Estudo sobre os apocrifos.

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Neste presente estudo, falaremos sobre os Apócrifos dando mais lugar ao contexto histórico desses livros, sua autoria, local e data, mensagem e conclusão:
Como eu já falei várias vezes sobre os apócrifos do Antigo e do Novo Testamento dando mais uma refutação bíblica, aqui vocês verão uma introdução a esses livros, conhecendo um pouco mais da história.
                                  Evangelho dos Ebionitas
  • Somente Epifânio (falecido em 403 d.C) menciona especificamente um evangelho com esse nome. Este livro tem sido identificado com o Evangelho dos Hebreus ou com o Evangelho dos Nazarenos. Alguns eruditos supõem que o documento seria uma versão pesadamente emendada do Evangelho de Mateus ou de alguma das fontes informativas usadas por ele. Jerônimo falava sobre o Evangelho de Hebreus, identificando como o Evangelho de Mateus, porém as citações extraídas do mesmo não sugerem esta identificação. As escassas citações extraídas do evangelho dos ebionitas ressaltam o vegetarianismo nas narrativas neotestamentárias sobre João Batista e Jesus. Outros pais da Igreja afirmam que os ebionitas usavam somente o evangelho de Mateus, e este em Hebraico. Este documento, porém, provavelmente era uma multilação falsificada e sumariada do evangelho de Mateus, se é que, de fato, estava alicerçado sobre o evangelho de Mateus. Nesse caso, provavelmente, era uma tradução para o hebraico feia com base em material escrito em grego, porquanto não há qualquer evidência em prol de um original hebraico do evangelho de Mateus. Ademais, qualquer identificação entre o evangelho dos Hebreus e o evangelho dos ebionitas não passa de uma conjectura. Os ebionitas talvez contassem com mais de um evangelho. Essas questões, porém, estão perdidas na história, e somente novas evidências, porventura descobertas, poderiam esclarecer essa dúvida.
 
  • Apocalipse de Abraão = Esta obra extra canônica existe em uma antiga versão eslava, baseada numa tradução grega de um original hebraico ou aramaico, como mostram seus nomes semíticos para os ídolos. A obra é uma composição em que a primeira terça parte (oito cap.) é dedicada as lendas da juventude de Abraão. Esta seção provavelmente foi escrita antes de 50 d.C. O Apocalipse propriamente ocupa o restante da obra. A vista do conteúdo, ele parece datar de c. 100 d.C.
 
 
  • O Testamento de Abraão = Um antigo apócrifo judaico, traz um relato que dá uma narrativa da experiência de Abraão na morte. Abraão, que é ilustrado como um homem muito velho é informado, pelo anjo Miguel, que deve morrer. Mas Abraão recusa-se, em seu espírito, a desistir. O anjo, então, o leva numa carruagem pelas proximidades do firmamento e, enquanto Abraão observa a impiedade dos homens sobre a terra, invoca julgamento sobre eles. A Abraão é dada uma visão de um caminho largo e de um caminho estreito, que conduzem respectivamente a perdição e ao paraíso. O peso das almas em julgamento é então visto e uma alma é poupada através da intercessão de Abraão. Por fim enquanto Abraão está ainda relutante em desistir de sua vida, a ’’morte’’ o toma e o traz, com grande honra, ao paraíso. O Testamento existe em dez manuscritos gregos, sendo que sete representam uma longa edição revisada e três, uma curta. A mais antiga pode datar do século 13. Orígenes, entretanto, conheceu a obra, e uma forma original hebraica provavelmente do começo do século I. Há algumas interpolações cristãs, mas a obra como, um todo, é totalmente judaica. A hipótese, de que a obra era originalmente judaica e que foi traduzida para o grego por mão cristã, parece se encaixar melhor nos fatos, embora uma origem alexandrina também tenha sido sugerida. Em adição aos manuscritos gregos, existem versões da obra na língua eslava, romena, arábica, etíope e cóptica. O testamento tem alguma afinidade com o testamento de Jó e com o Apocalipse de Abraão, e tem, geralmente, suas idéias retiradas de fontes judaicas. O anjo Miguel aparece em grande medida no livro e ocupa uma posição de supremacia, usualmente atribuída a ele pelos escritos judaicos da época. A ’’Morte’’ é pintada como o anjo da morte do AT, mas com algumas características estranhas (possivelmente egípcias, babilônicas ou persas) que lhe são agregadas. Há três julgamentos de acordo com a escatologia do Testamento: um por Abel, um pelas doze tribos de Israel e um por Deus, no último dia. O Messias não aparece de forma alguma em nenhum dos juízos, mas o livro todo ainda gira em torno do espírito do pensamento judaico de forma geral.
 
  • Pastor de Hermas
 
Um Apocalipse não canônico da igreja primitiva. O escrito chamado O Pastor é o mais longo de todos os escritos classificados entre os Pais Apostólicos. É consideravelmente mais longo que qualquer livro do NT. O Autor chama a si mesmo de Hermas.  Seu estilo indica origem judaica ou familiaridade com a literatura judaica. Hermas passou pelo menos parte da sua vida em Roma, e algumas de suas primeiras visões ocorreram na estrada para Cumae, uma antiga cidade grega cerca de 19 km a oeste de Nápoles. Então, a obra tem um pano de fundo italiano. Pastor se preocupa quase que exclusivamente com a vida cristã. Seu propósito é expor em detalhes as virtudes cristãs, indicar como os cristãos deveriam viver e o que eles deveriam evitar. O Pastor foi escrito em grego, mas não há texto grego completo disponível. O Alefe do NT contém o texto até o Mandato IV. Iii.6. Um Ms do 5º séc. do Monte Atos contém a maior parte do restante, e existem outros textos incompletos em papiro ou pergaminho. Há duas VSS latinas e uma etíope, e fragmentos no cóptico e persa. O Pastor foi considerado um livro inspirado por Irineu, Orígenes, e por Tertuliano nos seus primeiros anos.
 
  • Apocalipse de Tomé. Conhecido somente a partir de sua condenação no Decretum Gelasia- num, este Apocalipse é uma descoberta comparativamente recente, primeiro identificada em 1908 e agora existente em duas versões. A VS mais comprida, contida em um MS em Munique e em fragmentos em Roma e Verona, se divide em duas partes distintas: (a) um relato de eventos e sinais que precedem o último julgamento, apresentando uma visão geral da história no estilo da profecia como em Daniel e outros livros apocalípticos. Algumas referências históricas, e em particular uma alusão oculta a Arcádio e Honório (se não uma interpolação), datam esta secção não antes do 5S século; (b) uma descrição dos sete sinais no final do mundo, distribuindo os eventos do fim sobre os sete dias (o único apocalipse apócrifo que faz isso). Esta secção é muito semelhante ao Apocalipse de João canônico. Há uma forma inglesa antiga desta versão no MS anglo-saxão do 92 século de Vercelli.
A versão mais curta corresponde à segunda secção acima, e provavelmente representa mais de perto o apocalipse original, aumentado depois por várias revisões. Ela está contida em outro MS de Munique e num MS de Viena do 5a século, que é o testemunho mais antigo. Se a alusão a Arcádio e Honório é autêntica (está ausente da anglo-saxônica), o latim foi a língua original da VS mais longa, mas há bases para suspeitar de um original grego por trás dos textos em latim.
 
  • 2º Esdras em várias versões, é 4 Esdras na Vulgata, e também foi chamado de o Apocalipse de Esdras em alguns cânones gregos. É um apocalipse palestino-judeu, ao qual foi acrescentado material cristão, e a sua semelhança com partes do NT tomou-o bastante apreciado na Igreja Primitiva. Ele foi citado por alguns dos “pais” da Igreja, começando por volta de 200 d.C. com Clemente da Alexandria. Os dois primeiros capítulos, de origem cristã, podem ser datados de c. 150 d.C., e a parte apocalíptica central provavelmente foi escrita cinqüenta anos antes, uma vez que o escritor, aparentemente, teria visto Jerusalém destruída. Os dois últimos capítulos podem ser datados em c. 250 d.C. e são um apêndice ao apocalipse, que é uma das últimas seções da Apócrifa. A obra original compreendia sete visões, a primeira (3.1—5.19) exigindo uma razão para os sofrimentos de Sião e prosseguindo nesse tema dentro da segunda visão (5.20—6.34). O anjo Uriel respondeu que esse problema é incompreensível para o homem, mas que a era vindoura traria salvação. A terceira visão (6.35—9.25) tratava do pequeno número dos eleitos e da era vindoura da graça, um tema que prossegue na quarta visão (9.26—10.59), com a transformação de Jerusalém. A quinta visão (11.1—12.51) tratava da suplantação do poder romano pelo Messias, enquanto que a sexta visão (13.1-58) consistia de uma adaptação da visão do Filho do Homem (Daniel 7). A visão final, no capítulo 14, descrevia as atividades lendárias de Esdras, o escriba, continuando o tema dos dois primeiros capítulos que falavam de sua formação e de sua obra. Os elementos dualísticos e escatológicos do livro eram típicos dos antigos escritores apocalípticos, que estavam convencidos de que a humanidade estava aprisionada dentro da inexorável luta entre o bem e o mal. Em 2 Esdras a má vontade do homem (yêser) foi considerada a principal causa da maldade humana, e a única esperança para a humanidade seria a implantação da era da graça, a ser feita por Deus. A presença de um Messias no apocalíptico judaico era considerada como algo de importância secundária, e 2º Esdras não é nenhuma exceção a essa tendência. Embora, no geral, o livro refletia o determinismo do pensamento apocalíptico, em termos realísticos ele avaliava a situação humana e manifestava uma confiança firme de que o mal será completamente extirpado por intermédio da intervenção divina. Para os escritores apocalípticos, Israel era justo e, portanto, não refletia aquele discernimento de crise moral e ética encontrado nos profetas canônicos. Conquanto existam certos elementos bizarros e entediantes no livro, ele, na verdade, constitui uma teodicéia que se esforça para justificar os atos divinos perante o homem.
 
  • Tobias: Uma história popular durante o período intertestamentário é um romance religioso que narra os destinos de um cativo íntegro do tempo do exílio israelita. Foi transmitido em três edições revisadas gregas, e também nas versões latina, siríaca, etiópica e hebraica. Fragmentos de Tobias em hebraico e aramaico foram encontrados em meio aos depósitos de MS nas cavernas de Qumrã, e sugeriam um aramaico original. Entretanto, a língua da composição é desconhecida, assim como o lugar em que ela foi escrita. Uma origem palestina é possível, mas a Mesopotâmia parece mais provável, e o tempo em que ela teria sido escrita não é o do cativeiro assírio nem o do babilônico e sim, muito possivelmente, c. 200 d.C. O livro contém alguns erros históricos e geográficos, como a informação de que Senaqueribe era o filho de Salmanezer (1.15), ao invés de Sargão II, e de que Nínive foi capturada por Nabucodonozor e Assuero, ao invés de Nabopolassar e Ciaxares. Também, o autor colocou a distância entre Rages e Ecbátana como sendo o caminho de um dia ao invés das duas semanas pela caravana de camelos. A história narra as privações sofridas por Tobit no exílio, as quais terminam com a desgraça e a vergonha de uma cegueira. Uma jovem mulher hebréia chamada Sara que vivia em Ecbátana, também estava doente, e o anjo Rafael foi enviado para curar os dois. Ele se junta a Tobias, filho de Tobit, numa viagem para a Media, e o instrui a guardar o coração, o fígado e a bílis de um peixe que eles haviam pescado no rio Tigre. Ao retomar para casa, ele unta os olhos de Tobit com a bílis do peixe e, então, sua visão é restaurada. A história ensina a fidelidade a Torah e a humildade e obediência para com Deus, assim como a importância de se cumprir fielmente as obrigações sociais e as familiares. Embora não seja um livro histórico, ele é muito útil para que se conheçam — ainda que de relance — os atos da devoção judaica tradicional, como eram praticados durante o 2- século a.C. E lança uma luz interessante sobre as crescentes doutrinas de anjos, demônios e espíritos, existentes no período pré-cristão.
 
  • Judite: Foi outra história que se tomou bastante popular nos tempos intertestamentários, e à qual alguns dos primeiros Pais da Igreja Primitiva conferiram historicidade. Quatro formas diferentes de uma antiga versão grega sobreviveram, e todas elas baseadas num original hebraico que se teria perdido. O fato de que o personagem principal era uma mulher incrementou o encanto da obra, e a natureza corajosa de suas façanhas já se encontrava na tradição de outras mulheres israelitas que, por seu conselho e habilidade, haviam conseguido evitar desgraças em várias outras épocas. A história ocorreu nos primeiros dias do retomo do cativeiro, e conta da destruição dos exércitos de Nabucodonosor conseguida por intermédio da astúcia de Judite. A província havia sido sitiada porque a Judéia não havia auxiliado Nabucodonosor em sua guerra contra a Média. Judite, então, a pretexto de trair segredos militares, deixou sua cidade natal de Betulia para visitar Holofemes, o comandante inimigo. Havendo suscitado interesses amorosos nesse Holofemes, ela foi capaz de cortar-lhe a cabeça enquanto ambos jantavam a sós durante uma noite. Então, Judite voltou a Betulia levando consigo a cabeça de Holofemes e, com isso, a população sitiada levantou-se em ataque aos assírios (i/c), que se retiraram em tumulto. Hinos de louvor foram entoados, e a nação passou a gozar um período de paz. A narrativa se encaixa perfeitamente dentro da época da ascensão dos Macabeus (22 séculos a.C.), mas não tem a menor possibilidade de ser considerada histórica por causa dos flagrantes erros que contém. Dentre esses erros, foi dado a Nabucodonosor um reino impossivelmente longo, assim como também ao governador da Média, enquanto que os assírios e os babilônios são descritos como excessivamente confusos e os exércitos são mostrados executando manobras de mobilização completamente irreais. A intenção da história era mostrar que mesmo as mais desesperadoras circunstâncias justificavam a fé em Deus, e que a iniciativa e a coragem individuais jamais deveriam ser desprezadas nessas ocasiões. A própria Judite tipificava a piedade farisaica do período dos Macabeus, mas, pelo seu comportamento, ela demonstrou sua consciência de que os problemas de Israel eram resultado do pecado. Somente a submissão à vontade divina traria a salvação e isso poderia ser imediatamente levado a efeito por meio da obediência à Lei.
 
  • As Adições a Ester: Não formam uma narrativa contínua à parte quando tomadas no conjunto, e foram criadas para serem inseridas em vários pontos do texto da Septuaginta. Das seis seções, a primeira, que prefaciava o Ester canônico, trata do sonho de Mordecai e o seu ato de evitar uma conspiração contra o rei, enquanto que a segunda contém um edito real para a destruição dos judeus da Pérsia e foi colocada após Ester 3.13. A terceira consiste das orações de Mordecai e de Ester e foi feita para seguir o capítulo 4 do livro hebraico. A quarta seção descreve a audiência de Ester com o rei, suplementando Ester 5.12, e a quinta registra o edito real permitindo a autodefesa dos judeus, e segue Ester 8.12. A adição final interpretava o sonho de Mordecai e apresentava uma nota cronológica referindo-se à data em que a carta referente ao Purim foi trazida ao Egito. Ao que parece, todos os acréscimos foram escritos em grego, e uma diversidade de autorias é perfeitamente possível. Há pouca probabilidade de que o texto hebraico seja uma forma abreviada de uma obra maior em hebraico ou aramaico, da qual o texto grego seria uma tradução, se tanto, porque as Adições contêm pouquíssimos semitismos que justifiquem uma origem hebraica. A julgar pelo epílogo, parece que o livro de Ester era uma tradução para o grego feita no 22 século a.C. e, presumivelmente, as Adições foram preparadas naquela época. Contrastadas com o Ester canônico, as Adições são marcadas pelas referências abertas a Deus e por expressões de devoção, fé e piedade.
 
  • A Sabedoria de Salomão: Foi uma das mais notáveis composições gnómicas, tendo suas raízes ocultas nos ensinos dos antigos sábios hebraicos. Sob a influência dos cânones gregos de pensamento, o Livro da Sabedoria prendeu-se a uma apresentação mais formal do que os outros exemplos desse tipo de literatura. O livro foi valorizado pelos autores patrísticos e foi traduzido em muitas outras línguas, inclusive o saídico e o armênio. Embora pretensamente escrito por Salomão, o caráter pseudonímico do livro foi reconhecido desde os tempos antigos. Tentativas de se identificar o seu autor fizeram com que ele fosse creditado variadamente a Filo, a Ben Sirac, aos essênios, e aos Terapeutas do Egito. Os pontos de vista modemos a respeito da autoria do livro são afetados pelas considerações relacionadas com a unidade da obra, e alguns estudiosos sustentam que os capítulos 1-9 são de um autor diferente dos capítulos 10-19. Enquanto que a diversidade de autoria é certamente possível, existe a probabilidade de que o livro tenha sido composto deliberadamente em duas metades, como que bipartido, com a primeira parte tratando dos aspectos teóricos da sabedoria, e a segunda mostrando a sabedoria em ação dentro da história de Israel. Embora a autoria do livro seja desconhecida, é bem provável que sua origem seja alexandrina, e uma data entre 150 a.C. e 50 a.C. parece conformar-se melhor com o seu conteúdo. Se composto em Alexandria, é quase certo que tenha sido na língua grega, embora alguns estudiosos argumentem em favor de um original hebraico dos dez primeiros capítulos. Isto, porém, parece improvável, porque alguns dos menores conceitos hebraicos de toda a obra ocorrem pouco nos primeiros capítulos. Ao escrever o livro, o autor pode ter estado tentando reacender o zelo por Deus e pela Torah hebraica num tempo de apostasia no Judaísmo, e pode até mesmo ter tentado influenciar os gentios contra a insensatez da idolatria. O livro exorta todos os homens a buscarem a sabedoria e trata das bênçãos decorrentes dessa busca, incluindo justiça, imortalidade, humildade, prosperidade, e justificação no dia do juízo (1.1—5.23). Sem a sabedoria (hipostatisada como uma figura celestial feminina), os governantes terrenos não podem governar adequadamente, e Salomão foi citado como exemplo de como a sabedoria era derramada por intermédio da oração (6.1—7.14). Depois de enumerar as características da sabedoria, o autor explica de que maneira elas eram comunicadas à mente humana (7.15—8.16). Uma oração subseqüente, que, novamente, hipos- tatisou a sabedoria, inclui uma forma expandida de 2 Reis 3.7ss e 2 Crônicas 1.8ss (8.17—9.18). O restante do livro faz uma revisão da história do AT para ilustrar a tese de que a sabedoria sempre ajudou aos judeus, como no Egito (10.1-21), no deserto (11.1-26) e contra Canaã (12.1-11). O politeísmo aparece para ser duramente denunciado (12.12—15.19), sendo o culpado de todos os vícios que afligem a sociedade humana. Os ídolos ocasionalmente traziam punição a seus adoradores (16.1-14), mas, geralmente, o que era benévolo para Israel tomava-se punitivo para seus inimigos (16.15—18.4). A humilhação do Egito continua com uma elaborada narrativa da travessia do Mar Vermelho (18.5—19.19), ponto em que o livro é finalizado sem chegar a uma conclusão. O conceito platônico da preexistência da alma do indivíduo é defendido pelo autor, assim como a teoria de que a matéria é eterna e má. Doutrinas estóicas na Sabedoria incluem as Quatro Virtudes Cardeais (consideradas as qualidades morais mais importantes — tradicionalmente, justiça, prudência, temperança e coragem) e a idéia de uma alma- mundial. A imortalidade e a ressurreição da alma também são ensinadas na Sabedoria, assim como a felicidade final dos retos. No livro, a sabedoria é consistemente personificada e favorecida com a onipotência e a onisciência, sendo considerada como ativa na criação, e subseqüentemente servindo como intermediária entre o homem e Deus. Há poucas referências messiânicas no livro da Sabedoria, e a obra é uma demonstração da atividade universal e constante de Deus em favor de seu povo.
 
  • Baruque: É uma obra curta, endereçada aos judeus deportados, e atribuída ao escriba e amigo de Jeremias, que se dizia proveniente do período do cativeiro. Ela é composta de três partes: a primeira (1.15—2.10) uma confissão, a segunda (2.11—4.4) um apelo por misericórdia e perdão, seguido de uma homilia sobre a sabedoria, e a terceira (4.5—5.9) uma seção de consolação e segurança. O livro evidencia muita habilidade literária, embora seja óbvia a sua dependência de partes dos livros de Jó, Daniel e Isaías. Baruque foi muito lido pelos judeus da Diáspora e tomou-se componente da liturgia nas sinagogas (cp. 1.14), sobrevivendo, inclusive, bem depois do começo da Era Cristã. O seu uso na sinagoga poderia sugerir a existência de uma obra original em hebraico, e se ele é uma unidade, o que muitos estudiosos discutem, bem poderia ter sido escrito por volta de 350 a.C, Se veio de diversas mãos, uma data no 2- século d.C., para a composição, parece ser mais provável.
 
  • A Carta de Jeremias: É um típico ataque judaico-helênico à idolatria, escrito na fonna de uma carta de Jeremias aos exilados da Babilônia. Usando a carta original de Jeremias (Jr 29.1) como modelo, o panfleto demonstrava a indiferença dos ídolos e a estupidez em adorá-los. Ele foi escrito depois de 300 a.C. num grego de boa qualidade e pode ter tido um original escrito em aramaico.
 
  • As Adições a Daniel: Aparecem na Septuaginta e na tradução de Teodósio. Ao capítulo 3 de Daniel foi acrescentada a Oração de Azarias, proferida na fornalha de fogo ardente, e o Cântico dos Três Santos Jovens, entoado enquanto eles andavam por entre as chamas. Provavelmente essas composições teriam existido num original hebraico durante o 3S século a.C., a Oração provavelmente originou-se em Jerusalém. O Cântico tem sobrevivido na adoração cristã como o cântico Benedicite omnia opera. Prefaciando a Daniel na tradução de Teodósio (c. 175 d.C.), mas seguindo-o na Septuaginta, estava a história de Susana. Essa bonita e virtuosa esposa de um judeu da Babilônia foi agarrada por dois anciãos enquanto se banhava, e eles exigiram que ela se lhes submetesse ou então seria acusada de adultério. Escolhendo ser acusada de adultério, ela foi condenada, mas o jovem Daniel obteve um novo julgamento para a mulher e desmascarou os seus acusadores. A forma literária da história pertence, provavelmente, ao 2º século a.C. Os contos de Bel e o Dragão vinham no fim do livro de Daniel na LXX, e foram designados para ridicularizar a idolatria e a adoração. A primeira história mostrava Daniel desmascarando os sacerdotes de Bei por comerem as ofertas de alimentos que eles declaravam serem devoradas pelo próprio deus; como conseqüência desse desmascaramento, o rei ordenou que o ídolo fosse destruído. A segunda história recontava como Daniel foi colocado na cova dos leões para destruir o poderoso dragão cultuado na Babilônia. Durante seis dias, Daniel foi miraculosamente alimentado, e no sétimo dia ele foi libertado pelo rei. Essas histórias incluem piedosos embelezamentos do Daniel canônico e datam mais ou menos de 100 a.C.
 
  • A Oração de Manassés: Provavelmente é a melhor literatura de toda a Apócrifa, constituindo um modelo de forma litúrgica e transmitindo a genuína característica de piedade religiosa. Ela afirma apresentar a oração mencionada em 2 Crônicas 33.11-19, e seu padrão litúrgico já existia por volta de 400 a.C. A atribuição a Manassés, no entanto, não é histórica, e a oração pode não ser anterior a 250 a.C. A obra louva a majestade de Deus (vv. 1-4), faz confissão (vv.5-10), busca perdão (vv. 11-13), e conclui com uma doxologia (vv. 14,15). O pecado estava relacionado com as práticas da idolatria, mas a ênfase recaiu sobre o arrependimento, o perdão e a compaixão divina.
 
  • 1º Macabeus É uma obra histórica que abrange acontecimentos ocorridos entre 175 e 134 a.C. S luta contra Antíoco IV, as guerras dos asmoneus, e o governo de João Hircano. O período de Judas Macabeus pode ter sido extraído de material biográfico, e fontes especiais podem estar subjacentes nas tradições de Matatias. Depois de uma introdução (1.1 -64), a revolta de Modin é descrita (2.1-70), seguida pelas atividades de Judas Macabeus (3.1—9.22), Jônatas (9.23—12.53), e Simão (13.1—16.24). Assim, o livro descreve os destinos de um grupo da minoria, lutando por independência e é de grande valor pela autoridade com que trata da turbulenta história do Judaísmo pré-cristão. Embora o livro contenha algumas inconsistências internas, Josefo utilizou-se de suas primeiras partes como sua fonte de material ao compilar sua famosa obra Antiquities (Antiguidades).
 
  • 2º Macabeus: O leitor passa de um registro histórico razoavelmente confiável para uma obra de natureza inteiramente diferente. Trata-se de uma interpretação teológica de alguns dos eventos de 1º Macabeus 1-7, mas não continua a narrativa além das campanhas e da derrota de Nicanor, e mostra como o auxílio divino ao Judaísmo resultou principalmente da intercessão oportuna. O autor desconhecido extraiu muito de seu livro de uma história escrita em cinco volumes por Jasão de Cirene, sendo, por isso, às vezes, conhecido como o “Epitomista”. A ele pertencem o prólogo (2.19-32) e o epílogo (15.37-39), e, talvez, a carta aos “judeus que estão no Egito” (1.1—2.18). É difícil estabelecer a data dos materiais dessas fontes subjacentes, mas parece que 2 Macabeus já existia por volta de 50 d.C. Desarranjos textuais internos levantam questões quanto à integridade da composição, e tem havido muito debate sobre o valor histórico das cartas e dos decretos que 2 Macabeus contém. Há também muita desordem e discrepâncias no material cronológico, histórico e numérico do livro, refletindo ignorância ou confusão por parte do epitomista, ou de suas fontes, ou de ambos. O livro enfatiza a soberania de Deus e o seu propósito para o Judaísmo e reproduz as doutrinas farisaicas, particularmente as referentes à escatologia.
 
  • Os evangelhos gnósticos: Uma característica comum a muitos evangelhos gnósticos e documentos relacionados é a sua apresentação de revelações dadas aos discípulos pelo Cristo ressuscitado, no período entre a Ressurreição e a Ascenção, um período estendido de quarenta para 550 dias ou dezoito meses pelos gnósticos. A cena é normalmente uma montanha, em geral o Monte das Oliveiras; um ou mais dos discípulos se encontra com Jesus, fazendo-lhe muitas perguntas, e recebendo suas respostas. Os assuntos discutidos incluem cosmologia, geralmente na forma de uma reinterpretação gnóstica da história da criação registrada no livro de Gênesis; a natureza e o destino do homem, e a sorte futura das várias classes da humanidade. Ocasionalmente, existe alguma espécie de experiência visionária. Algumas dessas obras estão associadas a nomes de discípulos em particular, como acontece com o Apócrifo de João\ outros, como Sofia Jesus Christi ou Pistis Sofia, têm títulos mais gerais. Com relação à forma, e ocasionalmente mesmo de conteúdo, é bastante difícil traçar uma distinção rígida entre estes textos e algumas das últimas obras no grupo anterior. Um segundo tipo consiste dos escritos atribuídos aos fundadores de escolas heréticas, Cerinto, Basilides e Marcião, Mani; mas, na maioria dos casos, existem apenas os títulos, e nem sempre é certo que eles representem obras separadas e independentes (por exemplo, o “evangelho” de Marcião parece ter sido uma versão expurgada de Lucas). Um terceiro grupo é formado pelos três “evangelhos” encontrados em Nag Hammadi, o Evangelho da Verdade, o Evangelho de Tomé, e o Evangelho de Filipe. Nenhum desses é estritamente um evangelho: o Evangelho da Verdade é uma meditação sobre o tema da mensagem do evangelho, o Evangelho de Tomé uma coleção de declarações, enquanto que o Evangelho de Filipe parece ter sido composto de declarações e meditações basicamente enfileirado sob um princípio de chamada, sem muita preocupação com a coerência ou apresentação sistemática. Disto toma-se claro que, conforme foi ressaltado, o título “evangelho” não representa a garantia da natureza ou do conteúdo desses documentos; e, também o contrário acontece, alguns dos documentos gnósticos que não trazem esse título podem ser formalmente classificados como “evangelhos” de um tipo gnóstico.
 
  • Os evangelhos da infância: Estes devem sua origem ao desejo, já mencionado, de preencher as aparentes deficiências dos evangelhos canônicos e de ver preenchidas as lacunas na história. Na mais antiga tradição do evangelho, foram registrados apenas os eventos dos quais os apóstolos eram ou poderiam ter sido testemunhas (“começando no batismo de João”); mesmo no quarto evangelho, embora o Prólogo retome ao começo absoluto das coisas, a verdadeira história de Jesus e sua missão começa com João Batista. Mateus e Lucas, entretanto, colocam no prefácio de seus relatos do ministério as narrativas do nascimento e da infância de Jesus. Significativamente, eles diferem até ao ponto em que eles começam a se basear em Marcos e Q, mostrando, dessa maneira, que eles utilizaram coleções diferentes e separadas da tradição. Alguns assuntos possuem paralelos em fontes não-bíblicas, porém, o interesse principal não é o da narrativa ou da imaginação, e sim o teológico e o apologético e, em comparação com desenvolvimentos posteriores, estas narrativas revelam uma sobriedade e prudência marcantes. Os evangelhos da infância são muito mais extravagantes. Jesus é retratado como possuindo forças miraculosas, mesmo durante a sua meninice, e no Evangelho da Infância segundo Tomé, algumas vezes ele faz uso delas de uma forma completamente incompatível com o caráter apresentado na tradição canônica (essa obra não tem ligação com o Evangelho Cóptico de Tomé). O Proto-evangelho de Tiago é muito menos grosseiro, e, na verdade, seu uso do material lendário é comparativamente mais comedido. Essa obra foi escrita principalmente para a glorificação de Maria, e leva a história de volta, além do nascimento de Jesus, até o nascimento miraculoso da própria Maria e sua educação dentro do Templo. Com base nesses dois documentos, foi desenvolvida uma extensa literatura nos séculos posteriores, apesar de sua condenação pelos papas, e gozou de ampla popularidade. Pode-se fazer referência aos evangelhos da infância Arábico e Armênio, à literatura cóptica relacionada ao nascimento de Maria, e aos Milagres de Jesus Etíope. Uma importância especial tem sido atribuída ao Evangelho de Pseudo-Mateus, datado do 8º ou 9º século d.C., no qual muito desse material foi apresentado de maneira mais refinada. Seu valor repousa no fato de que essas lendas se tomaram propriedade pública e que elas puderam exercer uma influência na arte e na literatura cristãs. Na verdade, tem sido afirmado que na Antigüidade, na Idade Média e na Renascença, esses escritos tiveram mais influência na literatura e na arte do que a própria Bíblia. Os relatos apócrifos sobre a paixão e a ressurreição de Jesus Cristo são menos comuns. A parte do Evangelho de Pedro, já mencionado, o interesse maior prende-se ao Evangelho de Nicodemos, também conhecido como os Atos de Pilatos, que incorpora uma narrativa da descida de Cristo ao inferno e seu triunfo sobre as forças do submundo. A literatura relacionada a Pilatos teve uma ampla circulação em várias línguas. Também deve ser mencionado aqui um texto árabe examinado pelo Prof. S. Pines (Proc. Israel Acad. of Science and Humanities, vol. II, n.13 [1966]), que afirma que ele provém de uma fonte judaico-cristã (contraste com S. M. Stem. JTS 18 [1967], 34ss.). Em todos os acontecimentos ele demonstra intimidade com os temas apócrifos.
A importância primária de todos esses documentos é que eles servem como um contraste para demonstrar a comparativa sobriedade e prudência dos evangelhos canônicos, e para revelar o que pode acontecer quando se permite excessiva liberdade à imaginação e à ornamentação lendária. Normalmente, esses documentos se apossam do material canônico e o expandem ou modificam, porém, quando eles sâo originais e independentes, dificilmente são confiáveis. Existe, portanto, muito pouca (talvez nenhuma) tradição autêntica sobre Jesus que não tenha sido incluída nos evangelhos.
 
  • As Epístolas Apócrifas: Comparativamente falando, estas são poucas e algumas nem são realmente epístolas. O Cânon Muratoriano menciona uma carta aos Laodicenses e outra aos Alexandrinos, “forjadas em nome de Paulo pela seita de Marcião”. Embora ela seja encontrada em alguns manuscritos da Bíblia, a subsistente Epístola aos Laodicenses, escrita em latim, é uma “colcha de retalhos” de frases paulinas; e existe alguma dúvida quanto à sua identidade com a carta mencionada no Cânon Muratoriano. As Cartas de Paulo e Sêneca, já conhecidas desde o tempo de Jerônimo, possuem claramente a intenção de utilizar o prestígio e a autoridade do filósofo romano para dar suporte à fé cristã. Uma carta de Corinto a Paulo, e sua resposta (3 aos Coríntios) são agora conhecidas como parte dos Atos de Paulo, embora elas tenham circulado independentemente. A Epístola do Pseudo-Tito é um longo tratado escrito em louvor ao celibato, que faz uso liberal não apenas do material bíblico, mas também de material apócrifo Finalmente, existe a correspondência entre Cristo e Abgar, rei de Edessa, pela primeira vez mencionada por Eusébio.
 
  • Os Atos Apócrifos: Mais extensas e mais importantes são os Atos Apócrifos, especialmente as cinco maiores obras do 2º e 32 séculos d.C, os Atos de André, João, Paulo, Pedro, e Tomé (veja artigos separados). Em geral, pode ser dito que eles estavam mais interessados em suplementar do que em substituir o Atos canônico, ao fornecerem informações mais completas a respeito das ações dos apóstolos e, em particular, a respeito de seus martírios. Essas obras testificam da alta consideração que os apóstolos gozavam, como guardiães da autêntica mensagem do evangelho e como pioneiros da missão cristã; mas, ao mesmo tempo, seu uso de temas lendários e seu gosto por milagres, pelo simples fato de serem milagres como uma forma de glorificar os apóstolos, colocam-nos na categoria de romances ao invés de história. As tendências ascéticas que eles freqüentemente apresentam, refletem os ideais de uma era posterior. Os elementos de autêntica tradição antiga, como eles contêm, são normalmente emprestados do Atos canônico ou de outras fontes do NT. Eles pertencem à esfera da literatura popular e mostram certas afinidades com os romances helenistas; pode-se observar, por exemplo, o lugar dado às jornadas dos apóstolos, as maravilhas que eles enfrentam (ex. canibais, animais que falam, até mesmo insetos obedientes), e a ênfase sobre seus poderes miraculosos. Aqui os apóstolos estão mais próximos do “fazedor-de-prodígios” helenis ta , o 0eioç àvrip, do que do apóstolo do NT. O estado de conservação dessas obras varia; os Atos de Paulo, por exemplo, teve que ser completamente reconstruído a partir dos fragmentos sobreviventes. Na maioria dos casos, algumas partes, especialmente as dos martírios, circularam de forma separada, o que, muitas vezes, propiciou sua modificação e sua expansão. As vezes, existem versões em diferentes línguas, que variam consideravelmente de uma para a outra. O ponto importante, entretanto, é sua popularidade e sua influência nos escritos posteriores. Eles próprios são a base e, freqüentemente, uma copiosa fonte de numerosas obras posteriores mais tarde, foram também compostos Atos para outros apóstolos: Filipe, Mateus, Bartolomeu, Simão e Judas, Tadeu, Barnabé.
 
  • Apocalipses apócrifos: O único livro apocalíptico no NT canônico é o Apocalipse de João, embora elementos apocalípticos possam ser encontrados em outras obras (ex. Mc 13 e paralelos; 2Ts 2.1 -12). A Igreja Primitiva compartilhava abundantemente do temperamento e do mundo do pensamento do apocalíptico judaico e, com isso, apropriou-se e adaptou vários de seus documentos, mas há uma alteração na ênfase, o interesse agora centraliza- se no retomo de Cristo, e depois, na demora da Parousia, no mundo por vir, “o céu e a sua bênção, o inferno e a sua desgraça.” A Ascensão de Isaías, por exemplo, recebe seu título a partir de uma visão que descreve a subida do profeta através de sete céus, o que pode datar do 2° século d.C. Também deste século, visto que já era conhecido de Clemente da Alexandria, é o Apocalipse de Pedro, que é importante tanto pela forma como ele incorpora as idéias do céu e do inferno existentes em fontes não-cristãs, como pela sua influência sobre escritos posteriores, passando pelo Apocalipse de Paulo e outras obras e chegando à Divina Comédia, de Dante. Deve, ainda, ser acrescentado que nem todas as obras que contém “Apocalipse” ou “Revelação” em seus títulos são necessariamente apocalípticas em seu sentido completo; assim como, contrariamente, revelações de caráter apocalíptico, às vezes, ocorrem em escritos que não trazem esse título. Também devem ser mencionados uns poucos livros de profecia (algumas vezes, nem neotestamentários nem apócrifos no sentido estrito), notadamente as porções cristãs dos Oráculos Si- bilinos, o Quinto e o Sexto Livros de Esdras, e os fragmentos do Livro de Elchasai. De acordo com Schneemelcher, o Montanismo dá continuidade aos primeiros profetas cristãos do período do NT, e não aos apocalípticos daquele período; porém a hostilidade levantada pelo Montanismo pode ter trazido consigo uma oposição aos apocalípticos e a outras formas de profecia.
Para todos os que estão em Cristo Jesus.
Por Jean Carlos: (Teologia da Bíblia)
Bibliografia: Enciclopédia da Bíblia, Merrill C.Tenney

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