CRISTO REVELADO NO LIVRO DE NÚMEROS

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CRISTO REVELADO NO LIVRO DE NÚMEROS




Jesus Cristo é retratado em números como aquele que provém. O apóstolo Paulo escreve sobre Cristo que ele era a pedra espiritual que seguiu os israelitas pelo deserto e deu-lhes a bebida espiritual (1Co 10.4). A pedra que deu água aparece duas vezes na história do deserto (cap. 20; Êx 17). Paulo enfatiza a provisão de Cristo às necessidades de seu povo, a que, libertou do cativeiro.
         A figura messiânica do rei de Israel é profetizada por Balaão em 24.17, “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel”. A tradição judaica interpretava este verso messianicamente, conforme atestado pelos textos de Qumran. Jesus Cristo é o Messias, de acordo com o testemunho uniforme do NT, e o verdadeiro rei sobre quem Balaão fala.


CRISTOLOGIA DO LIVRO DE NÚMEROS



E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.  (João 3:14-15, ARC)


O objetivo de Moisés em Números foi preservar um registro da paciência de Deus para com o povo que ele escolhera, e demonstrar que a redentora misericórdia divina não impediu que ele o castigasse severamente por causa de seus pecados. Não obstante tê-lo  redimido, graciosamente, Ele não o libertou para uma vida fácil, permissiva e independente. Antes, salvo-o para a disciplina, o serviço e a guerra. A frase-chave é “que podiam servir no exército”. Nesses preparativos, o Senhor mostrou-lhes que nenhum inimigo os venceria se confiassem no poder de Deus e obedecessem à Sua palavra. Assim, o tema implícito desse livro é: “Preparativos para o serviço na rota do Sinai ao Jordão.”Há uma cristologia evidente no livro de Números, que vamos agora ressaltar:

a)Dinheiro da redenção (cinco siclos) – a escassez de levitas para substituir os primogênitos israelitas exigia a compensação de cinco siclos por família (Números 3:40-51). A lição histórica é a de que Deus exigia pagamento total pela falta de levitas para executar o serviço do primogênito reivindicado por Deus, e a lição para nós é que Cristo pagou na íntegra a redenção e o serviço pelos nossos pecados. Sua obra na cruz não foi apenas um pagamento “simulado”, mas total;

b)Cinza da novilha vermelha (Números 19:1-) – historicamente, esse sacrifício simboliza a nossa necessidade de purificação de pecados não intencionais; tipicamente, retrata a morte de Cristo, incluindo também a purificação, mas exigindo confissão e apropriação: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9);

serpente






c) A serpente de bronze sobre uma haste (Números 21:9) – do mesmo modo que Moisés exigiu do pecador que olhasse para o instrumento de juízo de Deus (a serpente de bronze), hoje os pecadores são salvos ao olhar para a cruz de Cristo e aceitar a obra maravilhosa realizada por Ele (João 3:14-15). Comparemos Números 21:7-9 e João 3:14-15:

Israelitas                                                                                                               Cristãos

Mordidos por cobras……………………………………………………………………mordidos pelo pecado

Inicialmente pouca dor seguida de intenso sofrimento…………….inicialmente pouca dor, seguida de intenso sofrimento

Morte física por causa do veneno  das cobras……………..morte espiritual por causa do veneno do pecado

Serpente de bronze levantada no deserto………………………………………Cristo levantado em uma cruz

O olhar para a serpente poupava a vida da pessoa…ao olhar para Cristo a pessoa é salva da morte eterna

d)A vara de Arão que floresceu (Números 17:1-) –  o florescimento da vara de Arão demonstrou que ele era o único sumo sacerdote ou mediador de Israel; do mesmo modo, a ressurreição de Cristo demonstrou que é ele o único mediador entre Deus e o homem: “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem” (1 Timóteo 2:5). Aquele episódio teve por finalidade acabar com todas as “murmurações” ou queixas (Números 17:10).

Referência

ELLISEN, STANLEY A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2007.

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