Estudo biblico sobre a Trindade

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O Que os Cristãos Creem Sobre Ela

Há somente um Deus, e esse Deus existe numa só essência, em três Pessoas:

·          Deus Pai
·         Deus Filho (Jesus Cristo)
·          Deus o Espírito Santo

As Pessoas são distintas:

·         O Pai não é o Filho
·         O Filho não é o Espírito Santo
·         O Espírito Santo não é o Pai

Deus é um Ser divino absolutamente perfeito, uma essência em três Pessoas. O seu Ser é o que Ele é em relação ao universo que Ele criou. As três Pessoas são assim chamadas porque elas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo) se relacionam entre si de maneira pessoal.

Quando os cristãos dizem que creem num só Deus em três Pessoas, eles não querem dizer com isso:

·         Que exista 1 Deus em 3 Deuses
·         Que existam 3 Pessoas em 1 Pessoa
·         Que existam 3 Pessoas e 3 Deuses
·         Que exista 1 Pessoa em 3 Deuses

Ao se referirem à Trindade, os cristãos querem dizer com isso que:

Existe 1 Deus em 3 Pessoas

Portanto,

  O Pai é Deus

  O Filho é Deus

  O Espírito Santo é Deus

Por Que os Cristãos Creem na Trindade?

Porque a Bíblia claramente ensina que há um único Deus, e que também as três Pessoas são chamadas Deus.

Há um só Deus:

Ouve, ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Deuteronômio 6:4)

Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e além de mim não há Deus. (Isaías 44:6)

 Não vos assombreis, nem temais; acaso desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não vo-lo anunciei? Vós sois as minhas testemunhas! Há outro Deus além de mim? Não, não há outra Rocha que eu conheça. (Isaías 44:8)

Eu sou o Senhor, e não há outro. Alem de mim não há Deus. (Isaías 45:5a)

 

O Pai é Deus

Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele. (1 Coríntios 8:6)

Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos, e está em todos. (Efésios 4:4-6)

 

O Filho é Deus

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.  Ele estava no princípio com Deus.  Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3)

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai. (João 1:14)

Eu e o Pai somos um.  Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar.  Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do Pai; por qual delas me apedrejais?  Responderam-lhe os judeus: Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.(João 10:30-33)

Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!  E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.  Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!  Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram. (João 20:26-29) – É importante ressaltar que nenhuma pessoa ou anjo na Bíblia aceita o título de Deus, ou a adoração devida a Deus, porque isso seria blasfêmia (cf. Paulo e Barnabé em Atos 14); Jesus, no entanto, aceita a declaração e adoração de Tomé, num reconhecimento explícito de que ele é Deus.

E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.  Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;  mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino. (Hebreus 1:6-8)

Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,  para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,  e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses 2:9-11)

(Note que Paulo, em Fl. 2 faz referência a Is. 45:23, versículo no qual o profeta apresenta a palavra do Senhor acerca de si próprio. Assim sendo, Paulo entende que Jesus é tanto Deus quanto o Pai.)

 Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.  Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua.(Isaías 45:22-23)

Confira também as seguintes passagens que demonstram que Jesus é Deus: Is. 7:14; 9:6; Jo. 1:1; 18; 8:58-59; 10:30; At. 20:28; Rm. 9:5; 10:9-13; Cl. 1:15-16; Cl. 2:9; Tt. 2:13; Hb. 1:3; 8; 2 Pe. 1:1; 1 Jo. 5:20.

 

O Espírito Santo é Deus

Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?  Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. (Atos 5:3-4)

Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.  E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. (2 Coríntios 3:17-18)

Mais de 60 Passagens Bíblicas Mencionam as Três Pessoas

Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele.  E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.(Mateus 3:16-17)

 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;(Mateus 28:19)

 A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós. (2 Coríntios 13:14)

Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação;  há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;  um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. (Efésios 4:4-6)

Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,  não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,  que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador(Tito 3:4-6)

Confira também as seguintes passagens: Jo. 3:34-35; 14:26; 15:26; 16:13-15; Rm. 14:17-18; 15:13-17; 30; 1 Co. 6:11; 17-19; 12:4-6; 2 Co. 1:21-22; 3:4-6; Gl. 2:21-3:2; 4:6; Ef. 2:18; 3:11-17; 5:18-20; Cl. 1:6-8; 1 Ts. 1:1-5; 4:2; 8; 5:18-19; 2 Ts. 3:5; Hb. 9:14; 1 Pe. 1:2; 1 Jo. 3:23-24; 4:13-14; Jd. 20-21.

 

Conceitos Errôneos Sobre a Trindade

Erro 1: “A Palavra ‘Trindade’ não está na Bíblia; a Trindade é uma invenção dos cristãos do 4º século”.

Correção: É verdade que a palavra “Trindade” não está na Bíblia, mas o argumento de que somente palavras que estão na Bíblia representam conceitos bíblicos é ilógico.

Palavras como “encarnação”, “monoteísmo”, “onipresença”, “onipotência” e “onisciência” são apenas alguns exemplos de palavras que não estão na Bíblia, e ainda assim representam conceitos indiscutivelmente ensinados na Bíblia.

A palavra “Trindade” foi usada para explicar o relacionamento eterno entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Muitas passagens bíblicas evidenciam a Trindade (veja acima). Heresias e crenças falsas começaram a se multiplicar nos primeiros anos da Igreja, o que continua a ocorrer hoje. Por isso, os Pais da Igreja primitiva combateram tais erros principalmente em seus escritos, que apresentavam a Trindade como sendo o ensinamento bíblico sobre Deus. Eis aqui uma relação de Pais da Igreja que escreveram sobre a Trindade muito antes do ano 300 d.C. (ou seja, antes do início do 4º século):

Data aproximada:

 

90 d.C.                                               Clemente, o terceiro bispo de Roma

90-100 d.C.                                     Didaquê, ou A Doutrina dos Doze Apóstolos

90 (?) d.C.                                         Inácio, bispo de Antioquia

155 d.C.                                             Justino Mártir, grande apologista e escritor cristão

168 d.C.                                             Teófilo, sexto bispo de Antioquia

177 d.C.                                             Atenágoras, teólogo

180 d.C.                                             Irineu, bispo de Lyon

197 d.C.                                             Tertuliano, líder eclesiástico

264 d.C.                                             Gregório Taumaturgo, líder eclesiástico

 

Erro 2: “Os cristãos creem que há três Deuses”.

Correção: Os cristãos creem que há somente um único Deus.

Algumas pessoas creem que os cristãos são politeístas (ou seja, que creem em mais de um Deus), porque cristãos se referem ao Pai como sendo Deus, bem como ao Filho e ao Espírito Santo como sendo Deus. Mas os cristãos creem somente em um Deus. A Bíblia afirma claramente que há somente um Deus. Ela, porém, também claramente afirma que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, que o Espírito Santo é Deus, e que o Pai não é o Filho nem o Espírito Santo, e que o Filho não é o Espírito Santo. A Bíblia afirma que cada uma das três Pessoas são Deus (e não “deuses”).

Muitas ilustrações foram apresentadas através da história da Igreja para ensinar a doutrina da Trindade. Deus é o único Ser que existe numa só essência e em três Pessoas ao mesmo tempo, e portanto não há nenhuma analogia que seja perfeita. Por exemplo, a analogia de que Deus é como a água, que se apresenta como líquido, sólido (gelo) e vapor é errônea, porque na essência de Deus não há apenas uma Pessoa que meramente se manifestade três formas diferentes. Existem, sim, três Pessoas distintas. A analogia de que Deus é como um ovo, composto de gema, clara e casca, também é incorreta, porque Deus não possui partes. O que deve ser entendido é que Deus não é nem três deuses (politeísmo), nem um Deus que pode ser dividido em partes (porque há uma só essência), nem uma só Pessoa que meramente se manifesta como Pai, Filho, e Espírito Santo (modalismo).

 

Erro 3: “Jesus não é Deus”.

Correção: Jesus é Deus, a segunda Pessoa da Trindade.

·         Jesus perdoou pecados
o    Todos nós podemos e devemos perdoar pecados cometidos contra nós mesmos, mas nenhum de nós pode perdoar pecados cometidos contra outros; somente Deus tem essa autoridade (cf. Mc. 2:5-12)
o    Jesus, sendo Deus, tem a autoridade de perdoar qualquer pecado.
o    Jesus, sendo homem, pôde receber em si o castigo pelo pecados dos homens.
o    Jesus, sendo Deus, é um sacrifício suficiente (por ser infinito) para o pagamento de todos os pecados de todos aqueles que nele crêem.
o    Jesus, portanto, sendo homem e Deus, tem a autoridade para perdoar pecados, porque ele mesmo pagou pelos pecados.
o    Confira Rm. 3:21-26; Hb. 2:17; 1 Pe. 1:17-19; 1 Jo. 2:1-2; 4:10; etc.
·         Jesus aceitou ser adorado como Deus, e disse ter a mesma honra e glória do o Pai
o    Confira Mt. 14:33; 28:17-18; Jo. 5:22-23; 9:38; 17:5; etc.

 

·         Jesus disse ser o Filho divino de Deus, um título que os judeus corretamente entenderam como sendo uma alegação de igualdade com Deus.
o    Confira Jo. 5:17-18; 10:30-33; 19:7; etc.

 


Características Exclusivas de Deus
Características de Jesus
Deus é o criador de todas as coisas (Gn. 1:1; Sl. 102:25; Is. 44:24)
Jesus é o criador de todas as coisas (Jo. 1:3; Cl. 1:16; Hb. 1:2; 10)
Deus é o primeiro e o último (Isa. 44:6)
Jesus é o primeiro e o último (Ap. 1:17; 22:13)
Deus é o Senhor dos senhores (Dt. 10:17; Sl. 136:3)
Jesus é o Senhor dos senhores (1 Tm. 6:15; Ap. 17:14; 19:16)
Deus é imutável e eterno (Sl. 90:2; 102:26-27; Ml. 3:6)
Jesus é imutável e eterno (Jo. 8:58; Cl. 1:17; Hb. 1:11-12; 13:8)
Deus é o Juiz de toda a terra (Gn. 18:25; Sl. 94:2; 96:13; 98:9)
Jesus é o Juiz de toda a terra (Jo. 5:22; at 17:31; 2 Co. 5:10; 2 Tm. 4:1)
Deus é o único Salvador (Is. 43:11; 45:21-22; Os. 13:4)
Jesus é o único Salvador (Jo. 4:42; At. 4:12; Tt. 2:13; 1 Jo. 4:14)
Deus é o Redentor de seu povo especial (Ex. 19:5; Sl. 130:7-8; Ez. 37:23)
Jesus é o Redentor de seu povo especial (Tt. 2:14)
Deus atende às orações daqueles que o invocam, os perdoa e salva (Sl. 86:5-8; Is. 55:6-7; Jr. 33:3; Jl. 2:32)
Jesus atende às orações daqueles que o invocam, os perdoa e salva (Jo. 14:14; Rm. 10:12-13; 1 Co. 1:2; 2 Co. 12:8-9)
Deus é o único que possui glória divina (Is. 42:8; 48:11)
Jesus é o único que possui glória divina (Jo. 17:5)
Deus é adorado por anjos (Sl. 97:7 [note que “deuses” neste versículo é uma expressão hebraica que se refere aos anjos])
Jesus é adorado por anjos (Hb. 1:6)

 

Erro 4: “Jesus é um Deus menor que o Pai”.

Correção: Jesus é consubstancial ao Pai, e igual ao Pai em posição.

Pessoas que negam esse fato normalmente usam os seguintes argumentos (heresias que foram popularizadas por Ário, herege do 4º século que negava a divindade de Jesus):

Versículos erroneamente citados para argumentar que Jesus foi criado

Colossenses 1:15: “Se Cristo foi o ‘primogênito de toda a criação’, não foi ele criado?”

Resposta: A palavra “primogênito”, na cultura hebraica antiga e do primeiro século era usada para enfatizar o herdeiro da família, e não necessariamente aquele que nasceu primeiro. Além disso, o contexto impossibilita a idéia de que Paulo teria afirmado nesse versículo que Jesus foi a primeira instância da criação. Paulo afirma nos versículos imediatamente seguintes que “nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste”. Sendo que tudo foi criado por Jesus e para Jesus, e considerando-se que Paulo nos versículos imediatamente anteriores afirma que Deus nos “qualificou” (ou “nos fez idôneos”) a receber a herança por ter nos transferido ao reino do Herdeiro, Jesus, conclui-se que o versículo 15 não pode de maneira alguma estar afirmando que Jesus foi criado.

João 3:16: “Se Jesus é o ‘Filho Unigênito’, não foi ele criado?”

Resposta: A palavra grega monogenes, traduzida “unigênito”, tem a idéia de “singular”, “sem igual”, “peculiar”. A mesma palavra é usada pelo autor da epístola aos Hebreus (11:17) para designar Isaque, o “filho unigênito” de Abraão por ser o filho da promessa – ainda que Abraão tivesse outros filhos (Gn. 25:1-6), incluindo Ismael (Gen 16:15-16). A Bíblia também ensina que todos aqueles que recebem Jesus como Senhor e Salvador passam a ser filhos de Deus (Jo. 1:12; 1 Jo. 3:1-2; etc.). Deste modo, é evidente que Jesus é o Filho Unigênito de Deus no sentido de ser singular, e não de ter sido criado.

Provérbios 8:22: “Se o capítulo 8 de Provérbios se refere a Jesus, não diz o versículo 22 que ele foi criado?”

Resposta: Provérbios 8 não contem uma descrição literal de Jesus. O autor apresenta, em forma de poesia, uma personificação da sabedoria. Cristo não habitou literalmente com alguém chamado Prudência (v. 12), nem edificou sua casa com sete colunas (Pv. 9:1). O autor simplesmente diz, usando imagens poéticas, que Deus usou da sabedoria para criar o mundo (cf. Pv. 3:19-20).

Versículos erroneamente citados para argumentar que Jesus é inferior ao Pai

João 14:28: “Se Jesus diz que ‘o Pai é maior’ que ele, não é Jesus inferior ao Pai?

Resposta: Na sua vida humana na terra, Jesus voluntariamente tomou sobre si nossas limitações humanas (exceto pelo pecado) para nos salvar. Paulo nos diz que Jesus deixou temporariamente sua posição de igualdade com o Pai para se esvaziar ao assumir uma vida humana por nós (Fl. 2:5-8). Após sua ressurreição dos mortos, Jesus voltou para a glória que dividia com o Pai (cf. Jo. 17:5; Fl. 2:9-11). Além disso, Jesus também disse que seus discípulos fariam maiores obras do que ele (Jo. 14:12), e isso obviamente não é razão para se argumentar que Jesus é inferior aos seus discípulos.

1 Co. 15:28: “Se Jesus é Deus, por que ele se sujeitará ao Pai?”

Resposta: A própria pergunta já inclui a presunção de que aquele que se sujeita a outro é inferior a ele. Ainda que isso possa ser comumente crido no mundo, é uma idéia falsa. Deus existe em uma só essência, e em três Pessoas. Essas Pessoas, ainda que existam na mesma essência, se relacionam entre si como Pessoas. Deus é um Deus de ordem, e nele há o relacionamento eterno entre as três Pessoas na qual o Pai, ainda que tenha os mesmos atributos (em qualidade e quantidade) das outras Pessoas, tem autoridade suprema no relacionamento.

Isso é claramente ilustrado pelo ensinamento bíblico sobre a natureza do homem, da mulher, e do casamento. Gênesis 1:26-28 diz claramente que Deus criou o homem e a mulher em igualdade de essência, valor e importância. Deus até mesmo usa a mesma palavra para descrevê-los: “homem” (no sentido de “humanidade”). Paulo nos diz, além disso, que em Cristo eles são um (Gl. 3:28). Ainda que sejam iguais em essência e glória, entretanto, Deus há estabelecido que no relacionamento matrimonial o marido tem a autoridade final (Ef. 5:22; Cl. 3:18; Tt. 2:5; 1 Pe. 3:1). (Essa autoridade, é claro, não deve ser abusada, e tem de ser exercida com o amor de Cristo; os detalhes e diferentes pontos de vista com relação ao ensinamento bíblico sobre o relacionamento conjugal não são nosso foco aqui.)

Tal princípio também pode ser visto nos relacionamentos dentro da Igreja (Hb. 13:17), e no mundo (1 Pe. 2:13), na qual todos os seres humanos devem se submeter às estruturas de autoridade determinadas por Deus, ainda que sejam todos iguais em sua essência humana. Dessa forma, fica claro que na economia de Deus, Jesus é ao mesmo tempo Deus Todo-Poderoso, e, sendo a segunda Pessoa da Trindade, se submete ao Pai sem ser inferior a Ele.

Mc. 13:32: “Se Jesus é Deus, como podia ele não saber quando voltaria?”

Resposta: Como vimos acima, Jesus tomou sobre si as limitações da natureza humana (cf. Fl. 2:5-8). Ainda que ele seja o eterno Deus, ele se fez carne (Jo. 1:1; 14). Isso, é claro, gera paradoxos (e não contradições). Enquanto Deus, Jesus é eterno, imortal, e auto-suficiente. Enquanto homem, Jesus nasceu, morreu, precisava comer, dormir, se cansava, etc.

Jesus por vezes fez uso de seus atributos divinos enquanto era homem, como por exemplo, ao andar sobre as águas ou prever acontecimentos futuros. Alguns crêem que Jesus só teve tais capacidades pelo poder do Espírito Santo, e não por uso eventual de seus atributos divinos. De uma maneira ou de outra, o fato de que Jesus preferiu enfatizar que sua natureza humana não sabia o dia de sua volta (conhecimento que o Pai reservou para sua exclusiva autoridade (cf. At. 1:7), e não para os homens) não gera nenhum problema sobre sua divindade, tanto quanto o fato de que ele, enquanto homem, precisava respirar oxigênio para sobreviver.

 

Erro 5: “O Pai, o Filho, e o Espírito Santo são apenas diferentes títulos de Jesus, ou três maneiras diferentes das quais Deus se manifesta”.

Correção: A Bíblia claramente ensina que o Pai, o Filho, e o Espírito Santo são três Pessoas distintas.

Algumas pessoas pensam que a doutrina da Trindade contradiz a verdade de que há somente um Deus. Eles argumentam que somente Jesus é o Deus verdadeiro, e que portanto Jesus é “o nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” (Mt. 28:19), e não somente o nome do Filho. Ainda que seja absolutamente verdadeiro que há apenas um Deus, devemos aceitar a definição bíblica desse conceito. A Bíblia deixa claro que o Pai, o Filho, e o Espírito Santo são Pessoas distintas:

·         O Pai envia o Filho (Gl. 4:4; 1 Jo. 4:14)
·         O Pai envia o Espírito (Jo. 14:26; Gl. 4:6)
·         O Filho não fala por si mesmo, mas segundo o que o Pai ensinou (Jo. 8:28; 12:49)
·         O Espírito não fala por si mesmo, mas para a glória do Filho (Jo. 16:13-15)
·         O Pai ama o Filho, e o Filho ama o Pai (Jo. 3:35; 5:20; 14:31)
·         O Pai e o Filho são duas testemunhas, não uma única (Jo. 5:31-37; 8:16-18)
·         O Pai e o Filho glorificam um ao outro (Jo. 17:1, 4-5), e o Espírito glorifica o Filho (Jo. 16:14)
·         O Filho é nosso Advogado junto ao Pai (1 John 2:1)
·         O Filho e o Pai enviam o Espírito, que é o outro Consolador (Jo. 14:16, 26)
·         Jesus não é o Pai, mas o Filho do Pai (2 Jo. 3)

Em Mt. 28:19, Jesus não está se identificando como o Pai, Filho e o Espírito Santo. Ele está na verdade dizendo que o batismo cristão identifica uma pessoa como um crente no Pai, no Filho que o Pai enviou para morrer por nossos pecados, e no Espírito Santo que o Pai e o Filho enviam para habitar nos nossos corações.

 

Erro 6: “Jesus não era inteiramente Deus e inteiramente homem”.

Muitas pessoas, através da história, tiveram dificuldade em entender ou aceitar que Jesus seja inteiramente Deus, e ao mesmo tempo inteiramente homem. Alguns tentaram resolver esse paradoxo alegando que Jesus foi um mero homem através do qual Deus se comunicou, ou que ele era Deus e que somente tinha uma aparência de ser humano, ou outras crenças menos “complexas”.

É verdade que a idéia de que Deus se tornou homem em Jesus é impossível de ser compreendida inteiramente, porque nossas mentes são finitas. Isso, por outro lado, não significa que a idéia seja inteligível. Além disso, ela é claramente ensinada na Bíblia. A encarnação é a maior prova de que nada é demasiadamente difícil para Deus (cf. Gn. 18:14; Lc. 1:37).

 

Correção 1: A Bíblia claramente ensina que Jesus é inteiramente homem.

Alguns exemplos:

·         Após seu nascimento, Jesus cresceu fisicamente, intelectualmente, socialmente e espiritualmente (Lc. 2:40, 52)
·         Jesus se cansava; dormia; suava; tinha fome e sede; Jesus sangrou e morreu; seu corpo foi depositado num túmulo (Mt. 4:2; 8:24; Lc. 22:44; Jo. 4:6-7; 19:28-42)
·         Após ressuscitar dos mortos, Jesus comeu e bebeu com outras pessoas, e lhes mostrou suas cicatrizes, permitindo que eles tocassem seu corpo (Lc. 24:39-43; Jo. 20:27-29; At. 10:41)

 

Correção 2: A Bíblia claramente ensina que Jesus é inteiramente Deus.

Alguns exemplos:

·         Jesus fez na terra o que somente Deus poderia fazer:
o    Ele comandou as forças da natureza (Mt. 8:23-27; 14:22-33)
o    Ele perdoou pecados (Mc. 2:1-12)
o    Ele alegou ser superior à Lei de Moisés (Jo. 5:17-18)
o    Ele deu vida a quem ele desejasse (Jo. 5:19-23)
·         Paulo disse que Deus comprou a Igreja com seu próprio sangue (At. 20:28)
·         Paulo também disse que os poderosos deste século crucificaram o Senhor da Glória (1 Co. 2:8)
·         Em Jesus habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade (Cl. 2:9)

Teólogos cristãos da Igreja primitiva, nos dois primeiros séculos, escreveram muitas obras para defender o cristianismo de todo tipo de ataque, como por exemplo:

·         Perseguição por parte do Império Romano. Até o início do quarto século, por muitas vezes o cristianismo foi duramente perseguido.
·         Heresias que contradiziam crenças cristãs básicas, especialmente a natureza divina de Jesus e a natureza de Deus.

 

Credo Apostólico

O Credo Apostólico foi um das primeiras confissões de fé que líderes cristãos produziram para esclarecer as crenças básicas do cristianismo. Ainda que não tenha sido escrito diretamente pelos apóstolos, o credo foi logo reconhecido como representando fielmente seus ensinamentos mais básicos. Esse credo enfatiza a humanidade verdadeira de Jesus, um fato que alguns hereges primitivos (especialmente os Gnósticos) estavam negando.

Creio em Deus, Pai todo-poderoso,

criador do céu e da terra.

Creio em Jesus Cristo,

seu único Filho, nosso Senhor,

o qual foi concebido pelo poder do Espírito Santo,

e nasceu da Virgem Maria.

Padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos;

foi crucificado, morto e sepultado;

desceu ao lugar dos mortos;

ressuscitou ao terceiro dia;

subiu aos céus;

e está sentado à direita do Pai.

Voltará para julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo,

na santa Igreja católica,

na comunhão dos santos,

na remissão dos pecados,

na ressurreição do corpo,

e na vida eterna. Amem.

 

Credo Niceno

Credo Niceno foi originalmente redigido no Concílio de Nicéia em 325 d.C., e mais tarde expandido no Concílio de Constantinopla em 381 d.C. (e portanto é também chamado de “Credo Niceno-Constantinopolitano). Ele enfatiza a crença da Igreja na divindade de Jesus, formalmente rejeitando as heresias de Ário, que negava que Jesus era Deus, a segunda Pessoa da Trindade.

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso,

Criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,

Filho Unigênito de Deus,

nascido do Pai antes de todos os séculos:

Deus de Deus, luz da luz,

Deus verdadeiro de Deus verdadeiro,

gerado não criado,

consubstancial ao Pai.

Por Ele todas as coisas foram feitas.

E, por nós, homens, e para a nossa salvação,

desceu dos céus: e encarnou pelo Espírito Santo,

no seio da Virgem Maria, e se fez homem.

Também por nós foi crucificado

sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as escrituras;

E subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai.

E de novo há de vir, em sua glória,

para julgar os vivos e os mortos;

 e o seu reino não terá fim.

 Creio no Espírito Santo,

Senhor que dá a vida, e procede do Pai;

e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado:

Ele que falou pelos profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.

Professo um só batismo

para remissão dos pecados.

Espero a ressurreição dos mortos;

E a vida do mundo que há de vir.

Amém.

Nota: a palavra grega traduzida “católica” significa “universal”. Ou seja, o credo afirma a crença na Igreja que Deus tem edificado em todo o mundo, com fundamento nos ensinamentos apostólicos, Jesus sendo a pedra angular. A palavra não se refere à Igreja Católica Romana.

 

Credo Atanasiano

O Credo de Atanásio, escrito por volta de 400 d.C. e nomeado em honra a Atanásio, um grande defensor da Trindade e da ortodoxia cristã, enfatiza que as três Pessoas não são três deuses, mas o único Deus verdadeiro.

Todo o que se quiser salvar,

deve mais do que tudo ter a fé católica.

Aquele que não a guardar pura e inteira,

de certo perecerá eternamente.

A fé católica, pois, é esta:

adoramos um Deus em Trindade e a Trindade em Unidade.

Sem confundirmos as Pessoas ou dividir a substância.

Porque uma é a Pessoa do Pai,

outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.

Mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma só divindade,

Glória igual e coeterna Majestade.

O que o Pai é, tal é o Filho e tal o Espírito Santo.

O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito Santo é incriado.

O Pai é imenso, o Filho é imenso e o Espírito Santo imenso.

O Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo eterno.

No entanto não são três eternos, mas um.

Bem como não há três imensos, nem três incriados,

mas um incriado e um imenso.

Semelhantemente o Pai é Onipotente, o Filho Onipotente

e o Espírito Santo Onipotente.

E contudo não são três Onipotentes, mas um Onipotente.

Assim também o Pai é Deus,

o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.

Do mesmo modo o Pai é Senhor,

o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor.

E apesar disso não são três Senhores,

mas um só Senhor.

Porque, como a verdade cristã nos obriga a confessar

que cada uma das Pessoas por si só é Deus e Senhor,

assim a religião católica proíbe-nos dizer

que há três Deuses ou três Senhores.

O Pai não foi feito por ninguém,

nem foi criado, nem gerado.

O Filho é do Pai somente;

não foi feito, nem foi criado, mas gerado.

O Espírito Santo é do Pai e do Filho;

não foi criado, nem gerado,

mas, deles procede.

Há, pois, um só Pai, e não três Pais;

um só Filho, e não três Filhos;

um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.

E nesta Trindade não há primeiro nem último;

nem um é maior ou menor do que o outro;

mas as três pessoas são justamente

de uma mesma eternidade e igualdade.

De sorte que no todo como já se disse,

cumpre adorar a Unidade na Trindade

e a Trindade na Unidade.

Aquele, pois, que quiser salvar-se,

deve assim pensar e crer na Trindade.

Além disto é necessário, para alcançar a salvação eterna,

crer fielmente na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo.

A verdadeira fé, pois, consiste em crermos e confessarmos

que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e Homem:

Deus, gerado do Pai antes do tempo ser tempo;

nascido em seu tempo da substância de sua Mãe.

Deus perfeito, e Homem perfeito:

com alma racional e carne humana.

Ele é igual ao Pai segundo a sua Divindade

e inferior ao Pai segundo a sua Humanidade.

O qual, apesar de ser Deus e Homem, não é dois, mas um só Cristo.

Um, não pela conversão da Divindade em carne,

mas pela assunção da sua Humanidade em Deus.

Ele é inteiramente um, não por mistura de Substâncias,

mas porque é uma só Pessoa.

Porque assim como a alma racional e a carne é um homem:

assim Deus e Homem é um Cristo.

O qual padeceu para nossa salvação,

desceu ao Hades,

ao terceiro dia ressurgiu dos mortos.

Subiu ao Céu e está sentado à mão direita de Deus, Pai Omnipotente;

de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

A cuja vinda todos os homens ressuscitarão com os seus corpos

e darão contas das suas próprias obras.

E os que tiverem trabalhado bem, irão para a vida eterna;

e os que mal, para o fogo eterno.

Esta é a fé católica,

na qual o que não crer fielmente,

não poderá salvar-se.

 

 

Credo de Calcedônia

Fiéis aos santos pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da virgem Maria, mãe de Deus;

Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, inseparáveis e indivisíveis; a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos padres nos transmitiu.

 

Referências Importantes:

 


Atributos Divinos
Pai
Filho
Espírito Santo
Eterno
Rm. 16:26-27
Ap. 1:17
Hb. 9:14
Criador de tudo
Sl. 100:3
Cl. 1:16
Sl. 104:30
Onipresente
Jr. 23:24
Ef. 1:23
Sl. 139:7
Onisciente
1 Jo. 3:20
Jo. 21:17
1 Co. 2:10
Opera sobrenaturalmente
Ef. 1:5
Mt. 8:3
1 Co. 12:11
Concede vida eterna
Gn. 1:11-31;
Jo. 5:21
Jo. 1:14
Jo. 5:21
Rm. 8:10-11
Jo. 3:8
Fortalece os crentes
Sl. 138:3
Fl. 4:13
Ef. 3:16

 

20 Erros Comuns às Heresias Antitrinitárias

1.     Elas alegam que a doutrina da Trindade ensina a existência de três deuses.

 

1.     Elas presumem que um ser tem de existir sempre em uma pessoa – até mesmo no caso de Deus.
1.     Elas alegam que a doutrina da Trindade ensina que as três Pessoas são três “partes” de Deus.
1.     Elas fazem objeção ao uso de termos extra-bíblicos como “Trindade” e “três Pessoas”.
1.     Elas alegam que a doutrina da Trindade foi formulada muito tempo depois da época do Novo Testamento.
1.     Elas procuram citar Pais da Igreja do segundo século para provar suas alegações.
1.     Elas alegam que a doutrina da Trindade tem origem histórica no paganismo, em tríades de deuses.
1.     Elas culpam a filosofia grega pela doutrina trinitária da igreja primitiva.
1.     Elas afirmam que a Igreja se tornou apóstata logo após a morte dos apóstolos.
1.     Elas dizem que estão restaurando o ensinamento original do Novo Testamento sobre Deus.
1.     Elas normalmente vêem o texto do Novo Testamento em grego como tendo sido corrompido.
1.     Elas negam que o Filho é Deus Todo-Poderoso.
1.     Elas negam que o Espírito Santo é uma Pessoa divina distinta.
1.     Elas citam eruditos bíblicos liberais para apoiar suas interpretações revisionistas.
1.     Elas vêem a doutrina da Trindade como sendo contraditória e sem sentido.
1.     Elas enfatizam a idéia de que os Judeus não tinham nenhum conhecimento da Trindade.
1.     Elas concluem que a submissão do Filho para com o Pai significa desigualdade e inferioridade.
1.     Elas estressam a perseguição histórica de antitrinitários para desacreditar a doutrina da Trindade.
1.     Elas rejeitam ou modificam radicalmente a doutrina da salvação somente pela graça.
1.     Elas rejeitam ou modificam radicalmente a doutrina da punição eterna.

Extraído do MANUAL DE HERESIOLOGIA DA AGIR

 

O que diziam os pais da igreja

O que diziam os Pais Pré-Niceianos sobre a Trindade?

As Testemunhas de Jeová, a fim de dizerem que a crença na Trindade foi um desviu doutrinário do terceiro século, dizem que os primeiros cristãos não a ensinavam. Mas neste documento, nós veremos as opiniões de alguns pais da igreja sobre este assunto, e verificaremos a falta de embasamento na verdade da parte daquela que se diz “organização de Deus”.

Justino Martir (100-165 aD): Justino afirmava que muitas vezes se referiam a Jesus como um anjo, mas isto se devia ao fato de de Cristo ser Deus, e muitas vezes assumir a aparência de um anjo. Justino também afirmava que “o Pai tem um Filho, e Ele, sendo o primogênito Verbo de Deus, é o próprio Deus. Nos tempos antigos, Ele apareceu na forma de fogo e na semelhança de um anjo a Moisés e aos demais profetas.”(1) Em outro trecho, Justino afirma que Jesus é “tanto Deus como o Senhor dos Exércitos”(2). Justino acreditava também em uma forma rudimentar na “trindade”. Declarou que os cristãos adoravam ao Pai, “ao Filho (que veio da parte dEle…) e ao Espírito profético” (3). Que o Filho e o Espirito são Deus, fica subentendido, pois “somente a Deus se deve adorar e prestar culto”(4).

Irineu (125-202aD): Irineu defendia um conceito do Pai, do Filho e do Espírito Santo que era implicitamente trinitariano. Desta maneira, declara que a Igreja tem sua fé “em um só Deus, o Pai Onipotente, Criador do Céu e da Terra, do mar e de tudo o que neles há; e em um só Cristo Jesus, o Filho de Deus que se encarnou para a nossa salvação; e no Espírito Santo, que proclamou mediante os profetas as dispensações de Deus”, e no mesmo contexto, fala de “Cristo Jesus, nosso Senhor, e Deus, e Salvador, e Rei”(5). Irineu escreve a respeito de “Cristo Jesus, o Filho de Deus: que por causa do Seu amor incomparável a Sua criação, condescendeu em ser nascido da virgem, sendo que Ele mesmo uniu em Si a humanidade com Deus…”(6). Desta forma, Irineu defendia a “trindade na unidade”, e também defendia que Jesus é tanto Deus como homem.

Clemene de Alexandria (150-215 aD): Clemente sustentava que Cristo é “realmente a Deidade plenamente manifesta, sendo Ele feito igual ao Senhor do universo; porque Ele era o Seu Filho,”(7). e o mesmíssimo Deus que o Pai (8). Clemente chamou Cristo explicitamente de “o Filho eterno”(9) e negou que o Pai tenha existido nalgum tempo sem o Filho (10).

 

 

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