Uma Pergunta de Natal (sermão inédito de C.H.Spurgeon)
Nº 291
Sermão pregado na manhã de domingo,
25 de dezembro de 1859
25 de dezembro de 1859
por Charles Haddon Spurgeon
Exeter Hall, Strand, Londres.
“Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado.” (Isaías 9:6)
Em outras ocasiões expliquei a parte principal deste versículo: “e o governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte.” Se Deus me permitir, em alguma ocasião futura, espero pregar sobre os outros títulos, “Pai eterno, Príncipe da paz.” Mas esta manhã, a porção em que poremos nossa atenção é esta: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu.”
A frase é dupla, porém, não contém nenhuma tautologia. O leitor
cuidadoso logo descobrirá uma distinção; é uma distinção que mostra uma
diferença. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu.”
Como Jesus Cristo foi um menino em
Sua natureza humana, nasceu gerado pelo Espírito Santo, nasceu da Virgem
Maria. Nasceu como sendo verdadeiramente um menino, como qualquer outro
homem que tenha vivido sobre a face da terra. Então, Ele é em Sua
humanidade um menino nascido. Mas como Jesus Cristo é o Filho de Deus,
não é nascido, mas dado, gerado por Seu Pai desde antes de todos os
mundos, gerado, não criado, da mesma natureza que o Pai. A doutrina da
eterna condição de Filho de Deus deve ser recebida como uma verdade
indubitável da nossa santa religião. Porém, quanto a dar uma explicação
para isso, nenhum homem deveria se aventurar a fazê-lo, pois permanece
em meio às coisas profundas de Deus: na verdade é um desses solenes
mistérios que os anjos não se atrevem examinar nem desejam esquadrinhar.
Um mistério que não devemos tentar examinar a fundo, pois está
totalmente fora do entendimento de qualquer ser finito. É o mesmo que um
mosquito tentar beber o oceano, uma criatura finita tentar compreender o
Deus Eterno. Um Deus que pudéssemos compreender não seria Deus. Se nós
pudéssemos agarrá-Lo, não poderia ser infinito: se pudéssemos
entendê-Lo, então, não seria divino. Portanto, eu digo que Jesus Cristo,
como um Filho, não nos é nascido, mas dado. Ele é uma dádiva que nos é
concedida, “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que enviou Seu Filho Unigênito ao mundo.” Ele não nasceu neste mundo como Filho de Deus, mas foi enviado,
ou foi dado, de tal forma que vocês podem perceber que a distinção é
muito sugestiva e nos transmite verdade em grandes quantidades. “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu.”
Esta manhã, contudo, o principal objetivo do meu sermão, na verdade o único, é enfatizar a força destas pequenas palavras, “nos é”. Porque
vocês perceberão que aqui está concentrada toda a força da passagem.
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”. As divisões do meu
sermão são muito simples. Primero, é assim? Em segundo lugar, se é assim, o que acontece então? Em terceiro lugar,
se não fosse assim, o que aconteceria então?
se não fosse assim, o que aconteceria então?
I. Em primeiro lugar, é assim? É verdade que um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado?
É um fato que uma criança nasceu. Não apresento nenhum argumento sobre
isso. Recebemo-lo como um fato, mais plenamente estabelecido que
qualquer outro fato da história, que o Filho de Deus se fez homem,
nasceu em Belém, foi envolvido em panos e deitado em uma manjedoura. É
um fato também, que um Filho é dado. Não temos nenhuma pergunta a
respeito. O infiel poderá contestar, mas nós que professamos ser crentes
nas Escrituras recebemos como uma verdade inegável que Deus deu Seu
Filho unigênito para ser o Salvador dos homens. Mas o que se pode
questionar é: este menino nasceu para NÓS? Foi dado para NÓS? Este é o
tema de ávida investigação. Temos nós um interesse pessoal no menino que
nasceu em Belém? Sabemos que Ele é nosso Salvador? Tem trazido
boas novas para nós? Sabemos que NOS pertence e que nós lhe
pertencemos? Eu afirmo que este é um tema de grave e solene
investigação.
É um fato muito evidente que os melhores
homens são, às vezes, perturbados por perguntas com relação ao seu
próprio interesse em Cristo, enquanto que os homens que nunca sentem
nenhuma perturbação acerca do assunto são, com frequência, enganadores
presunçosos que não têm parte no assunto. Com frequência observei que
algumas das pessoas sobre as quais me senti muito seguro foram
precisamente pessoas que não tinham a menor segurança sobre elas mesmas.
Isso me recorda a história de um
homem piedoso chamado Simon Brown, um ministro em tempos antigos, na
cidade de Londres. Seu coração se entristeceu tanto, seu espírito se
deprimiu tanto, que no fim concebeu a ideia que sua alma havia deixado
de existir. Era totalmente em vão falar a esse bom homem, pois não podia
ser persuadido de que tinha uma alma; mas todo o tempo estava pregando,
pregando e trabalhando, mais a semelhança de um homem que tivesse duas
almas em vez de nenhuma. Quando pregava, seus olhos derramavam
abundantes lágrimas, e quando orava, havia um fervor divino e um
predomínio celestial em cada petição. Agora, assim acontece com muitos
cristãos. Parecem ser o próprio retrato da piedade: sua vida é admirável
e sua conversa celestial, mas sempre estão clamando:
“É um ponto que desejo conhecer,
E frequentemente causa ansioso pensamento,
Amo o Senhor ou não?
Pertenço-Lhe ou não?”
Assim é que os melhores homens se fazem
perguntas enquanto que os piores presumem. Oh, tenho visto homens sobre
cujo eterno destino eu tenho sérias dúvidas, cujas inconsistências de
vida eram palpáveis e flagrantes, que têm tagarelado com relação a sua
segura porção em Israel e sua esperança infalível, como se eles
acreditassem que outros seriam tão facilmente enganados como eles
próprios. Agora, que explicação daremos para esta temeridade?
Aprendamo-la da seguinte ilustração:
Podem ver um grupo de homens
cavalgando ao longo de um caminho estreito em um penhasco à beira-mar. É
um passo muito perigoso, pois o caminho é abrupto e um tremendo
precipício margeia o caminho ao lado esquerdo. Se uma das patas do
cavalo resvalar, despencar-se-ia para a destruição. Vejam quão
cautelosamente os cavaleiros avançam, quão cuidadosamente pisam os
cavalos. Mas observem aquele cavaleiro, com que velocidade avança, como
se corresse uma corrida de obstáculos com Satanás. Vocês levantam suas
mãos ao alto, em uma agonia de terror, tremendo porque a qualquer
momento a pata de seu cavalo pode resvalar e se precipitar ao abismo;
vocês perguntarão: por que esse cavaleiro é tão descuidado? O homem é um
cavaleiro cego que cavalga um cavalo cego. Não podem ver onde estão.
Ele pensa que atravessa um caminho seguro e por isso cavalga tão rápido.
Ou, para variar o quadro, algumas
vezes, quando as pessoas dormem, se levantam e caminham, sobem em certos
lugares onde outros nem pensariam aventurar-se. Alturas de vertigem que
transtornariam nosso cérebro parecem seguras a elas. Assim existem
muitos sonâmbulos espirituais em nosso meio, que pensam que estão
despertos. Mas não estão. Sua mesma presunção em se aventurarem aos
altos lugares da confiança em si mesmos demonstra que são sonâmbulos;
não estão despertos, são homens que caminham e falam em seus sonhos.
Então, é realmente um assunto de sério questionamento para todos os
homens que querem ser salvos no fim saber se este menino nasceu para
NÓS, e se este Filho é dado para NÓS?
Agora, vou ajudá-los a responder à pergunta.
1. Se este menino que reside agora diante dos olhos de sua fé, envolto em panos na manjedoura de Belém, nasceu para vocês, então vocês nasceram de novo.
Pois este menino não nasceu para vocês a menos que vocês tenham nascido
para este menino. Todos os que têm um interesse em Cristo são, na
plenitude do tempo, convertidos pela graça, revividos e renovados. Todos
os redimidos não são, todavia, convertidos, mas o serão. Antes que
chegue a hora de sua morte, sua natureza será transformada, seus pecados
serão lavados e passarão da morte para a vida. Se alguém me disser que
Cristo é seu Redentor, embora não tenha experimentado nunca a
regeneração, esse homem expressa algo que desconhece; sua religião é vã e
sua esperança é um engano. Unicamente os homens que são nascidos de
novo podem reclamar que o bebê nascido em Belém lhes pertence.
“Mas,” dirá alguém, “como posso saber se
sou nascido de novo ou não?” Respondam esta pergunta fazendo por sua
vez outra pergunta: Houve alguma mudança operada pela graça divina
dentro de você? São seus amores totalmente o contrário do que eram
antes? Odeia agora as coisas vãs que uma vez admirou, e busca essa
preciosa pérola que em um tempo depreciava? Foi seu coração inteiramente
renovado em seus objetivos? Pode dizer que a propensão de seu desejo
foi transformada? Vira seu rosto para Sião e seus pés estão no caminho
certo no caminho da graça? Enquanto seu coração que antes ansiava os
profundos sabores do pecado, anseia agora ser santo? E enquanto que
antes amavas os prazeres do mundo, agora tornaram-se como desperdícios e
escórias para você, pois só amas os prazeres de coisas celestiais e
anseias gozar mais deles na terra, para que esteja preparado para gozar
sua plenitude a seguir. Foi renovado internamente? Pois, observa, meu
querido leitor, o novo nascimento não consiste em lavar a parte exterior
do copo e do prato, porém, na limpeza do homem interior. É totalmente
em vão por a pedra sobre o sepulcro, lavá-lo até que fique extremamente
branco e adorná-lo com as flores da estação; o sepulcro mesmo deve ser
limpo. Os ossos do morto que jazem nesse ossuário do coração humano
devem ser limpos. Não, devem ser revividos. O coração não deve ser mais
uma tumba de morte, mas um templo de vida. Assim sucede consigo, leitor?
Pois lembre, pode ser muito diferente no exterior, mas se não for
transformado no interior, este menino não nasceu para você.
Mas faço outra pergunta. Embora o
principal assunto da regeneração se encontre no interior, sem dúvida se
manifesta no exterior. Diga-me, então, houve uma mudança em você no exterior?
Pensa que outros que olham para você são forçados a dizer: este homem
não é o que costumava ser? Acaso seus amigos não observam uma mudança?
Não têm rido de você pelo que consideram ser hipocrisia sua, seu
puritanismo, sua severidade? Acredita agora que, se um anjo o seguisse
em sua vida secreta, e seguisse sua pista até seu aposento, e o visse de
joelhos, detectaria algo em você que nunca teria podido ver antes? Pois
escuta, meu querido leitor, deve haver uma mudança na vida exterior,
pois caso contrário não há mudança no interior.
Em vão me mostra a árvore, e me diz
que a natureza da árvore mudou. Se vejo que está produzindo uvas
silvestres, é ainda um vinhedo silvestre. E se o comparo com as maçãs de
Sodoma e as uvas de Gomorra, é uma árvore maldita e condenada,
independentemente de sua experiência imaginária. A prova do cristão está
na sua vida. Para outras pessoas, a prova de nossa conversão não é o
que sentimos, mas o que fazemos. Para você mesmo, seus sentimentos
poderão ser uma evidência suficiente, mas para o ministro e para outras
pessoas que o julgam, o caminhar exterior é o guia principal. . Agora,
permitam-me observar que a vida exterior de um homem pode ser muito
semelhante a de um cristão, contudo, pode ser que não haja nenhuma
religião nele.
Vocês já viram alguma vez dois
menestréis na rua com espadas, pretendendo lutar entre si? Vejam como
cortam e cerceiam, e se atacam mutuamente, até se chega temer que logo
se cometa um assassinato. Dão a impressão que estão fazendo a sério e
você chega a pensar em chamar a polícia para que os separe. Veja com que
violência um lança tremendo golpe na cabeça do outro, que seu camarada o
evita com destreza, protegendo-se oportunamente. Só observá-los um
minuto para perceber que todos esses cortes e investidas seguem uma
ordem preestabelecida. A luta é fingida, depois de tudo. Não lutam tão
ferozmente como fariam se fossem inimigos verdadeiros.
Da mesma maneira, às vezes, tenho
visto um homem que parece estar muito irado contra o pecado. Mas basta
observá-lo por um pouco de tempo para ver que é unicamente o truque de
um espadachim. Não ataca espontaneamente, não há intensão em seus
golpes; tudo é pretensão, é um mero teatro. Os espadachins, depois que
terminam seu espetáculo, dão-se as mãos e dividem os ganhos que a
multidão boquiaberta lhes proporcionou; e o mesmo faz esse homem, aperta
a mão do diabo privadamente e os dois enganadores compartilham os
despojos. O hipócrita e o diabo são depois de tudo muito bons amigos, e
se regozijam mutuamente por seus ganhos: o diabo olhando maldosamente,
porque ganhou a alma do que professa a fé; e o hipócrita rindo-se,
porque ganhou suas riquezas mal adquiridas. Cuidem, então, que sua vida
exterior não seja uma mera encenação, mas que seu antagonismo contra o
pecado seja real e intenso; deem golpes à direita e à esquerda, como se
verdadeiramente quisessem matar o monstro e jogar seus membros aos
ventos do céu.
Só vou fazer outra pergunta. Se
nasceu de novo, há outra maneira pela qual você pode provar. Não só se
transformou seu eu interno e seu eu externo também, mas a verdadeira raiz e o princípio da sua vida devem ser totalmente novos.
Enquanto estamos em pecado, vivemos para o eu, mas quando somos
renovados, vivemos para Deus. Enquanto não somos regenerados, nosso
princípio é buscar nosso próprio prazer, nosso próprio avanço; mas o
homem que não vive com uma meta totalmente diferente a essa, não nasceu
de novo verdadeiramente. Transformem os princípios de um homem e terão
transformado seus sentimentos, terão transformado suas ações. Agora, a
graça transforma os princípios de um homem. Coloca o machado na raiz da
árvore. Não corta com serra algum galho grosso nem tenta alterar a
seiva; mas proporciona uma nova raiz e nos planta em um terreno novo. O
eu mais íntimo do homem, as profundas rochas de seus princípios sobre as
quais descansa a superfície do terreno de suas ações, a alma de sua
condição humana é inteiramente transformada e ele é uma nova criatura em
Cristo.
“Mas,” dirá alguém, “não vejo
nenhuma razão para que deva nascer de novo.” Ah, pobre criatura, isso é
porque nunca viu a você mesmo. Você já viu um homem no espelho da
Palavra de Deus? Que estranho monstro é. Sabe que um homem por natureza
tem seu coração onde seus pés devem estar: a saber, seu coração está
sobre a terra, enquanto deveria estar pisando com seus pés; é um
mistério mais estranho ainda, que seus calcanhares estão onde seu
coração deveria estar: a saber, ele está dando coices contra o Deus do
Céu, quando deveria estar pondo seus afetos nas coisas do alto. O homem
por natureza, quando vê mais claro, unicamente olha para baixo; pode ver
unicamente o que está por baixo dele, não pode ver as coisas que estão
acima; é estranho dizer, mas a luz do sol do céu o cega; ele não busca a
luz do sol. Ele pede a sua luz na escuridão. A terra é para ele seu
céu, vê sol em charcos de lodo e estrelas em sua imundície. Ele é, de
fato, um homem transtornado. A queda arruinou nossa natureza de tal
maneira que a coisa mais monstruosa sobre a face da terra é um homem
caído.
Os povos antigos costumavam pintar
grifos míticos, dragões, quimeras e todo tipo de horríveis coisas; mas
se uma mão hábil pudesse pintar o homem com precisão, nenhum de
nós veria o quadro, pois é um espetáculo que ninguém viu exceto os
condenados ao inferno; esta é uma parte da sua dor intolerável: estão
forçados a olharem sempre a si mesmos. Agora, então, não veem que devem
nascer de novo e a menos que nasçam de novo, este menino não nasceu para vocês.
2. Mas eu sigo
adiante. Se este menino nasceu para você, você é uma criança, e surge a
pergunta: você o é? O homem cresce naturalmente, desde a infância até a
idade adulta; na graça, os homens crescem da maturidade até a infância;
quanto mais nos aproximamos da verdadeira infância, mais nos
aproximaremos da semelhança de Cristo. Pois, acaso não foi Cristo
chamado “um menino” inclusive depois que ascendeu ao céu? “Teu santo
Filho Jesus.”[1]
Irmãos e irmãs, vocês podem dizer que voltaram a ser crianças? Aceitam a
Palavra de Deus tal como é, simplesmente porque seu Pai celestial assim
o disse? Contentam-se em crer nos mistérios sem exigir que os
expliquem? Estão preparados para se sentarem na classe com as crianças e
se converterem em pequeninos? Estão dispostos a serem sustentados no
seio da igreja e mamar o leite sem adulteração da Palavra, sem
questionar nem por um instante o que seu divino Senhor revela, mas
acreditando em tudo por Sua própria autoridade, embora pareça estar
sobre a razão, ou abaixo da razão, ou inclusive contrário à razão?
Agora, “Se não se converterem e se tornarem como crianças,”
este menino não nasceu para vocês; a menos que como um menino você seja
humilde, ensinável, obediente, contente com a vontade de seu Pai e
desejoso de atribuir tudo a Ele, existe um sério motivo para questionar
se este menino nasceu para você. Mas que espetáculo tão
agradável é ver um homem convertido e que tem se tornado um pequenino.
Muitas vezes meu coração tem dado saltos de gozo, quando vejo um gigante
infiel que costumava argumentar contra Cristo, que não tinha em seu
dicionário uma palavra suficientemente má para o povo de Cristo, chegar a
crer no Evangelho pela graça divina. Esse homem se senta e chora, e
sente o pleno poder da salvação e, a partir desse momento, deixa todos
os seus questionamentos e se torna o oposto ao que era. Considera-se
mais insignificante que o crente mais insignificante. Contenta-se em
fazer o mais insignificante trabalho para a igreja de Cristo e toma sua
posição: não com Locke ou Newton, como um poderoso filósofo cristão, mas
com Maria, como um simples aprendiz sentado aos pés de Jesus, para
ouvir e aprender Dele. Se vocês não são crianças, então este menino não
nasceu para vocês.
3. Agora tomemos a segunda frase e façamos uma pergunta ou duas sobre ela. Este filho nos é dado a NÓS?
Faço uma pausa por um minuto para pedir sua atenção pessoal. Estou
tratando de pregar de tal maneira que os conduza a se questionarem.
Rogo-lhes que nenhum de vocês se exima do teste, mas que cada um se
pergunte: é certo que um Filho me foi dado? Agora, se este Filho lhe foi dado, você mesmo é um filho. “Mas a todos os que o receberam, aos que creem em seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. “Cristo se fez homem para que em tudo fosse semelhante a Seus irmãos”. O Filho de Deus não é meu para que o goze, o ame, me deleite Nele, a menos que eu seja também um filho de Deus.
Agora, querido leitor, tem um temor
de Deus diante de você? Um temor filial, o temor que a criança sente de
não afligir a seus pais? Diga-me, você tem um amor de filho para com
Deus? Confia Nele como seu pai, seu provedor e seu amigo? Tem em seu
peito esse “espírito de adoção, pelo qual clamamos: Abba, Pai!?”
Ocorre-lhe às vezes, que estando de joelhos, pode dizer: “meu Pai e meu
Deus.” O Espírito mesmo dá testemunho ao seu espírito de que é nascido
de Deus? E quando se dá esse testemunho, volta seu coração ao Pai e seu
Deus, em êxtase de deleite, para agarrar-se a Ele, que faz tempo se
agarrou a você no pacto de Seu amor, nos braços de Sua graça eficaz?
Agora, observe, meu querido leitor, se algumas vezes não goza do
espírito de adoção, se não é um filho ou uma filha de Sião, então não se
enganes, este filho não foi dado para você.
4. Então, para colocar de outra forma: se um Filho nos é dado, então nós somos dados ao Filho. Agora, o que responde a esta nova pergunta? Você foi dado a Cristo?
Sente que não há nada na terra para a qual viva, senão para glorificar a
Ele? Pode dizer em seu coração: “Grandioso Deus, se não estou enganado,
eu sou inteiramente Seu”? Está preparado hoje para escrever de novo seu
voto de consagração? Pode dizer: “Toma-me! Tudo que sou e tudo o que
tenho será para sempre Seu. Quero renunciar a todos meus bens, a todos
os meus poderes, a todo meu tempo e a todas as minhas horas; quero ser
Seu, inteiramente Seu”? “Não sois vossos, porque foram comprados por preço”.
Se este Filho de Deus lhes é dado, consagrem-se plenamente a Ele, vocês
sentirão que honrar a Deus é o objetivo de sua vida, que a glória de
Deus é o grande desejo de seu espírito ansioso. Agora, é assim, leitor?
Faça essa pergunta a você mesmo. Rogo-lhe que não engane a você mesmo na
resposta.
Apenas vou repetir as quatro provas
diferentes. Se um menino nasceu para mim, então nasci de novo; e mais,
em consequência desse novo nascimento, sou uma criança. Se, ainda, um
Filho me foi dado, então sou um filho; e também eu sou dado a esse Filho
que me foi dado a mim. Eu tentei colocar essas provas na forma que o
texto as sugere. Oro para que as levem para casa. Se não recordarem das
palavras, contudo, recordem de investigar por vocês mesmos, para que
possam ver, leitores, se podem dizer: “o Filho foi dado para mim.” Pois,
em verdade, se Cristo não é meu Cristo, é de pouco valor para mim. Se
não posso dizer que Ele me amou e se entregou por mim, de que me serve todo o mérito de Sua justiça, ou toda a plenitude de Sua expiação?
O pão na padaria está bem, mas se
estou faminto e não posso obtê-lo, morreria de fome, embora os celeiros
estejam repletos. A água no rio está bem, mas se estou em um deserto e
não posso alcançar o arroio, se posso ouvir seu murmúrio à distância e
eu estou deitado e moribundo de sede, o murmúrio do riacho, ou o fluir
do rio, ajudam a me atormentar ante ao inalcançável, enquanto morro em
negra desesperança. Melhor seria para vocês, leitores, morrerem como
Hotentotes[2],
ter descido a suas tumbas como habitantes de alguma terra tenebrosa,
que viver onde o nome de Cristo é elogiado continuamente, onde Sua
glória é exaltada, e baixar a suas tumbas sem um interesse Nele, sem a
bênção de Seu Evangelho, sem ser lavados por Seu sangue, sem haver sido
cobertos por Seu manto de justiça. Que Deus os ajude para que possam ser
abençoados Nele, e possam cantar docemente: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado.”
II. Isto leva ao meu segundo ponto, sobre o qual serei breve. É assim? SE É ASSIM, O QUE ACONTECE ENTÃO? Se é assim, por que tenho dúvidas hoje?
Por que meu espírito está fazendo perguntas? Por que não me dou conta
do fato? Leitor, se o Filho lhe foi dado, como é que está perguntando
hoje se é de Cristo ou não? Por que não procura firmar sua vocação e
eleição? Por que se demora nas planícies da dúvida? Sobe, sobe às altas
montanhas da confiança e não descanse nunca até que possa dizer sem medo
de estar equivocado: “Eu sei que meu Redentor vive. Estou seguro que é poderoso para guardar meu depósito para aquele dia.”
Pode haver aqui um grande número de pessoas para quem é um assunto de
incerteza saber se Cristo é delas ou não. Oh, meus queridos leitores,
não se contentem a menos que saibam com certeza que Cristo é de vocês e
que vocês são de Cristo.
Suponham que leiam no periódico de
amanhã, (embora, a propósito, se acreditam em tudo o que leem ali,
estariam provavelmente equivocados), suponham que leiam uma notícia que
uma pessoa rica lhes deixou uma imensa herança. Suponham que ao ler lhes
pareceu muito claro que a pessoa mencionada era um familiar seu e que é
muito provável que seja verdade. É possível que convocassem para o dia
seguinte uma reunião familiar, na qual esperam o irmão João e a irmã
Maria e os seus pequenos para cear juntos. Mas me pergunto se não se
moveriam da cabeceira da mesa para ir e verificar se o fato é
verdadeiramente assim. “Oh,” diriam, “estou seguro que desfrutaria muito
mais minha ceia de Natal, se estivesse bem seguro acerca disto;” e se
não fossem, todo o dia estariam na ponta dos pés pela expectativa;
estariam, por assim dizer, sentados sobre alfinetes e agulhas até que
comprovassem que era assim.
Agora há uma proclamação que tem sido anunciada e é verdadeira também, que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
A pergunta para vocês é se Ele os salvou e se vocês têm um interesse
Nele. Suplico-lhes que não deem descanso a seus olhos, não deixem que
suas pálpebras adormeçam até que tenham lido seu “título de propriedade
livre de avaliação para mansões no céu.” Como, homem! Será seu destino
eterno um assunto de incerteza para você? Como! Estão o céu e o inferno
envolvidos nesse assunto e você vai descansar até que saiba qual dos
dois será sua porção eterna? Está contente enquanto a pergunta é se Deus
o ama, ou se Ele está irado contigo? Pode estar tranquilo enquanto
permanece na dúvida quanto a se está condenado no pecado ou justificado
pela fé em Cristo Jesus?
Levanta-te, homem; suplico-te pelo
Deus vivo, e pela própria segurança da tua alma, levanta-te e lê os
registros. Investiga e vê, e prova-te e examina-te para ver se é assim
ou não. Pois se é assim, por que não havíamos de sabê-lo? Se o Filho me
foi dado, por que não haveria de estar seguro? Se o menino nasceu para
mim, por que não haveria de sabê-lo com certeza para poder viver desde
agora com o gozo de meu privilégio, um privilégio cujo valor nunca
conhecerei plenamente até que chegue na glória?
Também, se é assim, temos outra pergunta. Por que está triste? Estou
vendo rostos neste momento que parecem ser o reverso exato do
decaimento, mas talvez o sorriso esconda um coração doído. Irmão e irmã,
por que estamos tristes esta manhã, se um menino nos nasceu, se um
Filho nos foi dado? Escutem, escutem o grito! Isto é, “é chegada a
colheita! É chegada a colheita!” Vejam as donzelas dançando e os jovens
desfrutando. E por que este júbilo? Porque estão armazenando os
preciosos frutos da terra, estão reunindo em seus celeiros o grão que
pronto será consumido. Então, irmãos e irmãs, temos o pão que permanece
para vida eterna e somos infelizes? O mundo se alegra quando seu
alimento abunda, e não nos regozijamos quando “um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado”?
Escutem! Que significa que disparem
as armas da Torre? Por que todo este soar de sinos nos campanários das
igrejas, como se toda Londres estivesse fora de si de alegria? Nasceu um
príncipe; por isso existe esta saudação, por isso este repicar de
sinos. Ah, cristãos, toquem os sinos de seus corações e disparem as
saudações de seus mais alegres hinos, “Porque um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado.”
Dança, oh coração meu, e repique os sinos de alegria! Vocês, gotas de
sangue de minhas veias, dancem cada uma de vocês! Oh! que todos os meus
nervos se convertam em cordas de harpa e que a gratidão as toque com
dedos angélicos! E você, língua minha, grita, grita em louvor a Ele, que
disse: “um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado.” Enxugue essa lágrima! Vamos, deixe de suspirar! Calem esse murmúrio. Que importa sua pobreza? “Um menino lhe nasceu.” Que importa sua enfermidade? “um Filho lhe foi dado.”
Que importa seu pecado? Pois este menino removerá o pecado e o Filho o
lavará e o fará idôneo para o céu. Se assim é, eu digo:
“Elevem os corações, elevem as vozes,
Regozijem-se com estrondo, santos,
Regozijem-se!”
Porem, uma vez mais, se é assim, por que nossos corações estão tão frios? E
por que fazemos tão pouco por Ele, que tem feito tanto por nós? Jesus,
Tu és meu! Sou salvo? Como é que te amo tão pouco? Por que é que quando
prego não faço com maior ousadia, e quando oro, não sou mais
intensamente fervoroso? Por que é que damos tão pouco a Cristo que se
deu a Si mesmo por nós? Por que é que servimos tão tristemente a quem
nos serviu tão perfeitamente? Ele se consagrou inteiramente; por que é
que nossa consagração é falha e parcial? Continuamente estamos
oferecendo sacrifícios ao eu e não a Ele.
Oh, amados irmãos, submetam-se neste
dia. O que vocês têm no mundo? “Oh,” dirá alguém, “eu não tenho nada;
eu sou pobre e não tenho um centavo e tampouco tenho um teto.”
Entreguem-se a Cristo. Vocês ouviram a história dos discípulos de um
filósofo grego. Em um determinado dia era o costume dar um presente ao
filósofo. Um veio e lhe deu ouro. Outro não pode trazer-lhe ouro, mas
lhe trouxe prata. Um lhe trouxe um manto e outro, alguns alimentos. Mas
um deles veio e disse: “Oh, Sólon, eu sou pobre, não tenho nada para
dar-te, contudo, dar-te-ei algo melhor do que te deram estes: dou-me a
ti.” Agora, se vocês têm ouro e prata, se têm algum destes bens do
mundo, deem em sua medida a Cristo; mas, sobretudo, entreguem-se a vocês
mesmos a Ele, e que seu clamor a partir deste dia seja:
“Não te amo meu muito amado Senhor?
Oh, esquadrinha meu coração e vê,
E derruba cada ídolo maldito
Que se atreva a ser Teu rival.
Não te amo com toda minha alma?
Então, não permitas nenhum outro amor:
Que morra meu coração a todo outro gozo,
Só Jesus deve estar ali.”
III. Bem, estou quase
concluindo, mas prestem sua solene, muito solene, atenção enquanto
abordo meu último ponto: SE NÃO É ASSIM, ENTÃO COMO SERÁ? Querido
leitor, não posso dizer onde está: mas onde quer que esteja neste salão,
os olhos do meu coração o estão buscando e quanto o acharem, vão chorar
por você. Ah, miserável! Desventurado, sem uma esperança, sem Cristo,
sem Deus! Para você não há alegria natalina; para você não nasceu um
menino; para você nenhum Filho foi dado. Triste é a história dos pobres
homens e mulheres que caíram mortos em nossas ruas, semana passada, por
causa da fome cruel e do frio cortante. Mas muito mais digna de lástima é
sua porção, muito mais terrível será sua condição no dia em que
gritarão pedindo uma gota de água para refrescar a língua ardente e lhes
será negada; quando buscarão a morte, a morte fria e horrenda, e a
buscarão como se busca um amigo, mas não a encontrarão. Pois o fogo do
inferno não os consumirá, nem seus terrores devorá-los-ão. Desejarão
morrer, porém, permanecerão na morte eterna: morrendo cada hora, sem
receber jamais a tão ansiada bênção da morte.
Que lhe direi no dia de hoje? Oh!
Senhor, ajuda-me a dizer uma palavra oportuna, agora. Suplico-lhe, meu
querido leitor, se Cristo não é seu hoje, que o Espírito de Deus o ajude
a fazer o que eu o ordeno fazer. Em primeiro lugar, confesse seus
pecados; não ao meu ouvido, nem ao ouvido de nenhum homem vivente. Vá
para o seu quarto e confesse que é vil. Diga ao Senhor que você é um
infame desventurado sem Sua graça soberana. Mas não pense que há algum
mérito na confissão. Não há nenhum. Toda sua confissão não pode merecer o
perdão, embora Deus tenha prometido perdoar o homem que confessa seu
pecado e o abandona.
Imaginem que um credor tem um
devedor que lhe deve mil libras esterlinas. Vai visitá-lo e lhe diz:
“exijo meu dinheiro.” “Mas,” responde o outro, “eu não lhe devo nada.”
Esse devedor seria arrastado e jogado na prisão. Contudo, seu credor lhe
diz: “quero tratar misericordiosamente consigo; faça uma confissão
franca e eu perdoarei toda a sua dívida.” “Bem,” responde o homem, “eu
em verdade reconheço que lhe devo duzentas libras esterlinas.” “Não,”
diz o credor, “isso não serve de nada.” “Bem, senhor, eu confesso que
lhe devo quinhentas libras esterlinas;” e gradualmente chega a confessar
que lhe deve mil libras esterlinas. Há algum mérito nessa confissão?
Não; mas, ainda, vocês poderão ver que nenhum credor pensaria em perdoar
uma dívida que não seja reconhecida.
É o mínimo que vocês podem fazer:
reconhecer seu pecado; embora não haja nenhum mérito na confissão,
contudo, fiel à Sua promessa, Deus lhes outorgará o perdão por meio de
Cristo. Isso é um conselho. Rogo-lhes que o aceitem. Não o joguem aos
ventos; não se descartem dele tão logo saiam de Exeter Hall. Guardem-no
com vocês, e que este dia seja um dia de confissões para muitos de
vocês. Mas também, depois que tenham feito uma confissão, suplico-lhes
que renunciem ao eu. Têm estado descansando, talvez, em alguma
esperança que se farão melhores a vocês mesmos, e que assim alcançarão a
salvação. Rejeitem essa imaginação enganosa. Vocês têm visto o bicho da
seda: tece, tece, tece e logo morre ali onde teceu seu sudário. Suas
boas obras não estão senão tecendo um manto para suas almas mortas. Não
podem fazer nada por meio de suas melhores orações, de suas melhores
lágrimas, ou de suas melhores obras, para merecer a vida eterna. Vamos, o
cristão que é convertido a Deus dir-lhes-á que não podem viver uma vida
santa por si mesmo. Se o barco no mar não pode dirigir-se a si mesmo
corretamente, creem vocês que a madeira que está no estaleiro pode se
montar sozinha, para se converter em um barco e logo ser posta no mar e
navegar aos Estados Unidos? Contudo, isso é o que precisamente o que
vocês imaginam. O cristão que é a obra de Deus não pode fazer nada,
contudo, você pensa que pode fazer algo. Agora, abandona o eu. Que Deus o ajude a anular cada ideia do que você pode fazer.
Logo, finalmente, peço a Deus que os
ajudem nisto, meus queridos leitores: quando tenha confessado seus
pecados e tenha abandonado toda esperança de salvação própria, vá ao lugar onde Jesus morreu em agonia.
Vá então meditar sobre o Calvário. Ali está pregado. É a cruz
localizada no centro das três. Parece-me que o vejo agora. Vejo Seu
pobre rosto magro e Seu semblante mais desfigurado que o de qualquer
outro homem. Vejo as gotas de sangue vermelho que, todavia, permanecem
em Suas têmporas traspassadas, sinais dessa áspera coroa de espinhos.
Ah, vejo Seu corpo desnudo, desnudo para Sua vergonha. Podemos contar
cada um de Seus ossos. Vejam ali Suas mãos rasgadas pelo duro ferro e
Seus pés destroçados pelos cravos. Os cravos rasgaram amplamente Sua
carne. Ali está agora não somente o orifício que abriu o cravo, mas o
peso de Seu corpo caiu sobre seus pés, os ferros estão rasgando toda a
Sua carne. Agora o peso de Seu corpo pende de Seus braços, os cravos que
estão ali estão dilacerando Seus delicados nervos. Escutem! A terra
está sobressaltada! Ele clama: “Elí, Elí, lama sabactani?” Oh
pecador, houve alguma vez um grito parecido? Deus o abandonou. Seu Deus
cessou de abundar em graça a Ele. Sua alma está muito triste, até a
morte. Mas, escute outra vez, Ele clama: “Tenho sede.” Deem-lhe
água! Deem-lhe água! Vocês, mulheres santas, deem-lhe de beber. Mas
não, Seus assassinos torturam-no. Eles põem em Sua boca vinagre com fel:
o amargo com o azedo, o vinagre e o fel.
Por último, ouça, pecador, pois aqui
está sua esperança. Vejo que inclina Sua desfigurada cabeça. O Rei do
céu morre. O Deus que fez a terra se fez homem o homem está a ponto de
expirar. Escute! Ele clama: “Está consumado,” e entrega o
espírito. A expiação está terminada, o preço foi pago, o sangrento
resgate foi contado, o sacrifício foi aceito. “Está consumado.”
Pecador, crê em Cristo. Lance-se Nele. Se você afunda ou nade, tome-o
para que seja seu tudo em tudo. Abrace com seus braços trêmulos esse
corpo sangrando. Sente-se aos pés dessa cruz e sinta sobre você as gotas
do precioso sangue. E quando saírem daqui, que cada um diga em seu
coração:
“Um verme culpado, débil, indefeso,
Caio sobre os braços amáveis de Cristo,
Ele é minha fortaleza e minha justiça,
Meu Jesus, e meu tudo.”
Que Deus lhes conceda graça por Jesus
Cristo para que o façam. Que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o
amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês,
para sempre. Amém e Amém.
ORE PARA QUE O ESPIRITO SANTO USE ESSE SERMÃO PARA TRAZER UM CONHECIMENTO SALFÍVICO DE JESUS CRISTO E PARA EDIFICAÇÃO DA IGREJA
FONTE:
Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon291.html
Todo direito de tradução protegido por lei internacional de domínio público e com autorização de Allan Roman.
Sermão nº 291 — Volume 6 do The New Park Street Pulpit,
Tradução e Revisão: Cibele Cardozo
Prova: Armando Marcos
Capa: Victor Silva
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