Nada enriquece mais o inferno do que falsos mestres. Ninguém tem maior
alegria em atrair as pessoas para longe da verdade, levando-as ao erro.
Falsos mestres tem estado presentes em todas as eras da história humana;
eles tem sempre sido uma praga e sempre estiveram no ramo da
falsificação da verdade. Enquanto suas circunstâncias podem mudar, seus
métodos permanecem constantes. Aqui estão sete marcas dos falsos
mestres.
#1 Falsos mestres são bajuladores dos homens. O que eles ensinam é
para agradar mais aos ouvidos do que beneficiar o coração. Eles fazem
cócegas nos ouvidos de seus seguidores com lisonjas e, enquanto isso,
tratam coisas santas com esperteza e negligência ao invés de reverência e
temor. Isso contrasta bruscamente com um verdadeiro mestre da Palavra
que sabe que é responsável perante Deus e que, por isso, anseia mais
agradar a Deus do que aos homens. Como Paulo diria, “pelo contrário,
visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o
evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus,
que prova o nosso coração” (1 Tessalonicenses 2.4).
#2 Falsos mestres guardam suas críticas mais severas aos servos mais fiéis de Deus.
Falsos mestres criticam aqueles que ensinam a verdade e guardam suas
críticas mais acentuadas para aqueles que se apóiam com firmeza no que é
verdadeiro. Nós vemos isso em muitos lugares na Bíblia, como quando
Corá e seus amigos se levantaram contra Moisés e Arão (Números 16.3) e
quando o ministério de Paulo estava ameaçado e minado pelos críticos que
diziam que, enquanto suas palavras eram fortes, ele mesmo era fraco e
sem importância (2 Coríntios 10.10). Vemos isso mais notavelmente nos
ataques viciosos das autoridades religiosas contra Jesus. Falsos mestres
continuam a repreender e menosprezar servos fiéis de Deus hoje.
Entretanto, como Agostinho declarou, “Aquele que prontamente calunia meu
bom nome, prontamente aumenta a meu galardão”
#3 Falsos mestres ensinam sua própria sabedoria e visão. Isso
certamente era verdade nos dias de Jeremias quando Deus disse “Os
profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei
ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do
seu íntimo são o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). E, hoje
também, falsos mestres ensinam a loucura dos meros homens ao invés de
ensinarem a mais profunda e rica sabedoria de Deus. Paulo sabia: “pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que
sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).
#4 Falsos mestres deixam passar o que é de suma importância e, ao contrário, se focam nos pequenos detalhes.
Jesus diagnosticou essa tendência nos falsos mestres de seu tempo,
advertindo-os, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os
preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé;
devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23).
Falsos mestres colocam uma grande ênfase na sua aderência aos pequenos
comandos mesmo quando ignoram os grandes. Paulo advertiu Timóteo daquele
que “é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas
de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas
malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e
privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo
6.4-5).
#5 Falsos mestres obscurecem sua falsa doutrina por trás de um discurso eloquente e do que parece ser uma lógica impressionante.
Assim como uma prostituta se pinta e se perfuma para parecer mais
atraente e sedutora, o falso mestre esconde sua blasfêmia e doutrina
perigosa atrás de argumentos poderosos e de um uso eloquente da
linguagem. Ele oferece aos seus ouvintes o equivalente espiritual a uma
pílula venenosa revestida de ouro; embora possa parecer bonita e
valiosa, permanece sendo mortal.
#6 Falsos mestres estão mais preocupados em ganhar os outros para a sua opinião do que em ajudá-los e melhorá-los.
Esse é outro diagnóstico de Jesus quando ele refletiu sobre as normas
religiosas dos seus dias. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas,
porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez
feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus
23.15). Falsos mestres não estão em última instância no ramo de melhorar
vidas e salvar almas, mas no ramo de convencer mentes e ganhar
seguidores.
#7 Falsos mestres exploram seus seguidores. Pedro avisa acerca
desse perigo, dizendo: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos
profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais
introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de
renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos
repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e,
por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por
avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o
juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2
Pedro 2.1-3). O falso mestre explora aqueles que o seguem porque eles
são gananciosos e desejam as riquezas desse mundo. Sendo essa uma
verdade, eles sempre ensinarão princípios que satisfazem a carne. Falsos
mestres estão preocupados com os bens deles, não com o seu bem; querem
servir a si mesmos mais do que aos perdidos; estão satisfeitos em
Satanás ter a sua alma contanto que eles possam ter as suas coisas.
Fonte Ministério bereia
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