Ninguém vos julgue
pelos sábados!
Por Natanael Rinaldi
Mandaram-me, pelo
correio, um livrete com o título “Qual o verdadeiro dia de repouso?”. De
autoria de Williams Costa Jr. e Alejandro Bullón, ambos pastores adventistas, a
obra é distribuída pelo curso “Está Escrito”, da referida seita. O texto é
composto de perguntas e respostas.
Acredito que esse
material me foi enviado por alguém que conhece a minha posição com relação aos
ensinos adventistas sobre a guarda do sábado, posição essa exposta ao longo dos
anos aqui mesmo em Defesa da Fé, e também em programas de rádios e seminários,
entre outros eventos. Tanto é assim que fui até mesmo citado pelos autores no
livrete, o que me motivou ainda mais a me pronunciar. Aproveito a oportunidade
também para responder, de uma só vez, às cartas e aos telefonemas, que não são
poucos, que chegam, por parte dos adventistas, ao ICP. Dessa forma, eles me
criticam e instigam a replicar seus argumentos sabatistas ardilosos e
polêmicos. Alguns desses argumentos são, de certa forma, infantis, como se vê
na página 12 do livro em referência. Vejamos:
– Wiams, você fala
inglês, como se diz domingo em inglês? – pergunta Bullón.
– Sunday – responde
Costa Júnior.
– E o que quer dizer
Sunday? – Bullón novamente.
– O dia do sol. E não
é somente em inglês, em alemão também. Eu não falo alemão, mas em algumas
línguas o domingo significa o dia do sol – finaliza Costa.
Qualquer criança que
estuda inglês sabe que a palavra para sábado nessa língua é saturday. Se
perguntarmos a essa mesma criança qual o significado do termo saturday ela responderá
“o dia de Saturno”. Quem era Saturno? Um deus pagão, do qual vem o vocábulo
saturnais, que indica uma festa realizada com licenciosidade e baixeza moral.
Mas o adventista dá
valor apenas ao argumento sobre a palavra sunday, mesmo sabendo que todos os
dias da semana eram conhecidos por nomes de deuses ou planetas: o Sol
(domingo), a Lua (segunda-feira), Marte (terça-feira), Mercúrio (quarta-feira),
Júpiter (quinta-feira), Vênus (sexta-feira) e Saturno (sábado).
Para um líder
espiritual de uma igreja que se vangloria por conhecer profundamente a Bíblia
(o que não é verdade, pois os adventistas baseiam seus ensinos nas visões e
revelações de Ellen Gould White), esse argumento infantil tem validade.
Embora os adventistas
queiram ser reconhecidos como evangélicos, na verdade são sabatólatras. São
sucessores dos fariseus dos dias de Jesus, que levaram o Mestre à morte por
causa de duas acusações. A primeira delas era porque o Salvador não guardava o
sábado. A segunda, porque Jesus se declarava Filho de Deus, com natureza igual
à de Deus. Isso era caso gravíssimo para os judeus. Imperdoável mesmo! Por
isso, pois, os judeus “Ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava
o sábado, mas também dizia que deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus”(Jo
5.17-18).
Através de um exame,
ainda que superficial, do livro “Qual o verdadeiro dia de repouso?”, percebe-se
facilmente que faltou seriedade intelectual aos seus autores. Não é possível
que alguém se proponha a defender o sábado como sendo o verdadeiro dia de
repouso e, propositadamente, ao citar as Escrituras como prova da sua validade,
omita a palavra sábado (no plural, sábados) de Colossenses 2.16. Pois é
justamente dessa forma que o senhor Bullón age. Vejamos o diálogo entre ele e o
pastor Costa Júnior:
Pastor COSTA JÚNIOR –
(referindo-se aos crentes que costumam dizer)... “eu sou cristão, sou seguidor
de Jesus e guardo o domingo. E uma das razões pelas quais eu guardo o domingo é
porque Jesus foi perfeito. Ele cumpriu a Lei e Ele pregou a Lei na cruz. Pastor
Bullón, há necessidade de continuar guardando a Lei, apesar de Jesus ter feito
seu sacrifício na cruz?”
Pastor BULLÓN –
“Muitos cristãos acham que depois da morte de Cristo já não se deve guardar
mais o sábado porque Cristo cravou na cruz os mandamentos de Deus. Em primeiro
lugar, não há base bíblica dizendo que Jesus cravou os mandamentos de Deus.
Jesus cravou na cruz todas as festas do povo de Israel, que apontavam para a
sua vinda, como o sacrifício do cordeiro e a circuncisão. Muitas das festas,
cerimônias e leis cerimoniais do povo de Israel tinham como objetivo anunciar
que Jesus viria para morrer na cruz do Calvário pelos nossos pecados. Agora,
uma vez que Jesus veio, para que sair sacrificando cordeirinhos se o Cordeiro
de Deus já fora sacrificado? A circuncisão, as festas, as luas novas, as festas
religiosas de Israel, tudo isto chegou ao fim porque, isto sim, Jesus cravou na
cruz do Calvário” (p. 4).
Todos sabemos que a
honestidade é fundamental quando se trata de refutar doutrinas bíblicas.
Pergunto: por que foi omitida propositadamente a palavra “sábados” de
Colossenses 2.16? Vimos que os autores falaram das festas, das luas novas, mas
omitiram a palavra “sábados”. Por que fizeram isso?
Vejamos o que de fato
foi cravado na cruz (o que é reconhecido pelos próprios adventistas):
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras,
mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.16-17). Como podemos ver, à luz da Palavra de
Deus, não foram apenas os dias de festas, as luas novas cravados na cruz, mas
também os sábados. E devemos saber que esses sábados não são os sábados anuais,
porque os chamados sábados anuais ou cerimoniais são identificados no texto em
pauta pela expressão dias de festas.
Razões que indicam
que os sábados de Cl 2.16 são semanais
Diante da clareza de
Cl 2.16-17, os adventistas do sétimo dia costumam refutar essa posição alegando
que a palavra sábados não se refere ao sábado semanal, mas aos cerimoniais ou
anuais, conforme mencionados em Lv 23.1-39.
Essa afirmação, no
entanto, não é correta, e por três razões:
A - Os sábados anuais
ou cerimoniais eram chamados de festas, e eles já estão incluídos na frase dias
de festa, em Cl 2.16. Esses dias de festa ou sábados anuais eram designados
como tais. A saber:
1 Festa da Páscoa -
Lv 23.5,7;
2 Festa dos Asmos -
Lv 23.8;
3 Festa de
Pentecostes - Lv 23.15-16;
4 Festa das Trombetas
- Lv 23.23-25;
5 Festa da Expiação -
Lv 23.26,32;
6 Festa dos
Tabernáculos - 1º dia de festa;
7 Festa dos
Tabernáculos - último dia de ¬festa - Lv 23.34,36.
Em Levíticos 23.37,
lemos: “Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis para santas
convocações...”. Na seqüência do texto, mas precisamente no v. 38, os sábados
são, propositadamente, excluídos. Vejamos: “Estas ofertas são além dos sábados
do Senhor, além dos vossos dons, além de todos os vossos votos, e além de todas
as vossas ofertas voluntárias que dareis ao Senhor”.
Assim, os chamados
sábados anuais estão incluídos nos dias de festas, o que mostra, distintamente,
que os sábados semanais, conforme indicados por Paulo em Cl 2.16, não constam
dessa relação: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa
dos dias de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas
futuras, mas o corpo é de Cristo”.
B - A fórmula dias de
festa, luas novas e sábados serve para indicar os dias sagrados anuais, mensais
e semanais:
1º Exemplo:
– Em Números 28
encontramos os holocaustos para os sábados (semanais), para as luas novas
(mensais) e para os dias de festa (anuais) nos seguintes versículos: “... no
dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha... Holocausto é do sábado em
cada semana...” (vv. 9,10). “E as suas libações serão a metade dum him de vinho
para um bezerro... este é o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os
meses do ano” (v. 14). “Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a
páscoa do Senhor; e aos quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se
comerão pães asmos” (vv. 16,17).
2º Exemplo:
– Em 1 Crônicas
23.31, lemos: “E para cada oferecimento dos holocautos do Senhos, nos sábados,
nas luas novas e nas solenidades por conta, segundo o seu costume,
continuamente”. O significado de cada período: “nos sábados” (cada semana),
“nas luas novas” (cada mês) e “nas solenidades” (cada ano).
3º Exemplo:
– Em 2 Crônicas 2.4
está escrito: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus,
para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para o pão
contínuo da proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados
e nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus...”. O significado de
cada período: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos sábados” (cada semana),
“nas luas novas” (cada mês) e “nas festividades” (cada ano).
4º Exemplo:
– Em 2 Crônicas 8.13,
registra-se: “E isto segundo o dever de cada dia, oferecendo segundo o preceito
de Moisés, nos sábados e nas luas novas, e nas solenidades, três vezes no ano”.
O significado dos períodos: “nos sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada
mês) e “nas solenidades” (cada ano).
5º Exemplo:
– Em 2 Crônicas 31.3,
lemos o seguinte: “Também estabeleceu a parte da fazenda do rei para os
holocaustos, para os holocaustos da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos
sábados, e das luas novas, e das solenidades, como está escrito na lei do
Senhor”. O significado dos períodos: “da manhã e da tarde” (cada dia), “nos
sábados” (cada semana), “nas luas novas” (cada mês) e “das solenidades” (cada
ano).
6º Exemplo:
– Em Ezequiel 45.17,
lemos: “E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares,
e as libações nas festas e nas luas novas, e nos sábados, em todas as solenidades
da casa de Israel”. Significado dos períodos: “nas festas” (cada ano), “nas
luas novas” (cada mês) e “nos sábados” (cada semana).
7º Exemplo:
– Em Oséias 2.11 está
escrito: “E farei cessar todo o seu gozo, a suas festas, as suas luas novas, e
os seus sábados, e todas as suas festividades. E, finalmente, temos Cl 2.16-17:
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias
de festa, ou da luz nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras,
mas o corpo é de Cristo”. O significado dos períodos desses dois textos é o
mesmo dos anteriores.
C- As palavras
sábado, sábados e dia de sábado (no singular ou no plural) ocorrem sessenta
vezes no Novo Testamento. Mas os adventistas do sétimo dia reconhecem que
apenas 59 dos casos se referem ao sábado semanal. Negam justamente o texto de
Cl 2.16. Dizem eles: “Os termos sábado, sábados e dia de sábado ocorrem
sessenta vezes no Novo Testamento e em cada caso, exceto um, refere-se ao
sétimo dia. Colossenses 2.16,17 faz referência aos sábados anuais relacionados
com as três festas anuais observadas por Israel antes do primeiro advento de
Cristo” (Estudos bíblicos, p. 378, CPB).
Se perguntarmos aos
adventistas qual o sentido da palavra sábados em qualquer passagem do Novo
Testamento em que ela aparece, a resposta será sempre a mesma: sábado semanal.
A única exceção é Colossenses 2.16. Por quê? Porque teriam de reconhecer a
procedência da nossa declaração de que, segundo essa referência bíblica, o
sábado semanal deixou de ser uma obrigação para os cristãos.
Repetindo: se dermos
à palavra sábados, em Cl 2.16, o sentido semanal teremos em favor da nossa
interpretação 59 referências reconhecidas por eles. Mas, ao darem à palavra
sábados, em Cl 2.16, o sentido de sábados anuais ou cerimoniais, eles não têm
nenhuma referência que apoie sua interpretação. Por isso argumentam dessa
forma. Caso contrário, teriam de reconhecer que o sábado foi abolido na cruz:
“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
“Meus sábados e seus
sábados”
Os adventistas do
sétimo dia dizem que a expressão meus sábados indica a distinção entre os
sábados semanais e os sábados cerimoniais. Mas isso não é bíblico. As duas
expressões são utilizadas para indicar os mesmos sábados - os semanais. São de
Deus - meus sábados - porque foram dados por Ele. E são dos judeus - seus
sábados - porque foram dados para eles.
Vejamos a aplicação dos
pronomes meus e seus na Bíblia:
A - O Templo - Is
56.7 comparado com Mt 23.38 (minha casa, vossa casa);
B - O mesmo Deus
indicado por meu Deus e vosso Deus - Jo 20.17
C - Os mesmos
sacrifícios e holocaustos são chamados de meus e vossos em Nm 28.2. Comparar
com Dt 12.6.
Resposta às outras
citações bíblicas
Pastor COSTA JÚNIOR –
Pastor, qual é o fundamento bíblico, que nós temos, para o verdadeiro dia de
guarda? Qual o verdadeiro dia de repouso?
Pastor BULLÓN –
Teríamos de ir, para esta resposta, ao início da criação deste mundo. No
capítulo 2 do livro de Gênesis, versículos de 1 a 3, diz assim: “Assim, pois,
foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus
terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia
sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera”.
Se o sábado semanal
deve ser o dia de repouso, por que então Deus trabalhou nele? O texto é claro:
“E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito”. Deus não
terminou sua obra da criação no sexto dia e descansou no sétimo. Ele trabalhou
no sétimo dia, e descansou no mesmo dia em que concluiu a obra da criação.
Ora, se se invoca o
descanso de Deus para impingir-se a guarda desse dia como sendo o dia de
repouso, como admitir que Deus trabalhou justamente nesse dia? E se Ele
trabalhou para concluir a obra da criação, então não é pecado trabalhar nesse
dia seguindo o exemplo de Deus! O senhor Bullón declara: “Você sabe que Deus
não se cansa, nem se fadiga. Portanto, se Ele descansou no sábado não era
porque estava cansado”. Seguindo esse raciocínio de Bullón, o registro bíblico
merece correção, porque está declarando algo que não é verdade.
Devemos ver uma
coisa, se o senhor Bullón queria apenas indicar com isso que o sétimo dia
deveria ser de descanso universal, surge então uma pergunta: “Todos os homens
da terra têm o dia sétimo, ao mesmo tempo, como dia de repouso, inclusive o
próprio Deus? Diz a Bíblia que o sábado deveria ser guardado a partir do
pôr-do-sol de sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado (Lv 23.32). Logo, os
habitantes da terra teriam de guardar o mesmo período. Mas, quando são 6 horas
da manhã de sábado aqui no Brasil, no Japão são 6 horas da tarde. E isto
significa que, quando os guardadores do sábado aqui se levantam para guardá-lo,
os seus irmãos japoneses o acabaram de guardar. E quando os brasileiros
começarem a guardar o sábado, seus irmãos na Califórnia, USA, trabalharão ainda
durante cinco horas antes de começarem a guardá-lo. Qual dos grupos de
guardadores do sábado estarão realmente observando o período de tempo que Deus
descansou ao concluir a obra da criação?
Os adventistas
guardam realmente o sábado?
Dentro das exigências
da lei estava a proibição de acender fogo no dia de sábado: “Não acendereis
fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do sábado” (Êx 35.3). Isso significa
que é proibido acender qualquer tipo de fogo, seja um fósforo ou um fogão a
gás. Implica também na proibição de andar de carro movido a combustão. Os
judeus radicados no Brasil, notadamente os de São Paulo, onde se localiza a
maioria deles, vão à sinagoga a pé no dia de sábado, e não de carro,
respeitando as observâncias com relação a esse dia.
Caro leitor, pergunte
ao primeiro adventista que lhe falar sobre a obrigatoriedade da guarda do
sábado se ele acende fogo nesse dia? Observe como ele titubeia e não sabe como
responder! Falta-lhe coragem para admitir que sim. Paulo declarou: “Todos
aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está
escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas
no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será
justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé” (Gl 3.10-11). Assim,
os adventistas estão sob a maldição da própria lei que pretendem guardar. Pior,
agem como os fariseus, que punham fardos pesados sobre os ombros do povo e eles
mesmos não tocavam nem com a mão. Mas Jesus os denunciou: “Pois atam fardos
pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém,
nem com o dedo querem movê-los” (Mt 23.4). O mesmo disse Pedro: “Agora, pois,
por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo quem nem
nossos pais nem nós pudemos suportar? Mas cremos que seremos salvos pela graça
do Senhor Jesus Cristo, como eles também” (At 15.10,11). E Paulo reitera a
impossibilidade da guarda da lei, que não era completa apenas com os dez
mandamentos.
O que abrangia o
livro da lei? Nada menos do que 613 mandamentos, mas os adventistas resolveram
criar apenas duas leis. Uma delas denominaram como Lei Moral, os dez
mandamentos, e o restante como Lei de Moisés, cancelada na cruz. Fácil, não?
Baseados em quê fizeram essa distinção de leis? Tem apoio bíblico? Onde
aparecem na Bíblia expressões como Lei Moral e Lei Cerimonial? Por isso
confessam: “Seria útil classificarmos as leis do Velho Testamento em várias
categorias: 1. Lei moral; 2. Lei Cerimonial; 3. Lei Civil, 4. Estatutos e
Juízos; 5. Leis de saúde. Esta classificação é, em parte, artificial” (Lições
da Escola Sabatina, Lição n. 2, p. 18, de 8-1-1980).
Pastor BULLÓN –
Então, como eu posso saber, pela Bíblia, que depois da morte de Cristo, os seus
discípulos ainda continuaram guardando o sábado? Muito simples: em S. Lucas,
capítulo 23, a partir do versículo 50, está relatado como José de Arimatéia foi
reclamar o corpo de Cristo. Cristo já estava morto. Dentre as pessoas havia
algumas mulheres. “Era o dia da preparação, e começava o sábado. As mulheres
que tinham vindo da Galiléia com Jesus, seguindo, viram o túmulo e como o corpo
fora ali depositado. Então, se retiraram para preparar aromas e bálsamos. E, no
sábado, descansaram, segundo o mandamentos” (Lc 23.54-56). Ou seja, Jesus já
havia morrido, e no sábado, o primeiro sábado após a morte de Cristo, as
mulheres ainda continuaram guardando o mandamento do sábado.
Ora, se os próprios
sabatistas reconhecem que o nosso argumento para a guarda do primeiro dia da
semana, como dia do Senhor (Ap 1.10), é decorrente da ressurreição de Jesus,
ocorrida no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3), e o texto de Lc 23.54-55 se
refere ao descanso das mulheres no sábado antes da ressurreição, que valor tem
o exemplo dessas piedosas mulheres judias para nós, cristãos?
Pastor BULLÓN – A
Bíblia está cheia de referências de que Jesus guardou o sábado quando viveu
nesta terra. E quem quer ser cristão, quer seguir a Jesus. Porque cristão é
aquele que faz o que Jesus fez.
Jesus guardou o
sábado porque era judeu e nasceu sob a lei (Gl 4.4), portanto obedeceu todas as
leis do Antigo Concerto. Como exemplo de cidadão judeu, Ele foi circuncidado,
ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote pela purificação, guardou a festa
da Páscoa, etc (Lc 2.21-24; 5.12-14; Mt 26.18,19). Mas, quando morreu, Ele
inaugurou uma nova aliança e revogou a velha (Jo 19.30; Mt 27.51). “Mas, antes
que a fé viesse estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé
que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos
conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio
a fé, já não estamos debaixo do aio” (Gl 3. 23-25).
Se o fato de Jesus
ter guardado a Páscoa não prova que também devemos guardá-la, ou se o fato de
Ele ter-se circuncidado não recomenda que também devemos nos circuncidar, do
mesmo modo não devemos também guardar o sábado por que Ele o guardou.
A natureza dos
mandamentos de Jesus
A que Jesus se
referia quando falava de seus mandamentos? Os adventistas associam a palavra
‘mandamentos’ no Novo Testamento aos dez mandamentos. Mas esse modo de pensar
não é correto. Jesus foi bem específico quando falou de seus mandamentos.
Vejamos a que Jesus
se referia quando falava de mandamentos:
- “Um novo mandamento
vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós
uns aos outros vos ameis” (Jo 13.34);
- “O meu mandamento é
este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” ( Jo 15.12);
- “O seu mandamento é
este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos
outros, segundo seu mandamento” (1Jo 3.23);
- “E dele temos este
mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1Jo 4.21);
- “E agora, senhora,
rogo-te, não como escrevendo-te um novo mandamento, mas aquele mesmo que desde
o princípio tivemos: que nos amemos uns aos outros” (2Jo 5).
O leitor pode
perceber que em nenhum dos textos acima se fala na guarda do sábado.
O Novo Testamento não
repete os dez mandamentos
Não há dúvida de que
o Novo Testamento cita mandamentos do Velho Testamento. Fala de toda a Lei de
Moisés, mas não repete o quarto mandamento em nenhum lugar. Façamos uma
comparação dos dez mandamentos dentro do Novo Testamento:
VELHO TESTAMENTO
1º mandamento - Êx
20.2,3
2º mandamento - Êx
20.4-6
3º mandamento - Êx
20.7
4º mandamento - Êx
20.8-11
5º mandamento - Êx
20.12
6º mandamento - Êx
20.13
7º mandamento - Êx
20.14
8º mandamento - Êx
20.15
9º mandamento - Êx
20.16
10º mandamento - Êx
20.17
NOVO TESTAMENTO
1º - At 14.15
2º - 1Jo 5.21
3º - Tg 5.12
4º - Não existe
5º - Ef 6.1-3
6º - Rm 13.9
7º - 1Co 6.9,10
8º - Ef 4.28
9º - Cl 3.9
10º - Ef 5.3
Pastor BULLÓN – Mesmo
São Paulo, que não foi discípulo de Jesus, pois São Paulo se converteu depois,
ou seja, já se havia passado anos e São Paulo disse que quando chegou a Corinto
foi, aos sábados, à sinagoga: “E todos os sábados discorria na sinagoga,
persuadindo tanto judeus como gregos... O texto bíblico diz: “Todos os sábados
discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos”. (A citação
correta é Atos 18.4, e não Lucas 18.4, como indicado no livrete). E os gregos
não guardavam o sábado, portanto Paulo não ia por causa dos judeus, ele ia
porque reconhecia que o sábado era o dia do Senhor.
O sábado era o dia
quando pessoas se juntavam na sinagoga para adoração dentro do culto judaico. A
maioria dos participantes era judeu. Os gregos compareciam em menor número.
Paulo aproveitou essas oportunidades para ensinar que Jesus era o Cristo
prometido nas Escrituras do Velho Testamento, procurando ganhar aquelas pessoas
para Jesus Cristo. E fez de tudo para conseguir seu objetivo: “Fiz-me como
judeu para com os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da
lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.
Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (Não estando sem lei para
com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei
Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu
faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” (1Co
9.19-23).
Foi dessa forma que
circuncidou Timóteo (At 16.3) e declarou que a circuncisão nada vale (Gl 5.2;
6.15); observou o Pentecostes (At 20.16); tosquiou a cabeça (At 18.18); e fez
ofertas segundo a lei (At 21.20-26). Sua explicação para a observância de todas
essas práticas judaicas está no desejo que tinha de ganhar os judeus e os
gregos para Cristo. Será que os adventistas circuncidam pessoas como Paulo o
fazia? Observam o Pentecostes? Tosquiam suas cabeças? Fazem ofertas segundo a
lei? Que parcialidade dos adventistas: só se lembram do sábado! É muito
sectarismo da parte deles!
Outra declaração
absurda é a que diz que Paulo “não ia por causa dos judeus, ele ia porque
reconhecia que o sábado era o dia do Senhor”. Interessante! Paulo escreveu
treze cartas, e se considerarmos Hebreus como sendo de sua autoria, teremos
quatorze. Será que Paulo se esqueceu de dizer isso em suas epístolas: que o
sábado era o dia do Senhor? Quanto à observância do sábado, Paulo declarou:
“Guardais dias (sábados) e meses, (luas novas), e tempos, e anos (festas
anuais). Receio de vós que não haja trabalho em vão para convosco” (Gl
4.10-11). A preocupação de Paulo era com o fato de os gálatas estarem se
voltando para o judaísmo.
Pastor COSTA JÚNIOR –
Existe um fundamento bíblico para nós guardarmos outro dia que não o sábado,
seja qual for a razão?
Pastor BULLÓN –Existe
aqui uma declaração, que eu vou ler, no livro de Hebreus, capítulo 4,
versículos 4,5 e 9, que diz assim: “Porque, em certo lugar, assim disse, no
tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que
fizera. E novamente, no mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso... Portanto,
resta um repouso para o povo de Deus”. Isto quer dizer que, para a Igreja de
Deus dos nossos dias, continua um dia de repouso (p. 7).
É evidente que o
repouso de que se trata aqui nada tem a ver com o repouso do sétimo dia
indicado no quarto mandamento, senão o repouso de uma de fé em Deus. A idéia
central do texto é:
A - Deus repousou
depois de haver criado o mundo;
B - Os profetas
falaram de antemão de um outro dia (Sl118.24), em vez do sétimo, para comemorar
o repouso maior que se seguiria a uma obra maior do que a criação;
C - A este repouso
maior, Josué nunca pode guiar o seu povo;
D - Jesus, havendo
terminado sua obra de redenção na cruz (Jo 19.30), repousou Ele mesmo no
primeiro dia da semana (Mc 16.9), como Deus havia repousado da sua;
E - Na cruz foi
abolido o sábado (Os 2.11 comparado com Cl 2.14-17);
F - Portanto, em
comemoração ao glorioso repouso que se seguiu a uma obra maior de redenção,
resta guardar um descanso para o povo de Deus. Esse descanso encontramos em
Jesus (Mt 11.28-30);
G - Foi necessário
esse argumento para mostrar ao judeu, que se gloriava no seu sábado, que o
cristão tem um descanso melhor e superior ao sábado (Ap 1.10, Sl 118.22-24).
Pastor BULLÓN –
Porém, na História, descobrimos que houve um imperador romano, chamado
Constantino, que no ano 331 DC definitivamente tornou-se cristão, mas com uma
condição: “Ele disse: eu vou me tornar cristão, mas junto comigo, eu quero
trazer muitas coisas nas quais acredito. E ele guardava o domingo e,
oficialmente, a partir do ano 331 passou-se a guardar o domingo como dia santo.
Mas, este é um legado que vem do paganismo, de Constantino (p. 10).
Se tal absurdo fosse
escrito por um adventista leigo, não teríamos dificuldades em entender a sua
falta de conhecimento histórico relativo ao imperador Constantino. Mas não dá
para entender uma pessoa que se intitula escritor e líder de uma igreja que se
vangloria de conhecer a Bíblia jogar, através de um curso bíblico, esse absurdo
na mente do povo, mediante emissoras de rádio e TV, e ainda se dá ao luxo de
publicá-la em livrete e espalhá-la por todo o Brasil. Essa é uma atitude
suspeita e vergonhosa. Quando foi que o imperador Constantino condicionou sua
adesão ao cristianismo à exigência de trazer para o “arraial cristão” aquilo
que pertencia ao paganismo? Em que parte da história isso é mencionado? Se o
paganismo já guardava o domingo - como afirma o pastor Bullón - por que então o
decreto de Constantino em 331 DC feito nesse sentido?
Os adventistas
raciocinam do mesmo modo que as testemunhas de Jeová fazem em relação à deidade
absoluta de Jesus. As testemunhas de Jeová ensinam, em seus livros, que a
Doutrina da Trindade foi firmada no Concílio de Nicéia, em 325 DC, presidido
por Constantino. Se o senhor Bullón admite que a instituição do primeiro dia da
semana como dia do Senhor em memória da ressurreição de Cristo é de origem pagã
porque Constantino decretou esse dia de guarda ao se tornar cristão, os
adventistas deveriam, na verdade, ser chamados de pagãos por adotarem a
doutrina da Trindade em cujo Concílio foi instituída essa doutrina? Os
adventistas concordam com as testemunhas de Jeová que nos acusam de paganismo
por crermos na deidade de Jesus e na doutrina da Trindade?
A instituição do
primeiro dia da semana como dia do senhor
No Salmo 118:22-24,
lemos: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se cabeça de esquina. Da
parte do Senhor se fez isto: maravilhoso é aos nossos olhos. Este é o dia que
fez o Senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele”. Essa passagem foi aplicada
por Jesus a si mesmo em Mt 21.42: “Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas
Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça
do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos?”.
Não é algo difícil
darmos a interpretação correta dessa referência bíblica. A pedra rejeitada é
Jesus Cristo (At 4.11,12). Ele iniciou seu ministério reivindicando ser Filho
de Deus, igual a Deus (Jo 10.30-33). E, ao ser acusado de quebrar o sábado (Jo
5.16-18), foi rejeitado e crucificado (Jo 19.1-7). Isto se deu numa sexta-feira
(Mc 15.42-47). Mas a morte não pôde retê-lo e, ao terceiro dia, ressurgiu
dentre os mortos. Esse fato aconteceu no primeiro dia da semana: “E Jesus,
tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a
Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios” (Mc 16.9). Outras referências
são: Jo 20.1,19,20; Mt 28.18.
Diz a Bíblia sobre o
dia da ressurreição de Jesus: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e
alegremo-nos nele”. Ao levantar seu Filho dentre os mortos, fez Deus essa coisa
maravilhosa. E essa “coisa maravilhosa” se deu no primeiro dia da semana.
A expressão ‘dia do
senhor’ de Apocalipse 1.10
O significado da
expressão ‘dia do Senhor’ de Ap 1.10 é encontrada em algumas traduções da
Bíblia, como segue:
“Eu fui arrebatado em
espírito num dia de domingo...” (Tradução de Antônio Pereira de Figueiredo)
“Num domingo, caindo
em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz...” (Edições Paulinas)
“Um dia de domingo,
fui arrebatado em espírito” (tradução de Mattos Soares)
“No dia do Senhor: no
domingo” (anotação no rodapé da TLH)
Dizem os líderes da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Remanescente, no seu livro “Sonhos e visões
de Jeanine Sautron”, pp. 384/85, que “Samuel Bacchiocchi (líder adventista)
realiza seminários no ‘Dia do Senhor” referindo-se ao Domingo. Em seu livro
FROM SABBATH TO SUNDAY (Do Sábado Para o Domingo) o ‘dia do Senhor’ é
mencionado como sendo o domingo 51 vezes somente nas primeiras 160 páginas do
livro.
Provas adicionais dos
pais da igreja
“Aqueles que estavam
presos às velhas coisas vieram a uma novidade de confiança, não mais guardando
o sábado, porém vivendo de acordo com o ‘dia do Senhor’”. (Inácio, 100 A D).
“No dia chamado
domingo há uma reunião num certo lugar de todos os que habitam nas cidades ou
nos campos, e as memórias dos apóstolos e os escritos dos profetas são lidos”
(Justino Mártir 140 A D.).
“Nós guardamos o dia
oitavo com alegria, no qual também ressurgiu dos mortos e tendo aparecido
ascendeu ao céu” (Barnabé, 120 A D).
“Num dia, o primeiro
da semana, nós nos reunimos” (Bardesanes, 180 A D.).
Como vemos pelos
testemunhos dos pais da igreja primitiva e diferentemente do que afirma o
pastor Bullón (p. 9), a igreja cristã não guardava o sábado, mas o dia glorioso
da ressurreição de Jesus.
É como disse o
próprio Bullón: Eu acredito que muitos cristãos sinceros acreditam que porque
Jesus ressuscitou no domingo, eles têm de guardar o domingo. É uma maneira
bonita de homenagear a ressurreição de Cristo, e eu também fico feliz porque Jesus
ressuscitou num domingo, mas já pensou se Jesus tivesse morrido e nunca tivesse
ressuscitado, o que seria da cristandade? (p. 8)
Exatamente isso,
pastor Bullón! O que seria da cristandade se Jesus não tivesse ressuscitado?
Paulo responde a essa pergunta dizendo simplesmente que não haveria
cristianismo: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a vossa fé,... E, se
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos
pecados” (1Co 15.14,17). Está aí a importância da ressurreição e devemos então
ter presente que os dias são iguais entre si e existem dias mais importantes
uns dos que outros, por causa dos fatos que eles registram. Para um cristão é
mais importante o dia em que Deus terminou a criação do mundo ou o dia da
ressurreição gloriosa de Jesus? A resposta só pode ser uma para um cristão
genuíno: o dia da ressurreição de Jesus. Quanto a esse dia, diz o salmista:
“Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.
Pastor COSTA JÚNIOR –
Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer uma coisa, que precisa ficar bem clara
na nossa mente: ninguém guarda o sábado para salvar-se. Se você acha que tem de
guardar o sábado para se salvar, você está perdido (p. 13)
Ou o pastor Costa
está perdido ou a Sra. White. Ela declarou que a guarda do sábado é fundamental
para a salvação. Textualmente ela escreveu: “Santificar o sábado ao Senhor
importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, vol. III, p. 22 - 2ª edição,
1956).
Um pastor que sai em
público fazendo declarações sobre as crenças adventistas porventura ignora esse
ensino de Ellen Gould White? Ou o conhece mas quis encobri-lo para dar a idéia
que não é bem assim como os opositores declaram dos adventistas: que eles ensinam
que a guarda do sábado é fundamental para a salvação?
Mais uma pergunta:
“como os benefícios da morte de Cristo, segundo EGW, no livro ‘O Grande
Conflito’, podem ser aplicados a nós?”. Ela declara: “...Todos os que
verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o
sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão aposto ao
seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de
Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus,
seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna”
(p. 487).
Logo, os crentes
adventistas têm pecados perdoados, mas não cancelados. O cancelamento só se
dará se o seu caráter estiver em harmonia com a lei de Deus, para que sejam
dignos da vida eterna. Salvação por fé (Rm 5.1) ou salvação por obras? “Ora,
àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas
segundo a dívida. Mas àquele que não pratica, mas crê naquele que o justifica o
ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça” (Rm 4.4-5).
Porventura, isso
significa que alguém deve ser julgado digno da vida eterna por estar vivendo em
harmonia com a lei de Deus? Ainda EGW declara: “Nunca se deve ensinar aos que
aceitam o Salvador, conquanto sincera sua conversão, que digam ou sintam que
estão salvos. Isto é enganoso” (Parábolas de Jesus, p. 55, citado em 95 Teses,
p. 133).
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