A ARTE
DE FALAR EM PÚBLICO
Pr. Jones Ross
Secretário Ministerial
ARJ - Sul
INTRODUÇÃO
A ARTE DE FALAR EM PÚBLICO
I - DAS
POSSIBILIDADES DE SER UM ORADOR:
II - DO
APERFEIÇOAMENTO PESSOAL:
QUALIDADES
DE UM BOM PREGADOR
O QUE O
PREGADOR NÃO DEVE FAZER
A
ESTRUTURA E DIVISÃO DO SERMÃO
I - A
INTRODUÇÃO
TIPOS DE
SERMÕES
a)
Sermão Temático:
b)
Sermão Textual:
c.
Sermão Expositivo
PREPARO
E APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
O
PREPARO DO SERMÃO
A
APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
O
PREGADOR DIANTE DO AUDITÓRIO
Como Preparar Sermões Bíblicos
I. O QUE
VOCÊ PRECISA SABER
1. Sobre
o Preparo do Sermão:
2. Sobre
o Preparo Pessoal:
3. Sobre
os Ouvintes:
II. A
ESTRUTURA DO SERMÃO
1.
Introdução
2.
Desenvolvimento do Assunto (Divisões do Tema)
3.
Aplicação
4.
Conclusão (Apelo)
5. O que
é ?
III.
PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO
2.
Textual
3.
Expositivo
IV.
PREPARANDO O ESBOÇO
V.
CUIDADOS A TOMAR
Princípios Básicos para Melhorar
sua Pregação
COMO PREGAR SERMÕES CAPAZES DE
TRANSFORMAR VIDAS
Duas perguntas quanto ao
conteúdo do sermão
CINCO
PERGUNTAS ANTES DE APRESENTAR O SERMÃO
COMO PREPARAR BONS SERMÕES
ESBOÇOS PARA IDÉIAS DE SERMÕES
CONCLUSÃO
Já apareceram grandes pregadores neste
mundo, mas Jesus Cristo é o modelo de pregador eficiente. Qual era Seu segredo?
Seu segredo era que Suas mensagens não vinham dEle mesmo. Ele mesmo
afirmou:“Porque eu nãotenhofalado por Mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse
Me tem prescrito o que dizer e o que anunciar”. Jo 12:14.
O segredo do êxito de Jesus em mudar vidas
com Sua forma de pregar é que Sua fonte de inspiração era o Deus Pai. Suas
palavras surtiam efeito.
Transformavam vidas. Através das palavras,
Jesus conseguia atrair as pessoas e levá-las a uma nova experiência de vida,
esperança e confiança em Deus.
Por que as vezes nossos sermões são fracos
e pobres em transformar vidas? Por que não conseguimos levar almas contritas
aos pés de Jesus? Por que as vezes pregamos e nada acontece em nossa vida e na
vida de nossos ouvintes?
É que falta-nos o poder da Palavra de Deus.
Jesus estava sempre em harmonia com a vontade da Palavra de Deus. Deus era Sua
fonte em todos os momentos. “Não tenho falado de Mim mesmo”. Jesus possuía uma
mensagem vinda de fora dEle. O Pai conduzia o que Ele deveria falar. “O Pai,
que me enviou, tem prescrito o que dizer e anunciar. “ Jo 12:49.
Como pregar de tal forma que transformemos
vidas? Poderemos fazê-lo, quando permitirmos que o Espírito Santo nos guie,
iluminando nossa mente para entendermos as necessidades de nossos ouvintes e
supri-las com o poder da pregação bíblica. “Assim diz o Senhor!” Esta deve ser a
tônica de nossa pregação.
Mostrar aos nossos ouvintes qual a vontade
de Deus para eles, e como podem colocar suas vidas em conformidade com esta
vontade; eis a mais urgente necessidade em nossas pregações.
Pr.
Jones Ross
Secretário Ministerial
ARJ - Sul
CAPÍTULO
I
ORATÓRIA é a expressão pública das idéias
por meio de palavras com um fim de caráter prático.
“Qualquer pessoa, física e mentalmente capacitada
para falar, pode tornar-se orador eficiente sem que para isso, necessite de
dotes de eloquência. Basta aprender, pelo estudo e pela prática, a desenvolver
suas qualidades naturais e os recursos de saber e experiência.”
Oratória Eficiente de Hoje, pag. 24
“O orador eficiente não é o que exibe
qualidades de boa voz, facilidade de expressão e simpatia pessoal, apenas. O
orador eficiente é o que tendo em vista determinado objetivo, seja informar,
persuadir ou deleitar, plenamente o consegue pela influência que exerce no
auditório.”
“O homem é um ser que se aperfeiçoa. Pela
instrução conhece a vida; pela educação adapta-se à vida; pela cultura,
eleva-se na vida... E é a leitura, principalmente a leitura que oferece ao homem
a preciosa oportunidade de se aprimorar: física, intelectual e moralmente.”
Oratória Sacra, pag. 24
1. CARÁTER
2. SATISFAÇÃO
3. CORAGEM
4. SAÚDE
5. CONHECIMENTO DE:
a) Jesus
b) Bíblia
c) Natureza Humana
1. Não deve colocar
as mãos ou a mão nos bolsos das calças ou paletó.
2. Não deve ficar o
tempo todo com o dedo indicador em forma acusadora.
3. Não deve dar
socos na mesa.
4. Não deve ficar
abotoando e desabotoando o paletó.
5. Não deve ficar
arrumando a gravata.
6. Não deve alisar
os cabelos a todo instante.
7. Não deve brincar
nervosamente com a gola do paletó.
8. Não deve ficar
pondo e tirando o relógio.
9. Não jogar a
Bíblia sobre o púlpito depois de lida.
As três divisões de um sermão são:
1. Introdução ou Exórdio
2. Corpo ou Exposição
3. Conclusão ou Epílogo
“Cícero definiu a introdução como sendo a
oração que prepara o ânimo do ouvinte para bem receber o restante do discurso.
É o cartão de visitas do orador. Apresenta-o ao público, dizendo da sua
competência e pretensões.”
Oratória sacra, pag, 115
Na introdução o pregador prepara e desperta
a mente dos ouvintes para o assunto a ser abordado e introduz o assunto.
Tipos de Introdução:
a) Direta
b) Indireta
c) Improviso
Evitar na Introdução:
a) Desculpas
b) Sensacionalismo
c) Excesso de Humor
d) Excesso de Humildade
e) Expressões Rotineiras
Os três tipos são:
a) Sermão Temático
b) Sermão Textual
c) Sermão Expositivo
1. É aquele cuja divisão das idéias é
extraída do tema. Ou aquele cuja forma ou estrutura resulta das palavras ou
idéias contidas no assunto.
2. É o tipo de sermão mais usado por ser o
de mais fácil divisão e mais fácil de ser preparado.
3. É muito apropriado para a evangelização,
o ensino das doutrinas, o estudo bíblico, discussão de temas éticos, etc.
4. A divisão está independente do texto.
a) Uma vez usado o texto, não tem que
usar-se mais. A não ser que contenha a idéia central.
5. É o de mais lógica. O sermão temático é
o que mais se presta à observação da ordem e harmonia das partes.
6. É o mais apropriado para os que estão
iniciando no púlpito.
7. Escolhe-se o tema e busca-se em qualquer
pane da Bíblia, textos que apoiem as idéias selecionadas.
8. Exemplos de sermões temáticos:
ü Não podemos nos esconder de Deus:
a) Jó 34:21- Seus olhos estão sobre
os caminhos dos homens.
b) l Samuel 16:7 - Deus olha o
coração.
c) ll Crônicas 16;9 - Jeová contempla
para fortalecer.
ü As quatro ressurreições por Jessus:
a) Ressurreição logo após a morte - Marcos
5:21-23 e 35-43
b) Ressurreição após 24 horas - Lucas
7:11-17
c) Ressurreição após 4 dias - João
11;17; 38-45
d)
Ressurreição após vários séculos - João 5:28-29; Apoc. 20: 6
ü Jesus chorou:
a) Por causa do homem - João 11:32.36
b) Por causa de uma cidade - Lucas
19:28; 41-44
c) Por causa do mundo - Mateus 26:36-38;
Lucas 22:44
1. É aquele cuja divisão(idéias
principais)é tirada do texto bíblico.
a) As idéias secundárias podem ser buscadas
em outros textos bíblicos.
2. Este gênero de trabalho para o púlpito
faz fixar a atenção numa parte das Escrituras.
3. É profundamente bíblico e ajuda a levar
o ouvinte mais perto do coração da Bíblia.
4. Obriga o pregador a estudar
constantemente a Bíblia.
5. É muito apropriado para as pregações
sistemáticas e consecutivas de livros da Bíblia e de textos isolados.
6. Geralmente usa-se um ou dois versos.
7. Exemplos de sermões textuais:
ü Seleção das idéias apenas:
O que Deus espera do cristão: Miquéias
6:8
a) Que pratique a justiça.
b) Que ame a beneficência.
c) Que ande humildemente com o Senhor.
ü Passos para Deus nos ouvir: II Crônicas
7:18
a) Conversão.
b) Buscá.lo.
c) Humildade.
d) Oração.
ü Segredo para vitória: Filipenses 3:13 e 14
a) Uma coisa faço.
b) Esqueço-me do que para trás fica.
c) Prossigo para o alvo.
d) Busco o prêmio em Jesus.
ü Reverência para com Deus: Apocalipse 14:7
a) Temei a Deus.
b) Dai-lhe glória.
c) Adorai-o.
1.
“É aquele que surge de uma passagem bíblica com mais de dois
ou três versículos.Teoricamente este tipo de sermão difere do sermão
textual, principalmente pela extensão da passagem bíblica em que se baseia; na
prática ambos se sobrepõem.
A Pregação de Sermões, pag. 70
2. É o que se ocupa principalmente da exegese ou
exposição completa de um texto, frases ou palavra das Escrituras.
3. A palavra chave é “exposição”, que dá uma
idéia de “explicar”, “por diante de”.
4. O pensamento bíblico ou do escritor bíblico
que determina a essência da pregação expositiva.
5. A pregação expositiva seria a forma mais
autêntica da pregação e segue a prática dos grandes pregadores do passado,
como: Santo Agostinho, Lutero, Calvino,etc.
6. A mensagem expositiva faz mais das Escrituras,
contribuindo para um maior conhecimento bíblico, criando maior interesse na
Bíblia e não nos assuntos. Isto honra as Escrituras e alimente os ouvintes.
7. “Nos quatro Evangelhos quase todos os
parágrafos contêm material para um sermão expositivo, que pode não ser difícil
de preparar. Especialmente as parábolas se prestam a isso, pois todas elas
evidenciam a imaginação inspirada operando como os fatos da vida.”
A Pregação de Sermões, pag. 74
8. Exemplos de sermões expositivos:
a) Apenas sugerimos as idéias que deverão
ser desenvolvidas pelos alunos
do curso.
ü A importância do cristão para o mundo:
a) Vós sois o sal da terra - v.13
b) Vós sois a luz do mundo - v,14
c) Resplandeça a vossa luz- Em boas obras -
v. 16
ü Atos giganetes em direção a Cristo: Marcos
10:46-52
a) Assentado junto do caminho (ato de
humildade) - v.46
b) Começou a clamar (ato de coragem) - v.
47
c) Levantou-se (ato de fé) - v.50
d) Seguiu a Jesus (ato de perseverança) -
v.52
ü Subamos a Betel:
a) Tirai os deuses estranhos do meio de vós
- v.2
b) Purificai-vos - v.2
c) Mudai os vossos vestidos - v.2
d) E levantemo-nos - v.3
ü Quando um jovem vai à igreja: Isaias 6:1-8
a) Tem ampla visão de Deus - v. 1-14
b) Reconhece o seu pecado - v. 5
c) Sente necessidade de purificação - v.7
d) Alista-se para o serviço - v.8
1. SERMÃO só é sermão, quando sai do
coração, vai para a mente do pregador e dela para a mente do ouvinte e depois
para o seu coração.
a) Sermão é o extravasar do coração.
2. Não pregue sobre a volta de
Cristo se você não está de todo coração querendo que Ele volte,
3. Por isso, desde
o preparo do sermão até a sua apresentação, temos de ter absoluta consciência
da presença do Espírito Santo e de uma comunhão com Cristo.
I. A escolha do assunto:
1. Quatro fatores devem ser levados em
consideração para a escolha do assunto:
a) O interesse de pregador pelo assunto;
b) A competência do pregador para
desenvolvê-lo;
c) O interesse do auditório pelo assunto;
d) A oportunidade do fato (condição da
época).
2. Verificar a freqüência com que o assunto tem
sido pregado naquela congregação; ou que ângulos do assunto têm sido abordados.
3. Buscar a aprovação de Deus para o assunto
através da oração.
4. Defina o tema ou assunto.
1. Ore e medite para que haja desenvoltura na
pregação do sermão.
2. A primeira preocupação na estrutura do sermão
é em preparar o corpo, depois a conclusão e por último a introdução.
3. Defina a idéia central do sermão.
4. Depois de definida a idéia central, responda
para você mesmo as seguintes perguntas:
a) O que o autor quer dizer com este texto?
b) Que aplicação o autor queria dar ao povo
dos seus dias?
c) Que aplicação tem o texto para a minha
vida?
d) Que aplicação tem o texto para a
congregação onde vou pregá-lo?
5. Estabelecer as divisões principais do sermão,
que chamamos de “o esqueleto do sermão.”
6. Fazer um rascunho.
7. Descobrir um grupo de pensamentos que sejam
úteis no desenvolvimento do tema.
8. Acrescente as idéias complementares que serão
“a carne no esqueleto”, e que servirão de apoio as idéias principais. Faça uso de uma chave bíblica para facilitar
a desenvoltura do corpo.
9. Veja algumas ilustrações que contribuam para a
beleza do conteúdo.
a) Um sermão sem ilustrações é como um
edificio sem janelas.
b) Deve-se evitar ilustrações longas,
sarcásticas, histórias que ridicularizam ou piadas.
ü
“Os
pregadores não se devem habituar a relatar anedotas importunas em conexão com
seus sermões, pois isso re- dunda em detrimento da força da verdade
presente.A ver- dade deve ser revestida de linguagem casta e digna e as
ilustrações empregadas precisam ser do mesmo caráter.” O.E- pag. 166
ü “...De
seus lábios não sairá palavra alguma leviana, frívola, pois não é ele
embaixador de Cristo, podador de uma mensagem divina para as almas que perecem?
Toda pilhéria e gracejo, toda leviandade e frivolidade é dolorosa para o
discípulo que carrega a cruz de Cristo. Atendei à ordem: “Sede santos como Eu
também Sou santo.”
Evangelismo,
pags. 206, 207
c) As ilustrações explicam e iluminam:
ü Despertam
e aumentam o interesse.
ü Ajudam
a relembrar a pane prática do sermão.
ü Fortalecem
a idéia central do sermão.
ü Provêm
descanso mental.
ü Deleitam.
ü Comovem
os sentimentos.
a) Suba à plataforma bem preparado, mas
dependente do Espírito Santo.
b) Comece com calma.
c) Prossiga de modo modesto.
d) Não trema.
e) Fale com clareza, sem declamar.
f) Empregue frases curtas e bem claras.
g) Evite monotonia.
h) Seja sempre senhor da situação.
i) Não empregue sarcasmos, expressões
maliciosas, nem provoque risos, pois o pregador é
representante
de
Deus e não de um circo.
j) Não ataque hostilmente.
k) Ande na plataforma com a devida dignidade.
l) Não ilustre com narrações longas.
m) Não se elogie a si mesmo.
n) Não se afaste do texto ou do tema.
o) Não canse os ouvintes com discursos extensos.
p) Procure suscitar interesse.
q) Fale com autoridade, mas não em tom de mando.
r) Fixe o olhar nos ouvintes.
s) Não crave os olhos nem no chão, nem no teto,
nem tampouco em algum ouvinte particular.
t) Quando for citar um texto bíblico, cite
primeiro o livro, depois o capítulo e por último o verso.
u) Exalte a Cristo.
“As pessoas não vêm à igreja para ouvir um
sermão. Vêm à igreja esperando que o sermão chegue ao coração, satisfaça as
suas necessidades e modifique a sua vida. As pessoas querem ser mudadas. Estão
cansadas, tão cansadas da vida de fracassos que vivem. Não querem somente
pregação, mas ajuda e se alguém pode dar-lhes esta ajuda o povo vem”.
Para você que quer ser Líder, pag. 206
“Não se trata de alguém que “toma a hora”
ou “ocupa o púlpito”. Isto não é o que o povo quer. Necessitam de ajuda para
viver vitoriosamente.
Necessitam de ajuda para a difícil viagem
da vida. Necessitam de reprovação, encorajamento, advertência e amor.
Necessitam disto urgentemente, porque a hora é avançada e suas necessidades são
grandes.”.
“O pregador que o povo mais ama é aquele
que lhes dá ajuda para sua vida diária.”
Para você que quer ser Líder pag. 207
CAPITULO II
1.1.É indispensável
possuir os seguintes materiais: uma
Bíblia, uma Concordância
(Chave
Bíblica) e um Dicionário Bíblico.
1.2. O estudo principal deve ser feito na Bíblia,
mas há um importante material de apoio nos livros do Espírito de Profecia e
Comentários Bíblicos em geral.
1.3.O
ideal é montar seu próprio esboço evitando mensagens prontas; é mais difícil,
mas é a mensagem de maior poder.
1.4. O semão deve ser simples e claro para que
todos compreendam a mensagem de Deus.
2.1. O fator mais importante no preparo do sertão é
o preparo do pregador.
2.2. Conhecimento, técnicas ou talentos naturais
não podem substituir um coração fervoroso, humilde, consagrado e entregue à
direção de Cristo.
2.3. Só quem está em comunhão com Deus pode
influenciar e inspirar os ouvintes e levá-los ao cresdmento espiritual.
2.4. O Pregador deve ser uma pessoa de oração. O
sermão deve ser resultado da influência de Deus na mente do pregador em
resposta às suas orações.
2.5. Deve ser um habitual estudante da Bíblia e não
apenas usá-la para preparar o sermão.
3.1. A mensagem deve
suprir a necessidade pessoal do ouvinte.
3.2. As pessoas esperam que a mensagem traga
solução para seus problemas.
3.3. Todos
tem dificuldades, a mensagem deve trazer alento e sugerir soluções. Eis alguns
dos problemas que as pessoas enfrentam:
a.
Solidão.
b.
Sentimento de Culpa.
c.
Dificuldades Financeiras.
d.
Medo do Futuro.
e.
Problemas Familiares .
Seu objetivo é despertar o interesse no
assunto do sermão e esclarecer o propósito da mensagem.
São as seções principais do sermão. É a
distribuição ordenada do assunto.
As divisões:
2.1. Tomam as idéias claras.
2.2. Promovem a unidade do assunto.
2.3. Enfatizam os ponto principais.
É um dos elementos mais importantes do
sermão, é a apresentação prática da mensagem e a explanação de como torná-la
parte do modo de vida pessoal.
É o momento de falar ao coração,
solicitando que o ouvinte aceite a mensagem e decida colocar sua vida em
conformidade com a mesma.
4.1. Partes da Conclusão:
a. Recapitulação - Ressalta as idéias
principais.
b. Ilustração - Alcança o coração do
ouvinte.
c. Apelo - Convite para mudar.
d. Motivação - É o“como” obter a
mudança que o apelo sugere.
5.1. Título do sermão - É a expressão do assunto que será pregado.
5.2. Propósito do Sermão - É a frase que
resume toda a idéia que o sermão vai apresentar.
5.3. Ilustração - É um recurso que toma a
mensagem mais clara e o ouvinte mais suscetível ao sermão. Ela está para o
sermão assim como a janela está para casa.
A janela permite a entrada de luz, a
ilustração possibilita o esclarecimento da mensagem.
Ilustrar significa “lançar luz”.
É aquele que apresenta um assunto, doutrina
ou verdade Bíblica independente dos textos usados.Seu conteúdo é totalmente Bíbli-co.É um assunto Bíblico apoiado por
várias passagens da Bíblia.
Exemplo de Sermão Temático:
Causas das Orações não Respondidas
I. Pedir
Mal - Rago4:3.
II. Pecado
no Coração - Salmo 66:18.
III. Duvidar
da Palavra de Deus - Rago 1:6, 7.
IV. Vãs
Repetições - Mateus 6:7.
V. Desobediência
- Provérbios 28:9.
É aquele que apresenta um texto ou pequena
porção da Bíblia. Cada frase oferece um argumento que aponta para o assunto
principal do texto.
Exemplo de Sermão Textual:
Dando Prioridade às Coisas Importantes
Texto: Esdras 7:10.
Assunto: O propósito do coração de um
homem de Deus.
l. Disposição de Conhecer a Palavra de
Deus.
“Esdras tinha disposto o coração para
buscar a lei do Senhor”.
1. Numa corte pagã.
2. De maneira completa,
II. Disposição de Obedecer a Palavra de
Deus.
“e para a cumprir”.
1. Prestar obediência imediata.
2. Prestar obediência completa.
3. Prestar obediência contínua.
III. Disposição para Ensinar a Palavra de
Deus.
“e para ensinar em Israel os Seus estatutos
e os seus juízos”.
1. Com Clareza.
2. Ao Povo de Deus.
Observação - As subdivisões
foram extraídas do contexto do livro de Esdras e de passagens que ele conhecia
como escriba: Esdras 7:6,11,12,14,21 e 25; Esdras cap. 9 e 10; Josué 1:8;
Provérbios 8:34,35; Jeremias 29:13 e Neemias 8:5-12.
É aquele que apresenta o assunto de uma
porção maior da Bíblia. A maior parte do conteúdo provém diretamente da
passagem. O esboço consiste em uma série de idéias que giram em tomo do assunto
principal.
Exemplo de Sermão Expositivo:
A Luta da Fé e a Condição para a Vitória
Texto: Efésios 6: 10-18.
Assunto: Aspectos relacionados com a
batalha espiritual do cristão.
l. A Moral do Cristão. v 10 -14a.
1. Deve ser elevada. v 10.
2. Deve ser time. v 11-14a.
ll. A Armadura do Cristão. v 14-17
1. Armas de defesa. v 14-17a.
2. Armas de ataque. v 17b.
lll. A Vida de oração do Cristão. v 18.
1. Deve ser persistente. v 18.
2. Deve ser intercessora. v 18b.
1. Escolher a Passagem Bíblica.
Ao escolher a passagem tenha em mente as
necessidades espirituais e temporais da congregação, dificuldades, tensões ou
ocasiões especiais.
O texto deve ser apropriado para a ocasião
e precisa-se confiar na direção do Espírito Santo.
2. Estudar o Assunto.
Pesquisar a passagem para não aplica-la
fora do contexto.
3. Descobrir o Ponto Principal da Mensagem.
Descobrir o princípio bíblico da mensagem
que se aplique a todas as épocas e a todas as pessoas.
Estabelecer o relacionamento da mensagem
com a vida dos ouvintes.
4. Construir do Esboço.
Depois do estudo do assunto, estabelecer as
divisões do tema de forma progressiva, do mais simples para o mais amplo
esclarecimento da verdade bíblica.
5. Preencher o Esboço.
Acrescentar subdivisões para que o assunto
seja bem esclarecido. Onde for próprio ilustrar o assunto, usar a ilustração de
forma apropriada para ajudar no esclarecimento do tema.
6. Preparar a Conclusão, Introdução e
Título.
Enquanto os pensamentos da mensagem estão claros
na mente, preparar a conclusão. A conclusão não deve ser longa, pois a atenção
da maioria dos ouvintes é limitada.
A introdução e o título são feitos por
último. Depois de tudo pronto a visão do assunto é mais clara e é mais fácil
preparar estas partes que despertam o interesse no sermão.
1. Não Usar Títulos Impróprios.
O título deve estar de acordo com a
dignidade do púlpito, não deve ser sensacionalista ou extravagante.
2. Não Usar Textos fora do Contexto.
Não fazer uma aplicação indevida do texto
bíblico, dizendo o que a Bíblia não diz.
3. Não Preparar Sermões Longos.
4. Não Fugir do Assunto.
5. Não Usar Passagens Bíblicas em Excesso.
6. Não Usar Temos Impróprios para o
Púlpito.
O púlpito não é um lugar para contar
anedotas.
Por Alejandro Bullón
Esta parte do seminário será apresentada em forma de avaliação, coloque
sua opinião e depois analisaremos a opção carreta.
1. Para que seu semão seja compreendido em
público, em primeiro lugar:
[ ] A mensagem deve estar clara para você.
[ ] O sermão deve estar bem esboçado.
[ ] O sermão deve ter boas ilustrações.
2. O que o povo pensa quando você está
pregando?
[ ] O que mais gosto neste pregador?
[ ] O que há nesta mensagem para mim?
[ ] Preciso aprender alguma coisa deste
sermão?
3. Qual deve ser seu primeiro objetivo ao
pregar?
[ ] Convencer e persuadir as pessoas.
[ ] Provar que a mensagem está baseada na
Bíblia.
[ ] Ser Compreendido.
4. O que motiva as pessoas ao ouvirem o
sermão?
[ ] Você as convenceu com seus argumentos.
[ ] Elas serem beneficiadas.
[ ] O fato de ouvirem um pregador
eloqüente.
5. A Diferença entre o discurso e o sermão
é:
[
] O Discurso é a exposição de um tema,
enquanto o sermão persuade e leva pessoas à ação.
[
] O discurso é mais didático, o sermão é
espiritual.
[
] O sermão usa ilustrações, o discurso
não.
6. Quando você cresce como pregador?
[
] Quando grava o sermão em vídeo para
assisti-lo.
[
] Quando observa a reação do povo ao
pregar.
[
] Quando grava o sermão para observar o
tom de voz que usou para apresentar o tema.
7. Como pregar com esboço?
[
] Usar só palavras chaves que destaquem os pontos principais.
[
] Escrever todo o sermão e sublinhar as
bases chaves.
[
] Digitar o esboço no computador e ter
uma cópia impressa para facilitar a leitura.
8. Como envolver o auditório?
[
] Fazer muitas perguntas.
[
] Usar ilustrações visuais envolvendo o
público. (Segurando faixas, cartazes, etc.)
[
] Usar palavras que tornem a mensagem
pessoal. (Técnica você e Eu“)
9. As melhores ilustrações são adquiridas:
[
] Nos livros.
[
] Na observação da vida das pessoas e das circunstâncias.
[
] Nos jornais, revistas e noticiários.
10. A Música é importante para:
[
] Que o público tenha a oportunidade de ouvir um canto sacro.
[
] Reforçar a mensagem do sermão.
[
] Alcançar partes do coração onde a palavra falada não consegue atingir.
11. O apelo eficaz é o que apela:
[
] Só para a razão.
[
] Só para a emoção.
[
] Para ambas.
Dicas
1. Movimento das mãos
1.1
Abertas: Convite.
1.2
Fechadas: Poder.
1.3.
Indicador em riste: Toque ao coração, endereçar.
2. Naturalidade
O público o aceitará mais se for natural,
desta forma você passará credibilidade às pessoas.
3. Avaliação
Peça para sua esposa criticar sua pregação.
4. Estilo
Use seu próprio estilo, não tente imitar
alguém.
5. Preparo
Pregar sem esboço não significa pregar sem
estudo e preparo.
6. Diversas informações importantes
6.1.Leve
a pessoa a comprometer-se com o tema.
6.2.Observe
o brilho dos olhos.
6.3.Se
uma criança de 6 a 9 anos entender o sermão, todos entenderão.
6.4.Nenhum
sermão deve ser terminado sem um apelo.
CAPÍTULO
III
O sermão não deve ser pregado apenas para
informar, mas também para mudar. Mudança é o inicio do crescimento em todos os
níveis.Tiago,
inspirado
pelo poder do Espírito Santo, escreveu: “E lembrem-se: esta mensagem é para
obedecer, e não apenas para ouvir.”Tiago 1:22.BV. O pregador tem de ter
em mente que seu sermão deve levar os seus ouvintes a mudarem de atitudes,
precisam obedecer não somente ouvir a Palavra do Senhor.
Salomão também tinha isto em mente quando
escreveu: “As palavras do homem sábio nos forçam a tomar uma atitude. Elas
explicam claramente verdades muito importantes. Os Alunos que aprendem bem o
que os professores ensinam serão sábios.” EM. 12:11 BV. Tomar atitude de mudar,
de permitir ser transformado pelo poder da Palavra de Deus.
1. A quem vamos estar
pregando?
Há muita sabedoria
no que o Apóstolo Paulo
diz:“Quando
estou
com aqueles cuja consciência facilmente os inquieta,não ajo como se eu soubesse tudo e não digo que
eles são tolos; o resultado é que assim eles estão dispostos a me deixar ajudá-los. Sim, qualquer que seja o
tipo de pessoa, eu procuro achar um terreno comum com ela, para que me permita
falar-lhe de Cristo e permita a Cristo salvá-la. Faço isto para levar o
Evangelho a eles e também pela bênção que eu próprio recebo, quando os vejo ir
a Cristo”.
I Cr. 9:22-23. BV.
Precisamos perguntar antes de preparar o sermão:Quais são as necessidades de meu auditório?
Quais suas preocupações? Quais são suas feridas emocionais? Então procurar
apresentar a Cristo como solução para suas necessidades. Paulo orienta: “...
Digam só o que é bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e o que
resulte em bênçãos para eles.” Ef. 4:29. BV.
Na base de nosso cérebro há uma glândula
denominada de RAS (Sistema Ativante Reticular), que faz com que focalizemos uma
coisa por vez. Ou seja, prestamos atenção em uma coisa por vez. Quando
pregamos, é bom entendermos que as pessoas que estão nos ouvindo, prestam
atenção em um assunto por vez. Então, se falamos aquilo que as interessam faz
com que focalizem sua atenção para o assunto e o entenda; pois sabem que iremos
falar aquilo que preencherá suas necessidades.
Os cientistas dizem que a pessoa focaliza
três coisas:
1. Coisas que possuam valor - Aquilo que é
de valor para ela.
2. Coisas fora do comum - Aquilo que é
extraordinário, espetacular.
3. Coisas que ameaçam - Aquilo que ameaça
sua vida.
O sermão tem de iniciar onde o povo está,
para levá-lo onde deveriam estar. Deus sabe as necessidades do povo e Ele dará
ao pregador a mensagem para suprir as necessidades do povo. A necessidade do
povo é freqüentemente a chave, para o que Deus quer que falemos.
2. O que a Bíblia diz sobre
suas necessidades?
Jesus, estando em uma sinagoga em Nazaré,
deixou claro a missão do Messias ao ler estas palavras: “O Espírito do Senhor
está sobre Mim; Ele Me nomeou para pregar a Boa Nova
aos pobres; mandou-me anunciar que os presos serão libertados e os cegos verão;
que os oprimidos serão libertados de seus opressores, e que Deus está pronto a
abençoar todos aqueles que vêm a Ele.” Lc. 4:18-19 BV. Não seria também
nossa missão? Não somos embaixadores de Cristo para pregarmos Sua mensagem ao
povo? Que tipo de necessidades Jesus quer atender através de nossa voz? Que
necessidades nossos sermões têm suprido?
Paulo ao escrever ao ministro da Palavra, Timóteo, diz: “A Bíblia inteira nos foi dada por inspiração de Deus,e é útil para ensinar o que é verdadeiro,e nos fazer compreender o
que está errado em nossas vidas; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é
correto.” II Tm. 3:16 BV.
Se aproveitássemos mais as riquezas
contidas na Palavra de Deus para instruirmos e mostramos ao povo o caminho a
seguir, teríamos
mais sucesso em ver pessoas
rendidas aos pés de Jesus e serem transformadas pelo poder da Palavra. “A Palavra de Deus
está repleta de princípios gerais para a formação de
hábitos corretos de vida, e os testemunhos, tanto gerais como individuais,
visam chamar a sua atenção particularmente para esses princípios”. Ellen G.
White, Mensagens Escolhidas, Vol. III, pag. 31.
O propósito da vida é transformar o
caráter, não ensinar doutrinas. É urgente a necessidade de
pregarmaos de forma que coloquemos diante do povo, o que a Palavra de Deus diz a respeito de
seus problemas.
Como
ele pode encontrar em Deus e na Sua Palavra, conforto, esperança, luz e soluções para suas
apreensões e insegurança.
Como
pregadores,
ensinamos as pessoas que elas precisam melhorar seu
relacionamento com Deus. Que precisam confiar nEle. Mas o grande dilema é:
como? Esta é a pergunta que vai na mente de nossos ouvintes. Como posso ser
melhor? Como posso encontrar soluções para meus problemas? Como ser fiel a
Deus? Como conduzir minha família nos caminhos do Senhor? Sim, ser bom cristão,
mas como? Precisamos responder estas perguntas com o “Assim diz o Senhor”.
I - Qual a maneira mais
prática de apresenta-lo?
Se o alvo da pregação é transformar vidas,
a primeira preocupação do pregador deve ser com a aplicação.
a)
Um sermão sem aplicação, é um aborto. Paulo ao escrever à Tito, diz: “Mas
quanto a você, defenda a vida decente que acompanha (ensina viver) o verdadeiro
cristianismo”. Tito 2: 1BV.
A Bíblia é um conjunto de aplicações para a
vida. O livro de Tiago é 100% aplicação. Romanos 50% é aplicação. Efésios
também contém 50% de seu conteúdo de ensinamentos para a aplicação prática. O
que dizer do sermão da montanha? Não é ele 100% aplicação à vida diária do
cristão? E a sua conclusão apela para que o homem sábio construa sua casa sobre
a rocha e não sobre a areia.
a) Como tomar o sermão prático?
1.
Sempre tenha como alvo uma ação específica. Nada se torna dinâmico antes que se
torne específico. O que queremos que a congregação se torne?
2.
Sempre dizer-lhes por quê? Explicar-lhes porque precisam fazer mudança. Quais
os benefícios para eles, para suas famílias, para a igreja, para a sociedade,
em fazer a mudança. As pessoas secularizadas querem saber como que a mensagem poderá ajudá-las a mudar a vida para melhor.
3.
Mostre para eles, como? Sim, ser um bom cristão, mas como? Como eles devem
fazer para colocar em prática aqueles conceitos que estão ouvindo? Não podemos
dar só o diagnóstico, mas temos que ministrar o medicamento.
II - Qual a maneira mais
positiva de apresenta-lo?
O sábio Salomão inspirado pelo Senhor, diz:
“O homem sábio se toma famoso pelo seu bom senso; um professor que fala com
delicadeza e interesse ensina muito melhor que qualquer outro,” Pv.16:21 BV.
Devemos pregar de modo agradável e não com
raiva. O sermão não pode dar a idéia de negativismo. Devemos dar uma mensagem
positiva, que possa ajudar o membro a adorar. Não condenar mas mostrar o
caminho da salvação.
Devemos
fazer duas perguntas ao prepararmos um sermão:
1.
É esta mensagem Boas-Novas?
2.
O título do meu sermão sugeri Boas-Novas?
Efésios 4:19, diz: “....transmita graça aos
que ouvem”. Ao pregarmos sobre o 7° mandamento, a ênfase deve ser a fidelidade
conjugal e não o adultério.A bênção da fidelidade para o lar, etc.
II - Qual a maneira mais
encorajadora de apresentá-lo?
Vejamos o que a Palavra do Senhor nos diz:
“Um coração ansioso deixa o homem frustrado e derrotado mas uma palavra amiga
de ânimo e simpatia renova as forças. ”Pv. 12:25 BV. “Estas coisas que
foram registradas nas Escrituras há tanto tempo servem para nos ensinar a
paciência e para nos animar, a fim de que aguardemos esperançosamente o tempo
em que Deus vencerá o pecado e a morte.” Rm. 15:4 BV.
As
pessoas que vão a igreja têm três necessidades básicas:
1.
Renovar a fé.
2.
Renovar a esperança.
3.
Restaurar o amor.
Se queremos transformar a vida de pessoas
que estão com problemas, precisamos dizer como podem fazer isto. Mostrar o lado
positivo. Dar ânimo e esperança para seus problemas. As pessoas precisam saber
que Jesus pode ajudá-las; que não estão longe demais que Deus não as possa
alcançar.
“Há mais pessoas do que pensamos ansiando
por encontrar o carinho para Cristo. Os que pregam a derradeira mensagem de
misericórdia, devem ter em mente que Cristo tem de ser exaltado como refúgio do
pecador”. Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pag. 158.
As pessoas vivem na expectativa de auto
realização (efeito Rozental). Nossa função como pregadores é cumprir as
orientações contidas na Palavra do Senhor: “Entretanto, aquele que profetiza,
pregando as mensagens de Deus, está ajudando os outros a crescer no Senhor, animando-os
e confortando-os”. I Cr. 14:3 BV.
IV - Qual a maneira mais
simples de apresentá-lo?
O Apóstolo Paulo sabia o que era pregar com simplicidade, ele
escreveu:“Queridos irmãos,
mesmo quando estive com vocês pela primeira
vez, não usei palavras empoladas nem idéias pomposas para lhes apresentar a mensagem de Deus. Decidi-me a falar só de Jesus Cristo
e de Sua morte na cruz. Fui até a vocês em fraqueza - temeroso e trêmulo,e a minha pregação foi muito simples, não com abundante
oratória e sabedoria humana; entretanto, o poder do Espírito Santo estava em
minhas palavras, provando a todos quantos as ouviram que a mensagem vinha de
Deus. Fiz isso, porque desejava que vocês tivessem uma fé firmemente baseada em
Deus, e não em grandes idéias de algum homem”. l Cr. 2:1-5 BV. O mesmo
Paulo ao escrever à Tito, diz: “Sua linguagem deve ser tão sensata e
equilibrada que alguém que quiser questionar, sinta vergonha de si mesmo,
porque não haverá nada a censurar em tudo o que você diz”. Tito 2:8 BV.
Como tomar o sermão simples? Temos algumas
formas de tomar nossos sermões simples, de tal forma que as pessoas possam
entendê-lo sem perder o conteúdo.
1.
Condensar a mensagem em uma única sentença.
2.
Evite os termos teológicos. Ex: Sotereologia, etc.
3.
Conserve simples o esboço.
4.
Faça de suas aplicações os pontos fortes de seu sermão.
Aqui está a chave para pregar de forma que
se transforme vidas. O que mais uma pessoa se lembra de um sermão, são suas
principais divisões. Torne-as passos para a ação.
Como se faz isto?
Inclua um verbo nas divisões. Procure
mostrar o que as pessoas devem fazer para melhorar ou mudar de vida.
Vejamos um exemplo em Tiago 3:13-18.
Idéia
Textual: Sabedoria.
Idéia
do Sermão: Relacionando-se sabiamente com os outros.
Interrogativa:
Como relacionar-se sabiamente com os outros?
Idéia Central: O
cristão pode relacionar-se sabiamente uns com os outros seguindo os passos da
sabedoria.
I
- Se eu sou sábio- não
comprometo minha integridade. v 17.
II
- Se eu sou sábio - sou pacificador, não vou provocar sua ira. v 17.
III
- Se eu sou sábio - não serei indulgente, não vou minimizar seus
sentimentos. v 17.
IV
- Se eu sou sábio- eu não vou criticar
suas sugestões. v 17.
V
- Se eu sou sábio - eu não darei ênfase ao seus erros. v 17.
VI - Se eu sou sábio - eu não vou
encobrir minhas fraquezas. v 17.
VIl
- Seu eu sou sábio - em Jesus encontro toda fonte de sabedoria. Col.2:3
Outro exemplo:
Texto: Mt 4 :1.1 1.
Idéia Textual: Tentação.
Idéia do Sermão: A tentação para
pecar é nossa sorte comum.
Sentença:
A tentação, que se resiste vitoriosamente, pode ser um meio para bênção
espiritual.
Tese: Pode-se resistir vitoriosamente à
tentação.
Interrogativa : Como pode-se resistir a
tentação?
Transição: À semelhança de Cristo,
devemos preencher certas condições. (palavra chave: “Condições”)
I - Temos que conhecer a Palavra de Deus.
(“Está Escrito”)
II - Temos que crer na Palavra de Deus. (
“Está Escrito”)
III - Temos de obedecer a Palavra de Deus.
( “Está Escrito”)
Conclusão: Se nós, como Crísto no deserto,
conhecermos.., crermos... obedecermos..., também nos erguremos em triunfo.
V - Qual a maneira mais
pessoal de apresenta-lo?
As idéias precisam ser pessoais para que se
tornem em ação. É muito importante sabermos como transmiti uma mensagem na qual
estamos comprometidos com nossos ouvintes.
Temos três classes de pregadores:
1. Pregadores que manipulam por meio de
monólogo.
2. Pregadores que transmitem informações.
3. Pregadores que comunicam relacionamento.
Como pregadores precisamos ser Bíblias
vivas. Nossa voz deve ser a voz
de Deus
comunicando o relacionamento que
Deus deseja ter
com o
pecador,
Somos
portadores de Boas Novas de salvação, e as pessoas esperam ver qual o caminho
pelo qual se salvar. Ao transmitirmos a mensagem de Deus, não podemos deixar
dúvidas na mente de nossos ouvintes, pois aquela pode ser a última vez que
alguém poderá estar ouvindo a advertência divina. Não basta gostar de pregar,
precisamos amar os ouvintes.
CAPÍTULO
IV
1. Junte dados. A fonte de pesquisa é a Bíblia. Mas é
necessário uma Bíblia com referências e notas marginais. Ter uma boa
concordância,
Dicionário da Bíblia, Atlas bíblico e Comentário. Anote tudo o que encontrar sobre o assunto que
está sendo pesquisado.
2. Faça uma breve, mas inteligente
análise do texto. Isto dará segurança ao pregador ao transmitir sua
mensagem.
3.Faça um esboço procurando responder as seguintes perguntas:
Que lições estão contidas no texto? Qual a
palavra chave? Sobre o que o autor está falando? Qual era o contexto histórico?
Em que este sermão ajudará meus membros?
4. Ore pedindo ao Espírito Santo
iluminação para entender a passagem escolhida e que a mensagem possa ser
transmitida de tal forma, que as necessidades dos ouvintes sejam atendidas.
“Um sermão sem propósito e progressão
reconhecível pode levar à confusão, e não à convicção e decisão”. Charles W.
Koller, Pregação Expositiva Sem Anotações, pág.71.
Um sermão para que possa ser entendido deve
ter bem definido os seguintes passos:
1. Título ou Tema.
a)
Este Título ou Tema deve ser breve. A brevidade tem a capacidade de prender a
atenção.
b)
Deve ser atraente. O título de um livro quando é sugestivo, atrai o leitor
levando-o a comprá-lo
e se
interessar
de
lê-lo.
c)
Deve estar em harmonia com todo o sermão.
d)
Deve ser reverente e sacro.
e) Deve estar relacionado com as necessidades da congregação.
2. A introdução.
a) Deve preparar a congregação para ouvir a
Palavra do Senhor e deixar claro a importância desta mensagem. Se quiser-mos
atenção durante todo o sermão, precisamos criar interesse já na introdução.
b) Deve se deixar claro a idéia central do
sermão. Qual o objetivo do sermão?
3. O Pontos Principais ou Corpo do Sermão
(em algarismos romanos).
a) Deve ser em forma de uma sentença.
b) Deve ser tirado da idéia central do sermão.
c) Deve ter uma seqüência lógica.
d) Deve ter um crescimento de idéias para chegar
a um final glorioso.
e) Deve ter como base e ser fortalecidos pela
Palavra de Deus.
4. Subdvisões. (em algarismos arábicos).
5. Ilustrações.
As ilustrações são consideradas as janelas
do sermão. Mas cuidado para que seus ouvintes não saiam por estas janelas e não
voltem mais. Cuidados que devemos ter com as ilustrações:
a) As ilustrações devem estar de acordo com o
assunto do sermão.
b) Devem ser verídicas.
c) Que sejam razoáveis.
d) De bom gosto.
6. Conclusão.
A conclusão deve responder a pergunta da
congregação: Que faremos? Esta pergunta deve ser provocada pelo sermão. Os
nossos ouvintes precisam saber como mudar de vida. E agora perguntam: Sim, mas
como? Que faremos para colocar estes conceitos bíblicos em prática?
A conclusão deve refletir a nossa proposta
para o sermão. Devemos levar a mente de nossos ouvintes para o objetivo, o alvo
proposto durante o sermão. A conclusão precisa levar as pessoas a um
compromisso de mudança de atitude, de comportamento, de vida.
Estes esboços são apenas esqueletos que
precisarão ser completados, enxertados com conteúdo e isto deixaremos que cada
um faça conforme
sua
criatividade e entendimento do texto.
Esboço I
Texto:
I Cr. 10:13
Idéia
do Sermão: Deus é Fiel Quando Você é Tentado
Pergunta:
Como Deus é fiel quando você é tentado?
Divisões:
I
- Deus é fiel tomando a tentação previsível.
II
- Deus é fiel em manter a tentação dentro de limites.
III
- Deus é
fiel em prover uma maneira para
sairmos da tentação.
Esboço II
Texto:
Lc 1 8:1.8
Idéia
do Sermão: O Poder da Oração
Divisões:
I
. A oração poderosa é perseverante (v 3-5)
II
- A oração poderosa é pública (v 3-6)
III
A oração poderosa é oportuna (v 3)
IV
- A oração poderosa é comovente (v 3-7)
V
- A oração poderosa é persistente (v 5.8)
Esboço III
Texto:
I Jo 4:1 1
Idéia
do Sermão: A Verdade Sobre o Amor
Divisões:
I
- Fonte do Amor
II
- Manifestação do Amor
III
- Reprodução do Amor
VI
- Aperfeiçoamento do Amor
Esboço IV
Texto:
1Co 13
Idéia
do Sermão: A Excelência do Amor
Divisões:
I
- O Amor Toma os Dons da Vida Úteis
II
- O Amor Toma as Relações da Vida Bela
III
- O Amor Toma as Contribuições da Vida Eterna
Esboço V
Texto:
Col 1 :9-13
Idéia
do Sermão: Crescimento na Graça
Divisões:
I
- Conhecendo a Vontade de Deus
II
- Na Obediência aos Seus Mandamentos
lll
- Alegria de Sua Presença
lV
- Submissão a Sua Dispensação
V
- Gratidão por Suas Misericórdias
Como pregadores, somos os porta-vozes de
Deus diante dos homens. E como tais, devemos ter a preocupação de representar a
Voz Original, ou seja, a Voz de Deus. Devemos pregar apenas aquilo que o Senhor
disse. Nossa pregação não pode possuir aquilo que o Senhor não disse.
Fomos chamados como pregadores, para
ajudarmos as pessoas a mudarem de vida. Era isto que Jesus procurava fazer. Via
em cada pessoa um potencial, alguém que poderia ser uma bênção. As palavras de
Jesus davam alento às pessoas, mostrando-lhes que Deus as amava.
Ao nos preocuparmos em preparar e pregar
sermões capazes de transformar vidas, passaremos a amar as pessoas e nos
identificar com seus problemas. Este tipo de mensagem só pode sair de uma mente
em comunhão constante com Deus e Sua Palavra. Se quesermos ajudar as pessoas a
mudarem de vida, primeiro teremos que ir à Fonte das soluções dos problemas da
vida - Jesus Cristo. A Sua Palavra é vida. Nela encontramos o lenitivo para as
almas que clamam por um Deus real e que atende suas necessidades.
Que sejamos homens de oração em busca de
poder, homens da Palavra, para podermos representar bem a Deus e seu caráter
diante de nossos ouvintes.
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