Cristão pode fazer
musculação?
Sim, cristão pode fazer musculação. Cuidar
do corpo não é errado. Mas a musculação não deve tomar o lugar de Deus em sua
vida.
O lado bom da
musculação
A musculação por
motivos de saúde é uma prática boa. A Bíblia nos ensina que nosso corpo é
templo do Espírito Santo. Por isso, devemos tomar conta de nosso corpo, vivendo
de maneira saudável e honrando aquilo que Deus nos deu (1 Coríntios 6:19-20).
É natural se
preocupar com o corpo (Efésios 5:29). O corpo e a mente estão ligados, um afeta
o outro. Um corpo saudável melhora a qualidade de vida. Exercícios como a
musculação podem ajudar a diminuir o estresse e ensinar disciplina.
O lado ruim da
musculação
A musculação se torna
um problema para o crente quando vira idolatria. Cuidar do corpo é bom mas há
coisas mais importantes. A saúde espiritual deve estar em primeiro lugar. O
relacionamento com Deus e a devoção a Ele são mais importantes que o exercício
físico (1 Timóteo 4:8). Se a musculação interfere no relacionamento com Deus,
então é melhor não fazer.
Também há limites
para a musculação. Fazer muita musculação pode fazer mal ao corpo. A vontade de
ter um corpo forte e bonito pode se tornar uma obsessão, levando a exercícios
pesados de mais. Musculação exagerada causa lesões graves. Não é bom fazer
musculação quando se torna um vício (1 Coríntios 6:12).
Deus quer nos dar uma
vida equilibrada. A musculação não é proibida na Bíblia mas cada pessoa deve usar
sua consciência para saber se é bom para si. A musculação pode ser uma coisa
boa para uma pessoa mas ruim para outra.
Veja também: um
cristão pode assistir UFC ou fazer MMA?
Cristão pode
frequentar a academia?
Depende da situação.
A musculação está muito ligada à academia. Quem quer ter acesso a equipamentos
variados e um treinador vai para a academia para fazer musculação.
Algumas pessoas não
se sentem bem com o ambiente da academia. Se você se sente muito tentado ao
pecado na academia, evite ir (1 Tessalonicenses
5:22). Você pode fazer exercícios de musculação em casa (mas é
importante ter sempre orientação profissional, para não se machucar).
Se você se sente mais
motivado indo na academia e não se sente muito tentado, pode ir. Peça a Deus
para lhe ajudar com a tentação e tente ser um bom exemplo. É possível fazer
musculação na academia sem agir de forma indecente, dando bom testemunho.
A decisão é sua mas
faça tudo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31). Esse é o mais importante.
O cristão e os
esportes.
O CRISTÃO E OS
ESPORTES. Futebol, Basquete, e outros.
O cristão pode
praticar esportes? Claro que pode! Nós não podemos condenar o esporte por causa
dos abusos que alguns exercem ao praticá-lo. Se os abusos fossem motivo para
condenar o esporte, teríamos que condenar também a comida e a bebida, porque ao
comer e beber muitos praticam abusos; teríamos que condenar o trabalho, porque
ao trabalhar, muitos cometem abusos.
Ao dizer que o
cristão pode praticar esportes, entendemos que através de uma prática honesta,
limpa e cordial, o esportista pode até dar testemunho de sua fé. Jesus disse:
“Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas
obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16). Deixar brilhar a
luz da fé também se pode no esporte, e é isto o que o cristão deve fazer.
Em nenhum texto da
Bíblia o esporte é proibido. Pelo contrário, o esporte é usado como exemplo da
nossa luta e corrida para o céu. Ver 1 Coríntios 9 e Gálatas 2. A coroa de que
falam os textos de Tiago 1.12, 1 Pedro 5.4 e Apocalipse 3.11, é uma figura
tirada das corridas dos atletas gregos, nas quais os vencedores ganhavam uma
coroa de louros como prêmio pela vitória. Assim como Jesus usou figuras e
exemplos terrenos para ilustrar verdades celestiais, assim o Novo Testamento
usa essas figuras para ilustrar a vida cristã. Se o esporte fosse pecado, com
certeza ele não teoria sido tomado como exemplo da luta e da corrida que
devemos manter para o encontro no Reino dos céus.
O cristão está
constantemente ameaçado por tentações do diabo. E, principalmente nas horas de
lazer as tentações são mais fortes. Por isso o esporte praticado com correção,
assim como a oração, o trabalho e a leitura, é um meio de ocupar tanto a mente
quanto o corpo em uma atividade útil, não deixando que eles tenham oportunidade
para pecar.
A Bíblia é clara em
relação à responsabilidade que nós temos para com a nossa saúde física. Nós
devemos cuidar para que a saúde física não seja prejudicada, pois tudo quanto
prejudica a saúde do corpo, é pecado contra o mandamento que diz: “Não matar.”
Considerando que a prática de esporte é fundamental para melhorar o nosso
condicionamento físico, ele pode ser praticado com a aprovação de Deus.
Diante desses fatos,
não podemos tirar outra conclusão senão esta: Enquanto o cristão não furta o
tempo que deve dedicar exclusivamente a Deus, ou à sua família, ele pode e deve
praticar esportes.
Paulo Kerte Jung,
pastor
Jogar futebol é
pecado?
Não, jogar futebol
não é pecado. A Bíblia não condena a diversão. Futebol jogado direito é um jogo
muito divertido, bom para a saúde e que promove o trabalho em equipe. O
problema não é jogar bola mas o coração e as intenções de quem joga.
Se Jesus está
trabalhando em sua vida, você vai evitar xingar, brigar e machucar durante o
jogo de futebol. Você também não será mau perdedor, não levando o jogo muito a
sério. Nada disso faz parte do jogo, vem do coração da pessoa. A forma como
você joga até pode ser um bom testemunho para seus amigos que não são crentes.
Crente pode ser
jogador profissional?
Sim, crente pode ser
jogador profissional de futebol. Jogar futebol é uma profissão honesta, como
qualquer outra. Um bom jogador de futebol profissional precisa ter muitas
virtudes cristãs, como:
Trabalho árduo -
Provérbios 14:23
Dar seu melhor -
Colossenses 3:23
Trabalho em equipe -
Efésios 4:2
Como em qualquer
profissão, o jogador de futebol profissional vai enfrentar muitas tentações.
Por isso, é muito importante pedir força e coragem a Deus para fazer o que é
certo.
E torcer por um time,
pode?
Sim, podemos torcer
por um time mas sem fanatismo. É só um jogo. Não é preciso entrar em rixas nem
mostrar desrespeito para torcer pelo seu time. Podemos torcer de maneira
divertida e inocente, marcando a diferença pela moderação e o respeito.
Cuidado com quem é
muito radical, proibindo tudo (Colossenses 2:20-23). Temos o direito de nos
divertir, tal como o resto do mundo, mas da maneira correta. Deus gosta de nos
ver felizes.
Atenção! O futebol
não pode tomar o lugar de Deus. Se você notar que está muito apegado ao futebol
e isso está interferindo em sua vida e comunhão com Deus, afaste-se do jogo (1
Coríntios 6:12).
PODE UM CRISTÃO
PRATICAR ARTES MARCIAIS?
J. Oropeza
Um assunto
controvertido no cristianismo de hoje é se um cristão pode ou não praticar
artes marciais. Há três pontos de vista básicos. Pra obtermos uma perspectiva
sobre este assunto, vamos considerar cada um brevemente.
Primeiro, alguns
dizem que, por causa de sua origem não cristã (o misticismo oriental), nenhuma
forma de arte marcial deveria ser praticada por cristãos. Entretanto, uma
origem não cristã por si só pode ser um fundamento insuficiente para se
rejeitar as artes marciais, uma vez que este ponto de vista comete o que
chamamos de “falácia genética”. Este erro pressupõe que uma vez que a origem de
uma crença ou prática estava errada, sem considerar seu desenvolvimento, ela
ainda continua errada até hoje.
De fato, se fôssemos
coerentes ao aplicar esse tipo de lógica, nós deveríamos abandonar a
astronomia, porque suas raízes encontram-se na prática da astrologia. Cremos
que, com política, ao invés de cometermos a falácia genética, seria melhor
tentar verificar o quanto de influência as crenças originais podem ter sobre um
objeto de discussão, antes de descartá-lo prematuramente.
O segundo ponto de
vista afirma que, contanto que o cristão separe os aspectos religiosos
(misticismo oriental) das artes marciais, ele pode praticá-las. Para avaliarmos
este ponto de vista, precisamos examinar brevemente algumas das principais
ramificações das artes marciais.
Aikidô. Aikidô
significa “o caminho para a união com a força universal”. Essa força impessoal
é conhecida como “chi”. O objetivo do Aikidô é controlar tanto a si mesmo como
o ambiente. Ironicamente, esta arte marcial é a mais compatível com o
cristianismo no que diz respeito à sua natureza não violenta, contudo – por
outro lado – ela está imutavelmente mergulhada no misticismo oriental.
Judô e Jiu-jítsu. O
Judô envolve técnicas de agarramento e lançamento ao chão. O Jiu-jítsu
concentra-se em travar as articulações humanas e ocupa-se com as maneiras de
dar golpes e manobras. Ambas as formas tem uma ênfase espiritual muito fraca.
Karatê. O Karatê
envolve meditação que, normalmente, inclui o esvaziamento da mente da pessoa de
todas as distrações externas. É nesse ponto que o Karatê torna-se perigoso.
Entretanto, uma vez que o Karatê é, primariamente, uma arte marcial física, o
aspecto da meditação pode ser separado dele.
Kung Fu. O kung Fu é
muito diversificado. Há diferentes estilos de Kung Fu. As formas mais
tradicionais seguem de perto às suas raízes filosóficas budistas, enquanto as
formas menos tradicionais concentram-se mais nos aspectos físicos. Geralmente,
o Kung Fu é mais místico do que o Caratê.
Ninjitsu. De modo
geral, o Ninjitsu não é compatível com o cristianismo. Os ninjas tentam
assimilarem-se a si mesmos com a natureza a fim de serem mais dissimulados, escondidos.
A cosmo visão por trás do Ninjitsu é o panteísmo (tudo é Deus), que contradiz a
visão cristã de que Deus não é o universo, mas o Criador do universo (Gênesis
1.1-2).
Tae Kwon Do. O Tae
Kwon Do é uma forma de arte marcial orientada para o esporte e o físico. É uma
das formas de defesa pessoal oriental mais compatíveis com o cristianismo.
Tai Chi Chuan. O Tai
Chi Chuan envolve a prática do taoísmo. Com o objetivo de alcançar o bem estar
físico, o praticante de Tai Chi Chuan deve estar harmonizado com o universo ao
concentrar-se abaixo da parte central do corpo (o umbigo) – tido como o centro
psíquico do corpo. O Tai Chi Chuan não pode ser conciliado com o cristianismo.
Em vista do exposto
acima, fica claro que certas artes marciais não podem ser separadas da sua
cosmovisão oriental, enquanto outras podem. O Aikido, o Ninjitsu e o Tai Chi
são os mais incompatíveis com o cristianismo.
Em última análise, se
o cristão vai ou não participar de uma destas artes marciais que podem ser
conciliadas com o cristianismo depende em grande parte do instrutor. Se o
instrutor promove o misticismo oriental, o cristão deve deixar a escola. Se o
instrutor separa a prática da arte marcial da filosofia por trás dela, então o
cristão talvez possa, em boa consciência, participar.
Um terceiro ponto de
vista é o de que as artes marciais não são compatíveis com o cristianismo por
causa de sua natureza violenta. Esta é uma posição legítima pois, muitas
passagens na Bíblia falam contra a violência (Mateus 26.52). Entretanto, outros
cristãos chamam a atenção para o fato de que, quando Jesus falou com os
soldados, ele não disse que um combate fosse moralmente errado (Mateus 8.5-13).
Além do mais, Jesus instruiu seus discípulos a tomarem uma espada defensiva com
eles na época em que seu aprisionamento pelas autoridades se aproximava (Lucas
22.36). O apóstolo Paulo indica que há um uso legítimo da força pelo governo ao
punir os malfeitores (Romanos 13.1-5).
Os versículos acima
levaram muitos cristãos a concluir que a Bíblia não condena a autodefesa e que
o uso da força, algumas vezes, é justificável. Apesar de apoiarmos este ponto
de vista, reconhecemos que o assunto da autodefesa é um daqueles que deve ser
determinado pela consciência de cada crente, individualmente.
Recomendamos que o
cristão tenha em mente os seguintes fatores, caso resolva praticar uma arte
marcial:
Primeiro, o cristão
deve estar ciente de que, sendo esta uma área controvertida, ele deve ser
cuidadoso para não causar tropeço a um irmão mais fraco (Romanos 14).
Segundo
(principalmente para os jovens), o cristão deve resistir à tentação de começar
uma briga.
Terceiro, o cristão
não deve permitir que uma arte marcial enfraqueça seu compromisso com Cristo
(Hebreus 10.25).
Finalmente, o cristão
deve orar e examinar sua consciência e seus motivos para se envolver com as
artes marciais.
Estes passos
assegurarão que o envolvimento de alguém com uma arte marcial seja feito com
base numa motivação bem refletida e não com base em motivos fúteis.
Extraído do Christian Research Newsletter,
volume 4, Issue 1, p. 6.
ARTES MARCIAIS
São esportes de luta,
tais como Karatê, Kung Fu, Tai Chi Chuan, Judô, Jiu-Jitsu e Aikidô, cujo início
data de quase 3.000 a.C. A variedade estilos é unificada por um centro espiritual
com raízes no taoísmo e budismo. Acredita-se que o monge budista Bodhidharma
foi o inventor das artes marciais. O significado religioso dessas lutas está na
harmonização das forças da vida (yin e yang) e a habilidade de captar e
utilizar o chi. Os mestres das artes marciais são capazes de realizar tremendas
proezas físicas. A habilidade de socar ou chutar com grande força física ou de
quebrar uma pilha de tijolos com um único golpe é atribuída ao chi. Muitas
pessoas que praticam artes marciais fazem-no sem consciência da natureza
religiosa de tais esportes, mas apenas com interesse em adquirir um bom preparo
físico e capacidade de autodefesa.
Extraído do
Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. Editora Vida.
Nenhum comentário
Postar um comentário