alguém hoje reivindicar um sacerdócio segundo a ordem de
Melquisedeque. Leia Hebreus 7.
Uma olhada à igreja mórmon com seu sacerdócio
aarônico e de Melquisedeque restaurados devia convencer qualquer pessoa que
tenha conhecimento da igreja do Novo Testamento de que os mórmons restauraram
demais! Restauraram o que jamais existiu! Não existiram tais oficiais como
sacerdotes, setenta, sumo sacerdotes aarônicos ou de Melquisedeque, etc., na
igreja do Novo Testamento. Entretanto, esta é a estrutura sobre a qual a igreja
dos Santos dos Últimos Dias é construída - a autoridade dos sacerdócios
restaurados aarônico e de Melquisedeque, encontrados somente na igreja mórmon.
O ofício de diácono, como descreve o Novo
Testamento, deve ser ocupado por aquele que seja "marido de uma só mulher,
e governe bem seus filhos e sua própia casa" (1 Timóteo 3:12). Pode um
menino de 12 anos de idade ter qualificações para diácono de acordo com esta
descrição?
Deus ordenou que os sacerdotes deviam ser da
tribo de Levi, descendendo diretamentne de Arão e seus filhos. Entretanto a
maioria dos mórmons reivindica ser das tribos de Efraim ou Manassés - as tribos
erradas!
Um dos mais altos deveres dos sacerdotes no
Antigo Testamento era oferecer sacrifício de sanque. Os sacerdotes mórmon não o
fazem. Se esta é uma restauração do sacerdócio, por que não o fazem?
Genealogias
O verdadeiro propósito de todo o trabalho
genealógico dos mórmons é prover informação para o batismo pelos mortos;
ordenanças seladas por procuração (ordenança pela qual marido e esposa são
selados no casamento para o tempo e a eternidade), e ordenação e doações para
parentes mortos a fim de ajudar a salvá-los ou exaltá-los. Desta forma os
mórmons procuram os nomes dos mortos mediante pesquisa genealógica e então são
batizados em seu lugar. O presidente Joseph Fielding Smith disse: "O maior
mandamento dado a nós que é obrigatório, é o trabalho do templo por amor de nós
mesmos e por amor de nossos mortos."[4]
A igreja mórmon guarda o microfilme de toda esta
obra genealógica em grandes túneis cavados numa montanha de granito em Little
Cottonwood Canyon, ao sudeste de Salt Lake City. Estas genealogias são traçadas
até séculos atrás. Quarenta e cinco milhões de pessoas já foram batizadas por
procuração. Somente em 1975 mais de três milhões foram batizados em 16 templos
mórmons. Treze equipes de televisão nos Estados Unidos e outras 67 equipes ao redor
do mundo trabalham para acrescentar informação microfilmada acerca dos mortos à
que já existe. Mais de 120 milhões de dólares já foram gastos com este fim.
Em 1966 "A carga total de microfilme incluía
579,679.800 páginas de documentos. Havia mais de 5 bilhões de nomes nos
arquivos - a igreja gasta cerca de 4 milhões de dólares por ano com a Sociedade
Genealógica. Esta tem 575 empregados e é dirigida por uma junta da qual fazem
parte dois apóstolos."[5]
Amigos, todos vocês que estão presos por
sacerdotes e genealogias, leiam com cuidado e alegria. Tenho boas-novas para
vocês!
Adeus Sacrifícios, Sacerdotes e Genealogias
Boas-novas! Maravilhosas novas! Não é mais
preciso oferecer sacrifício por nossos pecados. Jesus ofereceu "para
sempre, um único sacrifício pelos pecados" (Hebreus 10:12), e assim desfez
a necessidade de qualquer outro sacrifício.
Os sacerdotes do Antigo Testamento tinham como
função principal oferecer sacrifícios de sangue como propiciação pelo pecado
(Veja Levítico 9:1,2). Todos os seus sacrifícios simbolizavam o dia quando
Cristo, o Cordeiro de Deus, derramaria seu sangue por nossos pecados. Quando
Jesus morreu na cruz a figura foi cumprida, logo a necessidade de sacrifícios,
e também a necessidade de sacerdotes, foram desfeitas.
Quando meu amigo John falava comigo da doutrina
mórmon, freqüentemente alegava que todas as outras igrejas eram falsas, exceto
a igreja mórmon. Uma das razões para isto é que não tínhamos autoridade por não
termos sacerdócio oficial, apóstolos nem profetas. O que diz Deus acerca disso?
Todo cristão agora é declarado sacerdote.
"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9).
"João, às sete igrejas que se encontram na Ásia: Graça e paz a vós outros,
da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos
que se acham diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha,
o primogênito dos mortos, e o soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e
pelo seu sanque nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino,
sacerdotes para o seu Deus e Pai, e ele a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos. Amém" (Apocalipse 1:4-6).
A morte de Cristo elimina o sacerdócio formal
judaico. O véu do Templo que simboliza a separação da humanidade de Deus, foi
"rasgado de alto a baixo" quando Ele morreu e tornou-se nosso sumo
sacerdote dando-nos acesso direto a Deus (Hebreus 10:18-21). Agora podemos
chegar à presença de Deus mediante seu sacrifício. Jesus é nosso Sumo
Sacerdote, nosso Sacrifício e nosso Mediador. Não precisamos de nenhum outro.
Todo aquele que aceita o Cordeiro de Deus
sacrificial como propiciação por seu pecado, todo aquele que se torna
cristão passa a fazer parte dessa geração escolhida e é incluído nesse
sacerdócio real, tanto as mulheres como os negros. Temos a autoridade da
Palavra de Deus, e a habitação do Espírito Santo que prometeu guir-nos na
verdade, a Palavra de Deus. Todos nós fomos nomeados seus embaixadores,
o que nos dá imensa e certa autoridade (veja 2 Coríntios 5:17-21). Isto não é
verdade com relação ao "sacerdócio" mórmon.
Os registros genealógicos foram completamente
destruídos pelos romanos. Esse registros genealógicos eram guardados
cuidadosamente pelos judeus por causa de linhagens familiares e heranças
tribais. Tanto Mateus como Lucas registram a genealogia de Cristo. Deus
permitiu que isso fosse incluído em sua Palavra para que a messianidade de Jesus
Cristo pudesse ser provada. Centenas de anos antes de Jesus Cristo, os profetas
disseram que ele viria de um certo povo, de uma certa tribo, de uma certa
linhagem, de um certo indivíduo dentro dessa família. Isto foi parte da prova
magnífica de Deus de que Jesus Cristo foi Deus na carne como dizia ser.
Depois de Jesus ter sido crucificado, Tito, no
ano 70 A.D. destruiu todos os registros genealógicos de Jerusalém. Tudo o que
restou foram os que estão registrados na Palavra de Deus. Deus estava dizendo:
"O Messias já veio e sua genealogia já foi provada. Está terminado."
Os registros genealógicos eram um meio pelo qual
se provavam as qualificações dos sacerdotes. Sua linhagem podia ser traçada até
Arão. Ao instituir o sacerdócio judaico Deus escolheu somente uma das 12 tribos
de Israel, os levitas, para serem sacerdotes. Da tribo de Levi ele escolheu um
homem, Arão, como sumo sacerdote. Todos os sacerdotes verdadeiros descendiam de
Arão (veja Exôdo 28:1;31:10; Levítico 8:2;9;Números 3:1-4). Qualquer pessoa que
não fosse descendente de sangue de Arão, e afirmasse ser sacerdote, era
sacerdote falso, a despeito de quantas vozes pudesse ouvir ou visões que
pudesse ter reivindicado que Deus lhe havia dado a autoridade de sacerdote. A
descendência de Arão devia ser comprovada.
Ao permitir Deus que estes registros genealógicos
fossem destruídos, depois de tê-los preservado miraculosamente por séculos,
tornou impossível que qualquer pessoa traçasse sua descêndencia de Arão e assim
reivindicasse ser sacerdote aarônico! Qualquer homem que alega ser sacerdote
segundo Arão hoje é falso sacerdote.
Além disso, Deus admoesta que as pessoas
"não se ocupem com fábulas e genealogias sem fim, que antes promovem
discussões do que o serviço de Deus, na fé" (1 Timóteo 1:4). De novo sua
palavra diz: "Evita discussões insensatas, genealogias, e contendas, e
debates sobre a lei" (Tito 3:9). Nesta era da graça o sistema judaico foi
deixado de lado por Deus. Somente os que gostariam de ser mais hebreus que os
próprios hebreus, apegar-se-iam ao sistema há muito rejeitado por Deus. É por
isso que não temos lista de sacerdócio - aarônico, segundo a ordem de
Melquisedeque ou de qualquer outra espécie - na igreja estabelecida de Jesus
Cristo! Não há tal ofício hoje. A igreja do Novo Testamento não tinha
necessidade deles e qualquer igreja que tiver uma ordem oficial de sacerdotes
não é igreja neotestamentária. Pode ser tudo, menos igreja cristã.
Os Santos dos Últimos Dias dão muitas
importâncias ao sacerdócio aarônico e de Melquisedeque. No amor de Cristo, lhe
imploramos que reconsiderem. Não construam o que Deus destruiu. Não há, não
pode haver sacerdotes hoje. Não duvidamos da integridade e sinceridade de
muitos que afirmam ser sacerdotes e daqueles que crêem que sejam. Mas tentar
restaurar o que Deus já desfez e colocar os homems, pelo menos em parte, de
volta às obras em vez de deixá-los inteiramente sob o sangue de Cristo para
salvação completa e inteira é trágico, tanto agora como na eternidade, para
eles e para os que os seguem.
Nem Paulo nem Pedro afirmaram ser sacerdotes, a
não ser no sentido em que todo o cristão o é. Como sacerdotes, os que aceitamos
o Cristo bíblico, podemos chegar a Deus por nós mesmos mediante o sangue do
Senhor Jesus Cristo. Tornamo-nos sacerdotes ao obtermos sua salvação completa,
grátis e eterna.
Não muito tempo atrás um mórmon dedicado
assegurou-me que dependia somente de Jesus para sua salvação. Eu disse:
"Suponha que alguém que não pertence à igreja mórmon aceitasse Cristo e
dependesse somente dele para chegar ao céu mais alto. Essa pessoa
conseguiria?"
O mórmon, de repente ficou silencioso, evindência
muda de que consciente ou inconscientemente ele depende de Cristo e da igreja
mórmon. Segundo a Escritura o único meio de salvação é aceitar Jesus Cristo
como todo-suficiente, mais nada (ver Efésios 2:8,9).
Examine a parábola que Jesus contou acerca do
fariseu e do publicano em Lucas 18:9-14. O fariseu, inegavelmente, pertencia à
"única igreja verdadeira" no sentido de pertencer ao sistema de
adoração que Deus havia estabelecido no Antigo Testamento. Seu sistema ainda
retinha sacerdotes, homens como Caifás, e eram legítmos pois isto veio antes da
cruz. Portanto, o fariseu podia gabar-se de pertencer à única igreja verdadeira
establecida por Deus, e que ela possuía o único sacerdócio autorizado. Ele era
muito religioso, e aparentemente, pelos padrões humanos, muito bom. Ele orou:
"Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por
semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho" (Lucas 18:11,12). Ele era fiel
à igreja, cria em Deus, dava o dízimo de tudo quanto ganhava, era justo nos
negócios, e não tomava dinheiro à força ou por meios desonestos. Tratava o
próximo com justiça, pagava suas dívidas e era fiel à esposa.
O publicano, por outro lado, era uma confusão.
Era um judeu que os outros consideravam ter se vendido aos conquistadores
romanos. Ele cobrava impostos dos judeus para os romanos. Uma das maneiras
pelas quais estes publicanos desprezíveis conseguiam levar vantagem era cobrar
mais imposto do que os romanos exigiam e embolsar a diferença. Alguns, por meio
disto, tornavam-se ricos. O publicano não tinha boas obras algumas que o
recomendassem a Deus. É significativo que ele nada tenha dito a Deus acerca de
orações, dízimos, ou não ser adúltero. Ele era um pecador miserável, desonesto
e sem esperança. Amigos mórmons, qual destes dois homens vocês deixariam
entrar no céu?
O publicano orou, nem mesmo levantando os olhos
para os céus, batendo no peito na agonia da necessidade e convicção do pecado:
"Ó Deus, sê propício a mim pecador!"
Qual dos homems foi para casa
"justificado", livre do pecado, salvo? Disse Deus a respeito do
publicano: "Este desceu justificado para sua casa, [salvo, perdoado,
justificado com Deus], e não aquele."
Muitos amigos mórmons dizem-me com grande
veemência: "Você quer dizer que um homem que ia à igreja, tinha uma vida
correta, pagava as dívidas, etc., podia morrer e não ir para o céu, e que um
homem que mentia, roubava, trapaceava e levava uma vida má, podia dizer:
'Jesus, salva-me', e ser salvo nos últimos dias ou horas de sua vida?
Besteira!" Sim, é exatamente isto que quero dizer e a Bíblia o prova (veja
o encontro de Jesus com o ladrão na cruz em Lucas 23:39-43; também a parábola
dos trabalhadores da vinha, em Mateus 20:1-16). Os mórmons não podem
compreender como se pode aplicar a graça de Deus aos que não trabalharam pela
salvação, que não a ganharam.
Todos nós temos uma natureza pecaminosa. Quantidade
alguma de obras jamais poderá mudar essa natureza, somente Jesus pode. Em
qualquer ponto da vida que aceitar a Cristo como seu Salvador pessoal, é aí que
a pessoa se torna nova criatura em Cristo. Então as boas obras fluirão
dela, não para comprar a salvação, mas em amor e gratidão, prova de que foi
salva. O sangue do Senhor Jesus Cristo pode lavar qualquer pessoa quando vier,
honestamente, com todo o seu coração, a ele. Nada mais satisfará a Deus.
Meu bom amigo Marvin Cowan, por muitos anos
mórmon dedicado e conquistador de outros para o mormonismo, disse-me
pungentemente com que fervor cria na igreja mórmon e o quanto por ela trabalhou
antes de encontrar o Senhor Jesus Cristo e ser libertado desse sistema. Hoje
ele é missionário Batista aos mórmons a quem ama e por quem seu coração se
condói. Ele é um dentre muitos que já disserem alô a Jesus e adeus aos
sacerdotes. O desejo do coração dele, e do meu, é ganhar mórmons, qualquer
coração faminto que esteja lendo estas páginas, não deseja você dizer alô, de
uma vez e para sempre, a Jesus neste instante?
"Eis que estou à porta, e bato; se alguém
ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e
ele comigo" (Apocalipse 3:20).
______________
Notas
[1]
Talmage, Articles of Faith, pp. 204-211.
[2]
B.H. Roberts, A Comprehensive History of The Chruch of Jesus Christ of
Latter-day Saints (Salt Lake City: Deseret News Press, 1930), vol.1, p.40.
[3]
Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft Inc.,
1966), p.477.
[4]
Joseph Fielding Smith, Doctrines of Salvation, vol.2, p.149.
[5]
Wallace Turner, The Mormon Establishment (Boston: Houghton Mifflin Co.,
1966), pp.81,82.
A
Ilusâo Mórmon — Parte 6 (Capítulos 11 e 12)
CAPÍTULO ONZE
Algumas Doutrinas - Distintivas mas Dúbias
Algumas das doutrinas mais características da
igreja mórmon não são encontradas no Livro do Mórmon mas em alguns outros
escritos deles. Neste capítulo discutiremos a visão que os mórmons têm do
casamento múltiplo, do inferno, do batismo pelos mortos, dos três céus, da
preexistência e dos negros.
Poligamia
No princípio, Deus deu a Adão uma esposa. (Veja
Gênesis 2:18-25.) Aqui, de novo, não estamos lidando com especulações ou
teorias, mas com fato bíblico.
Deus instituiu o casamento: uma esposa para cada
homem. Depois de o pecado ter começado a escurecer o coração do homem, muitas
vezes ele tomou mais de uma esposa. A maioria das vezes, isto contribuiu para o
seu pesar e também para o pesar de Deus.
Sob a graça do Novo Testamento Deus
definitivamente limitou o homem a uma única esposa. Qualquer outra coisa seria
adultério. "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível,
esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para
ensinar" (1 Timóteo 3:2).
Deus não teve e também não tem um padrão para os
bispos (pastores) e outro para os crentes. Isto meramente significa que o bispo
devia ser um cristão provado e praticante, esposo de uma só mulher.
O Livro de Mórmon concorda com a Bíblia
quanto a este assunto: "Eis que Davi e Salomão, realmente, tiveram muitas
mulheres e concubinas, o que foi abominável diante de mim, diz o Senhor"
(Jacó 2:24). Jacó 3:5 também afirma que o mandamento do Senhor era que o homem
possuísse uma só mulher. Entretanto, o profeta José Smith mais tarde teve uma
revelação, registrada em Doutrina e Convênios 132:4. "Pois eis que
eu te revelo um novo e eterno [observe esta palavra!] convênio; e se não
o obedeceres, então serás condenado."
Smith então prosseguiu elaborando sobre a
doutrina de o homem ter permissão para possuir mais de uma mulher. De fato, se
o homem não guardasse essa aliança seria amaldiçoado. Smith prosseguiu dizendo
em Doutrina e Convênios 132:38,39 que Deus havia, de fato, dado a Davi e
a Salomão suas mulheres. Finalmente, José Smith conclui que o Senhor justificara
seus servos Davi e Salomão por terem muitas esposas!
Ora, José Smith recebeu esta revelação mui
conveniente no dia 12 de julho de 1843. Ele foi morto em 1844. Vários
escritores mórmons afirmam que Smith tinha cerca de 48 esposas. Até mesmo uma
posição mais caridosa dificilmente poderia evitar a implicação forte de que
José Smtih vivia em adultério muito antes de ter tido sua
"revelação".
É interessante notar que incluso na revelação de
José Smith existia uma admoestação para Emma Smith, sua esposa, no sentido de
receber as outras esposas. Observe também o tempo verbal. "Receba todas as
que foram dadas ao meu servo José..." (Doutrina e Convênios
132:52).
Esta doutrina era contrária à lei do país, e foi
responsável por grande parte da perseguição sofrida pelos mórmons.
Talvez em uma tentativa de apoiar a revelação de
José Smith, outros líderes mórmons foram até ao ponto de tentar tornar válida
esta doutrina. Ao falar do casamento em Caná, Orson Hyde afirma que Jesus
Cristo foi casado em Caná de Galiléia; Maria, Marta e outras eram suas
mulheres.[1] Isto é ridículo, para não dizer blasfemo. Obviamente o Criador
eterno, que Jesus é, não se casaria com a criatura. Em João 2:2 o relato nos
diz que Jesus "também foi convidado, com os seus discípulos, para o
casamento". Não é costume a pessoa receber convite para seu próprio
casamento. Em João 2:8-10 o noivo e não Jesus, recebe os
cumprimentos do mestre-sala pela qualidade do vinho. O mestre-sala não tinha
consciência do milagre que Jesus acabara de fazer. Orson Pratt, outro líder
mórmon, em Seer (Vidente), página 159 afirmou que Jesus tinha esposas.
Este ensinamento polígamo dos mórmons é mais uma
indicação de que os mórmons crêem em um Cristo totalmente diferente do que é
ensinado na Bíblia. É outro Cristo. Outro Jesus ou um Cristo falso, admoesta a
Bíblia, não pode jamais salvar, não importa quão sinceramente a pessoa o
aceite. O Cristo não-eterno dos mórmons que teve de "atingir" a
estatura de Deus, que era polígamo, e como também ensinam os mórmons, um ser
criado e irmão do diabo, não pode salvar a ninguém. O nome pode ser o mesmo, os
termos que os mórmons usam podem ser similares, mas a pessoa é inteiramente
outra.
Os mórmons apegaram-se tenazmente à doutrina da
poligamia como desposada por seu profeta José Smith até que a pressão da lei
tornou-se tão grande que tiveram de desistir da prática. O presidente Wilford
Woodruff obteve uma "revelação" conveniente de Deus a tempo de evitar
a pressão sempre crescente do governo e a perseguição contra a poligamia. No
dia 25 de setembro de 1890, proclamou um manifesto declarando as intenções dos
mórmons de obedecer às leis do país quanto ao ter uma única esposa. Os mórmons
deram sua palavra de honra que iam guardar essa lei, mas muitos dos líderes
mórmons mais tarde admitiram em público que haviam quebrado o voto e tomado
outras esposas.
Os mórmons estão num dilema. Brigham Young, o
profeta mórmon inspirado disse: "Os únicos homens que se tornam deuses,
até mesmo filhos de Deus, são os que aceitam a poligamia." (2) José Smith
havia dito que os que não aceitassem totalmente esta doutrina seriam
amaldiçoados. O Livro de Mórmon diz uma única esposa, qualquer outra
coisa seria abominação para Deus. O presidente Woodruff disse que Deus lhe
havia dito (decida você mesmo se, por revelação como ele afirmava, ou pela
pressão do governo) que a aliança eterna estava anulada! De volta à uma esposa!
Parece-nos que no que respeita ao casamento
múltiplo os mórmons estão perdidos se o praticam e se não o praticam.
Lembre-se, pro favor, Deus disse não ser autor de confusão.
É um tanto difícil compreender como, se a
revelação de José Smith era eterna, poderia ela ser anulada, ainda que
temporariamente. Isto não torna a palavra "eterna" quase vazia de
sentido?
Inferno
Jesus Cristo ensinou muito acerca do inferno. Das
24 vezes que o inferno "e mencionado no Novo Testamento, em 22 destas,
Jesus, o amante de nossas almas, é o porta-voz. Sua descrição do hades em Lucas
16 é bastante gráfica.
Jesus falou de um homem chamado Lázaro que morreu
e foi "levado para o seio de Abraão". Certo homem rico, neste relato
real, também morreu e foi para o inferno. Não faz nenhuma diferença, quer
concordemos ou não, que haja inferno, no que concerne à verdade deste relato.
Jesus não mente e ele disse haver um inferno eterno para os perdidos. A Bíblia,
clara e definitivamente ensina que há inferno, e descreve sua forma final em
Apocalipse 20:15: "E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida,
esse foi lançado para dentro do lago do fogo."
O Livro de Mórmon concorda, bem de perto,
com a Bíblia, acerca do inferno. "E a outros ele [o diabo] lisonjeia,
dizendo que não há inferno; e diz-lhes: Eu não sou diabo; ele não existe; e
isso ele lhes sussurra aos ouvidos, até os agarrar com suas terríveis correntes,
das quais não há libertação. Sim, são agarrados pela morte e inferno; e a
morte, o inferno, o diabo e todos os que foram seduzidos por ele, deverão
apresentar-se diante do trono de Deus e ser julgados pelas suas obras; daí
deverão ir para o lugar preparado para eles, um lago de fogo e enxofre, que é
tormento sem fim" (2 Nefi 28:22, 23).
A despeito destas declarações claras de Bíblia e
do Livro de Mórmon, John A. Widtsoe, escritor e autoridade mórmon
notável e também apóstolo, afirma: "Na igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, não há inferno..." (3)
Outras autoridades mórmons ensinam que o inferno
não é eterno; terá um fim -- uma espécie de purgatório limitado para o perdido
de uns mil anos ou mais. Em nossa tentativa de pesquisar o que os mórmons
ensinam sobre o inferno fomos desde os apóstolos, mestres e livros inspirados
que ensinam o inferno sem fim até outros que ensinam um inferno limitado, e
ainda outros que ensinam não existir inferno de jeito nenhum. Assim como
acontece com muitas outras crenças mórmons, os líderes mórmons, seus livros e
os membros de suas igrejas estão deseperançadamente divididos e parecem não
saber no que realmente crêem.
Se você pensa ser este um exagero injusto,
verifique os escritos de 10 ou mais apóstolos mórmons sobre o inferno, leia
acerca do inferno em três livros mórmons inspirados, depois pergunte a dez
mórmons dedicados o que crêem acerca do inferno.
Alguns líderes mórmons, numa tentativa de evadir
ao terrível horror do inferno, tentam eliminá-lo explicando que qualquer
castigo de Deus é eterno porque Deus é eterno. Portanto, um único momento de
castigo de Deus pareceria um eternidade. Da mesma forma, entretanto, não gostam
de considerar que a bênção de um minuto seria o mesmo dele uma benção eterna? .
Duraria o céu somente um minuto? Jesus disse: "E irão estes para o castigo
eterno, porém os justos para a vida eterna" (Mateus 25:46). Deu ele
indicação de que a vida eterna e o céu são temporários e passageiros? Se as
bênçãos eternas de Deus são para sempre, também o são seus castigos eternos.
A mesma palavra grega aionios, usada para
descrever a continuação eterna do inferno é também usada para descrever a
eterna continuação de Deus e da continuação eterna do céu! De modo que se Deus
é eterno ou para sempre, e se o céu é eterno, então o inferno também o é.
E quando a Bíblia se refere à "segunda
morte" (Apocalipse 2:11; 20:14), ao falar dos que vão para o inferno, não
significa que cessem de existir. Apocalipse 14:11 e numerosos outros versículos
dizem-nos acerca da angústia e tormento eternos dos que estão no inferno.
Quando Deus diz que todos os homens estão "mortos nos seus delitos e
pecados" (Efésios 2:1) antes de, pessoalmente, virem a Cristo ele não quer
dizer que cessem de existir. Embora sintam, pensem, comam e respirem, etc.,
Deus diz estarem mortos. "Mortos", nestes exemplos, como
"perecer" e "destruir", refere-se não à perda do ser, mas à
perda do bem-estar; não significa extinção, mas ruína.
Lemos no Livro de Mórmon: "Porque, se
protelardes o dia do vosso arrependimento para o dia da vossa morte, eis que
vos tereis submetido ao espírito do diabo, que vos selará como coisa sua;
portanto, o Espírito do Senhor se apartou de vós e não tem lugar em vós, ao
passo que a diabo terá sobre vós toda a força; é este o estado final dos
ímpios" (Alma 34:35).
Tanto a Bíblia como o Livro de Mórmon
ensinam um inferno eterno. Quando os escritores e apóstolos mórmons negam a
existência do inferno eterno, entram em completa contradição com a Bíblia e com
o Livro de Mórmon.
Batismo
Se o estado final dos ímpios é selado com o diabo
no inferno, como ensina o Livro de Mórmon, parece fútil que os mórmons
sejam batizados como substitutos daqueles que já morreram.
Os mórmons crêem que o batismo é essencial para a
salvação. Os que nunca ouviram o evangelho ou nunca foram batizados, ou viveram
e morreram antes de o evangelho ser restaurado, não podem salvar-se a menos que
alguém seja batizado por eles. Essa doutrina não foi ensinada no Livro de
Mórmon mas é resultado de revelações posteriores de José Smith. Relatos
dela são encontrados em Doutrina e Convênios, seções 124 e 128.
Em toda Bíblia, que cobre muitos séculos, não há
um único mandamento pelo qual devamos ser batizados pelos mortos por
procuração. Em Doutrina e Convênios 128:16, José Smith refere-se a 1
Coríntios 15:29 como apoio à sua doutrina do batismo pelos mortos: "Doutra
maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se absolutamente os
mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles?" Eis aqui um
exemplo de como os mórmons usam um versículo fora de seu contexto.
O assunto da passagem de 1 Coríntios é a ressureição,
não o batismo. O capítulo 15 de 1 Coríntios dá-nos uma linda figura da
ressurreição de Cristo e de nossa própria ressurreição se formos cristãos. (A
ressurreição dos ímpios é tratada em outros lugares, como Apocalipse 20.) Paulo
está respondendo a muitas questões acerca da ressurreição. Diz ele que até os
pagãos que se batizam por seus mortos fazem isto por crerem haver uma
ressurreição dos mortos. "Doutra maneira, que farão os que se
batizam por causa dos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por
que se batizam por causa deles?" (Os itálicos são do autor.) Esses
comentários não o identificam ou a qualquer outro cristão com os que se batizam
por causa dos mortos. Ele simplesmente reconhece o fato de que até os pagãos
crêem na ressurreição dos mortos; quanto mais deveriam os cristãos.
Conhecemos dois grupos pagãos da época de Paulo
que batizavam por causa dos mortos, os ceríntios (não coríntios!) e os
marcionitas. Nem os cristãos daquele tempo nem os de agora batizam por causa
dos mortos. Esta única referência ao batismo por causa dos mortos são
beneficiados ou salvos por esse batismo. Paulo usou isto como ilustração.
A Bíblia ensina, sem sombra de erro, que não há
oportunidade alguma de os homens serem salvos depois da morte. Na morte o
destino dos perdidos é selado imediatamente e para sempre, de uma vez por
todas. É por isso que os missionários da cruz saem com tanta urgência em
obediência ao mandamento de Cristo. É por isso que se sacrificam e morrem, para
que os outros possam ouvir o evangelho. De que adiantaria isso, se depois que
os perdidos morressem, o próprio Cristo lhes fosse pregar o evangelho?
Como missionário no Alasca, enfrentei ameaças de
morte; vi minha linda filhinha doente com febre reumática enquanto vivíamos
numa cabana terriágua corrente. Sofri a agonia de meus filhos e vi minha
adorável esposa lutando por sua saúde à medida que tentávamos levar o evangelho
aos perdidos. Entretanto o que sofremos, quando comparado com o que outros
santos missionários suportam a vida inteira, não por algumas semanas ou alguns
rápidos anos, por Jesus Cristo e por seu evangelho precioso, foi algo de pouca
importância. Esses missionários estão dispostos a enterrar suas vidas, ambições
e deixar suas famílias para arriscar a dureza e morte; tudo isso porque sabem
que os homens estão perdidos sem Cristo! Essas pessoas perdidas não têm
esperança se não puderem ser alcançadas enquanto estiverem vivas!
Não há oportunidade depois da morte. "Eis
agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação" (veja 2
Coríntios 6:2). "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só
vez e, depois disto, o juízo" (Hebreus 9:27). Não há salvação para os que
estão sem Cristo: "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna; o que,
todavía, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus" (João 3:36).
Todos os homens serão ressuscitados: os salvos
para a vida, a vida eterna (veja João 6:40) e os não-salvos para a condenação
(veja João 5:29; Apocalipse 20:3-6). Apocalipse 20:15 acrescenta a palavra
final acerca dos não-salvos: "E, se alguém não foi achado inscrito no
livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo."
Céu
Em Doutrina e Convênios 76, José Smith
ensina que há três céus ou três graus de glória. O primeiro céu é a glória teleste
para onde até mesmo os incrédulos vão. O segundo céu, ou o céu terreste
é para as pessoas boas e religiosas que não são mórmons, e também para os
mórmons que não preencheram os requisitos de sua igreja para a glória celeste.
O terceiro céu é a glória celeste que é somente para os mórmons!
Biblicamente, os mórmons tenteam basear esta
doutrina em 1 Coríntios 15:35-54. Parte desta passagem diz: "Nem toda a
carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra a dos animais, outra a
das aves e outra a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestes;
e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, outra a glória dos terrestres.
Uma é a glória sol, outra a glória da lua, e outra a das estrelas; porque até
entre estrela e estrela há diferenças de esplendor" (1 Coríntios
15:39-41).
Nesta passagem gloriosa sobre a ressurreição, o
assunto definitivamente é corpos, não céu ou céus de per se. Nos
versículos 35-38, Paulo usa o grão como ilustração da diferença de nossos
corpos depois da ressureição. Então ilustra seu ponto fazendo referência à
carne diferente dos homens, dos animais, dos peixes e das aves (v.39). Depois ele
se refere à diferença dos corpos humanos e possivelmente dos corpos angelicais
ou celestiais (v.40). Finalmente, refer-se ele à diferente glória do sol, da
lua e das estrelas em seus tipos de glória individuais que se podem identificar
pessoalmente (v.41).
Então no versículo 43 Paulo diz que nossos corpos
terrestres, que morrem e se decompõem, são diferentes de nossos corpos
ressurretos. Nossos corpos de ressurreição são glorificados; ainda assim retêm
sua identidade humana e pessoal. Aqui Paulo simplesmente dá ênfase ao fato que
há uma grande diferença entre a glória dos corpos celestes e dos corpos
terrestres. "Uma é a glória do sol, outra a glória da lua, e outra das
estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor" (v.41).
O assunto ainda é corpos ressurretos, e não três diferentes céus.
Agora Paulo volta ao ponto de sua ilustração no
versículo 42: "Pois assim também é a ressurreição, dos mortos. Semeia-se o
corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita
em glória." A diferença principal de glória da qual fala Paulo é a
diferença entre o corpo que agora possuímos, nosso corpo natural, e, se somos
cristãos, o corpo glorioso, ressurreto e espiritual que teremos.
Repito, o assunto desta passagem é corpos,
não céus. Esta passagem não ensina três céus como José Smith e os mórmons
afirmam. O contexto não dá apoio algum a tal alegação. Deveras, o mesmo
contexto fala acerca de diferenças de glória entre estrela e estrela. Para
serem consistentes, então, os mórmons deviam ensinar a existência de milhões de
céus e graus de glória diferentes, porque há milhões de estrelas que diferem
umas das outras em glória.
Marvin Cowan, missionário aos mórmons diz:
"Paulo menciona quatro tipos de carne. Este versículo ensina que há
quatro céus? Esse raciocínio é tão válido quanto o que os Santos dos Últimos
Días fazem com os próximos dois versículos."[4]
O ladrão na cruz clamou a Jesus e foi salvo
instantaneamente e teve a segurança de que nesse mesmo dia estaria com Cristo
no paraíso. Paulo, o missionário mais poderoso que este mundo já conheceu, um
tremendo apóstolo, e um dos santos mediante os quais Deus deu sua Palavra,foi
levado ao terceiro céu. (Segundo os mórmons, esse é o céu mais alto que
existe.) Adivinhe quem já estava lá? É isso mesmo, o ladrão que não fora
batizado, não tivera boas obras, trabalho no templo ou qualquer tipo de
religião que o recomendasse! Ele fora salvo pelo sangue do Senhor Jesus Cristo.
Ele foi salvo instantâneamente e para sempre porque, crendo, clamou a Jesus
Cristo e seus pecados foram lavados e sua natureza mudada por Jesus. A prova? O
terceiro céu é também chamado paraíso! Leia-o você mesmo! "Conheço
um homem em Cristo que, há catorze anos foi arrebatado até ao terceiro céu, se
no corpo ou fora do corpo. não sei, Deus o sabe. E sei que o tal homem, se no
corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe, foi arrebatado ao paraíso
e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2
Coríntios 12:2-4; itálicos do autor).
Isto contradiz clara e totalmente o que os
mórmons ensinam acerca do céu e de como lá chegar. Paulo continua a revelar
nesta passagem que foi ele mesmo quem for arrebatado ao paraíso, ao terceiro
céu, para onde Jesus levou o ladrão salvo.
Na verdade, há somente um céu de Deus.
Tanto a Escritura como o uso hebraico, referem-se a três céus: o primeiro céu é
o das nuvens, o segundo é o do sol, da lua e das estrelas e o terceiro é o único
céu de Deus.
O céu das nuvens e da atmosfera. "O
Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu
tempo" (Deuteronômio 28:12). "Que cobre de nuvens os céus, prepara a
chuva para a terra" (Salmo 147:8).
O céu do sol, da lua e das estrelas.
Gênesis 1:17 fala do sol e da lua: "E os colocou no firmamento dos céus
para alumiarem a terra."
O céu de Deus. "Assim diz o Senhor: O
céu é o meu trono"(Isaías 66:1).
Não existe nenhuma indicação em toda a Bíblia de
haver mais de um céu de Deus. Pelo contrário, considere isto: "E quando eu
for, e vos preparar lugar [somente um, não três], voltarei e vos receberei para
mim mesmo, para que onde eu estou estejáis vós também" (João 14:3). Jesus
fala aqui a todos os cristãos e assegura-lhes que voltará para todos e
que todos estarão com ele (e certamente que Jesus estará no
"céu mais alto", o único céu de Deus) em um lugar para sempre!
"E ele enviará os anjos e reunirá os
seus escolhidos dos quatro ventos, da extremidade da terra até à extremidade do
céu" (Marcos 13:27).
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua
palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus,
descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os
vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens
para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o
Senhor" (1 Tessalonicenses 4:16,17).
Há um único céu, e um único inferno, e
vamos para um ou para o outro, dependendo de nossa atitude para com Jesus
Cristo.
Preexistência
Embora esta, do ponto de vista dos mórmons, seja
um doutrina complicada, desejamos mencionar somente alguns fatos simples.
Basicamente, os mórmons ensinam que os homens
eram inteligências que existiam eternamente, então entraram os homens no mundo
dos espíritos pré- -mortais, pelo nascimento, quando Deus teve relações sexuais
com uma de suas esposas.[5] Estranho como pareça, este Deus que os mórmons
acreditam ter corpo de carne e ossos, teve filhos que são somente espíritos.
Versículos tais como Jeremias 1:5 são tomados,
pelos mórmons, para apoiar a doutrina de que existíamos como espírito antes de
nascermos como seres humanos: "Antes que eu te formasse no ventre materno,
eu te conheci, e antes que saísses da madre, te consagrei e te constituí
profeta às nações."
Como é de esperar, uma superestrutura tremenda
foi construída sobre este fundamento excessivamente fraco e ambíguo.
Uma senhora mórmon esposa de um líder mórmon
local, um tanto perturbada por causa de alguns fatos que eu lhe estivera
apresentando, telefonou algumas noites atrás e se referiu a esse texto.
"Não prova isto que existíamos antes de termos nascido, se Deus nos
conhecia antes de termos sido formados no ventre?" --perguntou ela.
Absolutamente não! Da mesma forma que Mateus 7:23
"Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de
mim, os que praticais a iniqüidade" não prova que existam pessoas das
quais Deus não tenha conhecimento.
Há duas possibilidades. Não sabemos o momento
exato em que a vida entra no feto. Esta passagem de Jeremias pode referir-se
tempo antes de o feto ser completamente desenvolvido no ventre materno, mas
ainda assim tem vida. A segunda possibilidade, e do meu ponto de vista, a mais
plausível: esta passagem simplesmente fala do conhecimento eterno de Deus.
Certamente, os mórmons não crêem que Jeremias, na realidade, tivesse sido
ordenado como profeta no mundo dos espíritos antes de ter um corpo! Mas se
afirmamos que Deus literalmente conhecia Jeremias antes de ele ter nascido,
para sermos consistentes devemos também literalmente aceitar o que Deus disse
acerca de o ter ordenado como profeta antes de ele ter recebido um corpo,
enquanto ainda estava no mundo para os mórmons é que este versículo não somente
diz que Deus conhecia Jeremias e o havia ordenado como profeta antes de ter
sido formado no ventre materno, mas também o santificara. Para os mórmons, toda
esta vida é um período de provação, mas esta interpretação indicaria que
Jeremias teria sido perfeito antes de nascer!
Agora examine atentamente Atos 15:18: " O
Senhor que faz estas cousas conhecidas desde séculos" Isto se refere ao
conhecimento que Deus tem de todas as coisas. Certamente não significa que suas
obras existissem antes de ele as ter formado! Se Deus conhecia suas obras desde
o princípio do mundo, isso certamente inclui a Terra. Não significa que a Terra
existisse antes de ele a ter formado! Jeremias é uma das obras de Deus.
Certamente não significa que Jeremias existisse antes de ter nascido. As obras
de Deus incluíram a criação de Adão. Enfaticamente, não significa que Adão
existisse antes de ter sido criado assim como também não significa que a Terra
existisse antes de ter sido formada. Romanos 8:28-30 esclarece o maravilhoso
pré-conhecimento de Deus, sem o qual ele não seria Deus, e toda nossa segurança
para a eternidade seria desfeita.
Deus disse em Gênesis 2:7: "Então formou o
Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida,
e o homem passou a ser alma vivente." Foi aí qua a vida do homem começou.
Ele não tinha vida antes, em lugar algum e em tempo algum, Verifique que Deus
não colocou em Adão um dos seus filhos espíritos preexistentes que só existem
na literatura mórmon. O homem obteve a vida pela primeira vez diretamente de
Deus.
Os Negros
A posição mutável dos mórmons acerca dos negros
na igreja é ainda outra contradição que grandemente enfraquece a validade da
"única igreja verdadeira".
Em junho de 1978, o presidente Spencer Kimball
anunciou que por divina revelação a igreja mórmon está livre para aceitar os
pretos em seu sacerdócio. Entretanto por muitos anos não fora esta a posição da
igreja. Segundo a doutrina mórmon, por causa de algum pecado preexistente, os
negros foram amaldiçoados com a pele preta. Esta maldição foi perpetuada
mediante Ham. Por causa disso o negro para sempre (segundo alguns livros
e algumas autoridades mórmons) não poderia receber o sacerdócio, nem o céu mais
alto, etc.
O escritor mórmon Arthur M. Richardson, declara:
"A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não foi chamada a
levar o evangelho aos pretos, e não o faz."[6] O ponto de vista de
Richardson claramente contradiz Marcos 16:15: "Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura"; (pretos, vermelhos, brancos ou
qualquer outra cor). Também contradiz o Livro de Mórmon 2 Nefi 26:28:
"Eis que ordenou o Senhor a alguém que não participasse de sua bondade?
Eis que vos digo, que não, mas todos os homens têm o mesmo privilégio e
a nenhum foi verdade" (itálicos do autor).
____________
Notas
[1]
Orson Hyde, Journal of Discourses, vol.2, p.210.
[2]
Brigham Young, Journal of Discourses, vol.11, p.269. (Veja também
vol.3, p.266.)
[3]
John A. Widtsoe, Evidences and Reconciliation (Salt Lake city:
Bookcraft, 1960), p.216.
[4]
Marvin E. Cowan, Mormon Claims Answered, p.101.
[5]
Milton R. Hunter, Gospel Through the Ages (Salt Lake Ctiy: Deseret
Books, 1945), pp.98, 126-129.
[6]
Arthur M. Richardson, That Ye May Not Be Deceived, p.13. Citado por
Tanner, Mormonism, Shadow or Reality, p.274.
CAPÍTULO DOZE
A Única Igreja Verdadeira
Há algo muito curioso acerca das reivindicações
do mormonismo. Ás vezes dão idéia de serem um corpo legítimo de cristãos, cujas
doutrinas, com exceção de alguns particulares, não diferem muito da afirmação
de fé cristã em geral. Mas ao mesmo tempo são a favor de uma igreja cujos
livros inspirados proclamam que todas as igrejas são erradas, todos os seus
credos uma abominação, e todos os seus adeptos são corruptos!
No que concerne ao credo mórmon, as "Regras
de Fé" que podem ser encontradas em Pérola de Grande Valor, é um
tanto confuso de examinar por que todos os outros credos são
abominação para Deus, mas quando os dogmas desses credos são transferidos
verbatim ao "credo" mórmon, de repente passam a tornar-se santos e
aceitáveis a Deus!
Se todos os nossos credos são abominação, como
José Smith proclamou mediante revelação: "Todos os seus credos eram uma
abominação à sua vista" (José Smith 2:19, Pérola de Grande Valor),
dificilmente esperaríamos que as "Regras de Fé" dos mórmons
adaptassem as crenças fundamentais nele contidas como suas próprias.
Mais confuso ainda é o ensino inspirado de José
Smith no Livro de Mórmon e por apóstolos mórmons, divinamente guiados
que declaram: "Todos os que não são Santos dos Últimos Dias, serão
amaldiçoados."[1] De novo, lemos: "Tanto os católicos como os
protestantes não são nada mais que a 'prostituta da Babilônia' a quem o Senhor
denuncia pela boca de João, o Revelador, como tendo corrompido toda a terra
mediante suas fornicações e maldades. Qualquer pessoa que for ímpia o
suficiente para receber a ordenança sagrada do evangelho dos ministros de
quaisquer destas igrejas apóstatas será enviada diretamente para o inferno com
eles, a menos que se arrependa desse ato ímpio e mau."[2] (E outros livros
mórmons dizem-nos que estaremos em um dos dois céus mais baixos ou graus de glória.)
Em muitos livros, os mórmons afirman serem eles a
única igreja verdadeira mas citaremos Doutrina e Convênios 1:30. Aqui
chama-se a igreja mórmon: "A única igreja verdadeira e viva sobre a face
de toda a terra."
O que a igreja mórmon realmente ensina é: "Não
há salvação fora da...igreja [de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias].[3]
No Livro de Mórmon, 1 Nefi 13:26, José
Smith escreveu: "Uma grande e abominável igreja.. despojaram o evangelho
do Cordeiro de muitas partes que são claras e sumamente preciosas, como também
de muitos dos convênios do Senhor." Esta é uma referência às igrejas que
supostamente se apostataram. Ora, o Livro de Mórmon data este escrito de
cerca do 600 a.C., 600 anos antes de Cristo vir, antes de haver qualquer
evangelho do Cordeiro, e certamente antes de haver quaisquer igrejas cristãs a
que Smith se refere.
Entretanto esta é uma das razões que José Smith
dá para mostrar a necessidade do Livro do Mórmon e da única igreja
verdadeira. Todas as outras igrejas tornaram-se falsas, e todos os
cristãos eram corruptos e o verdadeiro evangelho desapareceu da terra. O
evangelho devia ser "restaurado" e devia aparecer uma nova revelação.
Jesus disse explicitamente em Mateus 24:35:
"Passará o céu e a terra, porém as minhas palavra não passarão."
E outra vez Jesus declarou em Mateus 28:20 que
estaria com sua igreja e seu povo "todos os dias até a consumação
do século". Todos os dias. Continuamente. Com quem estaria
Jesus se não houvesse igrejas nem cristãos na terra logo depois da morte dele?
E Jesus além disso afirmou em Mateus 16:18: "Edificarei a minha igreja, e
as portas do inferno não prevalecerão contra ela."
Se o mormonismo for verdadeiro, o que Jesus disse
não é verdadeiro. Pois dizem os mórmons que as portas do inferno prevaleceram
contra a igreja dele, e a apostasia total eliminou sua verdadeira igreja, seu
povo verdadeiro, e sua palavra verdadeira da terra por mais de mil anos, para
serem "restaurados" pelo profeta Smith!
Essa doutrina mórmon não é somente infiel à
Bíblia mas também totalmente infiel à historia da igreja. Milhares, deveras,
até mesmo milhões espalhados ao redor do mundo viviam por Jesus Cristo até
mesmo durante a Idade das Trevas (a Idade Média). A igreja católica formal
realmente se afastou de Deus, mas Lutero e muitos outros foram salvos embora
estivessem em seu seio corrupto. O Livro de Mártires de Foxe conta da
morte de centenas de milhares por amor a Jesus Cristo, de como foram queimados
na fogueira, de como sofreram torturas indizíveis, de como foram devorados
pelas feras selvagens, e por todas essas provações proclamaram seu amor
imorredouro por Jesus Cristo.
Muitos outros livros da história da igreja
registram que durante estas centenas de anos que José Smith nos quer fazer
acreditar não ter havido crentes verdadeiros nem igreja verdadeira sobre a
terra, os cristãos morreram em sua salvação e louvando a seu maravilhoso
Salvador.
Um exemplo marcante, dentre milhares que podem
ser dados, foi o dos mártires da Legião de Tebas. Um grupo de soldados romanos
de cerca de 6.666 homens que haviam aceitado a Cristo, a Legião de Tebas, no
ano 286 A.D. recusaram-se a negar a Cristo e oferecer sacrifícios pagãos. Foram
cortados em pedaços à espada.
Existiram vários grupos cristãos através dos
séculos, muito antes da Reforma Protestante, que jamais fizeram parte da igreja
"mãe". Trial of Blood (Trilha de sangue) e muitos outros
livros de história têm preservado o nome dessas igrejas: Paulicanos, Irmãos da
Sorte Comum, Montanistas, Paterins, Novacionistas, Arnoldistas, Cataristas, Albigenses,
Waldenses, Henricanos, Anabatistas, Batistas, e os nomes bem conhecidos das
igrejas oriundas da Reforma Protestante tais como a Luterana, a Presbiteriana,
Congregacional, a Metodista, etc.
Em 1536, depois de muitos anos de serviço fiel ao
Senhor Jesus Cristo e depois de traduzir a Bíblia para a língua do povo,
William Tyndale foi queimado na fogueira, perto de Antuérpia, na Inglaterra,
orando até ao último alento por aqueles que o torturavam. Por volta de 1441,
João Huss, cristão precioso e fiel foi queimado na fogueira por seu amor e
fidelidade a Jesus Cristo, e cantou louvores até que o crepitar das chamas lhe
abafou a voz. Por favor, lembre-se que este acontecimemto e milhares como ele
se passaram durante séculos em que José Smith diz ter a igreja verdadeira de
Deus e o evangelho verdadeiro, e seu povo verdadeiro desaparecido da terra
(mais tarde devia ser restaurada, em 1830, pelo profeta Smith!). Milhões
morreram por sua fé e fidelidade a Jesus Cristo durante este período de mais de
mil anos em que José Smith afirma qu todos os cristãos verdadeiros, a igreja
verdadeira e o evangelho verdadeiro desapareceram da terra.
Segundo o ensino de José Smith e o ensinamento
dos mórmons, ninguém, durante este período, e ninguém, hoje, pertence a única
igreja verdadeira, a não ser um grupo relativamente pequeno de pessoas chamadas
mórmons. Os mórmons devem ou acreditar nesse ensino, que é contrário à Bíblia e
à história da igreja, ou negar o profeta José Smith.
Alguns pais mórmons muito sacrificam para enviar
seus filhos para os campos missionários. Também o fazem esses jovens finos mas
desencaminhados que dão dois anos de suas vidas à causa mórmon. Segundo o Manual
Missionários Mórmon de agosto de 1961, os missionários mórmons devem levar
os convertidos em potencial a dizer acerca de suas próprias igrejas e de todas
as outras igrejas o seguinte: "Elas são falsas." No novo Manual
Missionário Mórmon modificado e um pouco mais sutil e sofisticado, esta
terminologia foi mudada. Mudança alguma, entretanto, foi feita no Pérola de
Grande Valor ou na doutrina mórmon, de que todas as outras igrejas são
falsas.
Apóstolos na Igreja Mórmon
Uma das razões que os mórmons apresentam para
mostrar que sua igreja é a única igreja verdadeira é que eles têm
"apostolos" em sua igreja. Esses apóstolos são chamados de os Doze, e
crê-se que ocupam o ofício restaurado dos apóstolos originais. Um apóstolo
ordenado é "aquele que foi ordenado ao ofício do apóstolo no sacerdócio de
Melquisedeque... esse direito de ser apóstolo leva em si a responsabilidade de
proclamar o evangelho em todo o mundo e também de ministrar os assuntos da
igreja... Os Doze originais dos últimos dias foram selecionados mediante
revelação às três testemunhas do Livro de Mórmon."[4]
Esta reivindicação encontra vários problemas. Em
primeiro lugar, se usarmos "apóstolos" no sentido escrito de um
ofício ou como um dom dado a certos homens escolhidos de Deus, a igreja dos
Santos dos Últimos Dias tem apóstolos demais. Apocalipse 21:14 diz que a
muralha da cidade celestial de Deus "tinha doze fundamentos, estavam sobre
estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro". Os Doze foram
escolhidos pessoalmente por Cristo. Estavam entre os que testemunharam do Jesus
Cristo vivo e seu ministério, morte e ressurreição. Como sinal de serem
apóstolos, realizaram milagres. (Veja Mateus 10:7, 8; Atos 3:6-8; 5:12-16;
9:37-40; 2 Coríntios 12:12.)
A igreja dos Santos dos Últimos Dias, até agora,
nomeou oitenta apóstolos. Hoje eles têm doze apóstolos mais três homens na
primeira presidência que também são apóstolos. É verdade que outros foram
chamados de apóstolos na Bíblia, mas somente doze formam o fundamento histórico
da igreja (Apocalipse 21:14); Cristo é hoje e para sempre o fundamento
teológico da igreja (1 Coríntios 3:11).
Em segundo lugar, se usarmos "apóstolo"
no sentido mais amplo, a palavra significa "enviado". Isto se aplica
a todo o cristão que é verdadeiramente filho de Deus. Todos nós somos enviados,
enviados a falar de Cristo. Este uso mais amplo de apóstolo foi conferido a
Barnabé, Andrônico, Epafrodito, Júnia, etc.
Paulo diz ter sido "chamado para ser
apóstolo, separado para o evangelho de Deus" (Romanos 1:1). Ele não
acompanhou Jesus mas foi especialmente escolhido por Deus. (Ver Atos 22:12-15
para um relato do chamado de Paulo; veja também 1 Coríntios 9:1.) Outros
apóstolos fundaram muitas das igrejas primitivas.
Se o título de "apóstolo" devesse ser
um ofício perpétuo na igreja, Deus certamente teria nos deixado uma lista
definida de qualificações, orientações quanto aos seus deveres, autoridade,
propósito e responsabilidades. Ele nos deu tais orientações e qualificações
para os ofícios de bispo (1 Timóteo 3:1-7), diácono (1 Timóteo 3:8-13), e
presbítero (1 Timóteo 5:1-21), mas nada é dado para o apóstolo.
Ainda há outro problema com reivindicação dos
mórmons de que sua igreja seja a única verdadeira por ser fundada sobre os
apóstolos. A igreja mórmon começou em 1830, e o "fundamento", os Doze
Apóstolos, não foi escolhido até 14 de fevereiro de 1835. Qual era o status da
organização mórmon durante os anos antes dos Doze Apóstolos?
O Novo Testamento fala de "apóstolos
falsos", "Conheço as tuas obra, assom o teu labor como a tua
perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que a si mesmos se
declaram apóstolos e não são e os achaste mentirosos" (Apocalipse 2:2).
Profetas na Igreja Mórmon
Em capítulo anterior discutimos o papel dos
profetas como previsores do futuro, sob a direção de Deus. Examinamos a prova
do profeta como a Bíblia a apresenta. Citamos muitos casos nos quais José Smith
não preenchia ou não passava na prova do profeta, o que também acontece com
todos os seus sucessores. o que prova, além de qualquer dúvida que eram falsos
profetas.
Os profetas de Deus, embora indubitavelmente
estudiosos das Escrituras, não recebiam a mensagem pelo estudo, mas por
revelação direta de Deus. Os profetas verdadeiros, os que predisseram
acontecimentos futuros sob a liderença de Deus com 100% de exatidão o tempo
todo, e os que receberam revelações diretas referentes ao futuro, já passaram.
Agora que temos a Palavra de Deus completa, a
predição de acontecimento futuros é desnecessária. A Palavra escrita de Deus é
suficiente. Desde que os profetas do Novo Testamento saíram de cena, profeta
algum, neste sentido, passou no teste do profeta. Todos são profetas falsos.
Infelizmente, isto muitas vezes não impediu que
tivessem seguidores os quais falharam em dar atenção ao teste de Deus para o
verdadeiro profeta ou não o quiseram aplicar. De modo que inúmeros cultos têm
sido fundados por assim chamdos profetas de Deus que iludem homens e mulheres e
os levam para uma eternidade de perdição.
Hebreus 1:1, 2 resume este assunto com exatidão:
"Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos
pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem
constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo."
Outro significado bíblico do título de
"profeta" tem que ver com "levar avante" a Palavra de Deus.
Muitos homens e mulhers de muitas igrejas diferentes ainda fazem isto quando
pregam e ensinam a Palavra de Deus.
A Única Igreja Verdadeira
A Bíblia menciona somente "uma igreja
verdadeira" e todo crente verdadeiro - quer seja batista, metodista,
luterano, presbiteriano, ou qualquer que seja sua denominação - pertence a essa
igreja no momento em que recebe a Cristo. Há os que são membros da única igreja
verdadeira e que jamais pertenceram a nenhuma denominação; o ladrão na cruz,
por exemplo! Ele, agora também pertence à igreja verdadeira!
Primeira Coríntios 12:13 diz que todos os
cristãos são batizados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. (Isto não se
refere ao batismo com água. O Espírito não nos batiza com água.) Efésios
5:29-32 e outras passagens nos dizem que o corpo de Cristo, neste sentido, é
sua Igreja, e que sua igreja é seu corpo! 1Coríntios 12:13: "Pois, em um
só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só
Espírito."
De modo que todo cristão pertença à única igreja
verdadeira, colocado lá pelo Espírito Santo no momento em que é salvo! Devemos
acrescentar que essa unidade dos cristãos verdadeiros não se estende a grupos
que duvidam de certas porções da Palavra de Deus, que substituem o ritual pela
realidade, e mudança social pelo novo nascimento. Estes têm certa forma de
santidade, mas negam o poder dela (veja 2 Timóteo 3:5), são cristãos nominais
ou cristãos somente de nome.
Pertencer a uma boa igreja local é de importância
vital. Hebreus 10:25 nos previne para que "não deixemos de
congregar-nos". Há centenas de igrejas e denominações, e algumas que não
têm denominação, que ensinam basicamente a mesma coisa acerca de Jesus Cristo e
sua salvação maravilhosa, e também doutrinas mais importantes e fundamentais de
Bíblia. É por isso que centenas de igrejas e denominações diferentes podem se
unir alegremente para uma campanha evangelística de âmbito urbano, ou alcançar
certa área para Cristo. Na realidade, temos menos diferenças, em geral, entre
os cristãos verdadeiros de diferentes denominações do que os mórmons têm entre
si. Temos a unidade espiritual em Cristo bem maior do que qualquer unidade
artificial de natureza física.
É verdade que temos algumas diferenças que nos
são importantes individualmente. Temos maneiras diferentes de administrar
nossas igrejas onde a Bíblia não é muito clara e específica quanto ao modo de
se fazê-lo; diferenças de método, ação e doutrinas de natureza um pouco menos
fundamentais. Os cristãos sérios procuram uma igreja que apresenta a Cristo da
maneira mais clara para eles e que torna sua salvação mais fácil de entender,
que busca os perdidos, que dá ênfase à purificação do pecado somente pelo
sangue de Jesus Cristo; uma igreja que se firma basicamente na na Palavra de
Deus.
Resumindo
Como é que os mórmons se desviaram tanto da
verdade da Palavra de Deus, que o profeta "inspirado" Brigham Young
pudesse dizer: "Homem ou mulher alguma entrará, nesta dispensação, no
celeste Reino de Deus sem o consentimento de José Smith!" (5) Isto é um
desafio direto à Palavra de Deus e ao Senhor Jesus Cristo, "Porquanto há
um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem"
(1 Timóteo 2:5). "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu
não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que
sejamos salvos" (Atos 4:12). Este nome é Jesus.
José Smith foi quem desviou os mórmons, e ainda o
faz porque se recusam a examinar ou aceitar a evidência clara de Deus em
Deuteronômio 18:20-22, e outras passagens, de que ele foi um profeta falso.
Seria bom que os mórmons, toda vez que aparecesse
um comentário desfavorável a José Smith, não o escondessem debaiso do tapete,
nem proclamassem ser ele obra de antimórmons, mas o examinassem sistemática e
cuidadosamente, procurando a verdade. A verdade real pode suportar investigação
e exame. Não é necessário ir às fontes antimórmons para conhecer o verdadeiro
José Smith. As fontes históricas mórmons revelam um José Smith inteiramente
diferente do que a maioria dos mórmons tem conhecido. Os mórmons deviam
insistir na publicação de tais coisas, que muitas vezes ficam guardads em
arquivos sagrados, ocultas até mesmo ao público mórmon, e que deviam ser
accessíveis pelo menos aos mórmons.
Às vezes esses materiais já foram deixados à
disposição do público e depois retirados. Fizemos o melhor que podíamos para
ser honesto e justo com as verdades que descobrimos. Ignoramos ou deixamos
passar por alto informações em extremo prejudiciais, na maior parte de
fontes mórmons, a respeito da moral de José Smith, de sua ética de negócio,
de sua fidelidade, e seu "background" de caçador de tesouros, etc.
Pedimos que os mórmons investiguem isto cuidadosa e honestamente para si
mesmos.
Verdadeiramente, nossos amigos mórmons precisam
dar ouvidos a Gálatas 1:8, e de fato, todos nós precisamos! "Mas, ainda
que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que
vos temos pregado, seja anátema."
_____________
Notas
1)
Ora Pate Stewart, We Believe. Extraído de Keith L. Brooks, comp., The
Spirit of Truth and the Spirit of Error (Chicago, Moody Press, 1963), p. 7.
2) Orson Pratt, The Seer, publicação
fundada por Orson Pratt em mémoria do Profeta Joseph Smith, Jr. 1852, p. 225.
3)
Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine (Salt Lake City: Bookcraft, Inc.,
1966), p. 138, veja também pp. 81, 136.
4)
McConkie, Mormon Doctrine, p. 47.
5)
Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 7, p. 289.
A
Ilusão Mórmon — Parte 7 (Capítulos 13 e 14)
CÁPITULO TREZE
A Autoridade Final
Quando o povo de Deus foi levado a consultar os
médiuns e feiticeiros que faziam maravilhas em nome de Deus, foram avisados:
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais
verão a alva" (Isaías 8:20, itálicos do autor).
A lei e o testemunho obviamente referiam-se à
Palavra de Deus. A Bíblia é o prumo imutável de Deus. Nada mais é!
Considere isto: "Toda Escritura é inspirada
por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a
educação na justiça" (2 Timóteo 3:16). "Porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens (santos) falaram de
parte de Deus movidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Estas e muitas outras Escrituras nos dizem que a
Bíblia é a própria Palavra de Deus. Profecia cumprida, exatidão histórica e
arqueológica, unidade e harmonia que vai além da imaginação em um livro com
cerca de 40 autores e escrito num período de mais ou menos 1,500 anos, ausência
de erros científicos comuns em outros livros antigos, a vida e a ressurreição
de Jesus, e o seu poder transformador de vida -- tudo isto se combina para
reforçar esta afirmação.
O mesmo Deus que deu a Palavra é bem capaz de
preservá-la. Ele prometeu fazer justamente isto; ele o tem feito e continuará à
fazê-lo. Deus não mente. "Passará o céu e a terra, porém as minhas
palavras não passarão" (Mateus 24:35). Lançar dúvidas sobre a Palavra de
Deus é ficar do lado dos ateus, incrédulos, cépticos e cultistas de todas as
épocas. É opor-se a Cristo e aos cristãos verdadeiros.
Jesus disse-nos que examinássemos as Escrituras,
em João 5:39, até mesmo para provar as reivindicações dele: "Examinais as
Escrituras, ...e são elas mesmas que testificam de mim." Quando Paulo e
Silas foram a Beréia com as afirmações de Cristo e do evangelho, o povo foi
elogiado porque "receberam a palavra com toda a avidez, examinando as
Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram de fato assim" (Atos
17:11). Os bereanos estavam usando o Antigo Testamento que havia sido dado
centenas de anos antes e traduzido do hebraico para o grego numa tradução
chamada Septuaginta. Não perderam tempo discutindo acerca da Bíblia ser "a
Palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução". (1)
Quão diferente da maneira dos mórmons procurarem
a verdade!
O Teste Mórmon Para a Autoridade
Enquanto a Bíblia ensina que devemos testar a
autoridade da pregação e das Escrituras com outras Escrituras, ensina-se aos
mórmons que testem a verdade do Livro de Mórmon por suas mentes,
sentimentos e pela oração.
McConkie diz: "O Espírito da revelação consiste
em ter pensamentos colocados na mente da pessoa pelo poder do Espírito
Santo" (Mormon Doctrine, p. 502). A Bíblia tem algo mais a dizer
acerca da mente humana. A Palavra de Deus diz que não podemos confiar em nossos
próprios pensamentos porque temos mente "réproba" (Romanos 1:28),
"carnal" (Romanos 8:7), "vã" (Efésios 4:17),
"impura" (Tito 1:15) e que nossos pensamentos continuamente tendem
para o mal (veja Gênesis 6:5; Mateus 9:4; 15:19).
Ao tentar verificar a autoridade dos ensinamentos
mórmons, às vezes eles declaram que tiveram um "ardor dentro do
peito" tal como é mencionado em Doutrina e Convênios: "Mas,
eis que eu te digo, deves ponderar em tua mente; depois me deves perguntar se é
correto e, se for, eu farei arder dentro de ti o teu peito; hás de sentir
assim, que é certo" (Doutrina e Convênios 9:8). Este sentimento,
este ardor dentro do peito "provava" que o Espírito Santo testificava
a ele da verdade do Livro de Mórmon e do mormonismo.
Além de suas mentes e sentimentos, os mórmons são
exortados a provar o Livro de Mórmon pela oração:
"E, quando receberdes estas coisas, eu vos
exorto a perguntardes a Deus, o Pai Eterno, em nome de Cristo, se estas coisas
não são verdadeiras; e, se perguntardes com um coração sincero e com real
intenção, tendo fé em Cristo, ele vos manifestará sua verdade disso pelo poder
do Espírito Santo" (Moroni 10:4, Livro de Mórmon).
Parte com base nesta passagem de Moroni, os
mórmons declaram que se a pessoa pedir a Deus com um "coração
sincero" ele manifestará a verdade do Livro de Mórmon a ela! A
psicologia disto, assim como a armadilha satânica, é óbvia: a pessoa deve ser
convencida de que o Livro de Mórmon é verdadeiro, doutra forma ela é
insincera!
Ninguém, especialmente se a pessoa aderiu a esta
maneira falsa e não bíblia de descobrir a verdade, vai querer admitir a si
mesmo ou aos outros -- ou especialmente a Deus -- que foi insincero quando orou
a ele acerca da verdade do Livro de Mórmon. Se a pessoa for honesta e
sincera, deve testar o Livro de Mórmon pelo único teste que Moroni 10:4
oferece; e se "sentimento" algum, "ardor" ou
"convicção interior" ocorre para dar-lhe certeza da verdade do Livro
de Mórmon, então essa pessoa deve ser insincera. De modo que muitas pessoa
continuam tentando e afinal se convencem, uma vez que sabem ser insinceras, de
que o Livro de Mórmon é verdadeiro. Alguns fabricam sentimentos, outros
não,mas são convencidos por sua própria sinceridade, por outros, pela ilusão e
trauma do "teste", e pelo fato de que se sinceridade prova a verdade
do Livro de Mórmon, e são desesperadamente sinceras, então o Livro de
Mórmon, tem de ser verdadeiro!
O alívio que os mórmons sentem depois de desistir
de lutar e resolver a crer no Livro de Mórmon, convence-os ainda mais de
que têm tido o testemunho do Espírito Santo de que o Livro de Mórmon é
verdadeiro.
Ora, se alguém viesse a mim e dissesse: "Ore
a respeito disso, a oração é o teste da verdade. Ao orar, Deus mostrar-lhe-á
que é correto", responderia eu que para algumas almas sinceras a oração
parece a solução ideal. O problema? Eu orei acerca disso e recebi uma
respostas. Se a oração fosse a solução, os muçulmanos, que oram cinco vezes ao
dia, deviam receber a mesma resposta que eu; entretanto, as respostas deles são
todas diferentes das minhas.
Sei que minha oração é sincera, e não duvido de
que muitas orações sejam também sinceras. Entretanto, cada um pensa estar
certo. Oração sincera não resolve o problema. Os muçulmanos têm certeza de
estarem certos. Tenho certeza que estou certo. Você tem certeza que está certo.
Então como é que podemos ter respostas diferentes? Obviamente, devemos ter um
teste melhor da verdade, uma prova melhor do que a oração, do que
"testemunho", do que sentimentos.
Os bereanos não dependeram dessas coisas -- eles
buscaram as Escrituras (veja Atos 17:11). Pedro disse: "Temos assim tanto
mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendé-la" (2 Pedro
1:19).
Ler o Livro de Mórmon e deixar que o
Espírito Santo testifique de sua fidelidade à pessoa não é a maneira aprovada
por Deus. Primeiro, isso substitui outro teste, outra forma, da maneira
de Deus de determinar a verdade ou o erro.
Segundo, em sua grande maioria, a doutrina
mórmon nem mesmo se encontra no Livro de Mórmon. Embora os mórmons
afirmem que o Livro de Mórmon seja a inteireza do evangelho eterno, ele
não contém nenhuma das seguintes doutrinas que formam o coração do mormonismo:
(1) preexistência, (2) genealogias, (3) batismo pelos mortos, (4) casamento
celestial, (5) três graus de glória, (6) divindade prometida ao homem, (7)
inferno temporário, (8) progressão eterna. Como é que podem a oração, o
sentimento, e a experiência determinar a verdade de algo que nem mesmo está
incluído no livro que a pessoa lê? O Espírito Santo não se presta a tais
"provas" sem sentido!
Terceiro, e mais perigoso ainda, o
Espírito Santo não é único espírito que tem poder neste mundo. A pessoa pode
ser enganada ao confiar somente na oração, no sentimento ou na experiência. O
poderoso espírito maligno que a Bíblia chama de Satanás apresenta-se como
"anjo de luz", e engana a todos os que pode a fim de os levar ao
inferno eterno. Ao colocarmos de lado a maneira prescrita de Deus para
encontrar a verdade, ficamos totalmente sem proteção e totalmente vulneráveis
às ilusões de Satanás.
Bem perguntou alguém: "Pode uma igreja falsa
parecer justa?" A pessoa que fez essa pergunta, uma senhora mórmon
convertida, acrescentou: "Qual seria o propósito de uma igreja errada
senão enganar? Se alguém fosse imprimir dinheiro falso, usaria tinta vermelha?"
(2)
Tome nota do programa de Satanás: "Porque os
tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos
de Cristo. E não é de admirar; porque no próprio Satanás se transforma em anjo
de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em
ministros de justiça; e o fim deles será conforme as suas obras" (2
Coríntios 11:13-15).
Allen Beechick e Bruce Walters, dois excelentes
cristãos de nossa igreja, recentemente confrontaram vários missionários
mórmons. A conversação que se seguiu foi mais ou menos esta:
Allen: Como é que você sabe ser o Livro de
Mórmon a Palavra de Deus?
Mórmon: Já orei a esse respeito e tenho um testemunho
que eu sei que ele é verdadeiro e que José Smith, a quem o Livro foi dado é
profeta de Deus.
Allen: Qual é sua prova de que o Livro
de Mórmon é verdadeiro e que José Smith é profeta de Deus? Como é que
"sabe" que o livro é verdadeiro em ambos os casos?
Mórmon: Sei que é verdadeiro porque orei a esse
respeito e sinto que é verdadeiro. Sei também que é verdadeiro porque a
igreja mórmon tem um profeta vivo para nos guiar-à toda a verdade.
Allen: Como é que sabe que esse profeta vivo é
profeta de Deus?
Mórmon: Tenho um testemunho de que nosso
profeta vivo é profeta de Deus.
Allen: Pode Satanás conceder bons sentimentos
para enganar? O que acontece quando seus sentimentos dizem uma coisa e a
Palavra de Deus diz outra? Em qual se pode confiar mais e em que você acredita?
Eu tenho bons sentimentos por ter recebido Jesus Cristo pela fé somente e de
ter sido salvo instantaneamente e ter certeza do céu, e este sentimento bom já
tem durado vinte anos. Por que deviam seus bons "sentimentos" ser
mais conclusivos que os meus? Não acredita você que a Bíblia é um padrão de
muito mais confiança do que meus "sentimentos", ou "testemunho",
ou seus "sentimentos" ou "testemunhos"?
Perguntamos de novo, pode o testemunho tornar um
profeta falso em verdadeiro ou fazer sentido de estultíca óbvia? Que pode fazer
o testemunho para conseguir que a seguinte profecia se cumpra: o presidente mórmon
Heber C. Kimball profetizou que Brigham Young seria presidente dos Estados
Unidos? (3) O que pode um testemunho fazer para anular esta afirmativa: a
poligamia jamais será banida? (4) Que pode o testemunho fazer para
verificar essas revelações dadas em sermões por Brigham Young as quais ele
declarou serem Escritura: "O ouro e a prata crescem, e também todos os
outros tipos de metal, da mesma forma que o cabelo de nossa cabeça, ou o trigo
no campo"? (5) Young também ensinou que tanto o sol como a lua eram
habitados. Leia-o você mesmo no Journal of Discourses, volume 13, página
271.
Soma alguma de "testemunho" pode
encobrir o fato de que estas são profecias falsas por profetas mórmons. Não
podemos deixar de acreditar que centenas de milhares de mórmons honestos
desejam e merecem muito mais do que isto. Cremos que podem compreender que o
"testemunho" foi desenvolvido e usado como uma arma para conservá-los
em ignorância e trevas inquestionáveis. Médicos brilhantes, advogados e
professores entre o mórmons, que jamais acreditariam em teorias mal elaboradas
e não provadas e que exigem prova impecável em suas profissões, são trancados
neste sistema que os força a aceitar "fatos" como estes por meio de
seu "testemunho". Desta maneira confundiram eles fé com o crer no que
sabem não ser verdadeiro.
A fé bíblica permite e exige realidade evidencial
objetiva, e também experiência subjetiva. Tudo que for menos que isto alimenta
ilusão e desonestidade.
Milhões de cristãos podem testificar de um
"testemunho" tremendo da certeza de que a Bíblia é a única Palavra
de Deus, e que foram salvos instantaneamente quando confiaram em Jesus, e
que agora têm certeza do céu para sempre com Jesus Cristo. Ele têm paz, alegria
e vidas transformadas desde sua conversão. Entretanto, qualquer testemunho
desse tipo deve estar em completo acordo coma a Bíblia e a verdade que ela
apresenta; se assim não for, será falso. Os sentimentos podem ser e têm sido
manipulados. Deus não deixaria nosso destino eterno ser decidido, em última
análise, por "sentimentos" ou "testemunhos" de seres
humanos falíveis. É por isso que ele forneceu tanta prova na Bíblia de que ela
é de verdade a Palavra de Deus. É por isso que todas as reivindicações de
verdade devem ser medidas pela Bíblia. Deus não há de passar por alto sua
autoridade final.
Autoridade dos Profetas
Profetas, no sentido de predizer o futuro e
receber a mensagem diretamente de Deus, já cumpriram seu papel e foram
substituídos pelo Filho e sua Palavra completa, a Bíblia: "Havendo Deus,
outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes últimos dias nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de todas as
cousas, pelo qual também fez o universo" (Hebreus 1:1, 2).
Isto é óbvio pelo menos por duas razões.
Primeira, qualquer "evangelho" dado diretamente por Deus deveria ser
o mesmo evangelho que a Palavra de Deus apresenta e que já está completo;
portanto, seria desnecessário.
Paulo declarou: "tenho divulgado o evangelho
de Cristo" (Romanos 15:19). Não é necessário acrescentar nada ao
evangelho. (Veja também Gálatas 1:8, 9.)
Segunda, o livro do Apocalipse revela a
era da igreja, o arrebatamento, a tribulação, o milênio e a consumação de todas
as coisas no estado eterno. Trata de todas as épocas. Deus não esqueceu nada
para que tivesse de acrescentar um Pós-escrito divino dando revelação posterior
a algum profeta.
Lembre-se que o Antigo Testamento predisse a
vinda o Messias, o Cristo. O Novo Testamento fala do cumprimento do Antigo --
Cristo já veio. Hebreus capítulos 7 e 8 falam da substituição do antigo pacto
pelo novo. Hebreus 13:20 refere-se a esta nova aliança como uma "aliança
eterna". A Escritura não faz menção de uma terceira ou "mais
nova", aliança que podia estar envolvida com revelação posterior.
Judas 1:3 fala da "fé que uma vez por
todas foi entregue aos santos" (tradução literal). Não existe mais
evangelho para ser entregue. Não há mais revelação para ser dada. Já foi
entregue totalmente!
Uma vez que não necessitamos de outra revelação,
os profetas, no sentido de receber revelação diretamente de Deus e predizer os
acontecimentos futuros e registrá-los como a Escritura dada por Deus, já não
têm lugar na igreja hoje. Todos os assim chamados profetas de hoje são
falsos.
Os mórmons afirmam que José Smith foi profeta.
Leia o que as Escrituras dizem acerca dos que pregam qualquer outro evangelho
que não o dado por Deus: "Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor,
Senhor! porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não
fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci.
Apartai-vos de mim, os que practicais a iniqüidade" (Mateus 7:22, 23).
"Mas,ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que
vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora
repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja
anátema" (Gálatas 1:8, 9).
Qual é, então, a autoridade final? A Bíblia, a
Palavra de Deus! Foi dada por Deus. Deus a preservou. Qualquer outra obra que
não esteja de acordo com o evangelho que já foi dado, não é de Deus.
A Autoridade da "Bíblia Inspirada"
Se José Smith tivesse sido realmente profeta de
Deus, uma das primeiras coisas que Deus teria pedido que ele fizesse seria
corrigir quaisquer erros em sua Palavra, a Bíblia! Certamente que isso faz
sentido.
De fato, quando José Smith começou a ter algumas
dificuldades em fazer coincidir o que o Livro de Mórmon ensinava e o que
a Bíblia dizia, ele recebeu uma "revelação" para traduzir a Bíblia e
expurgá-la de todo "erro". Deus, disse ele, comissionou-o a fazer
isso e deu-lhe divina revelação para o fazer. Esta Bíblia é chamada de Versão
Inspirada da Bíblia. (6)
Nos vem à mente a seguinte pergunta: "Se
José Smith traduziu a Bíblia e sua tradução é exata, por que a Regra de Fé
mórmon diz: 'Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta sua
tradução'?" A Versão Inspirada da Bíblia pode ser comprada
na livraria Deseret em Salt Lake City, de propriedade de um mórmon. Entretanto,
poucos mórmons (e pouquíssimos não-mórmons!) sabem que tal livro existe.
Por que os mórmons não apresentam alegremente
esta Bíblia inspirada, perfeita e sem erro? Será por não poderem confiar na Versão
Inspirada da Bíblia de José Smith? Se for assim, condena-se o próprio
profeta como falso, embora ele tenha dito que recebeu a Bíblia diretamente de
Deus, assim como recebeu o Livro de Mórmon.
Talvez a resposta seja que eles sabem qual seria
a reação se fosse provado que a Versão Inspirada da Bíblia de José Smith
contém praticamente, palavra por palavra, cerca de 85 a 90 por cento da Bíblia
do Rei Tiago. Isto podia ser embaraçoso para os mórmons. Ainda mais embaraçoso,
talvez, seriam os 17 versículos que José Smith acrescentou ao capítulo 50 de
Gênesis, nos quais ele profetizou ao dizer ele trará salvação a seu povo:
"E a esse vidente abençoarei. ...e seu nome sería chamado José, e será seu
nome de acordo como o nome de seu pai...pois o que o Senhor fará por intermédio
de sua mão trará salvação ao meu povo" (Gênesis 50:33, Versão Inspirada
da Bíblia).
Jesus freqüentemente referiu-se às Escrituras.
Parece estranho que Ele desprezasse algo tão tremendamente importante como esta
passagem. É estranho também que o Apocalipse, que explicitamente trata dos
últimos dias, jamais mencione José Smith e a profecia de Gênesis!
Resumindo
No amor de Cristo, aconselho-o, mórmon ou não, a
reconhecer que a Bíblia é de confiança e que é a única autoridade final; e que
ao separar-se dela como padrão de verdade causa confusão.
Suponhamos que Satanás inspirasse um livro para
suplantar ou negar a Bíblia. Se o livro fosse julgado pela Bíblia, Satanás
seria facilmente descoberto e impedido. Mas se ele declarasse que o livro que
ele havia escrito era a Palavra de Deus, usasse um pouco da verdadeira Palavra
de Deus nele, e usasse um palavreado parecido, a trama seria bastante
melhorada. Então suponhamos que ele sugerisse que, como prova, orássemos e
pedíssemos que o Espírito Santo nos mostrasse se era a Palavra de Deus ou não,
e que se fôssemos realmente sinceros conheceríamos a verdade. E, em
alguns casos pelo menos, podia até mesmo ser confirmado por um "ardor
dentro do peito".
Obviamente, Satanás podia nos fazer dar uma
reviravolta. Já nào mais julgamos o livro pela Palavra conhecida de Deus, a
Bíblia, como se nos ordena. Estamos julgando o livro pelo sentimento, pela
experiência, e pedindo que Deus nos dê prova de que algo que já declarou
claramente ser falso seja verdadeiro! Se nosso desejo ardente de conhecer a
verdade; a psicologia e a emoção de clamar a Deus e desesperadamente procurar
uma resposta que não produzissem algum tipo de sentimento, seria realmente
estranho!
Será que Satanás não podia produzir um
"sentimento" ou um "ardor dentro do peito" para
"provar" que o livro inspirado por ele era a Palavra de Deus? É claro
que podia. E o faz!
Uma vez que Satanás tira a Bíblia como prova ou
autoridade final, o fundamento que Deus deu para julgarmos profetas, movimentos
religiosos, etc., está perdido! Então a pessoa ou culto que reivindica ter uma
visão, uma revelação, um "ardor dentro de peito" dado por Deus, tem
campo aberto! Desta maneira tiveram início muitos movimentos religiosos e
muitos cultos.
No momento em que começamos a colocar sentimento,
experiência, nosso próprio intelecto, especulações científicas, novos profetas
ou novas escrituras ao par com a Bíblia e até mesmo acima dela, perdemos nosso
fundamento e invertemos completamente a situação. Então começamos a julgar a
Bíblia por critérios falsos em vez de testarmos nossos critérios pela Bíblia.
Imediatamente, nos tornamos desobedientes a Deus e duvidamos de sua verdade.
Ele já não pode responder às nossas orações por luz e verdade porque ele não
pode abençoar a desobediência e o pecado! Ainda que Deus respondesse à nossa
oração por discernimento sobre estas condições, "o homem natural não
aceita as cousas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura" (1 Coríntios
2:14).
Creio que o único motivo pelo qual me livrei de
me tornar mórmon é que finalmente busquei a Bíblia. O Espírito Santo abriu-me
os olhos para Jesus. Minhas orações foram respondidas e tive sentimentos doces
e preciosos, mas a Bíblia foi o catalizador. A Bíblia foi que ocasinou a
mundança! A Bíblia, não meus sentimentos, foi minha autoridade!
Ao confiarmos em algo mais que a Bíblia como
autoridade, abrimos a porta à ilusão de Satanás dele ser um anjo de luz e
ministro de justiça. Satanás não somente engana as pessoas e as leva ao inferno
tornando-as pessoas "más" que cobiçam as coisas do mundo; ele também
seduz muitos ao inferno tornando-os "pessoas boas". Dê uma olhada em
Romanos 10:2, 3: "Porque lhes dou testemunho de que eles têm zelo por
Deus, porêm não com entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e
procurando establecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus."
Esta parece ser uma descrição perfeita dos
mórmons como o foi dos judeus religiosos mas perdidos do tempo de Paulo.
Em Lucas 16:31, quando o rico no inferno suplicou
que alguém saísse dentre os mortos e fosse convencer seus irmãos e salvá-los do
fogo do inferno, a Palavra de Deus declara: "Se não ouvem a Moisés e aos
profetas [a Palavra de Deus escrita], tão pouco se deizarão persuadir, ainda
que ressuscite alguém dentre os mortos."
É tão difícil ser amável e ao mesmo tempo dizer a
verdade. Não desejamos sacrificar a verdade no altar da gentileza, nem
sacrificar a gentileza no altar da verdade. Temos procurado ardentemente, pela
graça de Deus, conservar o equilíbrio adequado e "falar a verdade em
amor". Sabemos que a remoção de tecidos malignos envolve dor, por melhor
que sejam as intenções do cirurgião, e mesmo com o uso do melhor anestésico.
Mas os resultados podem ser vida, alegria e saúde.
A cirurgia espiritual muitas vezes também é
dolorosa. As intenções podem ser boas, mas o fio afiado da faca da verdade pode
ainda causar alguma dor. Os resultados, entretanto, podem ser vida eterna,
saúde espiritual e grande alegria! Permita Deus que seja assim para muitos de
nossos leitores!
Várias semanas atrás, apresentava eu Cristo e sua
salvação livre e instantânea a duas senhoras mórmons. Eram líderes da
biblioteca e do departamento de auxílios visuais de sua igreja. Ambas as
senhoras pediram que Jesus as salvasse.
Uma delas, que tem quatro filhos mórmons e que
serviram como missionários, levantou a cabeça e exclamou: "Vivian, Vivian,
sabe aquele sentimento ardente de que falam nossos líderes e que a gente nunca
consegue, e que sempre nos indagamos o que seja? Consegui-o, consegui-o!"
Não é preciso dizer, ela baseou sua salvação instantâea em Jesus e sua palavra,
mas sentiu que isto foi um prêmio extra. Os cristãos geralmente não recebem
isto e nem dependem de sentimento. Deus deu a esta querida senhora um bônus
especial. Os cristãos verdadeiros recebem realmente uma paz profunda e
permanente que vai além de qualquer coisa que jamais conheceram.
______________-
Notas
1)
Articles of Faith No. 8.
2) Janet Webster, numa circular a amigos mórmons.
Usado com permissão.
3)
Young, Journal of Discourses, vol. 5, p. 219.
4)
Young, Journal of Discourses, vol. 3, p. 125.
5)
Young, Journal of Discourses, vol. 1, p. 219.
6) Tanto Joseph Smith quanto Andrew Jensen no seu
livro Church Chronology afirmam que a Versão Inspirada da Bíblia
foi completada a 2 de julho de 1833. Assim também afirma o Documentary History of the Church, vol. 1,
pp. 324, 369; Times and Seasons, vol. 6, p. 802.
CAPÍTULO CATORZE
A Salvação Segundo os Mórmons
Quando falamos em obter a salvação, a maioria das
pessoas reconhece existirem duas maneiras pelas quais conseguí-la: a maneira de
Deus, pela graça livre e imerecida; a maneira do homem, pelas obras. Os mórmons
ensinam que o caminho da salvação é pelas obras.
Os mórmons dividem a salvação em duas partes: (1)
salvação geral ou incondicional, (2) salvação individual ou condicional;
McConkie acrescenta uma terceira, a exaltação ou vida eterna, pela divisão da
salvação "individual".
Salvação geral
A teologia mórmon afirma que a morte de Cristo na
cruz resgatou os homens dos efeitos da Queda (veja McConkie Mormon Doctrine,
p. 62; também 669, 670) com exceção dos incorrigíveis "filhos da
perdição" (os que caíram com Lúcifer). A humanidade toda receberá afinal a
"salvação geral", o que levará todo mundo, pelo menos, ao mais baixo
dos três céus ou graus de glória.
Stephen L. Richards, em seu planfeto, Contributions
of Joseph Smith, afirma que esta salvação é equivalente à ressureição, pois
todos os homens ressurgirão -- ateus, pagãos, incrédulos, etc.(1) É difícil
encaixar esta crença em João 3:18: "Quem nele crê não é julgado; o que não
crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Deus."
João 3:36 diz não haver salvação de espécie
alguma para os que não crêem, somente condenação: "Por isso quem crê no
Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus."
A ressureição não pode ser equacionada com a
salvação ensinada pela Bíblia. Todos os homens ressuscitarão: "Os [mortos]
que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo (João 5:29). Dizer que todos os
homens são salvos porque todos ressuscitarão é contradizer diretamente a
Palavra de Deus.
Todos ressuscitarão, mas os que crêem em Cristo e
foram salvos ressurgirão 1.000 anos antes dos ímpios mortos. Ninguém
desta primeira ressurreição está perdido. Todos estes foram salvos mediante o
recebimento de Jesus como seu Senhor e Salvador pessoal. Os ímpios mortos
ressuscitarão 1.000 anos mais tarde. Nenhum dos salvos estará na segunda
ressurreição. Todos os que participarem da segunda ressurreição terão
rejeitado a Cristo e sua salvação e estarão perdidos (veja Apocalipse 20:5, 6).
A Bíblia ensina claramente que há duas ressurreições. Na primeira todos
são salvos! Na segunda, 1.000 anos mais tarde, todos estão perdidos!
Salvação pessoal
A segunda parte da salvação mórmon é a salvação
pessoal, às vezes chamada de salvação individual, condicional ou exaltação.
Esta salvação é conseguida pela graça, mais batismo, mais obras.
Talmage diz nas Regras de Fé: "A
redenção dos pecados pessoais somente pode ser obtida mediante a obediência aos
requisitos do evangelho, e uma vida de boas obras."(2)
Pode você imaginar a reação do ladrão na cruz se
isto lhe tivesse sido dito então, quando morria? Graças a Deus que quem estava
lá era Cristo e não o Sr. Talmage, ou então o ladrão estaria perdido para
sempre.
Temos perguntado aos mórmons e a outros adeptos
da salvação pelas obras, quantas boas obras temos de fazer para termos certeza
de nossa salvação. Ninguém sabe. Certamente, se as obras fossem necessárias,
Deus teria feito uma lista de quantas, quais, e nos teria garantido a certeza
da salvação ao termos finalizado todas. Esta não é a maneira de Deus. Quando os
judeus religiosos pensaram que podiam ser salvos, ou ajudar a si mesmos a ser salvos
mediante boas obras, perguntaram a Jesus: "Que faremos para realizar as
obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta, que creiais naquele
que por Ele foi enviado" ( João 6:28,29). Obra alguma ou quantidade alguma
de obras jamais trará a salvação.
A pessoa pode guardar 1.000 leis durante a vida e
jamais quebrar uma delas. Além disso poder fazer 1.000 boas obras. Entretanto,
se quebrar uma lei apenas, não importa quão insignificante seja, deve pagar por
ela. O salva-vidas pode salvar 20 vidas por certo período de tempo, mas se ele
deliberada e maliciosamente assassinar uma pessoa, deve encarar a pena de seu
crime. As vidas que ele salvou de modo algum pagam pela vida que ele tirou.
Imagine que alguém avance um sinal vermelho e o
guarda resolve pará-lo. E essa pessoa diz:
-- Ora, seu guarda, você não pode fazer nada por
eu ter avançado o sinal vermelho!
O guarda suspira, leva a mão à cabeça, empurra o
boné para trás e indaga a si mesmo se este vai ser um daqueles dias.
- Oh, sim? -- responde ele, com indiferença. -- Por
que não? - Porque tenho passado de carro por aqui antes pelo menos um milhão de
vezes e sempre parei neste sinal. Guardei a lei mil vezes e a quebrei somente
uma. Minhas boas obras excedem minhas más obras de 1.000 a 1. Na verdade você
devia me dar um prêmio! Não há nada que você possa fazer!
Oh, não? Tente fazer isso alguma vez e veja até
onde vais. A lei aceitaria esse argumento jocoso? Nem Deus tampouco!
A salvação de Deus
Em primerio lugar, Deus não pode aceitar boas
obras de uma fonte impura. E declara ele que todos os homens são pecadores, e
portanto, perdidos: "Pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus" (Romanos 3:23). Não é uma questão de quão destituído cada indivíduo
se tornou, mas que todos pecaram e carecem da glória de Deus.
Se alguns estivessem tentando pular um abismo de
30 metros de largura com uma altura de 3.000 metros e lá embaixo rochas
afiadas, seria puramente acadêmico argüir que distância alguns poderiam ter
pulado, e quão lamentáveis teriam sido os esforços dos outros. Todos
falhariam e estariam condenados porque ficariam aquém do marco, e esse é o
argumento de Deus.
Não somente isso, mas também as boas obras que
procedem de um coração não arrependido estão contaminadas, e Deus não as
considera boas de modo algum. De fato, Isaías diz: "Mas todos nós somos
como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia" (64:6).
Se todas as nossas justiças são como trapo de imundícia a Deus, que insulto não
deve ser para ele quando tentamos comprar nossa salvação com esses trapos!
Muitos trapos de imundícia seriam ainda mais insultantes do que alguns poucos.
Deus mandou que Jesus morresse em agonia
sangrenta na cruz para pagar totalmente por todos os nossos pecados. Como deve
ferí-lo ao insistirmos em pendurar os trapos de imundícia de nossas boas obras
na cruz para "ajudá-lo a nos salvar" em vez de aceitarmos esse grande
dom da salvação.
O problema, entretanto, é mais profundo do que
simplesmente os pecados que cometemos. O verdadeiro problema é a natureza
pecaminosa que todo ser humano herdou de Adão. A natureza pecaminosa é a
fábrica de pecado que continua a fabricar pecado. Nem todas as fábricas
produzem o mesmo tipo de pecado. Nem todas as fábricas produzem a mesma
quantidade de pecados. Alguns pecados são indecentes, outros são socialmente
aceitáveis, e até mesmo altamente respeitados em alguns círculos. Entretanto,
todos são abomináveis para Deus. Se representássemos por garrafas o pecado
produzido por essas fábricas de pecado, passaríamos a vida toda quebrando as
garrafas num esforço inútil. A fábrica ainda está ativa, e embora em certa
ocasião possa mudar a forma e a marca do produto ou diminuir ou aumentar a
produção, ainda é a mesma velha fábrica de pecados.
Deus diz em João 1:12, que o problema é nào
sermos filhos de Deus. Os homens, por natureza, não são filhos de Deus!
"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos
de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome." Ora, Deus não iria pedir que
nos tornássemos seus filhos se já o fôssemos. Ele diz claramente que
temos de receber Jesus a fim de nos tornarmos filhos de Deus. Disse Ele a
Nicodemos, que era religioso mas perdido: "Importa-vos nascer de
novo" (João 3:7).
Nascemos de novo na família de Deus ao recebermos
Jesus Cristo como nosso Salvador e Senhor pessoal. Clamamos a ele, com fé, que
nos perdoe os pecados, que entre em nosso coração e vida e nos torne filhos de
Deus. Ele espera por esse convite pessoal. Então Ele imediatamente entra em
nossa vida, lava nossos pecados em seu sangue derramado, e nos dá o dom
gratuito da vida eterna.
Ao mesmo tempo ele nos dá uma nova natureza de
filhos de Deus, e começa a viver sua vida mediante a nossa, assegurando-nos uma
vida modificada. Então, e somente então, depois de sermos salvos, têm
nossas boas obras qualquer valor para Deus. Então, e somente então, depois
de sermos salvos, pela primeira vez Deus verdadeiramente torna-se nosso Pai.
Ele não é Pai de todos os homens. Ele somente é Pai dos salvos, dos que
nasceram de novo na família de Deus pela aceitação de Cristo. Dos não salvos,
diz Deus: "Vós sois do diabo, que é vosso pai" (João 8:44). (Veja 1
João 3:8.)
Pode você imaginar um porco tentando
deseperadamente tonar-se uma ovelha imitando esta? Suponha que o porco tenha
ficado chateado com a sua condição de porco e tenha visto uma ovelha
perambulando por um pasto verde e bonito, comendo coisas secas e limpas em vez
de lavagem. O porco consegue fugir do chiqueiro, e então encontra uma ovelha
morta e veste-se com sua lã. O porco aprende a comer alimento de ovelhas, e
lentamente, com agonia, aprende a balir ou a falar como as ovelhas: "Oink,
Bloink, Blá-a, Báa-a, Bée!"
Seria o porco agora uma ovelha? Estaria ele pelo
menos mais perto de se tornar ovelha? Será que todo esse esforço mudaria sua
natureza básica de porco? Teria a menor importância ele ser um porco
"bom" ou um porco "mau", pelos padrões dos porcos?
Certamente que todos podemos entender que o porco não pode tornar-se em ovelha
ao agir como ovelha.
Da mesma forma, ninguém pode tornar-se cristão,
simplesmente agindo como cristão. Não importa quantas "boas" obras ou
imitação de obras cristãs possamos fazer; somente podemos nos tornar filhos de
Deus ao recebermos pessoalmente a Cristo e nascermos de novo na família de Deus.
O agir como cristão, o realizar trabalho religioso e outras obras, é inútil
para a salvação. Devemos nascer de novo, e receber nova natureza de Deus como
filhos dele. Então, faremos boas obras para Deus, não a fim de nos tornarmos
cristãos, mas porque já o somos! (Veja Efésios 2:10.)
Fé versus obras
Outro problema óbvio em trabalhar por nossa
salvação em qualquer grau é que Deus diz de todos os homens (a menos que
aceitem a Cristo e recebam a vida mediante ele) que estão "mortos nos
vossos delitos e pecados" (Efésios 2:1). Afinal de contas, quanta boa obra
pode uma pessoa morta fazer?
É verdade que em Cristo, e somente em Cristo,
as pessoas têm vida. Os que estão em Cristo foram feitos novas criaturas, com
natureza nova, vida nova, desejos novos, poder novo: "E assim, se alguém
está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas" (2 Coríntios 5:17).
Os mórmons afirmam que a fim de podermos
reivindicar a salvação pessoal devemos ter fé no Senhor Jesus Cristo,
testemunhar que José Smith foi profeta de Deus, arrepender-nos, ser batizados
na igreja mórmon (a única igreja verdadeira), submeter-nos à imposição de mãos
e guardar os mandamentos. Entretanto, mesmo depois de obedecer a todos estes
requisitos, e crer que há três céus e quase nenhum inferno, muitos mórmons
ainda estão temerosos e incertos. Admitem não saber ao certo para onde irão
quando morrerem!
A Bíblia ensina que há somente uma salvação, e
Deus diz que esta jamais é recebida mediante obras. O primeiro passo que
qualquer pessoa dá para a salvação é o arrependimento do pecado: "Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o
Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Isaías 53:6).
Arrependimento no grego é metanoia, que simplesmente significa mudança
de atitude acerca do pecado, de si mesmo e do Salvador; desistir de seguir o
nosso próprio caminho e seguir o caminho de Deus. O arrependimento ocorre
simultaneamente com a salvação quando a pessoa se volta do pecado para o Salvador.
O pecado é basicamente seguir nossa velha
natureza pecaminosa, e ir em nosso próprio caminho, ser autocentralizados em
vez de Cristocêntricos. É ser o Deus, o Senhor, o chefe de nossa própria vida.
É gerenciar nossos próprios negócios em vez de submeter o controle a Deus. Deus
não pode permitir deuses rivais, não importa quão benevolentes possam eles
parecer à primeira vista, em lugar algum de seu universo. O resultado último
seria rebelião e caos. A salvação consiste em receber a Jesus pela fé e seguir o
caminho de Deus em vez do nosso próprio.
Efésios 2:8, 9 torna-o claro como cristal:
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não
vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie"
(itálicos do autor).
Somos salvos, não pelas obras, não pelas
obras, não pelas obras!
A resposta mórmon é no sentido de tentar anular
esta afirmativa clara e inegável. Voltam-se rapidamente para Tiago 2:20:
"Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é
inoperante?" É verdade! Os demônios têm crença intelectual e estão para
sempre no inferno (veja Tiago 2:19). É preciso crer com o coração (o centro do
ser humano que governa, rege e escolhe; veja Romanos 10:9, 10) para que o homem
seja salvo. A fé salvadora sempre produz boas obras, não a fim de sermos
salvos, mas como prova de que já fomos salvos. A fé sem as obras
jamais viveu!
Tiago 2:18 diz que devemos mostrar nossa fé por
nossas obras. Não podemos mostrar algo que ainda não temos, e se temos fé já
fomos salvos. Tiago está mostrando que toda a conversa acerca de fé é inútil se
a pessoa não tiver uma vida mudada que prove que verdadeiramente foi salva.
Diz-nos para mostrarmos nossa salvação.
Tiago continua dizendo acerca de Abraão e de como
foi justificado pelas obras (v. 21), mas ele creu em Deus e
foi-lhe imputado como justiça (v. 25; veja também Gênesis 15:6). Qual é a
resposta? Abraão foi justificado à vista de Deus por sua fé. À vista dos homens
foi justificado por suas obras. Os homens não podem ver a fé; podem somente ver
as obras que a fé salvadora produz.
Catorze anos depois de Abraão ter crido em Deus
foi circuncidado como sinal externo da aliança que já tinha com Deus. Ele havia
sido salvo catorze anos antes de ser circuncidado (veja Gênesis
17:9-11).
Então, cerca de 40 anos depois de ter
crido em Deus e ter sido salvo (muitos anos antes do nascimento de Isaque)
Abraão provou sua fé perante os homens. Ele demonstrou sua salvação,
como Tiago afirma, ao oferecer seu filho Isaque no altar (veja Gênesis 22).
Aqui vemos que a fé que não produz mudança de vida é morta. A fé que não produz
obra que justifique nossas reivindicações de salvação não é de forma alguma a
fé salvadora.
A propósito, a transformação dramática de caráter
e de vida é a norma no cristianismo evangélico. Mel Trotter foi alcoólatra.
Todas as suas promessas e esforços desesperados para deixar a bebida provaram
ser em vão.
Num dia triste e pesaroso, seu precioso filhinho
morreu. Em seu pesar, o desejo insaciável de uísque encheu-lhe o ser, e Mel
estava terrivelmente quebrantado. Por fim, em desespero abjeto, e enojado de si
mesmo, foi até ao caixão onde jazia o corpo frio de seu bebezinho. Seus dedos
tremiam enquanto tirava os sapatos dos pezinhos do filho. Então arrastou-se
para fora a fim de vender os sapatos e conseguir dinheiro para comprar bebida.
Algum tempo mais tarde, Mel aceitou Jesus Cristo
como seu Senhor e Salvador pessoal e foi mudado instantaneamente e para
sempre. Tornou-se um cristão devotado; sua sede fora satisfeita pelo
Salvador. Nos anos seguintes fundou ele mais de 60 missões com o propósito de
pregar Cristo aos homens e mulheres necessitados.
A propósito, onde os mórmons possuem missões
para os desprezados da sociedade? Onde estão os alcoólatras, as
prostitutas, os assassinos, os viciados em droga, que podem testemunhar ter
sido instantaneamente salvos e mudados pelo mormonismo? É claro, todo programa,
quer seja religioso ou secular, educacional ou reabilitatório, pode reivindicar
resultados favoráveis na reabilitação dessas pessoas necessitadas, mas estamos
falando acerca da mundança que ocorre em alguns poucos minutos, que dura para
sempre e que somente Cristo pode operar. Tenho visto essa transformação vezes
sem conta, em poucos segundos, à medida que as pessoas recembem a Cristo. Mudanças
de hábitos, de vida, de disposição, de atitude, de temperamento, uma certeza
repentina e imperecível acerca da salvação, da morte e do céu. Um influxo
súbito de amor e interesse pelos outros, quer seja em psicólogos, advogados,
homens de negócio, prostitutas, alcoólatras, fazendeiros, viciados em droga,
pescadores, mineiros, professores, donas-de-casa, ou quem quer que seja.
Trabalhar por nossa salvação, portanto, insulta a
Deus e nos endivida ainda mais. Ele deseja que demonstremos nossa
salvação, depois de termos sido salvos. (Veja Filipenses 2;12).
É difícil ver como palavras referentes às obras
para a salvação poderiam ser mais claras do que estas que Deus nos deixou em
Romanos 11:5, 6: "Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive
um remanescente segundo a eleição da graça. E se é pela graça, já não é pelas
obras; do contrário, a graça já não é graça."
A graça bíblia é o amor imerecido e a salvação
estendida aos totalmente indignos, sem obras. Olhe para o ladrão na cruz
outra vez -- não tinha igreja, nem batismo, nem boas obras, só pecado, pecado,
pecado. Então este desgraçado sem esperança clama a Jesus Cristo: "Jesus,
lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te
digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:42, 43). Salvação
instantânea! Completa e gratuita! Sem obras, sem igreja, sem batismo, nada a
não ser a fé, o pedir e o crer em Jesus! Sem dúvida, o ladrão teria tido uma
vida mudada se pudesse ter descido da cruz, mas como resultado, e não como meio
de sua salvação.
Contraste, isto com o ensino mórmon sobre a
graça. A graça dos mórmons consiste, em parte, em fazer boas obras religiosas,
para a igreja e o templo e desta forma o indivíduo se torna a si mesmo digno
da graça de Deus. Leia de novo a afirmativa citada previamente neste capítulo
das Regras de Fé de Talmage: "A redenção dos pecados pessoais
somente pode ser obtida mediante a obediência aos requisitos do evangelho e uma
vida de boas obras."
Eis aqui por que a graça mórmon é falsa e por que
as obras jamais podem levar ninguém ao céu: "Porque se Abraão foi
justificado por obras, tem de que se gloriar, porém não diferente de Deus.
Pois, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, isso lhe foi imputado para
justiça. Ora, ao que trabalha [pela salvação], o salário não é considerado como
favor, e, sim, como dívida. Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que
justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos
4:2-5).
Sentimos que devemos repetir com convicção total:
a religião mórmon é uma doutrina elaborada de obras, que nega que Cristo
somente é suficiente para salvar.
Cristo, mais nada, conserva-nos salvos
(uma vez que nos rendemos totalmente a ele, pela fé, para a salvação). Tudo o
mais, declara a Bíblia ser heresia. As obras seguem a salvação como prova de
uma salvação real e para a glorificação de Cristo.
Lidando Com a Ilusão Mórmon
Os mórmons reagem de várias maneiras quando
confrontados com a evidência irrefutável de que o mormonismo é falso. Alguns
voltam-se do Jesus mórmon para o Jesus bíblico e sendo salvos deixam o
mormonismo. Alguns são convencidos mentalmente mas se apegam emocionalmente ao
mormonismo por causa de laços familiares, temor, etc. Alguns denunciam toda a
evidência como mentiras, material usado fora do contexto, perseguição
antimórmon, etc. Muitos, simplesmente ignoram os fatos, e apegam-se ao
"testemunho" que o "Espírito Santo" lhes deu.
É interessante, mas de quebrar o coração, notar
que mesmo depois de Jim Jones e a Igreja do Povo terem sido totalmente expostos,
mesmo depois do massacre de Jonestown, depois de Jones ter sido desmascarado
como moralmente depravado, depois de seu afastamento do Jesus bíblico ter sido
revelado, algumas pessoas ainda criam nele, e ainda eram leais ao Templo
do Povo. Alguns ainda estavam dispostos a morrer por ele e por seu culto.
Alguns mórmons radicais evidentemente têm feito
sua escolha de modo irrevogável e, infelizmente, para a eternidade, e podem
estar completamente impenetráveis aos fatos. Seu "testemunho" do
"Espírito Santo" de que o mormonismo é verdadeiro, de que José Smith
é profeta de Deus, de que seu Jesus mórmon é verdadeiro, e que todas as outras
igrejas, a não ser a deles, são apóstatas, é suficiente para eles.
Não importa do que e de quem os mórmons recebem
seu "testemunho", mas certamente não é do Espírito Santo da Bíblia.
Os mórmons afirmam que o Espírito Santo, juntamente com o Pai e o Filho, é um
dos personagens da divindade. Na teologia mórmon isso significa três deuses
separados e individuais, um somente em propósito, o que contradiz a Bíblia e
revela que os mórmons são politeístas. Entretanto, os mórmons admitem que o
Espírito Santo é um "personagem do espírito" que não tem corpo de
carne e ossos, um dos requisitos para ser Deus. O Espírito Santo dos mórmons só
pode estar em um lugar de cada vez. Quando a Bíblia diz que o Espírito Santo
enche muitas pessoas diferentes ao mesmo tempo, e que habita em todos os
cristãos verdadeiros em todos os lugares, os mórmons interpretam como sendo
"os poderes e influências que emanam de Deus". (Graça a Deus por
nosso confortador pessoal, o Espírito Santo bíblico, uma pessoa viva que
habita em cada um de nós que fomos verdadeiramente salvos).
É claro que o que quer que esteja dando aos
mórmons o testemunho da "verdade" do mormonismo, não é o Espírito
Santo de Deus!
__________
Notas
1) Stephen L. Richards, Contributions of
Joseph Smith (Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos do
Últimos Dias).
2)
Talmage, Articles of Faith, pp. 85, 87, 478, 479.
A
Ilusão Mórmon — Parte 8 (Capítulo 15)
CAPÍTULO QUINZE
Salvação Bíblica
Alguns anos atrás, no campo predominantemente
mórmon em que eu estava falando sobre nosso Salvador, demos a uma jovem senhora
mórmon e a seu marido, também mórmon, grande parte do material contido neste
livro. Ele não teve interesse suficiente para ler todo o material, mas ela
teve.
Às duas horas da manhã, ela não pôde agüentar
mais. Sacudiu o esposo até acordá-lo e disse-lhe que queria ser salva. Ele não
deu importância ao caso, dizendo-lhe que calasse a boca e voltasse a dormir.
Ela veio falar comigo assim que pôde.
Ajoelhamo-nos e ela derramou o coração,
confessando seu sentimento de estar perdida, seu pecado, e aceitou a Jesus com
seu Salvador e Senhor. Ela se regozijou ao passar das trevas do mormonismo para
a luz de Cristo. Dentro de dois meses, ela havia praticamente decorado o
evangelho de Mateus, aprendendo e compreendendo mais da Escritura em algumas
semanas como cristã, do que em toda a vida como mórmon.
Descobrimos que não há divisão da salvação em
"geral" e "pessoal". Há somente uma salvação, e esta
recebemos quando aceitamos o Senhor Jesus Cristo.
Os Mórmons e a Salvação Bíblica
A seguir apresentamos experiências verídicas
(embora alguns nomes sejam fictícios) de mórmons que receberam esta salvação.
Tim O'Flannigan cresceu na igreja mórmon. Seus
pais, já idosos, ainda permanecem lá. As atividades para os jovens eram
interessantes, e ele prontamente absorveu o ensino mórmon, tanto antes como
depois de se batizar na igreja mórmon.
A despeito de seu testemunho mórmon, Tim começou
a beber e a deixar que outros pecados fossem entrando em sua vida. O casamento
com Jean, uma moça linda e amável, e a chegada de duas crianças preciosas,
deviam ter apaziguado a inquietude dele, mas não o fizeram. Jean foi levada a
Cristo pelo testemunho doce e consistente de uma amiga. Tim não pôde deixar de
notar a mundança na vida dela mas pensava que a última coisa no mundo que
precisava era de "religião". Tinha o suficiente disso. Jean logo
começou a assistir à nossa igreja onde desabrochou como uma rosa na primavera
para Jesus Cristo. Conversei com Tim a respeito de seu relacionamento com
Cristo. A princípio, ele via pouca diferença entre o ensinamento mórmon e o que
a Bíblia dizia a respeito da salvação. Ás vezes, ele se sentia seguro de ir
para o céu - afinal de contas, um dos três céus dos mórmons, ele estaria indo.
Evitou-me por algum tempo, mas não podia evitar o
impacto da Palavra de Deus e o doce testemunho de sua esposa cuja vida fora
mudada totalmente. Tim teve de admitir que havia algo diferente, vivo, muito
mais real e vibrante na vida de Jean e no seu testemunho do que havia na vida
de testemunho de muitos mórmons que conhecia tão bem. O coração de Tim ficou
conturbado. Era inegável que a Bíblia ensinava que a salvação era um dom;
o mormonismo ensinava que a pessoa devia trabalhar por sua salvação. Qual
estava certo? Versículos como Romanos 4:5: "Mas ao que não trabalha, porém
crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como
justiça", martelavam-no como uma bigorna.
Tim rendeu-se. Clamou a Jesus Cristo que o
salvasse de seus pecados e enchesse o lugar vazio em seu coração que o
mormonismo jamais fora capaz de preencher. Jesus entrou em seu coração, e Tim
conheceu o testemunho da alegria e paz que somente o Salvador vivo pode dar,
tão diferente do seu antigo testemunho mórmon. Imediatamente depois de sua
salvação, Tim deixou o mormonismo para seguir a Cristo no batismo em nossa
igreja. Cristo enchera para sempre aquele lugar vazio.
Recebi recentemente uma carta de uma jovem mãe da
Igreja dos Santos dos Últimos Dias, carta essa que escreveu depois de ler parte
do material deste livro e depois de eu a ter visitado. Na carta dizia ela:
"Tenho visto acontecer coisas que nunca pensei serem possíveis. Élindo.
Estou realmente alegre por você ter vindo. Deus, agora, faz parte de minha
vida. Oro a Deus para que você alcance mais pessoas da igreja dos Santos dos
Últimos Dias e faça com que conheçam e compreendam o amor de Deus. Realmente
deprime saber que algumas das pessoas mais belas que conheço podem não estar no
céu por causa deste caminho falso e hipócrita que a igreja dos Santos dos
Últimos Dias ensina...agora sou, verdadeiramente, uma filha de Deus, nascida de
novo. Que sentimento lindo me acompanha a cada novo dia! Sei que mediante a fé
e o amor que vêm de Deus serei capaz de vencer meus ensinamentos antigos.
Obrigada outra vez por ajudar-me a ver a luz."
Mais tarde, tive a alegria de voltar à cidade
dela e levar seu marido a Jesus Cristo.
Brett Somers era um mórmon bem rico, com uma casa
linda no estado de Washington. Tanto ele como a esposa eram ativos na igreja
mórmon. Depois de vários anos de serviço fiel e até mesmo brilhante na igreja
mórmon, a senhora Somers tornava-se cada vez mais perturbada por causa da falta
de interesse vital em falar acerca de Jesus Cristo que encontrava nos líderes
da igreja, nos oficiais, e em suas amigas mórmons. O que ela ouvia os líderes
dizerem e o que lia na Bíblia não parecia estar de acordo. Ela se aprofundou
mais no Livro de Mórmon, e outros livros mórmons, procurando fortalecer
a fé que uma vez já fora flamejante. Ela leu com cuidado o livro de Talmage, Regras
de Fé, marcando muitas passagens. (Eu sei! Ela me deu o livro!)
Eu estava fazendo uma série de conferências por
perto e a senhora Somers marcou uma entrevista comigo. Ela fez-me perguntas
cuidadosas e inteligentes sobre o mormonismo, a Bíblia e a salvação. Levou para
casa parte do material que incluí neste livro. Pediu que o Cristo da Bíblia,
não do mormonismo, entrasse em seu coração. Agora ela reconsagrou clara
e definitivamente a vida a Cristo e decidiu sair da igreja mórmon.
Brett ficou num dilema. Algumas das pesquisas da
esposa começaram a perturbá-lo. Ele foi com ela por algum tempo a uma igreja
evangélica. Mas ele era mórmon! Onde estava a resposta?
Deus, graciosamente, abriu o caminho para que eu
pudesse ter uma conversa com Brett. Lenta e cuidadosamente, e em atitude de
oração, apresentei o evangelho a Brett e respondi a muitas perguntas da Bíblia,
a Palavra de Deus. Finalmente eu disse: "Brett, Jesus o ama tanto. Ele
morreu por você e promete que se você invocá-lo para salvá-lo dos seus pecados,
ele o fará. Brett, você está disposto a invocar o Senhor Jesus Cristo a fim de
salvá-lo, neste instante?"
Brett abaixou a cabeça, simples e calmamente
convidou o Cristo ressurreto para entrar em sua vida e salvá-lo de seus
pecados. Oh, que alegria e irradiação indizíveis brilharam em seus olhos cheios
de lágrimas enquanto os levantava para mim! Mostrei-lhe vários versículos
bíblicos tais como Romanos 10:13 e João 3:36 de novo, e ele rapidamente decorou
e reivindicou João 3:36.
Então perguntei a Brett se ele sabia, sem sombra
de dúvida, que Jesus o havia salvo e lhe havia dado o maravilhoso dom da vida
eterna. Brett respondeu-
-me com um sim alto e ressonante. Oramos
juntos e Brett agradeceu ao Senhor Jesus Cristo por tê-lo salvo de seus
pecados, do mormonismo e do inferno.
Brett e a esposa foram, a pedido dele,
excomungados da igreja mórmon e estão muito ativos na igreja batista e
vitalmente interessados em levar outros a Cristo. Agora tanto Brett como a
esposa sabem o que é testemunho verdadeiro de Jesus Cristo. Não podem ficar
calados!
Alguns nomes nesses testemunhos são fictícios a
fim de proteger os indivíduos envolvidos. Ninguém, que ainda não experimentou,
pode acreditar na pressão que a igreja mórmon, os líderes mórmons, parentes,
pessoas achegadas, amigos e a família podem exercer sobre os que se salvam e
deixam a igreja mórmon.
Entretanto, os nomes da experiência seguinte são
verdadeiros. Janet Webster publicou e divulgou largamente seu testemunho de
doze páginas.
Janet é uma senhora muito vivaz e foi uma mórmon
entusiasta. Ela estava no processo de agir como missionária a duas muito boas
amigas cristãs, ensinando-lhes as seis lições missionárias. Janet tinha certeza
que as amigas logo veriam a "verdade da igreja mórmon", especialmente
se conhecessem "todos os seus princípios e doutrinas maravilhosos, lindos
e gloriosos". Entretanto, ao examinar a Bíblia à procura de um dos
versículos que os mórmons usam para tentar provar uma doutrina, ela descobriu,
para seu espanto, que tinha de ler o que a Bíblia dizia antes e depois do
versículo para compreender seu significado completo!
Esta experiência levou Janet a ler mais e mais da
Bíblia e ela se convenceu de que a Bíblia era a Palavra perfeita de Deus, e
percebeu a necessidade que tinha de Jesus Cristo. Aceitou-o como Senhor e
Salvador e saiu do mormonismo para sempre.
Em sua carta ela dizia: "Como posso
contar-lhe o milagre bendito que aconteceu em nossa família? Pela graça
maravilhosa de Deus, fomos tirados das trevas e redimidos por nosso precioso
Senhor e Salvador, Jesus Cristo."
Brenda, filha de Janet, estudante da universidade
Brigham Young, voltou para a casa de sua família "apóstata"
recém-cristã. Com o tempo o amor de Cristo e dos cristãos venceu, e Brenda
também aceitou a Cristo.
Janet escreveu com grande autoridade: "De
repente, tudo entrou em perfeita perspectiva...há dois campos (ou lados) nesta
terra. No primeiro lado temos os que sem reserva apóiam a Palavra de Deus (a
Bíblia), confiando nela completamente. E no segundo lado estão aqueles que
gostariam de solapar (e às vezes sutilmente o fazem) a Bíblia proclamando que
ela não é um livro sobrenatural. Em vez disso crêem que suas próprias idéias
intelectuais ou conhecimento científico (ateístas), ou novos profetas e
Escrituras (espiritualistas, Testemunhas de Jeová, mórmons, Bahai, Ciência e
Mente, etc.) devem ter preeminência sobre a Bíblia.
Bem, por que não, pergunta você? Somente posso
dizer por que não, pergunta você? Somente posso dizer por que não por mim
mesmo. Primeiro, por favor, note que há muitos grupos no segundo campo, mas que
há somente um no primeiro: os cristãos nascidos de novo, que crêem não haver
salvação em nenhuma denominação em particular, ou em seguir um profeta, um
Papa, etc., mas somente em e mediante Jesus Cristo. E pregam somente Jesus
Cristo, e este crucificado. Todos estes cristãos pertencem à mesma igreja --
deu, o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" --
Isaías 9:6.
Dentro da natureza de Deus há três distinções
eternas: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, e há somente um
Deus. Uma vez que Jesus repetidamente é chamado de Deus, devemos aceitá-lo como
Deus, ou então aceitaremos outro Jesus. Na Bíblia "o Verbo" significa
Jesus: "No princípo era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo
era Deus" -- João 1:1. "Princípio" aqui simplesmente
significa "desde todo o tempo". Assim como Deus foi Deus desde
todo o tempo, também Jesus Cristo foi Deus -- desde o princípio, de todo o
tempo! Jesus nunca progrediu, nunca trabalhou por atingir seu caminho para ser
Deus. Ele sempre foi Deus.
Deus proibiu para sempre a adoração de qualquer
outro Deus (Êxodo 34:14), entretanto Jesus aceitou a adoração como Deus em
muitas ocasiões. "E eis que eles foram dizer aos Seus dicípulos, Jesus
veio ao encontro deles, e disse: Salve! E eles, aproximando-se, abraçaram-lhe
os pés, e o adoraram" -- Mateus 28:9.
As Boas Obras Não Podem Salvá-lo
Deus o ama e deseja que você saiba que TODOS os
homens são pecadores perdidos e devem nascer de novo.
Todos os homens possuem natureza pecaminosa e não
existe salvação geral. A Bíblia diz em Romanos 3:23: "Pois todos pecaram e
carecem da glória de Deus." Isto significa que todos nós somos pecadores
perdidos. Romanos 3:10: "Não há justo, nem sequer um."
Pecado é seguir nosso próprio caminho (Isaías
53:6). É ser o Deus, o gerente, o chefe, o Senhor de nossa própria vida. É
estarmos centralizados em nós mesmos em vez de deixar que Cristo seja o centro.
"Todas as nossas justiças são como trapos da
imundícia" -- Isaías 64:6; "Ora, ao que trabalha [para salvação], o
salário não é considerado como favor, e, sim, como dívida. Mas ao que não
trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída
como justiça" -- Romanos 4:4, 5.
Uma macieira é uma macieira: dá maçãs. Da mesma
forma, pecamos porque todos nós possuímos uma natureza pecaminosa.
Derrubar as maçãs da árvore não lhe modifica a natureza! De modo que o
livrar-nos de alguns pecados não muda nossa natureza.
Além disso, quanto de boas obras pode um morto
fazer? Como pessoas naturais (não salvas) todos nós estamos "mortos
em delitos e pecados -- Efésios 2:1.
João 5:24: "Em verdade, em verdade vos digo:
Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida."
O Que é a Salvação Verdadeira e Bíblica?
Salvação é um dom gratuito
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação
não é pelas obras, é um dom. O caminho da salvação provido por Deus é
receber a Cristo pessoalmente, confiando nele somente para nos salvar.
Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é
a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso
Senhor." Não podemos fazer-nos "dignos" da graça de Deus.
Salvação é um dom gratuito ao indigno, ao que não merece, e todos nós estamos
nesta categoria. "Cristo morreu pelos ímpios" -- Romanos 5:6.
Efésios 2:8, 9: "Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de
obras, para que ninguém se glorie."
Necessitamos de uma nova natureza!
Deus o ama e deseja que você saiba que há somente
um caminho para a salvação, e esse é mediante o nascer de novo.
João 3:7: "Importa-vos nascer de novo."
João 1:12 diz-nos como. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o
poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome."
Aceitar a Jesus é a única maneira de nascer de novo.
Não somos filhos de Deus por natureza. Devemos
receber a Cristo a fim de nos tornarmos filhos de Deus.
Somente Jesus pode limpar os nossos pecados e
mudar nossa natureza; 1 Pedro 2:24: "Carregando ele mesmo em seu corpo,
sobre o madeiro, os nossos pecados." Jesus tomou nosso lugar e derramou
seu sangue a fim de nos lavar os pecados. Quantia alguma de "boas
obras" pode lavar um único pecado ou trocar nossa natureza.
Salvação ocorre quando clamamos a Jesus,
crendo, para nos salvar. Então ele entra em nossa vida e nos tornamos filhos de
Deus com uma nova natureza.
Embora a salvação não seja pelas obras, a
salvação verdadeira sempre produz mudança de vida. Cristo entra mediante
convite pessoal, como Senhor e Salvador para mudar nossa vida e viver sua vida
por intermédio de nós.
A salvação é instantânea!
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação
é instantânea. No momento em que nos arrependemos, que deixamos nossos
pecados e nos voltamos para Jesus, ele nos salva. Como diz o hino: "Tal
qual estou, eis-me aqui Senhor, pois o teu sangue remidor..." Cristo disse
ao ladrão não batizado e não salvo, na cruz, (uma resposta instantânea de
salvação ao clamor confiante do ladrão): "Hoje estarás comigo no paraíso"
-- Lucas 23:43. (Paraíso é o mesmo lugar que Paulo viu como o céu de
Deus, 2 Coríntios 12:2-4.) Jesus garantiu a salvação de uma prostituta: "A
tua fé te salvou; vai-te em paz" -- Veja Lucas 7:50. Salvação instantânea!
A salvação inclui o aceitar a Jesus Cristo tanto
como Senhor (Deus, Senhor, novo gerente de nossa vida) e Salvador. Envolve a
crença de coração (o centro de nosso ser que rege, governa e escolhe). Romanos
10:9: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo."
A salvação é simples
Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação
é simples. Romanos 10:13: "Porque: Todo aquele que invocar o nome do
Senhor, será salvo." "O sangue de Jesus, seu Filho, [de Deus] nos
purifica de todo pecado" -- 1 João 1:7.
Devemos, pessoalmente e com fé, clamar a Jesus
para nos salvar. É assim que o recebemos. Se clamarmos assim, ele deve
salvar-nos, ou Deus estaria mentindo, e Deus não pode mentir. Se Jesus nos
amou a ponto de morrer para nos salvar, então desapontar-nos-ia quando
invocássemos o seu nome? É claro que não!
Deus o ama e deseja que você seja salvo. Você
gostaria de receber Jesus como seu Senhor e Salvador neste instante? Eis uma
oração que você pode fazer agora mesmo com todo o coração:
"Senhor Jesus, entra em meu coração e em minha
vida. Lava-me de todo pecado com teu sangue vertido. Faze-me um filho de Deus.
Dá-me teu dom gratuito de vida eterna, e faze-me saber que estou salvo, agora e
para sempre. Agora recebo-te como meu único Senhor e Salvador pessoal.
Em nome de Jesus. Amém."
Jesus o salvou ou ele mentiu? Ele tinha de
fazer uma das duas coisas. Segundo Romanos 10:13, se você invocou, crendo Nele,
Ele o salvou e você está limpo de seu pecado.
A salvação é certa
A pessoa pode saber que é salva não
simplesmente pelo sentimento, mas porque a Palavra de Deus o afirma!
Decore João 3:36: "Quem crê no Filho tem a vida eterna." O que
é que você tem neste instante, segundo a Palavra de Deus? Para onde você iria
se morresse neste instante, segundo a Palavra de Deus? " (Porque andamos
por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este
corpo, para habitar com o Senhor".
(2 Coríntios 5:7,8)
Se agora você sabe que Jesus o salvou, segundo
sua palavra, por favor, tire alguns instantes agora e agradeça-lhe em voz alta
o tê-lo salvo enquanto oramos.
1 João 5:13: "Estas cousas vos escrevi a fim
de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em
o nome do Filho de Deus."
Salvação é crer!
Escolha crer em Cristo, com sentimentos ou sem
eles, e Ele lhe provará Sua realidade à medida que você der o passo da fé,
crendo que Ele cumpriu Sua palavra e o salvou.
Três homens entram no mesmo elevador e querem ir
para o sétimo andar. Um sorri, outro chora, outro tem o rosto impassível, sem
emoções. Todos os três chegam ao sétimo andar, a despeito de seus sentimentos,
porque acreditaram no elevador e se entregaram a ele. Assim também
acontece com a confiança em Cristo -- com sentimentos ou sem eles. Ele o
salvará instantaneamente e o levará aos céus.
A realidade de sua salvação mostrar-se-á em sua
reação de amor em obediência ao seguir a Jesus Cristo. João 14:23: "Se
alguém me ama, guardará a minha palavra." Se você realmente foi salvo,
você obedecerá!
Entre outras coisas, isto significa que você
sairá do mormonismo e seguirá ao Cristo bíblico!
A salvação verdadeira produz boas obras e
obediência a Cristo
Trabalhar pela salvação mostra
incredulidade na suficiência de Jesus Cristo para nos salvar. Entretanto, a
salvação verdadeira e a verdadeira fé, sempre produzem boas obras!
Tiago 2:20: "Queres, pois, ficar certo, ó
homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante?"
Macieiras produzem maçãs. Os cristãos verdadeiros
produzem boas obras. As maçãs são produtos da árvore e provam que é uma
macieira. Mas já era macieira antes de produzir maçãs. Da mesma forma, as boas
obras nunca produzem um cristão; meramente provam que essa pessoa é
cristã. De acordo com 2 Coríntios 5:17: "E assim, se alguém está em
Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram
novas."
Devemos ter a salvação a fim de demonstrá-la,
assim como devemos ter o carro antes de podermos demonstrá-lo!
Mais do que Crença Intelectual
A salvação funciona de verdade? Para os cristãos
nominais que podem ser religiosos mas que têm somente uma crença intelectual em
Cristo, a resposta é definitivamente não! Infelizmente, muitas igrejas têm
membros que são cristãos nominais. Eu fui cristão nominal. Dos tais os
cultistas se alimentam.
Para os que se voltam, com fé, para Jesus Cristo
com todo o coração, a reposta é um sim emocionante e grande!
Tenho uma dívida para com os mórmons e para com
John, meu amigo mórmon, mencionado no primeiro capítulo. Por causa de John,
descobri que minha religião intelectual não era suficiente. Verdadeiramente vim
a conhecer a Cristo como meu Senhor e Salvador pessoal. Agora desejo
partilhá-lo com você.
Deus ama a todos nós, tanto, tanto que enviou seu
Filho para verter seu sangue na cruz por nós. E ainda mais, Deus o ama. Você
está disposto a deixar o pecado e a si mesmo e voltar-se para o Salvador? Deus
diz que todos nós somos pecadores, e isto significa que todos estamos
perdidos. Você jamais poderá ser verdadeiramente salvo, até que admita
estar perdido! Até poder admitir isso, você insulta a Deus, e o acusa de deixar
seu Filho morrer por você embora não houvesse necessidade! Examinemos o caminho
da salvação uma vez mais. Sua decisão acerca de Cristo determinará seu destino.
Oramos para que Deus, em seu amor, capacite-nos a tornar o caminho claro como
cristal.
Como é, exatamente, que me volto para Cristo?
"A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus; a saber: aos que crêem no seu nome" (João 1:12). Você deve confessar
a Deus que você é um pecador perdido, e receber a Jesus Cristo como seu
Salvador. Instantaneamente, Ele o salvará e você nascerá de novo, como filho de
Deus, com uma nova natureza.
Como o recebo? Aceite a Jesus como o Deus
eterno que ressurgiu corporeamente dentre os mortos. Confesse a Cristo, porque
se "com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo" (Romanos
10:9).
Que faço para recebê-lo? Clame a ele com
todo o coração, crendo nele! "Todo aquele que invocar o nome do Senhor,
será salvo" (Romanos 10:13). Se você invocar, com fé, Jesus terá de
salvá-lo ou estaria ele mentindo, porque Ele o prometeu. Ele não pode mentir!
Além disso, se Ele o amou o suficiente para morrer em seu lugar em agonia
sangrenta e solitária numa cruz cruel, deixaria Ele você de lado quando
clamasse a ele para salvá-lo? É claro que não!
Simplesmente ore: "Senhor Jesus, por favor
salva-me de todos os meus pecados. Lava-me pelo teu sangue vertido. Dá-me teu
dom gratuito da vida eterna. Entra em meu coração e em minha vida neste
instante. Torna-me um filho de Deus, e faze-me saber que estou salvo, agora e
para sempre. Agora recebo-te como meu Salvador e Senhor pessoal."
O Cristo que você está recebendo é o Cristo
bíblico, eterno, que sempre foi e sempre será Deus, de eternidade a eternidade.
Cristo o salvou -- não segundo os seus
sentimentos mas segundo a Palavra de Deus? Então simplesmente agradeça-Lhe em
voz alta a salvação de sua alma e a vida eterna.
Decore, neste instante, a primeira parte de João
3:36: "Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna." De modo que no
momento em que você creu, Deus disse ter-lhe dado a vida eterna!
Encontre uma igreja que ensine o sangue de Cristo
e torne clara a salvação, e que crê na Bíblia e na Bíblia somente. Una-se a
ela, e assista aos cultos regularmente como Deus ordena aos cristãos
verdadeiros em Hebreus 10:25.
Siga a Cristo no batismo para mostrar ao mundo
que seus pecados foram lavados quando foi salvo (veja Atos 10:47, 48), e mostre
que está morto para a velha vida e ressurreto com ele para a novidade de vida.
Leia devagar o evangelho de João. Confesse a
outros que Cristo o salvou. Fale de Cristo constantemente com outros (veja Atos
1;8). A maior responsabilidade e alegria do mundo, além de ser salvo, é levar
outros a conhecer a Cristo!
Ore freqüentemente e diga a Jesus todos os dias
que você o ama e agradeça-lhe o morrer na cruz por você e por salvá-lo! Se
pecar, confesse o pecado imediatamente, quer seja pecado de pensamento, palavra
ou ação e agradeça a Deus o perdão instantâneo (veja 1 João 1:9). O cristão
poder pecar, mas o verdadeiro cristão não poder viver habitualmente no pecado.
Deixe que Cristo viva esta nova vida por seu intermédio. Diga-lhe que você O
ama diariamente e dê-lhe permissão diária para que viva sua vida através de
você.
Saia do mormonismo, se tiver interesse por sua
alma, e pelas almas dos outros que serão influenciados por você ou para o céu
ou para o inferno. "Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e
perder a sua alma?" (Marcos 8:36).
Se você foi verdadeiramente salvo, Deus diz que
você obedecerá: "Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha
palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada"
(João 14:23).
Não se deixe impressionar demais com os
sentimentos. Deus deseja que você ande pela fé, não pelos sentimentos, e às
vezes Ele removerá completamente todos os sentimentos para ver se você vai
andar pela fé Nele e em Sua Palavra. Outras vezes pode haver alegria e paz
inexprimíveis, mas com sentimentos ou não, a Palavra Dele é verdadeira.
Eis de novo aquela ilustração valiosa. Três
homens esperando no primeiro andar querem ir ao sétimo andar de um edifício. Um
sorri, outro chora e outro está em atitude estóica. Seus sentimentos não têm
importância alguma. O que importa é que todos eles confiam no elevador para
levá-los ao sétimo andar. Portanto entram nele e entregam-se a ele e o elevador
leva todos eles ao sétimo andar.
Assim acontece com nossa ida a Cristo. Não tem
grande importância se você chora, sorri ou tenha pouco ou nenhum sentimento. Se
confiar em Cristo para salvá-lo e a Ele se entregar, Ele o levará aos céus como
o prometeu, com sentimentos ou sem eles. Mas a própria compreensão de que a
pessoa foi realmente salva do pecado e do inferno eterno, mais cedo ou mais
tarde trará um sentimento de paz e alívio, mas nem sempre no próprio instante
da salvação.
Assim como você deve tomar remédio antes que ele
possa fazer efeito, assim deve vir a Cristo e à sua palavra, depois de clamar a
Ele, antes que Ele possa dar-lhe sentimentos de alegria, paz e amor, de forma
tal que você jamais sonhou ser possível.
Eis alguns versículos que você pode desejar
aprender. De qualquer forma, ser-lhe-ão muito úteis em sua vida cristã.
Atos 1:8: "Mas recebereis poder, ao descer
sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra."
1 João 1:9: "Se confessarmos os nossos
pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça."
1 João 3:14: "Nós sabemos que já passamos da
morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama parmenece na
morte."
Quanto Deus nos ama! É minha oração que eu não
tenha impedido que o amor divino fluísse através de mim, embora Deus me tenha
levado a apontar os erros do mormonismo. Deus ama o povo mórmon, e, tanto
quanto sei em meu coração, eu também o amo. Deus não ama o mormonismo, que
ensina o povo acerca de outro Deus, outro Jesus, para sua perdição eterna.
Se este livro lhe foi uma bênção, por favor, faça
que ele seja lido por tantas pessoas quantas puder nestes tempos de desespero,
de trevas e de incrível urgência. Ore bastante a fim de que Jesus possa usá-lo
para ganhar almas para ele.
A
Ilusâo Mórmon — Parte 9 (Apêndice)
APÊNDICE: O CAMINHO DA SALVAÇÃO
O Dr. Norman Lewis, do Seminário Batista
Conservador do Oeste, em Portland, no estado do Oregon, afirma que todo cristão
verdadeiro é confrontado como o "mandamento inescapável" de
testemunhar a todos os homens que estão sem Cristo.
"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século" (Mateus 28:19, 20).
"Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a
Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8).
Quando se combina esta grande admoestação com
João 14:23: " Respondeu Jesus: Se alguém me ama, guardará a minha
palavra", verdadeiramente a responsabilidade de partilhar Cristo com todos
os homens, inclusive os mórmons, é inescapável. Se amamos a Jesus, se cremos
que os homens estão perdidos, se cremos no céu e no inferno, devemos
falar com amigos mórmons e também com outros que precisem de Jesus.
A seguir apresentamos questões que lhes
mostrarão, queridos amigos mórmons, o caminho da salvação.
(O grifo das passagens cidades é de
responsabilidade do autor.)
1. A Bíblia diz que há somente um Deus que
criou todos os universos, planetas e mundos. José Smith e outros líderes
mórmons ensinam que há muitos deuses. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Antes de mim Deus nenhum se formou,
e depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10).
"Há outro Deus além de mim? Não, não há
outra Rocha que eu conheça" (Isaías 44:8).
Escritores Mórmons
"E os Deuses ordenaram, dizendo: Que
as águas debaixo do céu sejam ajuntadas em um lugar, e apareça a terra seca; e
assim foi, como eles ordenaram; e os Deuses chamaram à porção seca,
terra; e ao ajuntamento das águas eles chamaram as grandes águas; e os Deuses
viram que eles eram obedecidos" (José Smith, Pérola de Grande Valor,
Abraão 4:9, 10).
"Se tomássemos um milhão de mundos como este
e contássemos todas as suas partículas, descobriríamos que existem mais Deuses
do que as partículas de matéria nesses mundos" (Orson Pratt, Journal of
Discourses, vol. 2; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854;
edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, p. 345).
Comentário
Obviamente, Deus declara que jamais existiu, não
existe e jamais existirá outro Deus neste ou em qualquer outro mundo, neste ou
em qualquer outro planeta.
Para mais informações veja o capítulo 7 deste
livro: "A Falha Fatal".
2. A Bíblia ensina que Deus jamais teve uma
origem como homem, que sempre foi Deus desde a eternidade passada. A Bíblia
também ensina que jamais haverá nenhum outro Deus. O mormonismo ensina que Deus
uma vez já foi homem antes de se tornar Deus. O mormonismo também ensina que os
homens, algum dia, podem tornar-se Deuses. Em quem você acredita?
A Bíblia
"De eternidade a eternidade, tu és Deus"
(Salmo 90:2).
"Porque Eu sou Deus e não homem"
(Oséias 11:9).
"Eu sou o primeiro, e Eu sou o último, e
além de mim não há Deus" (Isaías 44:6).
"Antes de mim Deus nenhum se formou, e
depois de mim nenhum haverá" (Isaías 43:10).
Escritores Mórmons
"O próprio Deus já foi como nós somos agora
e é um homem exaltado, e senta-se no trono lá nos céus!" (Joseph
Smith, Ensinos do Profeta José Smith; publicado por Deseret Book Co., Salt Lake
City, 1969, p. 345).
"Lembrai-vos de que Deus, nosso Pai
Celestial, já uma vez talvez tivesse sido uma criança, e mortal como nós
somos e se elevou um passo na escala do progresso, na escola do
adiantamento" (Orson Hyde, Journal of Discourses, vol. 1, p. 123;
publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt
Lake City, Utah, 1966).
"O Senhor criou a ti e a mim para o
propósito de nos tornarmos Deuses como ele próprio" (Brigham Young,
Journal of Discourses, vol. 3, p. 93).
"Como é o homem, Deus uma vez já foi; como
Deus é, o homem poder ser" (Lorenzo Snow, ex-presidente da Igreja Mórmon, Millenial
Star, vol. 54; também Milton R. Hunter, The Gospel Through the Ages,
pp. 105, 106).
Comentário
De acordo com a Bíblia, Deus jamais progrediu até
ser Deus; Ele sempre foi Deus. Está claro que o homem não existiu antes de
Deus. Claro também está que, visto como Deus declara que jamais haverá
nenhum outro Deus, os homens nunca se tornarão deuses.
Para informações adicionais veja neste livro o
capítulo 8: A Verdade acerca do "Deus-Adão", e capítulo 9:
Contradições concernentes à Pessoa de Deus.
3. A Bíblia ensina que Jesus Cristo sempre foi
Deus. O mormonismo ensina que houve um tempo em que Jesus não foi Deus. Em quem
você crê?
A Bíblia
"E tu, Belém Efrata, pequena demais para
figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em
Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade"
(Miquéias 5:2).
"No princípio era o Verbo de [Jesus],
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1).
"Antes que Abraão existisse, eu sou"
(João 8:58).
Escritores Mórmons
"Cristo, o Verbo, o Unigênito, já tinha, é
claro, atingido o status da Divindade ainda quando vivia na
preexistência" (livrete, What the Mormons Think of Christ -- O Que
Os Mórmons Pensam de Cristo -- ; publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, p. 36).
"Jesus tornou-se um Deus e chegou ao
seu grande estado de compreensão mediante esforço consistente e obediência
contínua a todas as verdades do evangelho e às leis universais" (Milton R.
Hunter, The Gospel Through the Ages; Deseret Book Co., Salt Lake City,
1945, p. 51).
Comentário
Deus foi Deus desde o princípio como também Jesus
Cristo o foi desde o princípio, desde todo o tempo. Jesus Cristo sempre
foi Deus e é Deus. Jesus disse a Filipe, em João 14:9: "Quem me vê a
mim, vê o Pai."
Para mais informações veja neste livro o capítulo
7: "A Falha Fatal", sob o subtítulo, O Cristo.
4. Deuteronômio 18:20-22 diz que o teste de
Deus para o profeta inclui uma exatidão de 100% no cumprimento de suas
profecias, ou então o profeta é falso. Muitas das profecias de José Smith
jamais foram cumpridas. De acordo com o teste bíblico, foi José Smith um
profeta verdadeiro ou um profeta falso?
A Bíblia
"Porém o profeta que presumir de falar
alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome
de outros deuses, esse profeta será morto. Se disseres no teu coração: Como
conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que quando esse profeta
falar, em nome do Senhor, e a palavra dele não se cumprir nem suceder, como
profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba a falou o
tal profeta: não tenhas temor dele" (Deuteronômio 18:20-22).
Escritores Mórmons
Profecia proferida por José Smith em setembro de
1832: A Nova Jerusalém e seu Templo devem ser construídas no estado de Missouri
nesta geração (José Smith, Doutrina e Convênios 84:1-5).
"Os Santos dos Últimos Dias esperam ver o
cumprimento dessa profecia durante a geração que existia em 1832 assim
como esperam que o sol nasça e se ponha amanhã. Por quê? Porque Deus não pode
mentir. Ele cumprirá todas as suas promessas" (Apóstolo Orson
Pratt, Journal of Discourses, vol. 9; publicado por F. D. e S. W.
Richards, Liverpool, 1854; edição, reimpressa Salt Lake City, 1966, p.71).
Esta profecia não se cumpriu, portanto é falsa.
Profecia dada por José Smith entre 1831 e 1844:
A Casa Nauvoo a ser construída deve pertencer à
familia Smith para sempre (José Smith, Doutrina e Convênios 124:56-60).
Smith foi morto em 1844 e os mórmons foram expulsos de Nauvoo. A casa já não
pertence à família Smith. A profecia era falsa.
Profecia de José Smith: "A vinda do Senhor
que estava perto...até mesmo em 56 anos tudo deve terminar" (José
Smith, História da Igreja, vol. 2, p. 182; publicado por Deseret News
Publishers, Salt Lake City, 1902-1912). Esta profecia era falsa.
Comentário
José Smith não passa no teste de Deus para o
profeta verdadeiro. Ele não foi profeta de Deus.
Para mais informações veja neste livro o capítulo
3: "José Smith -- Profeta de Deus?"
5. A Bíblia diz que Cristo foi gerado pelo
Espírito Santo. O profeta mórmon, Brigham Young, disse que Cristo não foi
gerado do Espírito Santo. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Porque o que nela foi gerado é do Espírito
Santo" (Mateus 1:20).
"Descerá sobre ti o Espírito Santo...por
isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de Deus"
(Lucas 1:35).
Escritores Mórmons
"O menino Jesus...não foi gerado do Espírito
Santo" (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1; publicado por
F. D. e S. W. Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt Lake City,
Utah, 1966, pp. 50, 51).
Comentário
O profeta verdadeiro de Deus entraria em
contradição com a Palavra de Deus?
Para mais informações veja neste livro o capítulo
7: "A Falha Fatal".
6. A Bíblia ensina que Deus criou Adão e
deu-lhe vida. Brigham Young ensinou que Adão "é nosso Pai e nosso Deus e o
único Deus com quem devemos lidar". Em quem você crê?
A Bíblia
"Então formou o Senhor Deus ao homem do pó
da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma
vivente" (Gênesis 2:7). "Porque primeiro foi formado Adão,
depois Eva" (1 Timóteo 2:13).
Escritores Mórmons
"Quando nosso pai Adão chegou ao jardim do
Éden, veio com um corpo celestial e trouxe Eva, uma de suas esposas,
consigo. Ele ajudou a formar e organizar este mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o
Ancião de Dias! Acerca de quem santos homens têm escrito e falado. Ele [Adão] é
nosso Pai e nosso Deus e o único Deus com quem devemos lidar" (Brigham
Young, Journal of Discourses; vol. 1; publicado por F. D. e S. W.
Richards, Liverpool, 1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, p.
50).
Comentário
Negar a doutrina do Deus-Adão é admitir que
Brigham Young é profeta falso. Aceitá-la é negar a Palavra de Deus, a Bíblia.
Para mais informações veja neste livro o capítulo
8: "A Verdade Acerca do Deus-Adão", e capítulo 9: "Contradições
Concernentes à Pessoa de Deus".
7. A Bíblia diz que o estudo das genealogias é
fútil. Os mórmons fazem uso extensivo das genealogias em seu sistema de obras,
batismo pelos mortos, etc. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Evita discussões insensatas, genealogias,
e contendas, e debates sobre a lei; porque não têm utilidade e são fúteis"
(Tito 3:9).
"Nem se ocupem com fábulas e genealogias
sem fim, que antes promovem discussões do que o serviço de Deus, na fé" (1
Timóteo 1:4).
Escritores Mórmons
"Antes que as ordenanças vicárias da
salvação e da exaltação possam ser realizadas pelos que já morreram...devem ser
identificados com exatidão e propriedade. Donde se requer a pesquisa
genealógica...A Igreja mantém em Salt Lake City uma das maiores sociedades
genealógicas do mundo. Grande parte do material de fontes genealógicas de
várias nações está sendo ou já foi microfilmado por esta sociedade; gastam-se milhões
de dólares; e está disponível ao estudo um acervo de centenas de milhões
de nomes e outras informações acerca de pessoas que viveram nas gerações
passadas" (McConkie, Mormon Doctrine, pp. 308, 309).
Comentário
Os registros genealógicos foram destruídos em
Jerusalém em 70 A.D. pelos romanos sob as ordens de Tito, acentuando o término
das genealogias por Deus, uma vez que Jesus já tinha vindo e cumprido o
propósito delas.
Para mais informações sobre genealogias, veja o
capítulo 10: "Sacerdócio e Genealogias", neste livro.
8. A Bíblia, a Igreja e a História lançam
fortes dúvidas à reivindicação dos mórmons de que têm revelação
"nova" e "mais recente". Em quem você crê?
A Bíblia
"Eu, a todo aquele que ouve as palavras da
profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus
lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer
cousa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore
da vida, da cidade santa, e das cousas que se acham escritas neste livro"
(Apocalipse 22:18, 19).
"Edificarei a minha igreja, e as portas do
inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16:18).
"Acautelai-vos dos falsos profetas que se
vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos
roubadores" (Mateus 7:15).
Escritores Mórmons
"Na manhã de um lindo dia de primavera de
1820 ocorreu um dos acontecimentos mais importantes da história deste mundo.
Deus, o Pai Eterno e seu Filho, Jesus Cristo, apareceram a José Smith e
deram-lhe instruções a respeito do estabelecimento do reino de Deus na terra
nestes últimos dias" (LeGrand Richards, A Marvelous Work and a Wonder;
Salt Lake City, Deseret Book Co., 1971, p. 7).
"Contendo Revelações dadas a Joseph
Smith, O Profeta" (Doutrina e Convênios; na página de rosto da
citada obra).
Comentário
O livro do Apocalipse dá-nos o quadro da época da
igreja, da tribulação, do milênio e da consumação de todas as coisas até o
estado eterno. Deus não se "esqueceu" de nada que tornasse necessário
acrescentar um Post Scriptum por revelação posterior.
"Este livro" mencionado em Apocalipse
22:18, 19, certamente parece se aplicar primariamente ao livro do Apocalipse.
Entretanto, o Deus que tudo sabe e que conhece o futuro certamente sabia
que livro seria colocado no final da Bíblia, e que a Bíblia é considerada e era
considerada como uma unidade, um único livro. Parece mais que coincidência de
que a admoestação mais poderosa da Bíblia concernente a suas palavras e
acréscimos às suas profecias estivessem na última página, no último
capítulo, do último livro da Bíblia, pelo último profeta, com as últimas
profecias verdadeiras e certas.
Profeta algum, desde os dias bíblicos, surgiu que
pudesse predizer o futuro com exatidão total requerida do profeta verdadeiro. Ninguém,
desde os dias do Novo Testamento, passou no teste, o que prova conclusivamente
que o dom profético de predizer o futuro foi retirado, e que não há
"revelação" nova ou mais recente da parte de Deus.
Para mais informações veja neste livro o capítulo
13: "A Autoridade Final".
9. Você, como mórmon, compreende que abrir a
porta a "revelações novas" ou mais recentes, cuja verdade é
determinada, em parte, pelo "sentimento", pelo "testemunho"
ou por um "ardor dentro do peito", faz com que lhe seja possível ou a
qualquer outra pessoa alegar revelações de Deus e construir qualquer tipo de
ensinamento que desejar? Pode você confiar numa religião construída sobre a
base de tais "revelações"? Você acredita na palavra de um
"profeta" desacreditado (cujas profecias falharam) e que disse ter
revelações "novas", ou você acredita na Bíblia?
A Bíblia
"Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo
do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado,
seja anátema" (Gálatas 1:8).
"E não é de admirar; porque o próprio
Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus
próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim
deles será conforme as suas obras" (2 Coríntios 11:14, 15).
"Lâmpada para os meus pés é a tua palavra,
e luz para os meus caminhos" (Salmos 119:105).
Escritores Mórmons
"Recebi a Primeira Visitação dos Anjos,
quando tinha cerca de catorze anos de idade" (José Smith, citado em Deseret
News, em 29 de maio de 1852).
"Logo, um indivíduo obscuro, um jovem,
levantou-se e no meio da cristandade, proclamou as novas surpreendentes de que
Deus lhe havia enviado um anjo" (Orson Pratt, Apóstolo, Journal
of Discourses, vol. 13; publicado por F. D. e S. W. Richards, Liverpool,
1854; edição reimpressa, Salt Lake City, Utah, 1966, pp. 65, 66).
"Mas, eis que eu te digo, deves ponderar em
tua mente; depois me deves perguntar se é correto e, se for, eu farei arder
dentro de ti o teu peito; hás de, sentir assim, que é certo" (José Smith, Doutrina
e Convênios 9:8).
Comentário
Aqui você pode perceber que as reivindicações do
mormonismo são iguais a centenas de outras, tais como as da Ciência Cristã, que
têm acrescentado outros livros "inspirados", e do Rev. Moon da Igreja
da Unificação, que afirma ter tido uma visão de Jesus em 1936. Estes ensinam
que tiveram revelação posterior, visitas de anjos, visões, etc., com o
propósito de "compreender" ou fazer acréscimos à Escritura. Você
também pode ver que a prova alegada por eles faz com que sua atenção se desvie
da Bíblia como autoridade total e final, de modo que qualquer coisa serve.
A propósito, quantidade alguma de
"testemunho", "ardor dentro do peito" ou "sentimento"
pode fazer com que se cumpram as profecias de José Smith, ou se transforme um
profeta falso em verdadeiro.
Para mais informações, veja neste livro o
capítulo 13: "A Autoridade Final".
10. A Bíblia ensina que o inferno é eterno. O
mormonismo ensina que o inferno não é castigo eterno para todas as pessoas. Em
qual você acredita?
A Bíblia
"E irão estes para o castigo eterno, porém
os justos para a vida eterna" (Mateus 25:46).
"Por isso quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas
sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3:36).
"E, se alguém não foi achado inscrito no
livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago do fogo" (Apocalipse
20:15).
Escritores Mórmons
"Castigo eterno é castigo de Deus: castigo
para sempre é castigo de Deus; ou, em outras palavras, é o nome do
castigo que Deus inflige, por ser ele eterno em sua natureza. Qualquer pessoa,
portanto, que recebe o castigo de Deus, recebe castigo eterno quer seja ele por
uma hora, um dia, uma semana, um ano, ou uma era" (Élder John Morgan,
panfleto: The Plan of Salvation, publicado pela Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias, 1970, p. 29).
"Na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias não há inferno. Todos receberão uma medida de
salvação" (Apóstolo John Widstoe, Evidences and Reconciliations, p.
216; a mesma afirmativa é encontrada em Joseph Smith -- Seeker After Truth,
Salt Lake City, 1951, pp. 177, 178.
Comentário
A mesma palavra grega da qual se traduz eterno e
para sempre, aionios, é usada para descrever a continuação eterna do
céu, inferno e Deus. Se um for eterno todos o são. Apocalipse 14:11, mostrando
alguns perdidos já no inferno, declara que "não têm descanso algum, nem de
dia nem de noite", e que "A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos
dos séculos". A escolha está clara, ou a Bíblia ou o ensinamento dos
mórmons.
Para mais informação, veja o capítulo 11:
"Algumas Doutrinas do Mormonismo -- Distintivas mas Dúbias".
11. A Bíblia ensina que Davi e Paulo, ambos assassinos,
foram perdoados e que "o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica
de todo o pecado". Os ensinamentos de José Smith dizem que o assassinato é
um pecado imperdoável. Em quem você crê?
A Bíblia
(Depois de Davi ter confessado haver assassinado
a Urias, e tomado a Bate-
-Seba, sua esposa, disse-lhe Natã: "Também o
Senhor te perdoou o teu pecado; não morrerás" (2 Samuel 12:13).
"Saulo, respirando ainda ameaças e morte
contra os discípulos do Senhor dirigiu-se ao sumo sacerdote" (Atos 9:1).
"Persegui este Caminho até à morte, prendendo e metendo em
cárceres, homens e mulheres" (Atos 22:4).
"O sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica
de todo pecado" (1 João 1:7).
Escritores Mórmons
"E agora, eis que eu falo à igreja. Não
matarás; o que matar não terá perdão nem neste mundo, nem no mundo futuro"
(José Smith, Doutrina e Convênios 42:18; também 132:26, 27).
"Esperanças de recompensa mediante o assim
chamado arrependimento ao pé do leito de morte são vãs (Bruce McCOnkie, Mormon
Doctrine, p. 631).
Comentário
Saulo foi responsável pela morte de Estêvão e de
outros. Entretanto, Saulo, o assassino, tornou-se Paulo, o missionário, por
causa de um encontro vital que teve com Jesus Cristo ressurreto na estrada de
Damasco. Seus pecados foram-lhe perdoados. Ele foi lavado pelo sangue do Senhor
Jesus Cristo.
Para mais informação veja, neste livro, o
capítulo 15: "A Salvação Bíblica".
12. A Bíblia ensina que todos os homens são
pecadores perdidos e que necessitam de salvação, e que somente os que aceitam a
Cristo pessoalmente são salvos. O mormonismo ensina que a ressurreição é a
salvação, e assim como todosserão ressurretos, todos serão salvos. A isto
chamam de "salvação geral". Em qual você acredita?
A Bíblia
"Pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus" (Romanos 3:23).
"De fato a vontade de meu Pai é que todo
homem que vir o Filho e nele crer, tenha a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no
último dia" (João 6:40).
Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" (João 11:25).
"Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, tu e
tua casa" (Atos 16:31).
Escritores Mórmons
"Haverá uma Salvação Geral para todos no
sentido em que o termo geralmente é usado, mas salvação com o significado de
ressurreição, não é exaltação" (Stephen L. Richards, panfleto, Contributions
of Joseph Smith, publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, p. 5).
"Todos os homens são salvos
pela graça somente sem nenhum ato de sua parte, o que significa que são ressurretos"
(Apóstolo Bruce McConkie, What the Mormons Think of Christ, p. 28,
panfleto atualmente publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias).
Comentário
Os mórmons colocam a salvação ao mesmo nível da
ressurreição. Todo mundo não é automaticamente salvo quer creia ou não.
Ressurreição não é salvação. Haverá uma ressureição para a maldição dos que não
crêem e também uma ressurreicão para a salvação (João 5:28, 29; Atos 24:15).
Para mais informações veja neste livro o capítulo
14: "A Salvação Mórmon".
13. A Bíblia diz que toda a salvação é pela fé
em Jesus Cristo somente. O mormonismo ensina que ao fazer boas obras o homem
pode tornar-se "digno" da salvação individual ou pessoal. Em qual
você crê?
A Bíblia
"Como está escrito: Não há justo, nem
sequer um" (Romanos 3:10).
"Porque lhes dou testemunho de que eles
[judeus não salvos, mas religiosos] têm zelo por Deus, porém não com
entendimento. Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus, e procurando
estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Romanos
10:2, 3).
"Quem crê, tem a vida eterna" (João
6:47).
"Por isso também pode salvar totalmente os
que por eles se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles"
(Hebreus 7:25).
Escritores Mórmons
"Pois sabemos que é pela graça que somos
salvos, depois de tudo o que pudermos fazer" (José Smith, Livro
de Mórmon, 2 Nefi 25:23).
"A redenção dos pecados pessoais só pode ser
obtida mediante a obediência aos requisitos do evangelho e de uma vida de
boas obras" (James Talmage, Articles of Faith, publicado pela
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1952, pp. 478, 479).
Comentário
Como já afirmamos e já foi provado pela
Escritura, o sangue de Cristo purifica de todo o pecado, e Ele salva completamente,
e não existe salvação que seja mais completa, mais alta ou maior.
As boas obras, inclusive o batismo, vêm depois
da pessoa ter sido salva. Elas demonstram a salvação e provam sua eficácia.
Jamais Deus aceita nossas boas obras como meio de salvação (veja Efésios 2:8,
9). O batismo também é um símbolo que mostra que fomos salvos, não o modo pelo
qual devamos ser salvos. Atos 10:44-48 diz: "Ainda Pedro falava estas
cousas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra...Então
perguntou Pedro: Porventura pode alguém recusar a água, para que não sejam
batizados estes que, assim como nós, receberam o Espírito Santo? E ordenou que
fossem batizados em nome de Jesus Cristo." O ladrão na cruz e o publicano
no templo, Lucas 18:9-14, foram salvos sem o batismo.
Para mais informação veja os capítulos 14 e 15
deste livro.
14. A Bíblia ensina que somos pecadores e que
devemos nascer de novo para nos tornarmos filhos de Deus ao receber a Cristo. O
mormonismo ensina que todos nós somos filhos de Deus. Em qual você crê?
A Bíblia
"Se alguém não nascer de novo, não pode ver
o reino de Deus" (João 3:3).
"Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que
crêem no seu nome" (João 1:12).
Escritores Mórmons
"O homem é, em realidade, filho de Deus...no
conceito mórmon a frase 'a paternidade de Deus e a irmandade do homem', assume
um significado novo e poderoso" (Élder Gordon B. Hinckley, panfleto, What
of the Mormons?; publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, 1975, p. 6).
"Todos os homens e todas as mulheres são
feitos à similitude do Pai e Mãe universais, e são literalmente filhos e filhas
da Divindade" (José Smith, Man: His Origin and Destiny, pp. 351,
355).
Comentário
Deus não nos teria dito que nos tornássemos
filhos de Deus ao receber a Cristo e nascer de novo, se já fôssemos, por
natureza, filhos de Deus.
Veja o capítulo 14: "A Salvação
Mórmon".
15. A Bíblia diz que os cristãos verdadeiros
podem saber e realmente sabem que são salvos, aqui e agora, e têm certeza de ir
estar com Jesus para sempre. Pode você, como mórmon, dizer que está
absolutamente certo de ter uma salvação pessoal neste instante? De que você irá
para o céu "mais alto" a estar com Jesus Cristo para sempre?
A Bíblia
"Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes
que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de
Deus" (1 João 5:13).
"Aquele que tem o Filho tem a
vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1
João 5:12).
Escritores Mórmons (comentário do autor)
Já citei muitos escritores mórmons no assunto das
boas obras para a salvação. Uma vez que jamais podemos saber quando temos feito
boas obras suficientes, ou se somos aceitos por Deus, se a salvação é em todo
ou em parte das boas obras, é óbvio que os mórmons são bastane inseguros acerca
da salvação pessoal verdadeira. Tenho falado com muitos mórmons, de diferentes
níveis na igreja, e quase nenhum deles podia afirmar que sabia com toda certeza
que ia para o céu "mais alto" (realmente não o único) a estar com
Jesus Cristo para sempre. Se tal reivindicação é feita, geralmente é
qualificada na base de boas obras continuadas, fidelidade à igreja mórmon e às
ordenanças, ou simplesmente a idéia geral de que uma vez que haja três céus,
por certo devem alcançar um deles. Realmente, os mórmons não sabem para onde
vão quando morrem. Sua esperança principal está na invenção de um profeta
mórmon desacreditado e seu mito de três céus ou graus de glória. Eles, pelo
menos, sentem-se bem seguros de que não irão para o inferno. Entretanto, todos
os homens ou vão para o céu ou para o inferno, segundo a Bíblia, e qualquer
outra esperança é falsa.
16. A Bíblia admoesta-nos a precaver-nos de
falsos Cristos e falsos profetas. Segundo os profetas e escritores mórmons,
você como mórmon confia num Deus diferente, num Cristo diferente, num caminho
da salvação diferente do caminho da salvação bíblica do Deus bíblico e do
Cristo bíblico. Todas as suas crenças são baseadas nos escritos de José Smith,
que, como já foi provado, é um profeta desacreditado, não um profeta de Deus.
Você quer encarar o juízo e a eternidade confiando nos deuses mórmons, ou no
Deus da Bíblia?
A Bíblia
"Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus
meu!" (João 20:28).
"Se com a tua boca confessares a Jesus como
Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás
salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a
respeito da salvação" (Romanos 10:9, 10).
Escritores Mórmons
"Como é o homem, uma vez Deus já foi: como
Deus é, o homem pode ser" (James E. Talmage, A Study of the Articles of
Faith, publicado pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
1957, p. 430).
"Cristo, o Verbo, o Unigênito, tinha, é
claro, atingido o status da Divindade ainda na preexistência" (B. R.
McConkie, What the Mormons Think of Christ, publicado pela igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, p. 36).
"Ele [Adão] é nosso pai e nosso Deus e o
único Deus com quem devemos lidar" (Brigham Young, Journal of
Discourses, vol. 1, 1996, p. 50).
"O menino Jesus...não foi gerado do Espírito
Santo" (Brigham Young, Journal of Discourses, vol. 1, pp. 50, 51).
"Pois sabemos que é pela graça que somos
salvos, depois de tudo o que pudermos fazer" (José Smith, O Livro de
Mórmon, 2 Nefi 25:23).
Comentário
A escolha é clara, o mormonismo ou o
Cristianismo; José Smith ou Jesus Cristo.
Para mais informação veja os capítulos 7 e 14
neste livro.
17. A Bíblia ensina a salvação instantânea e
completa mediante Jesus Cristo. Os mórmons não crêem na salvação instantânea
pessoal e completa. Em quem você acredita?
A Bíblia
"Porque: Todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:13).
Escritores Mórmons
"A redenção dos pecados pessoais somente
pode ser obtida mediante a obediência aos requisitos do evangelho, e uma vida
de boas obras" (James E. Talmage, Articles of Faith, publicado pela
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1952, pp. 85, 87).
Comentário
Quanto tempo leva para invocar, para pedir
a Cristo que o salve?
18. Você gostaria de pedir que o Senhor Jesus
Cristo bíblico o salvasse neste instante? Deus o ama e deseja que você seja
salvo.
Eis aqui exatamente como você pode ser
salvo: se em realidade o quiser, simplesmente ore, como melhor puder, com todo
o coração: "Senhor Jesus Cristo, entra em meu coração e em minha vida.
Purifica-me de todo pecado com teu sangue vertido. Torna-me um filho de Deus.
Dá-me o teu dom gratuito da vida eterna, e faze-me saber que estou salvo
agora e para sempre. Agora recebo-te como meu Senhor e Salvador pessoal. Em
nome de Jesus. Amém."
Você fez esta oração com sinceridade? Então Jesus
o salvou? Ele prometeu que "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será
salvo" (Romanos 10:13). Se você invocou, com fé, Ele tinha de salvá-lo ou
então Ele mentiu. Segundo sua Palavra Ele não pode mentir! De modo que,
Ele o salvou? Você sabe que está salvo neste instante, não somente
segundo seus sentimentos, mas porque a Palavra de Deus o diz. Esperar
pelo sentimento é negar a fé!
Agora leiamos João 3:36 em voz alta três vezes:
"Quem crê no Filho tem a vida eterna." O que tem você neste instante
de acordo com a Palavra de Deus? Se você morresse neste instante para onde
iria, de acordo com a Palavra de Deus? Se você sabe que Jesus o salvou,
segundo sua palavra, agradeça-O em voz alta por tê lo salvado!
A realidade de sua salvação será vista em sua
reação de amor em obediência e em seguir a Jesus Cristo. "Se alguém me
ama, guardará a minha palavra" (João 14:23). Se você foi verdadeiramente
salvo, obedecerá ao mandamento de Cristo. Naturalmente, isto inclui deixar o
mormonismo.
Você crescerá em segurança e em Seu amor à medida
que:
(1) Freqüentar fielmente uma igreja que crê na
Bíblia e na Bíblia somente, e que crê que somente o sangue de
Jesus Cristo pode purificar o pecado!
(2) Confessar a Cristo publicamente e for
batizado.
(3) Orar diariamente.
(4) Ler a Bíblia diariamente. Comece com o
evangelho de João.
(5) Testificar de Cristo aos outros.
(6) Confessar seu pecado imediatamente.
(7) Deixar que Jesus viva sua vida através de
você.
(8) Desviar-se de qualquer coisa que o impeça de
seguir a Cristo.
Comentário
O verdadeiro amor importa-se o suficiente para
dizer a verdade. Jesus o ama, meu amigo mórmon, e eu também o amo, o suficiente
para desejar vê-lo salvo e estar comigo no céu para sempre, amando e servindo
ao Senhor Jesus Cristo juntos.
Floyd C. McElveen
A Ilusão
Mórmon
Floyd C. McElveen
Tradução de João Barbosa BatistaDireitos Reservados © 1981 EDITORA VIDA. All rights reserved.
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