Quem tem promessa não morre? MAIS UMA HERESIA DE LOUVORES DE MAMON DESMASCARADA HOJE
Quem tem promessa não
morre?
Todos os homens são
falhos e nenhuma promessa de Deus esteve ou estará vinculada a fidelidade do
homem. Abraão, um exemplo de fé, mesmo após receber o testemunho de que creu em
Deus, cometeu várias falhas. Na tentativa de auxiliar Deus a cumprir a sua
promessa apresentou o seu servo damasceno Eliézer ( Gn 15:3 -4), o seu filho
Ismael ( Gn 17:18 ) e riu-se da promessa ( Gn 17:17 ).
“E todos estes, tendo tido testemunho pela fé,
não alcançaram a promessa…” ( Hb 11:39 ).
“Porque toda a carne
é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e
caiu a sua flor” ( 1Pe 1:24 )
Tem razão o poeta em
dizer que quem tem promessa não morre?
A mesma ideia que
invalida a morte por um período de tempo para aqueles que têm promessa, sem
assim fosse também invalidaria a volta de Cristo por igual período. Se fosse
desta maneira, muitos que esperam o cumprimento de alguma ‘promessa’ teriam a
certeza de que não seriam surpreendidos pela volta de Cristo por um determinado
período de tempo ( 1Ts 5:1 ).
A Bíblia contraria o
argumento do poeta, uma vez que quem tem promessa de Deus também morre!
Ela demonstra que
Abraão, Isaque e Jacó tinham uma promessa de Deus, porém, morreram sem
alcançá-las: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas
vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram
estrangeiros e peregrinos na terra” ( Hb 11:13 ). O texto destaca que o mais
importante não é ‘receber’ a promessa, antes permanecer na fé. Enquanto sobre a
terra, permaneceram confessando que eram estrangeiros e peregrinos, de modo que
viam-na de longe e, por crer abraçavam-nas.
Por que morreram sem
alcançar a promessa? Porque Deus não invalida a palavra que diz: toda carne é
como a erva, ou seja, não há homem neste mundo que não esteja sujeito a morte
física.
O escritor aos
Hebreus também demonstra que muitos tiveram uma vida vitoriosa. Ex: Moisés,
Raabe, Gideão, Baraque, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e alguns profetas são
exemplos de fé, pois venceram as adversidades confiados em Deus e alcançaram
livramento conforme as promessas de Deus ainda em vida ( Hb 11:32 -34).
Do mesmo modo, ou
seja, pela fé, muitos outros experimentaram a morte, a tortura, o escárnio, os
açoites, as prisões, o apedrejamento, foram serrados, mortos à espada, outros
eram necessitados, aflitos, maltratados, etc., o que demonstra que, muitos,
embora crendo, não alcançaram livramento das agruras deste mundo.
Dentre estes servos
de Deus, muitos recusaram o livramento de Deus, segundo a sua promessa, visando
alcançar superior ressurreição ( Hb 11:35 b-38).
O escritor aos
hebreus apresenta aos seus leitores um contraste, pois pela fé muitos venceram
reinos, fecharam a boca dos leões, apagaram o poder do fogo, e outros pela
mesma fé somente receberam forças para suportar toda sorte de reveses na vida.
Isto demonstra que Deus faz-se presente na vida de seus servos em todas as
situações e circunstâncias.
O amor e a graça de
Deus são concedidos por intermédio do evangelho de igual modo para todos os que
creem, porém, o livramento de Deus diante das agruras desta vida não alcança a
todos. Embora muitos tenham recebido bom testemunho pela fé, não foram
vitoriosos segundo a concepção humana.
A concepção de alguém
vitorioso hoje é a de uma pessoa bem sucedida financeiramente, empreendedor,
cheio de bens materiais, mas, não é assim a vitória que o crente conquistou em
Cristo, visto que, muitos pela fé viveram maltratados, aflitos e necessitados.
Isto demonstra que a promessa de Deus vai além de questões vinculadas a
livramentos com relação às agruras deste mundo “Porque não queremos, irmãos,
que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos
sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da
vida desesperamos” ( 2Co 1:8 ).
Quem tem promessa de
Deus morre, pois para Deus vivem todos! ( Lc 20:38 ). A morte física não é
empecilho para cumprimento de suas promessas e Abraão verá o cumprimento cabal
das promessas de Deus. Do modo que se expressou o poeta entende-se que a morte
põe termo às promessas de Deus, e NÃO é assim, pois Deus não é Deus de mortos.
Quem foi mais
vitorioso: o evangelista João, que morreu velho e de morte natural ( Jo 21:22
), ou Estevão, que foi apedrejado no início do seu ministério? ( At 7:55 -58).
Quem teve maior fé, Moisés que rejeitou ser chamado filho da filha de Faraó ou
Tiago, irmão de João, que foi morto ao fio da espada? ( At 12:2 ).
Pela fé ‘todos’ os
personagens bíblicos citados anteriormente pelo escritor da carta aos Hebreus
morreram sem alcançar as promessas “E todos estes, tendo tido testemunho pela
fé, não alcançaram a promessa…” ( Hb 11:39 ).
Há acepção de pessoas
em Deus? Ele é injusto por dar livramento para alguns e outros não? A promessa
de Deus não é para todos os homens?
A ideia de que quem
tem promessa não morre surge de uma falta de compreensão sobre o que é a
promessa de Deus e como alcançá-la. Para uma melhor compreensão é preciso
entender estes dois versos: “Portanto não lanceis fora a vossa confiança, que
tem uma grande recompensa. Necessitais de perseverança, para que, depois de
haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa” ( Hb 10:35 -26).
‘Não lançar fora a
confiança’ é o mesmo que ‘perseverar na fé’. Qual fé? Ora, a mesma fé que uma
vez foi dada aos santos: a verdade do evangelho ( Jd 1:3 ). É necessário a
todos que creem na mensagem do evangelho perseverar, pois esta é a obra
perfeita que a fé produz no cristão: a perseverança ( Tg 1:4 ).
A fé sem perseverança
é morta, pois esta é a obra perfeita que a fé produz no cristão!
Só alcança a promessa
de Deus aqueles que fazem a sua vontade! Qual é a vontade de Deus que o homem
deve fazer (executar)? Sacrifícios, rezas, imprecações, orações, jejuns, etc.?
Não! A vontade de Deus é esta: ‘Que creiais naquele que Ele enviou’ ( Jo 3:23
). Ora, somente alcança a promessa de Deus aqueles que creem no nome do seu
Filho Jesus Cristo. É pela fé que se alcança a promessa de Deus. Ou seja,
‘fazer a vontade de Deus’ é o mesmo que ‘crer em seu Filho’. Através da crença
(fé) o homem torna-se participante de uma promessa, e só é possível alcançá-la
perseverando na fé.
Há uma grande
diferença entre a promessa de um homem e a promessa de Deus. Enquanto o homem é
falho, Deus é todo poder para cumprir com a sua palavra. Ora, desta forma temos
que a promessa de Deus vincula-se a sua palavra. A promessa de Deus é firme,
pois ele não pode mentir, jurou pela sua palavra e o seu eterno poder
constitui-se em garantia para aqueles que nele esperam. A bíblia apresenta aos
homens uma promessa de Deus que é antes dos tempos eternos “Em esperança da
vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos
séculos” ( Tt 1:2 ).
Paulo demonstrou que
a promessa de Deus é atemporal, visto que foi feita antes dos tempos que se
medem de séculos em séculos, ou seja, na eternidade. No A. T. as promessas de
Deus apontavam para o Messias, a esperança de vida eterna para a humanidade que
jazia em trevas. Ele também demonstrou que todas as promessas de Deus
cumprem-se em Cristo “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim,
e por ele o Amém, para glória de Deus por nós” ( 2Co 1:20 ). Observe que todas
quantas promessas que Deus fez cumpre-se em Cristo para a sua própria glória.
Como é isto?
Ora, quando lemos
acerca de Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, vemos que eles foram vencedores
em inúmeras batalhas. Mas, qual o propósito de Deus em conceder-lhes vitória?
Eles eram melhores que os demais homens? Tiveram uma fé superior? Não! Antes,
as vitórias que conquistaram tinham como foco principal preservar a linhagem de
Cristo. Se considerarmos que Deus escolhe dentre os homens alguns para
satisfazer os seus caprichos pessoais é porque nos esquecemos do propósito
eterno de Deus, que é o de ‘convergir em Cristo todas às coisas’ ( Ef 1:10 ). Ora,
todas as promessas do Antigo Testamento visavam preservar a linhagem do
Messias. Embora muitos não tenham visto o cumprimento desta promessa, morreram
na fé. Estes que morreram na fé, em alguns momentos de sua vida terrena foram
agraciados com livramentos pontuais, outros, porém, mesmo na fé, não tiveram
igual livramento.
Portanto os cristãos
não devem embaraçar-se com negócios desta vida, pois o que importa é a fé que
opera pelo amor de Deus revelado em Cristo, pois em Cristo todas as promessas
cumprem-se.
Observe o que disse o
apóstolo João: “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” ( 1Jo 2:25
). A promessa de Deus é específica: a vida eterna. Agregado a promessa de vida
eterna àqueles que permanecem em Cristo, temos a promessa da presença de Cristo
em todos os dias “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho
mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos. Amém” ( Mt 28:20 ).
A ordem para ensinar a
guardar as coisas que Cristo mandou tem como foco a promessa de vida eterna. A
promessa para guardar os mandamentos de Cristo promove a vida eterna, bem como
nunca será abandonado àqueles que nele confiam. Cristo prometeu estar com os
seus todos os dias até a consumação dos séculos e está é uma promessa válida a
todos os cristãos, e mesmo assim Estevão morreu apedrejado. Ele estava só? Não!
Isto demonstra que a preocupação dos cristãos não deve se fixar em problemas,
promessas pontuais ou com a morte, visto que: “Porque, se vivemos, para o
Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos
ou morramos, somos do Senhor” ( Rm 14:8 ).
É de conhecimento que
a promessa que Deus fez é a promessa de vida eterna. Ora, tal promessa é para
que amemos a sua vinda e não estejamos embaraçados com as coisas desta vida
“Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar
àquele que o alistou para a guerra” ( 2Tm 2:4 ). Paulo recomenda que aqueles
que usam deste mundo, que vivam como se dele não abusassem “E os que usam deste
mundo, como se dele não abusassem, porque a aparência deste mundo passa” ( 1Co
7:31 ). Agora chegamos à questão principal: Sobre qual tipo de promessa
escreveu o poeta? De onde surgiu à concepção de que não morre quem tem
promessa? De onde pode surgir uma nova promessa? Se for por meio de profecias
temos uma ressalva do apóstolo Paulo que diz: “Mas o que profetiza fala aos
homens, para edificação, exortação e consolação” ( 1Co 14:3 ). A finalidade da
profecia hoje não é estabelecer novas promessas, e sim exortação, consolação e
edificação, pois já temos a promessa: a vida eterna!
Não é da vontade de
Deus que o cristão se fixe nas coisas desta vida, e as suas promessas não dizem
de coisas passageiras, tais como: bens materiais, relacionamentos humanos,
viagens, ministérios, dons, etc., antes é preciso viver hoje como se Cristo
voltasse agora. Há um grande misticismo no mundo! Os homens vivem em procura de
prognósticos, adivinhações, oráculos, promessas, etc. Deus não contraria a sua
palavra, concedendo uma promessa pontual para o amanhã, uma vez que o dia de
amanhã não nos pertence “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o
dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” ( Mt 6:34 );
“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É
um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” ( Tg 4:14 ).
Deus não invalida a
sua palavra através de uma promessa pontual. Como conciliar uma promessa tendo
em vista questões deste mundo com o que diz a sua palavra: o homem viverá do
suor do seu rosto ( Gn 3:19 ); tudo sucede igualmente a todos os homens ( Ec
9:2 ); o tempo e a sorte ocorrem a todos e o homem não sabe a sua hora ( Ec
9:11 -12); o homem não tem como descobrir o que há de ser ( Ec 7:14 ).
Alguém pode citar
Simeão. Dele temos que era homem temente a Deus e que esperava a consolação de
Israel ( Lc 2:25 ). Ora, foi lhe revelado pelo Espírito, que antes de morrer
haveria de ver a Salvação de Israel. Temos uma revelação, da mesma forma que
teve José e Maria. Tal revelação de Deus a Simeão serviu de sinal e testemunho
aos pais do menino Jesus e àqueles que estavam no templo ( Lc 2:33 ). De igual
modo serviu de sinal ao povo o anunciado pela profetiza Ana. Ora, o anunciado
pela profetiza Ana e a revelação que teve Simeão foram a respeito do Cristo, e
não de questões particulares. Perceba que a revelação de Simeão serviu de sinal
e testemunho ao povo de Israel de que o menino era a consolação de Israel ( Lc
2:34 -35), porém, Simeão morreu e não viu o seu povo consolado, pois a promessa
ainda se dará no futuro. A única profecia acerca da preservação de uma vida foi
feita ao rei Ezequias: “Vai, e dize a Ezequias: Assim diz o SENHOR, o Deus de
Davi teu pai: Ouvi a tua oração, e vi as tuas lágrimas; eis que acrescentarei
aos teus dias quinze anos” ( Is 38:5 ), mas tal promessa tinha em vista a vinda
do Messias. Ezequias não tinha filhos, e era necessário que Ele colocasse a sua
casa em ordem, ou seja, providenciasse descendente.
O que muitos cristãos
pensam em nossos dias é o que subiu ao coração de Ezequias quando alertado pelo
profeta: “Pois pensava: Haverá paz e segurança em meus dias” ( Is 39:8 ). Não
há promessas condicionais, visto que todas as promessas de Deus têm em Cristo o
cumprimento (o sim) “Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e
por ele o Amém, para glória de Deus por nós” ( 2Co 1:20 ). Quando se estabelece
alguma condição para receber algo, já não é promessa, e sim uma recompensa. Não
há promessas condicionais, pois se assim fosse estabeleceria uma dívida entre o
Criador e a criatura ( Rm 4:4 ).
Todos os homens são
falhos e, nenhuma promessa de Deus esteve ou estará vinculada a um individuo.
Abraão, um exemplo de fé, mesmo após receber o testemunho de que creu em Deus,
cometeu várias falhas. Na tentativa de auxiliar Deus a cumprir a sua promessa
apresentou o seu servo damasceno Eliéser ( Gn 15:3 -4), o seu filho Ismael ( Gn
17:18 ) e riu-se da promessa ( Gn 17:17 ). Os cristãos são fiéis por estarem em
Cristo, ou seja, ninguém é fiel a Cristo, antes, por estar em Cristo, na
condição de nova criatura, é fiel EM Cristo ( Ef 1:1 ). Por andar na presença
de Deus Abraão foi declarado perfeito (justificado) ( Gn 17:1 ). Como andar
como Abraão? Por fé, ou seja, confiando na palavra de Deus que é poderoso para
cumprir!
As promessas de Deus
são incondicionais para que o homem possa descansar nele, pois é Ele quem
trabalha para os que nele esperam (crêem) ( Is 64:4 ). Algumas pessoas
consideram o capítulo 28 de Deuteronômio como promessas condicionais, porém, é
uma expressão da lei. Por que expressão da lei? Porque só é possível servir a
Deus (ou obedecê-lo, ou cumprir os seus mandamentos) por meio da fé. Se fosse
possível aos ouvintes da lei cumpri-la, não haveria necessidade da vinda do
Messias, pois o mandamento de Deus só é possível cumprir por intermédio de
Cristo.
As promessas de Deus
são todas sustentadas pela sua fidelidade e Ele não fica a mercê das
realizações pessoais de homem algum, pois todas promessas cumprem-se em Cristo
( Hb 6:13 ; Am 6:8 ).
É factível que a
promessa da vinda de Cristo seja protelada pela ‘promessa’ particular de que
Deus dará um filho a alguém? A ‘promessa’ de uma vida farta neste mundo, ou
como dizem, ‘Deus virará o seu cativeiro’, mudará os tempos que Deus
estabeleceu por seu próprio poder?
O que Jesus realmente
prometeu? “E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que
tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos,
ou campos, por amor de mim e do evangelho, Que não receba cem vezes tanto, já
neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com
perseguições; e no século futuro a vida eterna” ( Mc 10:29 -30).
Enquanto Jesus disse
que no mundo os seus seguidores teriam aflições, muitos cristãos se valem de
pretensas promessas para reclamar de Deus como fez Baruque “Ai de mim!
Acrescentou o Senhor tristeza à minha dor; estou cansado do meu gemido, e não
acho descanso” ( Jr 45:3 ). Porque fizeram algo, como fez Baruque ao ser
escriba de Jeremias, pensam que Deus lhes deve alguma coisa. O descanso que
procuram é concernente a esta vida, e desprezam o verdadeiro descanso do
Senhor!
Para estes diz o
Senhor: “Procuras grandezas? Não as busques. Pois eu trarei mal sobre toda a
humanidade, diz o Senhor, mas a ti darei a tua alma por despojo, em todos os
lugares para onde fores” ( Jr 45:5 ).
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