Criaturas mitológicas na Bíblia?
Leviatã – Jó 41:1 e Dragão – Isaías 27:1
O Leviatã é o mesmo Dragão, pois a palavra hebraica é a mesma em ambos os textos: לויתן (livyathan), que, de acordo com o dicionário Strong, significa:
“1) leviatã, monstro marinho, dragão
1a) um grande animal aquático
1b) talvez um dinossauro extinto (plesiosaurus), significado exato desconhecido
Alguns acreditam que seja uma espécie de crocodilo. Mas, a partir da descrição em Jó 41.1-34, isto é evidentemente absurdo. Parece ser um animal grande e que, de alguma forma, expele fogo. Assim como o besouro bombardeiro tem um mecanismo que produz explosão, assim o grande dragão do mar pode ter tido um mecanismo que produzia explosão, tornando-o, assim, um verdadeiro dragão que expelia fogo.” (H03882, Strong)
1a) um grande animal aquático
1b) talvez um dinossauro extinto (plesiosaurus), significado exato desconhecido
Alguns acreditam que seja uma espécie de crocodilo. Mas, a partir da descrição em Jó 41.1-34, isto é evidentemente absurdo. Parece ser um animal grande e que, de alguma forma, expele fogo. Assim como o besouro bombardeiro tem um mecanismo que produz explosão, assim o grande dragão do mar pode ter tido um mecanismo que produzia explosão, tornando-o, assim, um verdadeiro dragão que expelia fogo.” (H03882, Strong)
Isaías 27:1: “Naquele dia, o Senhor com sua espada severa, longa e forte, castigará o Leviatã, serpente veloz, o Leviatã, serpente tortuosa; matará no mar a serpente aquática”. Este tipo de dragão marinho é chamado Leviatã.
Em algumas versões das Escrituras, a palavra “Leviatã” é traduzida como crocodilo. Porém, ao analisarmos a descrição bíblica do animal, percebemos que não se trata de um simples crocodilo, mas de um dinossauro. Veja:
“Acha que ele [o Leviatã] vai fazer acordo com você, para que você o tenha como escravo pelo resto da vida? Acaso você consegue fazer dele um bichinho de estimação, como se ele fosse um passarinho, ou pôr-lhe uma coleira para as suas filhas? Poderão os negociantes vendê-lo? Ou reparti-lo entre os comerciantes? Você consegue encher de arpões o seu couro, e de lanças de pesca a sua cabeça? Se puser a mão nele, a luta ficará em sua memória, e nunca mais você tornará a fazê-lo. Esperar vencê-lo é ilusão; só vê-lo já é assustador. Ninguém é suficientemente corajoso para despertá-lo. […] Não deixarei de falar de seus membros, de sua força e de seu porte gracioso. Quem consegue arrancar sua capa externa? Quem se aproximaria dele com uma rédea? Quem ousa abrir as portas de sua boca, cercada com seus dentes temíveis? Suas costas possuem fileiras de escudos firmemente unidos; cada um está tão junto do outro que nem o ar passa entre eles; estão tão interligados, que é impossível separá-los. Seu forte sopro atira lampejos de luz; seus olhos são como os raios da alvorada. Tições saem da sua boca; fagulhas de fogo estalam. Das suas narinas sai fumaça como de panela fervente sobre fogueira de juncos. Seu sopro faz o carvão pegar fogo, e da sua boca saltam chamas. Tanta força reside em seu pescoço que o terror vai adiante dele. As dobras da sua carne são fortemente unidas; são tão firmes que não se movem. Seu peito é duro como pedra, rijo como a pedra inferior do moinho.” – Jó 41:4-24
A passagem bíblica de Salmo 104:26 chega mesmo a quase comparar o leviatã a um navio, pois diz: “Nele passam os navios, e também o Leviatã, que formaste para com ele brincar”. O Leviatã é descrito como um animal temido, de pele tão espessa que nem espada ou pedra o afugentava e que cuspia fogo. Nem se compara a um simples crocodilo! Trata-se claramente de um dinossauro marinho, provavelmente um Kronossauro, um Hadrossauro ou um Plesiossauro, pois estes possuíam uma estrutura craniana com órgãos em forma de bexigas e câmaras, provavelmente usadas para armazenar substâncias químicas e lançar substâncias inflamáveis (ou seja, eles cuspiam fogo, assim como o Leviatã).
Curiosamente, lemos no verso 9 de Jó 41: “eis que a sua esperança falhará”, uma clara e evidente referência à sua extinção.
Sátiro – Levítico 17:7
Na Bíblia, a palavra hebraica traduzida como “sátiro” é שעיר (seʽirím) e significa “peludos”, também traduzida como “demônios” ou “bodes”.
O contexto específico de Isaías 13:21 e 34:14 deixa bem claro que o termo está sendo usado para se referir às cabras selvagens que frequentemente habitavam as ruínas da antiga Babilônia e Edom.
Já em Levítico 17:07 e 2 Crônicas 11:15, a palavra é traduzida como “demônio”, porque existe uma alusão à prática de realizar sacrifícios ao seʽirím, um deus pagão em forma de cabra. Os tradutores das versões Septuaginta grega e da Vulgata latina, portanto, traduziram a palavra hebraica por “as coisas insensatas” (LXX) e “os demônios” (Vg). Tradutores e lexicógrafos modernos, em geral, adotam o mesmo conceito nesses dois textos, usando “demônios” (Al, So), “sátiros” (BJ, CBC, IBB, PIB) ou “demônios caprinos”, sendo exceções a tradução da Liga de Estudos Bíblicos, a versão dos Missionários Capuchinhos, a Bíblia Vozes e a Versão Brasileira, que vertem o termo literalmente como “bodes” em 2 Crônicas 11:15.
Portanto, podemos perceber que a Bíblia não apoia a existência desse ser mitológico, pois em Isaías 13:21 e 34:14 a palavra hebraica saʽír (literalmente: peludo) refere-se a um bode ou a um cabritinho. E, em Levítico 17:7 e em 2 Crônicas 11:15, é claro que o termo (seʽirím, plural) é usado para referir-se a coisas às quais é prestada adoração e são oferecidos sacrifícios, e isto em relação à idolatria, coisa que a Bíblia absolutamente abomina: “Não terás outros deuses além de mim.” (Êxodo 20:3).
Basilisco – Provérbios 23:32
A palavra hebraica para “basilisco” é צפע (tsepha Ì) ou צפעני (tsiph Ìoniy), que, de acordo como dicionário Strong, significa: “1) serpente venenosa; 1a) uma cobra ou víbora” (H06848). Assim, percebemos que a Bíblia não se refere ao basilisco, o animal mitológico, e, sim, a uma serpente venenosa, cobra ou víbora.
Veja mais sobre os basiliscos no nosso artigo: “Basiliscos na Bíblia“.
Mostro marinho – Gênesis 1:21 / Jó 7:12 / Salmos 74:13
Em todos esses textos, o termo hebraico é תנין (tanniyn) ou תנים (tanniym) (Ez 29.3), que, segundo o dicionário Strong, significa:
“1) dragão, serpente, monstro marinho
1a) dragão ou dinossauro
1b) monstro marinho ou do rio
1c) serpente, cobra venenosa.” (H08577)
1a) dragão ou dinossauro
1b) monstro marinho ou do rio
1c) serpente, cobra venenosa.” (H08577)
Analisando as passagens em questão, é possível perceber que se trata de um grande animal marinho, provavelmente o Leviatã, já mencionado mais acima.
Beemote – Jó 40:15-24
“Veja o Beemote que criei quando criei você e que come de capim como o boi. Que força ele tem em seus lombos! Que poder nos músculos do seu ventre! A cauda dele balança como o cedro; os nervos de suas coxas são firmemente entrelaçados. Seus ossos são canos de bronze, seus membros são varas de ferro. Ele ocupa o primeiro lugar entre as obras de Deus. No entanto, o seu Criador pode chegar a ele com sua espada. Os montes lhe oferecem os seus produtos, e todos os animais selvagens brincam por perto. Sob os lotos se deita, oculto entre os juncos do brejo. Os lotos o escondem à sua sombra; os salgueiros junto ao regato o cercam. Quando o rio se enfurece, ele não se abala; mesmo que o Jordão encrespe as ondas contra a sua boca, ele se mantém calmo. Poderá alguém capturá-lo pelos olhos, ou prendê-lo em armadilha e enganchá-lo pelo nariz?” – Jó 40:15-24
Algumas versões traduzem “Beemote” como hipopótamo ou elefante, mas o animal aí referido não possui características nem de hipopótamo nem de elefante. A descrição bíblica indica que o animal possuía uma cauda grande e potente, pois é comparada com o cedro – árvore alta, forte e resistente. Ora, hipopótamos ou elefantes não possuem uma cauda como esta, descrita no v. 17. A declaração é que tal animal se alimentava em lugares altos, diferente do hipopótamo e do elefante. Juntamente com o v. 23 concluímos que se trata de um animal muito grande e pesado, pois não se alarmava com enchentes, mesmo de um rio como o Jordão, com um considerável volume de águas.
Além disso, o hipopótamo não é encontrado na região geográfica que descreve esse acontecimento bíblico. As particularidades deste animal apresentadas nesses versos são as de um dinossauro herbívoro, provavelmente um braquiossauro, que media aproximadamente 25 metros de comprimento, 15 metros de altura e pesava cerca de 90 toneladas.
Leia mais em: Dinossauros na Bíblia – Leviatã e Beemote.
Gigante – II Samuel 21:16
A Bíblia diz que o gigante Golias, por exemplo, tinha dois metros e noventa centímetros de altura: “Um guerreiro chamado Golias, que era de Gate, veio do acampamento filisteu. Tinha dois metros e noventa centímetros de altura” (1 Samuel 17:4, NVI). Na verdade, até hoje existem pessoas que medem quase três metros de altura. Pessoas desinformadas dizem que a Bíblia fala de gigantes, de pessoas de muitíssimos metros de altura. Mas isso não é verdade. Os gigantes na Bíblia não chagavam a três metros. Portanto, é perfeitamente possível que eles tenham de fato existido. Veja aqui uma lista de algumas pessoas que também mediram quase três metros de altura: http://top10mais.org/top-10-pessoas-mais-altas-da-historia/
Canguru – …
A Bília não fala de cangurus, mas também não nega a existência deles, evidentemente.
Unicórnio
Apesar de essa imagem ateísta que está sendo refutada não mencionar os unicórnios, é sabido que com frequência os ateus afirmam que a Bíblia também fala da existência desses seres mitológicos, e apontam os seguintes textos: Números 23:22; 24:8; Deuteronômio 33:17; Jó 39:9-10; Salmo 22:21; 29:6; 92:10 e Isaías 34:7. Portanto, vamos falar sobre isso aqui também. Em todos esses versículos é usada a palavra hebraica ראם (reʼém). O dicionário Strong diz: “provavelmente os grandes bisões ou touros selvagens agora extintos” (H07214). Os lexicógrafos Ludwig Koehler e Walter Baumgartner mostram que significa “bois selvagens”, com a identificação científica de Bos primigenius. Trata-se de uma “subfamília da família dos ungulados de chifres grandes”.
A primeira vez que a palavra “unicórnio” apareceu na Bíblia foi na tradução Septuaginta (tradução grega das Escrituras hebraicas), que traduziu erroneamente ראם pelo grego “Monokeros“, que significa “um chifre”.
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