Jose de Gênesis não representa nós, ele representa e é um tipo simbólico de Cristo.

Nenhum comentário
 


Jose de Gênesis não representa nós, ele representa e é um tipo simbólico de Cristo.

1.      José era o amado de seu pai.

Vemos que Israel amava mais José do que todos os seus filhos. Sua preferência por José se torna mais explícita, quando Israel faz-lhe uma túnica que o distingue de seus irmãos. (Gn. 37.3)

Jesus é o amado do Pai.

O amor do Pai a Jesus, seu Filho, não poderia ser mais explícito nestas declarações onde uma multidão estava presente às margens do rio Jordão em seu batismo e início de seu ministério. A identidade divina de Jesus aqui é revelada.

E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. (Mt. 3:17)

2.      José: a conspiração por parte de seus próprios irmãos.

José conta a seus irmãos sobre os sonhos que tivera, onde ele os subjugava e também aos seus pais. Seus irmãos o invejavam pelo amor de seu pai e conspiraram contra ele, para o matarem. (Gn 37.18)

Jesus: a conspiração por parte de seu próprio povo – os judeus.

Nesta ocasião, Jesus havia curado num sábado, mostrando que ele era o Senhor do sábado. Realizava milagres dentro da sinagoga à vista de todos. Os fariseus o invejavam também e começaram a conspirar contra Jesus, sobre como poderiam matá-lo. (Mc. 3:6)

3.      José é vendido e traído.

Vinte moedas de prata. Este foi o preço da traição. José é vendido pelos seus irmãos. (Gn. 37:28)

Jesus é vendido e traído.

Trinta moedas de prata. Apesar da diferença no preço, a similaridade entre José e Jesus, está na traição por parte daqueles que estavam sempre por perto. Daqueles que eram chamados amigos e irmãos. Sua própria gente os traiu. (Mt. 26:15)

 4.      José é levado ao Egito.

José não estava, por sua própria vontade, fugindo de sua família, embora pra ele, ir pro Egito significava escapar da morte. Como escravo no Egito, é vendido a Potifar, um eunuco e general de exército egípcio. (Gn. 39:1)

Jesus é levado ao Egito.

Jesus fugia da morte também. Não pelas mãos de seus familiares, mas, Herodes ouvindo dos magos que o futuro rei dos judeus nascera em Belém conforme a profecia, decidiu matar todos os meninos menores de dois anos conforme o tempo que havia indagado aos magos. Jesus e sua família vão para o Egito. (Mt. 2: 13-15)

Cumpre-se a profecia: “… e do Egito chamei a meu filho.”
(Os. 11:1)

5.      O cordeiro substitutivo em José.

Para encobrir o pecado e a mentira dos irmãos de José, achou-se necessário matar um cabrito para enganar Jacó. Retiraram a capa que seu pai lhe dera e a mergulharam no sangue do animal. Enquanto isso, José seguia para o Egito. (Gn. 37: 23-27)

O cordeiro substitutivo em Jesus.

Jesus é o cordeiro que foi morto em nosso lugar para remover o nosso pecado e vergonha.

(Hb. 13:13)

Sua capa também lhe foi arrancada.

“… Arrancaram-lhe as vestes e colocaram-lhe um manto escarlate.”
(Mt. 27:28)

6.      José, conduta irrepreensível frente às tentações.

Na casa de Potifar, José tendo se tornado um administrador de todas as posses de seu patrão, era bem sucedido em tudo que fazia. Honesto, irrepreensível e temente a Deus, tinha total confiança de Potifar. Tudo lhe era confiado.

A esposa de Potifar, vendo que José era homem de boa aparência, tentava seduzí-lo. Ele, porém, lhe era resistente, pois temia a Deus. (Gn. 39)
Jesus, conduta irrepreensível frente às tentações.

No deserto, Jesus resiste todas as tentações propostas pelo inimigo, mostrando também sua fidelidade e devoção a Deus, tal como José. (Mt. 4:1-11)

7.      José na prisão e seu ofício de supervisão dos presos.

Depois de ser acusado injustamente por Potifar, José vai para a prisão. Lá, ele ganha a simpatia e confiança do carcereiro que põe sob sua vigilância, todos os outros presos. De acordo com as Escrituras, a confiança era tanta, que o carcereiro não se preocupava com nada que estivesse sob os cuidados de José. E tudo o que José fazia dava certo. (Gn. 39: 22,23).

Jesus, o Bispo das nossas almas.

Jesus é identificado em 1Pe 2.25, como o bispo das nossas almas. Bispo vem do grego antigo, epískopos, e significa: “inspetor”, “supervisor”.

Todas as obras de Cristo estão de acordo com a vontade de Deus, o Pai. Deus o colocou como o administrador de tudo. É bem sucedido, pois Ele nada faz de si mesmo. (Jo. 8:28,29)

Novamente, é incrível a similaridade com a vida de Cristo em todos os relatos da vida de José.

8.      José diante do Faraó, o louvor a Deus e sua humildade.

É chegada uma grande oportunidade para José. Faraó tem sonhos que nenhum sábio em todo o Egito pode interpretar. Apenas dois anos antes, ele havia interpretado os sonhos do copeiro e do padeiro do Faraó. José havia pedido ao copeiro que assim que se apresentasse diante do rei, fizesse menção dele, pois estava preso injustamente.

Agora ele estava diante de Faraó, para interpretar o sonho. José não se exaltou (como se o dom de interpretação pertencesse a ele). Como também não o fez diante dos dois presos.

O faraó disse a José: “Tive um sonho que ninguém consegue interpretar. Mas ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo”.
Respondeu-lhe José: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável”.
(Gn. 41:15-16)

Repare bem que, a oportunidade para exaltar a si mesmo está bem diante de José. O faraó diz que José teria a capacidade de interpretar os sonhos que ninguém conseguia.

Ao que ele respondeu: “Isso não depende de mim, mas Deus dará ao faraó uma resposta favorável”.

Ele poderia pensar que aquela é uma oportunidade única de se fazer como um deus, entre os egípcios. Ele poderia sair da prisão e viver no palácio. Mas escolheu ser humilde e exaltar o nome de Deus.

Jesus, filho de Deus, o Criador dos céus e da terra. Sua humildade e louvor a Deus.

“… que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;
mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.”
(Fp. 2:6-7)

E,

“Se vocês me amassem, ficariam contentes porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.”
( Jo. 14:28)

Sempre perfeito, sempre humilde, sempre levantando o nome do Pai, apesar de ser o Filho.

9.      José – sua elevação ao cargo de Governador do Egito e sua autoridade.

“Você terá o comando de meu palácio, e todo o meu povo se sujeitará às suas ordens. Somente em relação ao trono serei maior que você”.
E o faraó prosseguiu: “Entrego a você agora o comando de toda a terra do Egito”.
Em seguida o faraó tirou do dedo o seu anel de selar e o colocou no dedo de José. Mandou-o vestir linho fino e colocou uma corrente de ouro em seu pescoço.
Também o fez subir em sua segunda carruagem real, e à frente os arautos iam gritando: “Abram caminho!” Assim José foi colocado no comando de toda a terra do Egito.”
(Gn. 41:40-43)

À vista de todos, José é feito líder entre o povo.

Jesus – Sua elevação diante de Israel, o domínio eterno e total de Cristo.

Jesus entra em Jerusalém montado num jumentinho como Rei vitorioso em (Lc. 19. 35-38). Todos abrem passagem para Ele.  Todo o povo vê que Deus o exaltara. O que eles certamente não tinham conhecimento é que esse rei não domina somente em Israel. Vemos no livro de Filipenses, que seu domínio é eterno, sobre tudo e sobre todos.

“Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra,
e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”
(Fp. 2:9-11)

 10.  José compra toda a terra do Egito para o faraó.

Sabiamente, durante dos sete anos de fome severa no Egito, todo o povo tinha de comprar mantimento nas reservas do faraó com José. Não havendo mais dinheiro e gado, eles venderam suas terras. Passado algum tempo, ainda necessitando de comida, o povo se ofereceu como escravos em troca de comida. Assim, toda a terra e todas as pessoas passaram a pertencer ao faraó. (Gn. 47: 13-20)

Jesus colocará todas as coisas debaixo do domínio de Deus.

Após comprar com seu próprio sangue os eleitos de Deus, e havendo submetido todas as coisas debaixo da sua autoridade, Jesus entregará tudo nas mãos de Deus, o Pai.

“Então virá o fim, quando ele entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder.”
“Quando, porém, tudo lhe estiver sujeito, então o próprio Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, a fim de que Deus seja tudo em todos.”
(1 Co. 15: 24,28)
11.  José e a angústia de seus irmãos.

Rejeitado pelos seus irmãos, traído, vendido. Separado do seu pai. José tinha tudo para ser um homem frustrado, amargurado. Mas ele se mostrou um homem cheio de amor e de justiça, um homem que confiava em Deus, mesmo que a situação parecesse impossível de se resolver.

Durante a fome grave que havia se espalhado em toda a terra, a família de Jacó ficou sabendo que no Egito havia comida. Jacó então envia seus filhos ao Egito, afim de que eles comprassem comida para não morrerem de fome. Somente fica com ele, o caçula Benjamin. A esta altura, Jacó devia dedicar todo o amor que ele sentira por José a Benjamin. Benjamin devia ser o objeto de todo o afeto do pai. Apesar disso, seus irmãos mais velhos não pareciam agir com inveja, como quando venderam José.

Quando eles chegaram diante de José, não o reconheceram. José os reconheceu, porém não disse nada.

José estaria mesmo bem diferente: Sendo um líder egípcio, José devia estar bem vestido, barbeado e sua voz mudara vinte anos depois. Além disso, José se comunicava através de um intérprete. (Gn. 42; 43; 44)

O simples fato de não reconhecer o seu irmão está impresso em Israel, porque Jesus esteve entre eles e não o reconheceram.

 . A angústia dos filhos de Israel.

Lembrando-se dos sonhos que teve, José acusou seus irmãos de serem espias. Inclinando-se diante dele e temendo muito disseram: “Não senhor meu, teus servos vieram comprar mantimento.” (Gn. 42.10)

José insistiu com eles de que eram espias e para provar o contrário, teriam de trazer o irmão mais novo, Benjamin.

Neste momento os irmãos de José reconheceram que aquilo estava acontecendo devido ao pecado cometido contra seu irmão José. Assim viu José que eles estavam reconhecendo o pecado.

Jesus – A Grande Tribulação entre os judeus.

Por haverem rejeitado a Jesus, o povo de Israel passará por grande sofrimento no final dos tempos. Não o reconheceram, o venderam e o entregaram à morte. De novo, a história de Cristo está registrada na história de José.

(Zc. 12: 2-9); (Rm. 11:04); (Ap. 16:13-21).

12.  José perdoa a seus irmãos.

Agora a parte mais profunda na história de José é que, apesar de todo o sofrimento que lhe causaram seus irmãos, houve bondade nele. José foi capaz de perdoá-los, pois entendera o propósito de todo o seu sofrimento. José viu que Deus esteve com ele e o exaltou para preservar a vida de todo o povo. As traições, a prisão, o esquecimento e as injustiças haviam sido um meio de fortalecer e preparar José. Agora José era um homem forte, bondoso e experiente. Podia conduzir a nação e evitar uma tragédia sem precedentes no meio do povo por conta da fome.

(Gn. 45. 5-9)

Jesus perdoará a Israel e por meio Dele, Deus os aceitará.

Apesar de seus pecados, Israel será perdoado. O Senhor salvará os judeus escolhidos. Conforme vemos em:

“… E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias…”
“… Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos…”

“… E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus…”
(Mt. 24:22;23;31)

E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.
( Ap. 7:4)

13.  José se revela aos seus irmãos como o poderoso governador do Egito.

Em (Gn. 45. 1), após Judá se mostrar humilde e preocupado com seu pai e diante da possibilidade de perder seu irmão caçula Benjamin, José se revela aos seus irmãos.

A surpresa deles é tamanha que, eles simplesmente não esboçam nenhuma reação. Estavam atônitos. Não podiam acreditar que aquele homem poderoso era José. Ao mesmo tempo em que, agora, temiam por suas vidas. Pensavam que José se vingaria pelos atos de maldade praticados a ele no passado. José os abraça, chora e pede que avisem a seu pai sobre sua vida.

Jesus e a visão da sua glória. A surpresa dos judeus.

A Bíblia nos conta sobre o dia em que, os judeus verão aquele homem a quem crucificaram. Sua surpresa e seu temor. Era mesmo aquele homem o filho de Deus. Eles o rejeitaram e agora o veem vindo sobre as nuvens com grande glória. É exatamente igual ao relato de José.

Estarão temerosos, atônitos.

“… Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o Espírito de graça e de súplicas; e olharão para mim, a quem traspassaram; e pranteá-lo-ão sobre ele, como quem pranteia pelo filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo primogênito.
Naquele dia será grande o pranto em Jerusalém, como o pranto de Hadade-Rimom no vale de Megido.”
Zacarias 12:10-11

14.  O rei do Egito se alegra pela família de José e dá sua terra a eles.

Aqui, nós vemos a misericórdia e fidelidade de Deus a Jacó e sua família. Mesmo sendo de outro povo e cultura completamente diferentes dele, o rei, por amor ao seu servo fiel, ama também aos seus familiares. Aqui vemos o chamado “amor por transferência”. Na verdade faraó não conhecia os parentes de José, não sabia se mereciam sua bondade, mas, porque ele amava a José e por ter sido tão fiel e honesto ao Faraó, o rei os amava. E isso se evidenciou quando Jacó e sua família passam a morar numa das melhores terras do Egito.


“… Quando se ouviu no palácio do faraó que os irmãos de José haviam chegado, o faraó e todos os seus conselheiros se alegraram.
Disse então o faraó a José: “Diga a seus irmãos que ponham as cargas nos seus animais, voltem para a terra de Canaã
e retornem para cá, trazendo seu pai e suas famílias. Eu lhes darei o melhor da terra do Egito e vocês poderão desfrutar a fartura desta terra.”
Gênesis 45:16-18

 Jesus, a Igreja e o amor por transferência.

Devemos ter consciência de que: somos salvos graças a Jesus. Não somos bons, não somos merecedores, mas, Jesus que é bom, merecedor de todo o amor do Pai e graças a Ele é que somos salvos.

Novamente, somos salvos pelo “amor por transferência”. Deus ama a seu Filho e por isso nos ama. A Igreja pertence a Cristo e porque pertence a Ele, somos salvos, dignos e amados. Quando Deus, o Pai, olha para os salvos, ele vê a Cristo.

Somos sua alegria e sua canção por que somos revestidos de Cristo. (Gálatas 3:27),esta é a graça maravilhosa do Pai.

 Conclusão:

Muito da história de vida de José pode ser visto em Jesus. A maior parte dos acontecimentos tem a ver com a história de Israel e a rejeição a Jesus por parte dos judeus.

O destaque da história de José vai para o perdão de Deus demonstrado em José e Jesus, a redenção de Israel e a glória visível de Jesus em toda a Terra.

Mesmo com tantos erros e injustiças praticados contra Deus, Ele foi e é capaz de por sua própria vontade nos perdoar e nos redimir na força do amor que ele tem pelo seu Filho.

Assim como José, Jesus não guardou em si remorso contra seu povo, não revidou afronta com afronta, mas através da justiça, do amor, do perdão e até da Grande Tribulação, guiará seus eleitos aos braços do Pai.

Nenhum comentário

Postar um comentário