PARACLETOLOGIA OU PNEUMATOLOGIA: DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
PARACLETOLOGIA OU PNEUMATOLOGIA:
A DOUTRINA , ESTUDO E ENSINAMENTO SOBRE O ESPÍRITO SANTO
1. DEFINIÇÃO DE
PARACLETOLOGIA
Paracletologia é uma
palavra formada por duas palavras gregas: paracletos (que significa. Ajudador,
Consolador, advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina). A
Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere ao Espírito
Santo (chamado por Jesus de Consolador). A Paracletologia também é conhecida
como Pnematologia.
A Paracletologia
divide-se, na Bíblia em dois períodos: o do Antigo e do Novo Testamento. No AT,
as atividades e as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas, específicas
e em tempos distintos. No N.T., começa no dia de Pentecostes, quando suas
atividades se concretizam de maneira direta e contínua através da Igreja. No
AT, Ele se manifestava em circunstâncias especiais. No N.T., veio para morar
nos corações dos crentes e enche-los do seu poder.
2. A DEIDADE DO
ESPÍRITO SANTO
2.1 O ESPÍRITO SANTO
É DEUS:
Esta declaração é
comprovada na Bíblia e na experiência humana. Ele não é um deus entre os
outros. As escrituras relatam um episódio nos primeiros dias da igreja, em
Jerusalém, quando Ananias e Safira tentaram enganá-lo. Ele revelou ao apóstolo
Pedro que o casal mentia, conforme registra Atos 5.3: "Por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo? Não mentistes aos
homens, mas a Deus".
A deidade do Espírito
Santo está implícita na do Pai e do Filho. Ela é a mesma nas três pessoas. Não
se separa, mas pertence a mesma essência divina do único Deus.
2.2 ATRIBUTOS DO
ESPÍRITO SANTO
Há três atributos
pertencentes a deidade de cada uma das pessoas da Trindade que são:
Onipotência, Onisciência e Onipresença. Estes atributos não foram conferidos a
anjos nem aos homens.
a) Onipotência
Por onipotência se
entende que todo o poder que há no Universo físico ou espiritual, tem sua
origem em Deus.
O poder do Pai é o
mesmo existente no Filho e no Espírito Santo. Então em sua onipotência, o
Espírito Santo faz o que lhe apraz, realizando milagres e prodígios (Rm 15.19
por força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de maneira que,
desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho
de Cristo,
b) Onisciência
Onisciência vem de
duas palavras latinas: "OMINES" que significa TUDO e
"SCIENTIA" que quer dizer CIÊNCIA. O Espírito Santo, do mesmo modo
que o Pai e o Filho, tem total conhecimento de todas as coisas. Sua sabedoria é
infinita, singular e indescritível. Ele sabe tudo acerca de si mesmo e do que
criou Sl 139.2,11,13 (SENHOR, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me
assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos.
Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos.
Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda).
Conhece os homens profundamente 1 Rs 8.39 (ouve tu nos céus, lugar da tua habitação,
perdoa, age e dá a cada um segundo todos os seus caminhos, já que lhe conheces
o coração, porque tu, só tu, és conhecedor do coração de todos os filhos dos
homens;). Ninguém pode esconder dele coisa alguma. Nem um só pensamento nosso
passa despercebido do Espírito Santo Jr 16.17 (Porque os meus olhos estão sobre
todos os seus caminhos; ninguém se esconde diante de mim, nem se encobre a sua
iniqüidade aos meus olhos).
c) Onipresença
O Espírito Santo
penetra em todas as coisas e perscruta o nosso entendimento, pois ele está
presente em toda a parte. Ele não se divide em várias manifestações, porque sua
presença é total em cada lugar onde estiver:
Sl 139.7-10 ( Para
onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos
céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também;
se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me
haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá.
3. ESPÍRITO SANTO É
UMA PESSOA
3.1 A PERSONALIDADE
DO ESPÍRITO SANTO
Um dos atributos da
deidade é a personalidade que cada uma das três pessoas divinas possui. Às
vezes atribuímos à personalidade uma forma corpórea. Entretanto, Deus é Espírito,
sem necessidade de corpo material. Identifica-se como pessoa alguém que
manifeste qualidades, como o falar, o sentir e o fazer alguma coisa racional.
3.2 PRONOMES
CONFERIDOS AO ESPÍRITO SANTO
Em João 16.8,13,14
encontramos algumas vezes o pronome ele, aquele (no grego ekeinos) que indicam
a pessoa do Espírito Santo. Em João 14.16, encontra-se a expressão "outro
Consolador". Ela, mais uma vez, identifica a personalidade do Espírito
Santo. A palavra "outro", usada por Jesus, no grego
"ALLOS", significa "outro do mesmo tipo". O Filho de Deus
revelou-se como pessoa, mas falou de outra que Ele enviaria após sua subida
para o céu.
Consolador no grego é
"Paracleto" que significa:
1) chamado, convocado
a estar do lado de alguém, . convocado a ajudar alguém
1a) alguém que
pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de
defesa, assistente legal, advogado
1b) pessoa que
pleiteia a causa de outro com alguém, intercessor
1b1) Cristo em sua
exaltação \a mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos
pecados
1c) no sentido mais
amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro
1c1) É Nome dado
Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de
sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade
evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer
tentações e perseguições como representantes do reino divino
3.3 ATRIBUTOS
PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTO
Através da Bíblia, o
Espírito Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade. Ele é
uma Pessoa divina como o Pai e o Filho. O Espírito Santo não é mera influência
ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber:
a) O Espírito Santo
Pensa (Rm 8.27) E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do
Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.
b) O Espírito Santo
tem Vontade Própria (1Co 12.11) Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas
estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.
c) O Espírito Santo
Sente Tristeza (Ef 4.30) E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção.
d) O Espírito Santo
Intercede (Rm 8.23) Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa
fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede
por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis.
e) O Espírito Santo
Ensina (Jo 14.26) mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em
meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito.
f) Espírito Santo
Fala (Ap 2.7) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao
vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no
paraíso de Deus.
g) Espírito Santo
Comanda (At 16.6,7) E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos
pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir
para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu.
Espirito Santo é suscetível
de trato pessoal:
a) Alguém pode mentir
para o Espírito Santo (At 5.3) Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu
Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do
valor do campo?
b) Pode-se Blasfemar
contra o Espírito Santo (Mt 12.31) Por isso, vos declaro: todo pecado e
blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não
será perdoada.
4. OS NOMES DO
ESPÍRITO SANTO
Os nomes do Espírito
Santo nos revelam muita coisa a respeito de quem ele é. Embora o nome Espírito
Santo não ocorra no Antigo Testamento, vários títulos equivalentes são usados.
Os principais nomes do Espírito Santo são:
a) Espírito de Deus
de Yahweh (hb. Ruach YHWH), ou, conforme consta nas Bíblias em português,
"o Espírito do Senhor". Yahweh significa aquele que faz existir. O
título Senhor dos Exércitos é melhor traduzido como "aquele que cria as
hostes", tanto as hostes celestiais (as estrelas, os anjos) quanto as
hostes do povo de Deus. O Espírito de Yahweh estava ativo na criação, conforme
revela Gênesis 1.2, com referência ao "Espírito de Deus" (hb. ruach
'elohîm).
b) O Espírito de
Cristo. Com esse título é acentuada a união do Espírito Santo com Cristo. Como
tal ele é a vida Rm 8.9 (Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se,
de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele), traz frutos de Cristo (Fl. 1.11). revela os
mistérios de Cristo (Jo 14.16) e toma o lugar dos arrebatados na terra (Jo
14.16-18). Toda e qualquer operação do Espírito Santo enfim, é para
glorificação de Jesus Cristo
c) Espírito da Vida.
O Espírito da vida Deus dá a cada crente ao nascer de novo, vida nova e eterna.
Ele substitui a lei reinante do pecado e da morte com a lei da vida (Rm 8.2 (
Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e
da morte). O que estava morto em ofensas e pecados (Ef 2.1; 2 Co 5.17), Ele
vivifica no novo nascimento.
d) Espírito da Adoção
de Filhos Rm 8.15 (Porque não recebestes o espírito de escravidão, para
viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção,
baseados no qual clamamos: Aba, Pai.). O conceito bíblico de filiação perdeu-se
totalmente nos nossos dias, por causa da idéia de "adoção". Isto não
quer dizer que um estranho será acolhido como criança numa família e usa a
seguir o nome da família. É antes uma transferência legal de uma criança na condição
de um filho adulto ou uma filha que alcançou a maioridade. O termo melhor hoje
seria a parceria. Nós fomos acolhidos na família divina, enchidos pelo Seu
Espírito e dotados com nova e eterna vida.
e) Espírito da Graça.
Hb 10.29 (De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que
pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi
santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?). A Bíblia qualifica como
pecadores obstinados estes, que pisam com os pés o Espírito da Graça. Pelo
Espírito da graça é oferecida livremente a todos os homens a dádiva da graça
divina. Por isso qualquer acréscimo humano, justiça por obras e melhoramentos
adâmicos são abominação para o Espírito Santo.
f) Espírito da Glória
1 Pe 4.14 (14 Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois,
porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus.). Glória nesse caso
tem a ver com adoração, honra, estima, elogio e dedicação que são despertados
no crente pelo Espírito Santo. Somente podemos adorar e chegar a glória de
Deus, conforme o Espírito Santo nos capacita para isto. O demais é adoração
imitada, não é revelação do Espírito da Glória. Quando Ele se manifesta numa
reunião, percebe-se sem chamara a atenção.
5. OS SÍMBOLOS DO
ESPÍRITO SANTO
Os símbolos oferecem
quadros concretos de coisas abstratas. Os símbolos do Espírito Santo também são
arquétipos. Em literatura arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a
várias épocas e culturas. Em todos os lugares, o vento representa forças
poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e o
refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física e espiritual; o
fogo representa uma força purificadora (como a purificação de minérios) ou
destruidora (freqüentemente citada no juízo. Tais símbolos representam
qualidades intangíveis porém genuínas.
a) Vento. A palavra
hebraica ruach pode significar "sopro", "espírito" "ou
vento". É empregada paralela com nephesh. O significado básico de nephesh
é "ser vivente", ou seja, tudo que têm fôlego. A partir daí seu
alcance semântico desenvolveu-se a tal ponto de referir-se a quase todos os
aspectos emocionais e espirituais do ser humano vivente. A palavra grega pneuma
tem um alcance semântico quase idêntico ao de ruach. O vento, como símbolo,
fala da natureza invisível do Espírito Santo, conforme revela João 3.8 (O vento
sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai;
assim é todo o que é nascido do Espírito). Podemos ver e sentir os efeitos do
vento , mas ele próprio não é visto.
b) Água. A água,
assim como o fôlego, é necessária ao sustento da vida. O fôlego e a água, tão
vitais nas necessidades físicas humanas, são igualmente vitais no âmbito do
espírito. Sem o fôlego vivificante e as águas vivas do Espírito Santo, nossa
vida espiritual não demoraria murchar e ficar sufocada. O Espírito Santo flui
da palavra como águas vivas Jo 7.38, 39 (Quem crer em mim, como diz a
Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com
respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito
até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda
glorificado) que sustentam e refrigeram o crente.
c) Fogo. O aspecto
purificador do fogo é refletido claramente em Atos 2. No dia de Pentecostes são
"línguas de fogo" que marcam a vinda do Espírito (At 2.3). Esse
símbolo é empregado uma só vez para retratar o batismo no Espírito Santo. O
aspecto mais amplo do fogo como elemento purificador encontra-se no
pronunciamento de João Batista: "Ele vos batizará com o Espírito Santo e
com fogo..." (Mt 3.11,12; Lc 3.16,17). As palavras de João Batista
referiam-se mais diretamente a separação entre o povo de Deus e os que têm
rejeitado o Messias. Por outro lado, o fogo ardente e purificador do Espírito
da Santidade também opera no crente (1 Ts 5.19).
d) Óleo. Zc 4.2-6 (e
me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um candelabro todo de ouro e um
vaso de azeite em cima com as suas sete lâmpadas e sete tubos, um para cada uma
das lâmpadas que estão em cima do candelabro. Junto a este, duas oliveiras, uma
à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. Então, perguntei ao anjo
que falava comigo: meu senhor, que é isto? Respondeu-me o anjo que falava
comigo: Não sabes tu que é isto? Respondi: não, meu senhor. Prosseguiu ele e me
disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas
pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.). Desde os primórdios o azeite é
usado primeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, e depois, os reis e os
profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o serviço
no Reino de Deus.
e) Pomba. Mt 3.16,17
(Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o
Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus,
que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo). O Espírito Santo
desceu sobre Jesus na forma de uma pomba. A pomba é o arquétipo de mansidão e
de paz. Ele é manso nas tempestades da nossa vida produzindo paz.
f) Selo. Ef 1.13 (em
quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa
salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
promessa)Nos dias bíblicos usava-se um selo de cera como sinal de promessa e
acordo. Atualmente a nossa assinatura na compra e venda pode ser comparada a
isto. Na ocasião do novo nascimento o Espírito Santo põe sobre nós o seu selo
de direito de propriedade. Isto é, ao mesmo tempo, uma promessa, que o selado
tem parte na consumada obra da salvação. O Espírito Santo garante assim a
partir desse momento, o seu apoio e ajuda.
6. A OBRA DO ESPÍRITO
SANTO.
a) O Espírito Santo é
o agente da salvação.
Nisto Ele
convence-nos do pecado (Jo 16.7,8 Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu
vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu
for, eu vo-lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da
justiça e do juízo) revela-nos a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.26 ),
realiza o novo nascimento (Jo 3.3-6), e faz-nos membros do corpo de Cristo (1Co
12.13). Na conversão, nós, crendo em Cristo, recebemos o Espírito Santo (Jo
3.3-6; 20.22) e nos tornamos co-participantes da natureza divina (2Pe 1.4);
b) O Espírito Santo é
o agente da nossa santificação
Na conversão, o
Espírito passa a habitar no crente, que começa a viver sob sua influência
santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note algumas das coisas que o Espírito Santo
faz, ao habitar em nós. Ele nos santifica, i.e., purifica, dirige e leva-nos a
uma vida santa, libertando-nos da escravidão ao pecado. Ele testifica que somos
filhos de Deus (Rm 8.16), ajuda-nos na adoração a Deus e na nossa vida de
oração, e intercede por nós quando clamamos a Deus (Rm 8.26,27). Ele produz em
nós as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5.22,23).
c) O Espírito Santo é
o agente divino para o serviço do Senhor,
Revestindo os crentes
de poder para realizar a obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do
Espírito Santo relaciona-se com o batismo ou com a plenitude do Espírito.
Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder para testemunhar de Cristo
e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (At 1.8). Recebemos a
mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo 1.32,33) e sobre os discípulos
(At 2.4), e que nos capacita a proclamar a Palavra de Deus (At 1.8; 4.31) e a
operar milagres (At 2.43; 3.2-8; 5.15; 6.8; 10.38). Para realizar o trabalho do
Senhor, o Espírito Santo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para
edificação e fortalecimento do corpo de Cristo (1Co 12—14). Estes dons são uma
manifestação do Espírito através dos santos, visando ao bem de todos (1Co
12.7-11).
7. O BATISMO NO
ESPÍRITO SANTO
a) Ser Cheio do
Espírito
Todo o cristão recebe
o Espírito Santo no momento da conversão e pode ser cheio dele sem ser batizado
no Espírito Santo
O Espírito Santo nos
convence do Pecado Jo 16.8 (E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e
da justiça, e do juízo).
O Espírito Santo
habita em nós 1 Co 6.19 (Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?)
Nós fomos selados com
o Espírito Santo Ef 1.13,14 (em quem também vós, depois que ouvistes a palavra
da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes
selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao
resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória); 2 Co 1.21,22 (Mas aquele
que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, que também nos selou e
nos deu o penhor do Espírito em nosso coração); Ef 4.30 (E não entristeçais o
Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção)
Devemos buscar ser
cheios Ef 5.18 (E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas
enchei-vos do Espírito)
Exemplo de pessoas
que foram cheias do Espírito Santo e não eram, batizadas:
Isabel Lc 1.41 (E
aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu
ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo)
Zacarias Lc 1.67 (E
Zacarias, seu pai, foi cheio do Espírito Santo e profetizou, dizendo:)
Simeão Lc 2.25 (Havia
em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a
consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.)
João Batista Lc 1.15
(porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e
será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.)
b) Ser batizado no
Espírito Santo
At 1.5 "Porque,
na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito
Santo, não muito depois destes dias."
A respeito do batismo
no Espírito Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:
Jesus ordenou aos
discípulos que não começarem a testemunhar até que fossem batizados no Espírito
Santo e revestidos do poder do alto Lc 24.49 (E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto
sejais revestidos de poder.) At 1.4,5,8 (E, estando com eles, determinou-lhes
que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que
(disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós
sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins
da terra.
O batismo no Espírito
Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. No
mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse:
"Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22), indicando que a regeneração e
a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também
deviam ser "revestidos de poder" pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf.
At 1.5,8).
O batismo no Espírito
Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes
obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação At 1.8 (Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos
confins da terra. At 4.31; 33 (Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam
reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam
a palavra de Deus. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça).
O livro de Atos
descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito
Santo. No dia de Pentecostes At 2.4 (Todos ficaram cheios do Espírito Santo e
passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que
falassem. Na casa de Cornélio At 10.44-46 (E, dizendo Pedro ainda estas
palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis
que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se
de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios. Porque os
ouviam falar em línguas e magnificar a Deus. Os cristãos de Éfeso At 19.6 (E,
impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e tanto falavam
em línguas como profetizavam).
Esse poder não se
trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na
qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo
(Jo 14.16-18; 16.14; 1Co 12.7).
8. OS DONS
ESPIRITUAIS
Uma das maneiras do
Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais
concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à
edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons e
ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o
crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente.
A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em
conjunto, de diferentes maneiras.
As manifestações do
Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a
necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31;
14.1)
Certos dons podem
operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para
atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar
"dons", e não apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e
insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais
visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada,
i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso
não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve
confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais
diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a
manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de
Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O
crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve
"provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se
têm levantado no mundo" (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21; ver o estudo
8.1 RELAÇÃO DOS DONS
ESPIRITUAIS
Porque a um, pelo
Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a
palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo
Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a
profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de
línguas; e a outro, a interpretação das línguas.
Em 1Co 12.8-10, o
apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede
aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons,
mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
8.1.1 DONS DE
REVELAÇÃO
a) Dom da Palavra da
Sabedoria (12.8)
Trata-se de uma
mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito
Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do
Espírito Santo a uma situação ou problema específico
Ex.: At 6.10 Não
podiam resistir a sabedoria com que Estevão falava;
Não se trata aqui da
sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente
estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg
1.5,6).
b) Dom da Palavra do
Conhecimento (12.8)
Trata-se de uma
mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a
respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas.
Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia
Ex.: (At 5.1-10)
Pedro obteve o conhecimento do que Ananias e Safira haviam feito
c) Dom de
Discernimento de Espíritos (12.10)
Trata-se de uma
dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar
corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo
ou não (1Jo 4.1 Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos
se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.).
8.1.2 DONS DE PODER
a) Dom da Fé (12.9)
Não se trata da fé
para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito
Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas
extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (Mc 11.22-24) e que
freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais
como as curas e os milagres.
b) Dons de Curas
(12.9)
Esses dons são
concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e
sobrenaturais
Ex.: At 3.6-8 A cura
de um coxo na porta do templo.
O plural
("dons") indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada
ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos
a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30 "11 Mas um só e o
mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um
como quer"; 30"Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas
línguas? Interpretam todos?"), todavia, todos eles podem orar pelos
enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados
Pode também haver
cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15 notas).
c) Dom de Operação de
Milagres (12.10)
Trata-se de atos
sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos
em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos
Ex.: Mt 8.26,27 E ele
disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se,
repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens
se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe
obedecem?
8.1.3 DONS DE
INSPIRAÇÃO
a) Dom de Profecia
(12.10)
É preciso distinguir
a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da
profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de
ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na
igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está
potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à
profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
Trata-se de um dom
que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de
Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31)
Tanto no AT, como no
N.T., profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade
de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência. A
mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (1 Co
14.25 tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se
com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no
meio de vós), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e
julgamento (1 Co 14.3 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando,
exortando e consolando
A igreja não deve ter
como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão
na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua
autenticidade e conteúdo (1Ts 5.20,21 Não desprezeis as profecias; julgai todas
as coisas, retende o que é bom). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus
(1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida
por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
O dom de profecia
manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no N.T. um só
texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através
dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava
o profeta para isso.
b) Dom de Variedades
de Línguas (12.10)
No tocante às
"línguas" (gr. glossa, que significa língua) como manifestação
sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos:
Essas línguas podem
ser humanas como as que os discípulos falaram no dia de Pentecostes (At 2.4-6),
ou uma língua desconhecida na terra, entendida somente por Deus (1 Co 14.2 Pois
quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios).
A língua falada
através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por
quem fala como pelos ouvintes (1 Co 14.14,16 Porque, se eu orar em outra
língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. 16 E,
se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém depois da tua
ação de graças? Visto que não entende o que dizes;)
O falar noutras
línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando
em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na
oração, no louvor, no bendizer, na ação de graças e na oração),
Línguas estranhas
faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito,
para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1 Co
14., 27,28. No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que
dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas,
não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com
Deus.) Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto.
Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em "êxtase" ou
"fora de controle".
c) Dom de
Interpretação de Línguas (12.10)
Trata-se da
capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender
e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem
interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a
oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa
revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas
pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a
mensagem. A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas,
ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa
interpretá-las (1 Co 14.13 Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para
que a possa interpretar)
9. O FRUTO DO
ESPÍRITO
Em contraste com as
obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama
"o fruto do Espírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à
medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal
maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras
da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2Co
6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2Pe 1.4-9). O fruto do Espírito inclui:
a) ÁGAPE – AMOR
Caridade" (gr.
ágape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada
querer em troca (1 Co 13.4-8 O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em
ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não
procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se
alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba; mas, havendo profecias,
desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará)
O amor é o solo onde
são cultivadas todas as demais virtudes espirituais.
O amor é a prova da
espiritualidade e tem inicio na regeneração (1 Jo 4.7-8). Amados, amemo-nos uns
aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de
Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
O amor consiste em
querer para os outros aquilo que queremos par nos mesmos. É a dedicação ao
próximo. Mateus 7:12 Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam,
fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
b) CHARA – ALEGRIA
Trata-se da
felicidade do Espírito, qualidade de vida que é graciosa e bondosa
caracterizada pela boa vontade, generosa nas dádivas aos outros, por causa de
uma correta relação com Deus.
Deus não aprecia a
duvida e o desânimo. Também o abomina a doutrina ousada, o pensamento
melancólico e tristonho. Deus gosta de corações animados. (2Co 6.10
"entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos;
nada tendo, mas possuindo tudo.)
A alegria cristã,
entretanto não é uma emoção artificial. Antes é uma ação do Espírito de Deus no
espírito humano é a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos,
nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que
crêem em Cristo 1 Pe 1.8 Jesus Cristo; a quem, não havendo visto, amais; no
qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia de
glória,
c) EIRENE – PAZ
A queda do homem no
pecado destruí a paz, a paz com Deus, com os outros, com o próprio ser e com a
própria consciência.
Foi através da
instrumentalidade da cruz que Deus estabeleceu a paz. Portanto, a paz envolve
muito mais do que uma tranqüilidade intima, que prevalece a respeito das
tempestades externas. Antes, trata-se de uma qualidade espiritual de origem
cósmica e pessoal produzida pela reconciliação e pelo perdão dos pecados.
A paz é o contrario
do ódio, da contenda, da inveja dos excessos de tudo o que são obras da carne.
Paz é a quietude de
coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu
Pai celestial (Fp 4.7 E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará
o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
d) MAKROTHUMIA –
LONGANIMIDADE
Quando é uma
qualidade atribuída a Deus, significa que ele tolera pacientemente todas as
iniquidades do homem, não deixando arrebatar por explosões de ira.
A longanimidade é a
paciência que nos permite subjugar a ira e o sendo de contenda, tolerando as injúrias.
Longanimidade é a
perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.1,2
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da
vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade,
suportando-vos uns aos outros em amor).
e) CHRESTOTES –
BENIGNIDADE
Significa gentileza,
bondade. Esse termo grego significa também excelência de caráter, honestidade.
O crente que a possui esse é gracioso e gentil para com seu semelhante não se
mostrando ser inflexível e exigente.
Ser Benigno é não
querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32 Antes, sede uns para com
os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus, em Cristo, vos perdoou).
f) AGATHOSUNE – BONDADE
Uma pessoa bondosa
quando se dispõe a ajudar aqueles que tem necessidade.
Podemos observar a
vida terrena inteira de Jesus de Nazaré, vivida em meio a atos de bondade para
com os outros. Ora, para que o crente se mostre supremamente bondoso, precisa
contar com auxílio do Espírito Santo.
Bondade é a expressão
máxima do amor cristão. No grego, Agathosune refere-se ao homem bom, cuja
generosidade brota do coração. Ela é a verdadeira prática do bem. É o amor em
ação (Gl 6.10 Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos,
mas principalmente aos da família da fé).
g) PISTIS – FÉ
Significa tanto
confiança como fidelidade. A fé de parceria com o arrependimento, forma a
conversão. A entrega da alma, as mãos de Cristo alicerçado sobre o conhecimento
espiritual.
A fé vitalizada pelo
amor, pois do contrário, não será a verdadeira fé sob hipótese alguma.
Fé é lealdade
constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa,
compromisso, fidedignidade e honestidade
h) PRAUTES – MANSIDÃO
Para Aristóteles,
essa característica era um vicio de deficiência, e não uma virtude. Aristóteles
encarava tal realidade, como uma auto-depreciação.
Na verdade mansidão
trata-se de uma submissão do homem para com Deus e, em seguida para com o
homem. A mansidão é o resultado da verdadeira humildade por causa do
reconhecimento alheio, com a recusa de nos considerarmos superiores.
Mansidão é moderação,
associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com eqüidade
quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso
(Jesus em Mt 11.23 repreende duramente Carfanaum "Tu, Cafarnaum,
elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em
Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela
permanecido até ao dia de hoje "e no v. 29 diz que devemos ser mansos como
ele Mt 11.29 2Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
i) EGKRATEIA - TEMPERANÇA
- DOMÍNIO PRÓPRIO
Temperança é o
controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a
fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
Na passagem de 1 Co
7.9 essa palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual ( Caso,
porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver
abrasado.
. Mas em 1 Co 9.25
refere-se a toda forma de autodisciplina ( Todo atleta em tudo se domina;
aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.
Parece que Paulo se utiliza dessa palavra, neste contesto, dando a entender
aquele autocontrole que obtém sobre os vícios alistados em Gl 5.19-21.
Os filósofos estóicos
percebiam claramente a verdade expressa por essa virtude de domínio próprio.
Eles procuravam fazer com que a razão dominasse a vida inteira, controlando as
paixões e firmando a lama.
O ensino final de
Paulo sobre o fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo
de viver aqui indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas
virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo
os princípios aqui descritos.
CARLOS HENRIQUE DA
CONCEIÇÃO SEABRA
PNEUMATOLOGIA
(A DOUTRINA DO
ESPÍRITO SANTO
(nome do autor
retirado em 2011, a seu pedido)
*Muito erro e
confusão existem em nossos dias no tocante à personalidade, às operações e às
manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes mas equivocados têm
sustentado pontos de vista errôneos a respeito dessa doutrina. É vital para a
fé de todo crente cristão, que o ensino Bíblico a respeito do Espírito santo
seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções.
PRÉ – PENTECOSTAL – O
Espírito Santo preexistia como a terceira pessoa da divindade, e nessa
qualidade esteve sempre ativo, mas o período que antecedeu ao dia de Pentecoste
não foi a época de sua atividade especial. O período do Antigo Testamento foi
de preparação e espera.
Encontramos uma
notável diferença existente em Suas ministrações no Antigo e no Novo
testamentos. Ele é referido por 88 vezes no Antigo Testamento, e mais de metade
desse número de vezes somente no livro de Atos, enquanto que em todo o N.T. ele
é mencionado mais de 03 vezes para cada referência que lhe é feita no Antigo.
Durante esse período
pré-Pentecostal, o Espírito descia sobre os homens apenas temporariamente, afim
de inspirá-los para algum serviço especial, e deixava-os quando essa tarefa
ficava terminada.
PÓS – PENTECOSTAL –
Este período que se estende do dia de Pentecoste até os nossos dias pode
legitimamente ser chamado de dispensação do Espírito. Após o dia de Pentecoste,
por meio do Espírito Santo, Deus veio para habitar nos homens. Ele vem para
permanecer. O dia de Pentecoste marcou o raiar de um novo dia nas relações
entre o Espírito Santo e a humanidade. Ele veio para habitar na Igreja. A
Igreja, o verdadeiro corpo de Cristo, habitado pelo Espírito Santo de Deus, é
tão indestrutível como o Trono de Deus.
4.1 – A NATUREZA DO
ESPÍRITO SANTO.
4.1.1 – A
PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO.
SIGNIFICADO – Contém
em Si mesmo os elementos de existência pessoal. É difícil definir Personalidade
quando é atributo de Deus. Deus não pode ser aquilatado pelos padrões humanos.
Pode-se dizer que a Personalidade existe quando se encontram, em uma única combinação,
inteligência, emoção e volição, ou ainda, autoconsciência e autodeterminação.O
Espírito Santo possui os atributos, propriedades e qualidades de Personalidade,
então se pode atribuir a esse ser, inquestionavelmente, Personalidade.
PROVA – Sua Personalidade
dentro do registro Histórico tem sido disputada e negada. Apesar de que as
Escrituras não fornecem nenhuma base para tais disputas ou negações.
b.1 – A NECESSIDADE
DE PROVA .
EM CONTRASTE COM AS
NECESSIDADES COM AS OUTRAS PESSOAS DA DIVINDADE. - As ações e operações do
Espírito Santo são de tal forma secretas e místicas, tanta cousa se diz de Sua
influência, graça, poder e dons, que ficamos inclinados a pensar nEle como se
fosse uma influência, um poder, uma manifestação ou emanação da natureza divina,
e não como uma pessoa.
POR CAUSA DOS NOMES E
SÍMBOLOS USADOS A RESPEITO DO ESP. SANTO, QUE SUGEREM O QUE É IMPESSOAL, TAIS
COMO: Fôlego, vento, poder, fogo, azeite e água.
Jo 3 : 5-8 / At 2 :
1-4 / Jo 20 : 22 /I Jo 2 : 20 / Ef 5 : 18 / I Tss 5 : 19
PELO FATO DE NEM
SEMPRE O ESP. SANTO, SER ASSOCIADO AO PAI E AO FILHO, DIZ-SE QUE É IMPESSOAL. I
Tss 3: 11
PELO FATO DE A
PALAVRA "Espírito Santo" SER NEUTRA ( GREGO= pneuma).
b.2 – SUA PROVA.
SEUS PRONOMES
PESSOAIS MASCULINOS. Jo 15 : 26 / Jo 16 : 7,8,13,14
OBS.1 – A
Personalidade do Esp. Santo, chega a dominar a construção gramatical
"PNEUMA" que é substantivo do gênero neutro – mas sempre é usado
pronomes pessoais masculino – isso é notável.
OBS.2 – Cristo
supremamente autorizado, dá testemunho gramatical, onde usa a palavra
"PARAKLETO" ( CONSOLADOR Jo 14 : 16,17). Este o substituiria como
pessoa ( e mais ainda, pois, Jesus tinha limitações humanas).
ASSOCIAÇÃO COM OUTRAS
PESSOAS DA DIVINDADE E COM OS HOMENS. Mat 28 : 19 / At 15 : 28 / II Cort 13 :
14
CARACTERÍSTICAS
PESSOAIS DO ESP. SANTO.
· Por características não nos referimos a mãos,
pés ou olhos, pois essas coisas denotam corporeidade, mas antes, qualidade,
como conhecimento, sentimento e vontade, que indicam Personalidade.
INTELIGÊNCIA – I Cort
2 : 10,11 / Rm 8 : 27 / Jo 14 : 26
VONTADE ( VOLIÇÃO) –
I Cort 12 : 11
AMOR – Rm 15 : 30 /
Ef 4 : 30(emoções)
Devemos nossa
salvação tão verdadeiramente ao amor do Esp. Santo como ao do Pai e ao amor do
filho.
BONDADE – Ne 9 : 20
TRISTEZA – Ef 4 : 30
· Ninguém pode entristecer a lei da gravidade,
ou fazer com que se lamente o vento oriental. Portanto, a não ser que o Esp.
Santo seja uma Pessoa, a exortação de Paulo(Ef 4 : 30), seria sem significado e
supérflua.
ATOS PESSOAIS DO ESP.
SANTO. – Através das Escrituras o Esp. Santo é representado como um agente
pessoal, a realizar atos que só podem ser atribuídos a uma pessoa.
ELE PERSCRUTA AS
PROFUNDEZAS DE DEUS – I Cort 2 : 10
ELE FALA – Apc 2 : 7 /
Gl 4 : 6
ÉLE DÁ TESTEMUNHO –
Jo 15 : 26
ELE INTERCEDE – Rm 8
: 26
ELE ENSINA – Jo 14 :
26 / Jo 16 : 12-14 / Ne 9 : 20
ELE GUIA E CONDUZ –
Rm 8 : 14 / At 16 : 6,7
ELE CHAMA HOMENS E OS
COMISSIONA – At 13 : 1-3 / At 20 : 28 @
ELE CONVENCE O MUNDO
– Jo 16 : 8
O ESP. SANTO MERECE
TRATAMENTO PESSOAL
PODE O HOMEM
REBELAR-SE, E ENTRISTECÊ-LO – Is 63 : 10 / Ef 4 : 30
PODE O HOMEM MENTIR –
At 5 : 3
PODE O HOMEM
BLASFEMAR – Mt 12 : 31,32
· Diz Webster que blasfemar significa
"falar do ser Supremo em termos de ímpia irreverência; ultrajar ou falar
repreensivamente de Deus, de Cristo ou do Esp. Santo". E blasfemar desse
modo seria impossível se o objeto da irreverência não fosse Pessoal.
Declaração
Doutrinária – Mediante o uso de pronomes pessoais, mediante as associações
pessoais, mediante as características pessoais possuídas, as ações pessoais
realizadas e o tratamento recebido, as Escrituras provam que o Esp. Santo é uma
pessoa.
OBS.1 – Teoricamente,
podemos crer nisso. Mas em nosso pensamento íntimo a respeito da Pessoa do Esp.
Santo, e em nossa atitude prática para com Ele, tratamo-lo realmente como
Pessoa? Consideramo-LO de fato, pessoa tão real como Jesus Cristo – Tão
amorosa, sábio e poderoso, tão digno de nossa confiança, amor e submissão como
Jesus Cristo? O Espírito Santo veio, aos discípulos e a nós, para ser aquilo
que Jesus Cristo foi para aqueles durante os dias de seu contato pessoal nesta
terra. Compare II Cort 13 : 5 com Rm 8 : 9
c) SUA IMPORTÂNCIA.
c.1) EM CONEXÃO COM A
ADORAÇÃO. – Se o Esp. Santo é uma pessoa Divina, e no entanto é desconhecida ou
ignorada como tal, está sendo privado do amor e da adoração que lhe são
devidos. Se, por outro lado, entretanto, Ele é apenas uma influência, uma força
ou um poder que emana de Deus, estaríamos praticando idolatria ou falsa
adoração.
c.2) DO PONTO DE
VISTA DO TRABALHO – É necessário decidirmos se o Esp. Santo é um poder ou força
que nos compete obter e usar, ou se Ele é uma Pessoa da Divindade, que tem o
direito de controlar-nos e usar-nos. O primeiro conceito leva à auto-exaltação
e à altivez, mas a outra nos conduz à auto-humilhação e à auto-renúncia.
c.3) POR MOTIVO DE
SUA RELAÇÃO COM A EXPERIÊNCIA CRISTÃ. – É do mais alto valor experimental
sabermos se o Esp. Santo é mera influência ou força impessoal, ou se é nosso
Amigo e Ajudador sempre presente, nosso divino Companheiro e guia.
PEQUENO QUESTIONÁRIO
Como I Cort 2 : 11
descreve a inteligência do Esp. Santo?
Quais as provas de
que o Esp. Santo é uma Pessoa?
Escreva sobre At 13 :
1-3.
Quais os atos
pessoais do Esp. Santo?
Por que se argumenta
que o Esp. Santo é impessoal?(Qual a base?)
4.1.2 – A DIVINDADE DO ESP. SANTO.
Obs. Informativo- As
escrituras ensinam enfaticamente a Divindade do Esp. Santo. Não obstante, tem
existido aqueles que negaram essa verdade. Ário, um Presbítero de Alexandria,
do quarto séc. de nossa era, introduziu o ensino, sustentando que Deus é Uma Eterna
Pessoa, que Ele criou Cristo, O qual por Sua vez criou o Esp. Santo, negando
assim Sua Divindade. Esse ensino obteve grande aceitação nas igrejas, mas foi
corrigido pelo credo NICENO, de 325 D.C.
Depois sendo
formulado no credo de Constantinopla em 381. Em 589, o Sínodo de Toledo
acrescentou a famosa cláusula Latina "FILIOQUE", que afirmava que o
Esp. Santo procedia do Pai e do Filho. Jo 15 :26/ Gal 4 : 6/ Rm 8 : 9/ Jo 16 :7
a) SIGNIFICADO – Por
Divindade do Esp. Santo se entende que Ele é Um com Deus, fazendo parte da
Divindade, Co-igual, Co-eterno e consubstancial com o Pai e com o Filho. Mat 28
:19/ Jer 31 : 31 –34 com Hb 10 : 15 – 17
SUA PROVA – As
Escrituras ainda deixa mais clara a verdade da Divindade do Esp. Santo do que a
Sua Personalidade. São abundantes as provas Bíblicas.
b.1) NOMES DIVINOS. (
ver mais no item 4.2. )
CHAMADO DEUS – At 5 :
3 – 4
CHAMADO SENHOR – II
Cort 3 : 18
b.2) ATRIBUTOS
DIVINOS
*ETERNIDADE – Hb 9 :
14 *ONIPRESENÇA – Sl 139 : 7 – 10 *ONIPOTÊNCIA– Lc1:35
*ONISCIÊNCIA – I Cort
2 : 10 –11 *VERDADE – I Jo 5 : 6 *SANTIDADE – Lc 11 : 3
*VIDA – Rm 8 : 2
*SABEDORIA – Is 40 : 13
b.3) OBRAS DIVINAS.
(ver item 4.3. )
CRIAÇÃO – Jó 33 : 4/
Sl 104 : 30
TRANSMISSÃO DE VIDA –
Rm 8 : 11/ Jo 6 :63/ Gn 2 : 7/ Jo 3 : 5 – 8/ Tt 3 :5/ Tg 1 : 18
@ O Esp. Santo é o
autor, tanto da vida física como da vida espiritual
AUTORIA DADE DA
PROFECIA DIVINA – II Pd 1 : 21/ II Sm 23 : 23
b.4) APLICAÇÃO DO
A.T.,(JEOVÁ/ ESP. SANTO)
Is 60 : 8 – 10 comp.
Com At 28 : 25 – 27 e Ex 16 : 7 com Hb 3 : 7 –10 @ Os profetas eram os
mensageiros de Deus, eles profetizavam as palavras do Senhor, transmitiam Seus
mandamentos, pronunciavam Suas ameaças e anunciavam Suas promessas, visto que
falavam conforme eram movidos pelo Esp. Santo. Serviam de órgãos de Deus porque
eram também do Esp. Santo. Por conseguinte, o Espírito há de ser Deus.
b.5) ASSOCIAÇÃO COM
DEUS PAI E FILHO
*Comissão Apostólica
– Mat 28 : 19 *Na Administração da Igreja – I Cort 12 : 4 –6 * Na Benção
Apostólica – II Cort 13 : 13
Declaração
Doutrinária- De muitos modos inequívocos, Deus, em Sua palavra, proclama
distintamente que o Esp. Santo não é apenas uma pessoa, mas é uma Pessoa
Divina.
4.2 – OS NOMES DO
ESP. SANTO
4.2.1 – NOMES QUE
DESCREVEM SUA PRÓPRIA PESSOA
ESPÍRITO – I Cort 2 :
10
· @ O termo grego "PNEUMA", aplicado
ao Esp. Santo, tanto envolve o pensamento de "fôlego" como o de
"vento".
a.1. – Como fôlego –
Jo 20 : 22/ Gn 2 : 7/ Sl 104 : 30/ Jó 33 : 4/ Ez 37 : 1 – 10
a.2. – Como vento –
Jo 3 : 6 – 8/ At 2 : 1 – 4
@ O Espírito é o
hálito de Deus – a vida de Deus que dEle sai para vivificar.
VEJA OS SÍMBOLOS
APLICADOS AO ESP. SANTO.
Ele é comparado com
ÁGUA – Jo 7 : 38 – 39/ Jo 4 : 14 – Refer. que Ele vivifica
Ele é comparado com
ÓLEO – Lc 4 : 18/ At 10 : 38/ II Cort 1 : 21/ I jo 2 : 20 –Refer. Que Ele
ilumina e prepara para o serviço de deus.
Ele é comparado com
uma POMBA – Mt 3 : 16/ Mc 1 : 10/ Lc 3 : 22/ Jo 1 : 32 –Refer. a sua pureza.
Ele é comparado com
um SELO – II Cort 1 : 22/ Ef 1 : 13 e 4 : 30 – Refer. a sua garantia de nossa
redenção.
Ele é comparado com
VESTIMENTA – Lc 24 : 49 – Cobrir de santidade.
Ele é comparado a um
PENHOR - II Cort 1 : 22 e 5 : 5/ Ef 1 : 14 – Ele nunca falha.
Ele é comparado com FOGO
– At 2 : 3 – Ele aquece nossos corações.
Ele é comparado com
um SERVO – Gn 24 – Está sempre pronto a nos servir.
ESPÍRITO SANTO – Lc
11 : 13/ Rm 1 : 4
O caráter moral
essencial do Espírito é salientado nesse nome. Ele é SANTO(maior atributo de
DEUS), em pessoa e caráter, e também é o autor direto da Santidade do homem. O
nome Esp. Santo é tomado com toda frequência, não por ser este mais Santo que
os demais da Divindade, mas porque oficialmente sua Obra é Santificar.
ESPÍRITO ETERNO – Hb
9 : 14
Assim como a
eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a
eternidade é atributo do Esp. Santo como uma das distinções pessoais no Ser de
Deus.
4.1.2 - NOMES QUE
DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM DEUS.
O ESPÍRITO DE DEUS –
Is 11 : 2
O ESPÍRITO DO SENHOR
JEOVÁ – Is 61 : 1
O ESPÍRITO DO DEUS
VIVO – II Cort 3 : 3
4.1.3
– NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM O FILHO DE DEUS.
O ESPÍRITO DE CRISTO
– Rm 8 : 9/ At 2 : 36
O ESPÍRITO DE SEU
FILHO - Gl 4 : 6
O ESPÍRITO DE JESUS –
At 16 : 6,7/ At 1 : 1,2/ Mt 28 : 19/ Filp 1 : 19/ At 2 : 32,33/ Is 11 : 2 com
Hb 1 : 9- @ Esse nome identifica o Messias Divino com o homem Jesus, e mostra a
relação que o Esp. Santo sustenta com Ele, conforme aqui identificado.
· 4.2.4 – NOMES QUE DESCREVEM SUA RELAÇÃO COM
OS HOMENS.
ESP. PURIFICADOR – Is
4 : 4/ Mt 3 : 11
SANTO ESP. DA
PROMESSA – Ef 1 : 13/ At 1 : 4,5/ At 2 : 33
ESP. DA VERDADE – Jo
15 : 26/ 14 : 17 e 16 : 13/ I Jo 4 : 6 e 5 : 6
ESP. DA VIDA – Rm 8 ;
2
ESP. DA GRAÇA – Hb 10
: 29
ESP. DA GLÓRIA – I Pd
4 : 13,14/ Ef 3 : 16 – 19/ Rm 8 : 16 – 17
O CONSOLADOR – Jo 14
: 26/ Jo 15 : 26 e 16 : 7 comparar com I Jo 2 : 2
· 4.3 – A OBRA DO ESP. SANTO
@ Ao considerarmos a
obra do Esp. Santo, precisamos lembrar a verdade que todas as pessoas da
Divindade são ativas na obra de cada Pessoa individual. Alguns os dizem que
Deus Pai operou na Criação, que Deus Filho operou na Redenção e que Deus
Espírito Santo opera na Salvação. Mas isso não é verdade, pois em cada
manifestação das obras de Deus, a Trindade total se mostra ativa; o Pai é o
Autor, o Filho é o Executor e o Espírito é o Ativador de cada ato. Por
conseguinte, o Esp. Santo é Aquele que ativa e leva a término os atos
iniciados.
4.3.1 – EM RELAÇÃO AO
UNIVERSO MATERIAL.
NO TOCANTE À CRIAÇÃO
– Sl 33 : 6/ Jó 33 : 4
NO TOCANTE À
RESTAURAÇÃO E PRESERVAÇÃO
· Gn 1 : 2/ Sl 104 : 29,30/ Is 40 : 7
4.3.2 - EM RELAÇÃO
AOS HOMENS NÃO REGENERADOS.
O ESP. LUTA COM ELES
– Gn 6 : 3/Mt 5 : 13 – 16
O ESP. TESTIFICA-LHES
– Jo 15 : 26/ At 5 : 30 – 32
O ESP. CONVENCE-OS –
Jo 16 : 8 – 11 @ do Pecado, da Justiça e do Juízo. Nessa tríplice obra, o Esp.
Santo glorifica a cristo. Ele mostra-nos que é pecado não confiar em Cristo,
revela-nos a Justiça de Cristo e a obra vitoriosa de Cristo em relação a
Satanás. Nossa tarefa consiste tão somente em pregar a palavra da verdade,
dependendo do Esp. Santo para produzir convicção. ( At 2 : 4 E 37)
4.3.3 – EM RELAÇÃO AOS CRENTES.
O ESP. REGENERA – Jo
3 : 3 – 6/ Tt 3 : 5/ Jo 6 : 63/ I Pd 1 : 23/ Ef 5 : 25,26/ I Cort 2 : 4
comparar com I Cort 3 : 6 @ Assim como Jesus foi gerado pelo Esp. Santo,
semelhantemente todo homem, para que se torne filho de Deus, precisa ser gerado
pelo Esp. Santo.
ELE BATIZA NO CORPO
DE CRISTO – Jo 1 : 32 – 34/ I Cort 12 : 12 – 13/ At 1 : 5 @ O batismo do Esp.
Santo é aquele ato que tem lugar por ocasião da conversão(Jo 3 : 5-7/ Rm 8 :
9), mediante o qual a pessoa se torna membro do corpo de Cristo(II Cort 5 : 17/
Ef 1 : 13-14). Essa obra tem sido realizado na vida de cada crente, embora nem
sempre seja reconhecida. O batismo do Esp. Santo não é algo a ser conquistado
pelo crente após a regeneração; antes, já foi obtido por ocasião da
regeneração( I Cort 3 : 16). O batismo do Esp. Santo teve início no dia de
Pentecoste(At 2 : 1-3), mas se estende através dos séculos e prosseguirá até
que o último membro tenha sido acrescentado à igreja.(Ef 4 : 4)
ELE HABITA NO CRENTE
– I Cort 6 : 15-19/ 3 : 16/ Rm 8 : 9
ELE SELA – Ef 1 :
13,14/ 4 : 30
ELE PROPORCIONA
SEGURANÇA – Rm 8 : 14,16/ I Cort 1 : 22
ELE FORTALECE – Ef 3
: 16
ELE ENCHE O CRENTE –
Ef 5 : 18-20/ At 4 : 8,31/ 2 : 4/ 6 : 3/ 7 : 54-55/ 9 : 17,20/ 13 : 9-10,52/ Lc
1 : 15,41,67-68/ 4 : 1/ Jo 7 : 38-39
ELE LIBERTA/ GUIA/
ORIENTA EM SEGURANÇA – At 8 : 27-29
ELE EQUIPA PARA O
TRABALHO(Ilumina/Instrui/Capacita) – I Cort 2 : 12 – 14/ Sl 36 : 9/ Jo 16 :
13-14/ I cort 12 : 11/ I tm 1 : 5
ELE PRODUZ FRUTO DA
GRAÇA CRISTÃ – Gl 5 : 22-23/ Rm 14 : 17/ 15 : 13/ 5 : 5/ Gl 2 : 20
ELE POSSIBILITA TODAS
AS FORMAS DE COMUNHÃO COM DEUS(Oração/Adoração e louvor/Agradecimentos) – Judas
20/ Ef 6 :18/ Rm 8 : 26-27/ Fl 3 : 3/ At 2 : 11/ Ef 5 : 18-20
ELE VIVIFICA O CORPO
DO CRENTE – Rm 8 : 11,13
4.3.4 – EM RELAÇÃO A JESUS CRISTO
CONCEBIDO PELO ESP.
SANTO – Lc 1 : 35/ Mt 1 : 20 @ O Esp. Santo produziu o corpo humano do Filho de
Deus mediante um ato criador. O Filho de Deus chamou esse corpo de preparado (
Hb 10 :5 ). Era impossível que Aquele que é absolutamente santo, se revestisse
de um corpo que tivesse vindo ao mundo por geração natural. Se este tivesse
sido o caso, teria Ele possuído um corpo maculado com a mancha do pecado.
UNGIDO COM O ESP.
SANTO – At 10 : 38/ Is 61 : 1/ Lc 4 : 14,18/ Is 11 : 2/ Mt 12 : 17-18
GUIADO PELO ESP.
SANTO – Mt 4 : 4
CHEIO DO ESP. SANTO –
Lc 4 : 1/ Jo 3 : 34
REALIZOU SEU
MINISTÉRIO NO PODER DO ESP. SANTO – Lc 4 : 18-19/ Is 61 : 1/ Lc 4 : 14
OFERECEU-SE EM
SACRIFÍCIO PELO ESP. SANTO – Hb 9 : 14
RESSUSCITOU PELO
PODER DO ESP. SANTO – Rm 8 : 11/ Rm 1 : 4
DEU MANDAMENTOS AOS
SEUS, PELO ESP. SANTO – At 1 : 1,2
DOADOR DO ESP. SANTO
– At 2 : 33 @ Jesus Cristo viveu toda a sua vida terreno dependendo
inteiramente do Espírito Santo e a Ele sujeito.
4.3.5 – EM RELAÇÃO ÀS
ESCRITURAS
SEU AUTOR – II Pd 1 :
20-21/ II Tm 3 : 16/ II Pd 3 : 15-16/ Jo 16 : 13 @ As escrituras referem-se ao
Esp. Santo como o Agente Divino da comunicação da verdade de Deus aos homens.
SEU INTÉRPRETE – Ef 1
: 17/ I Cort 2 : 9-14/ Jo 16 : 14-16 @ A importância do homem para interpretar
a verdade já revelada é tão característica como sal incapacidade de comunicar a
revelação sem o concurso do Esp. Santo. As Escrituras foram dadas pelo Esp.
Santo, e sua verdadeira interpretação só é possível por meio de Sua iluminação.
· @ Deus, através de seu Espírito, venha a
iluminar teu coração, com o propósito de que possas desfrutar de toda a
Suficiência DEle em sua vida, que recebeste desde o momento de sua regeneração.
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